Liturgia

No dia 3 de dezembro de 2023, começa o Advento, tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a preparar o coração para celebrar o Nascimento de Jesus!

A liturgia do mês de outubro de 2020

A IDENTIDADE DA IGREJA

A liturgia do mês de outubro de 2020

O mês de outubro é dedicado às missões. E o papa afirma – citando os  bispos da África Ocidental – que só o anúncio e a caridade do Senhor Jesus, difundidos com a santidade da vida e as boas obras, constituem o motivo da missão: “Somos chamados, no espírito da nova evangelização, a ser evangelizados e a evangelizar através da promoção de todos os batizados, para que assumam suas tarefas, como sal da terra e luz do mundo, onde quer que se encontrem” (GE 33).

O convite perene de Jesus continua a ecoar no coração dos seus discípulos, hoje como ontem: “lde pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-nova a toda criatura” (Mc 16,15). A Igreja é, por sua natureza, missionária: “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar” (EN 14).

O Documento 109 da CNBB, que traça as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023),é enfático ao afirmar que o momento atual exige de todos” a renovação de forças missionárias para bem cumprir a tarefa de anunciar a Palavra de Deus” Esse desafio de renovação inclui a necessidade de testemunhar a fraternidade e a solidariedade em todas as circunstâncias. A tarefa de construção de uma sociedade assentada sobre os valores do Evangelho de Jesus Cristo é permanente, recordam ainda essas diretrizes.

Intenção do mês de outubro de 2020:
Pela evangelização: Para que, em virtude do batismo, os fiéis leigos, em especial as mulheres participem mais nas instâncias de responsabilidade da Igreja.

Pelo batismo, todos somos enviados a realizar a missão da Igreja no mundo, a tornar Jesus Cristo-nosso Salvador- mais conhecido e mais acolhido em todas as esferas da realidade. As comunidades eclesiais, as assembleias litúrgicas, os movimentos e associações da nossa Igreja, adultos, jovens e crianças, ministros ordenados e leigos, consagrados e famílias, todos somos enviados à missão: nossa fé se manifesta na busca da santidade e na oferta da nossa ação pastoral para a Igreja realizar sua identidade.

São Paulo, na carta aos Romanos, diz-nos que o justo vive pela fé: “Eu não me envergonho do Evangelho, pois ele é a força salvadora de Deus para todo aquele que crê, primeiro para o judeu, mas também para o grego. Nele se revela a justiça de Deus, que vem pela fé e conduz à fé, como está escrito:’0 justo viverá pela f锑 (Rm 1,16-17).

A fé em Cristo ressuscitado é o sustento da vida cristã. Sem fé e caridade, nossa ação pastoral perde sua força e a identidade do cristão desaparece.

Comemorações do mês de outubro de 2020

01 – Santa Teresinha do Menino Jesus/ dia dos idosos
02 – Santos Anjos da Guarda / Primeira sexta-feira
03 – Santos André de Soveral, Ambrósio Ferro e comps.

04 –  27° domingo do Tempo Comum (São Francisco de Assis) / dia da natureza
05 – São Benedito
06 – São Bruno
07 – Nossa Senhora do Rosário
08 – São João Calábria / dia nacional da vida
09 – Santos Dionísio e comps.; João Leonardi
10 – São Daniel Comboni

11 – 28° domingo do Tempo Comum (São João 23)
12 – Nossa Senhora Aparecida / dia da criança
14 – São Calisto primeiro
15 – Santa Teresa de Jesus / dia do professor
16 – Santas Edviges; Margarida Alacoque
São Geraldo Majella / dia mundial da alimentação
17 – Santo Inácio de Antioquia

18 – 29° domingo do Tempo Comum (São Lucas) / dia das missões / dia do médico
19 – Bem-aventurado Timóteo Giaccardo; Santos João de Brébeuf, Isaac Jogues e comps.; Paulo da Cruz
22 – São João Paulo II
23 – São João de Capistrano
24 – Santo Antônio Maria Claret / Beata Eugênia Ravasco

25 – 30° domingo do Tempo Comum (Santo Antônio de Santana Galvão) / dia nacional da juventude
28 – Santos Simão e Judas Tadeu

D. Geraldo Majella Agnelo – Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Is 5,1-7; SI 79; Fl 4,6-9; Mt 21,33-43

27° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Os frutos que Deus espera

Abrimos o mês missionário e também o mês do rosário. Festejamos Maria, aquela que nos deu o Bendito Fruto, Jesus. Agradeçamos ao Senhor porque também nós, com Maria de Nazaré, somos chamados à missão!

A liturgia da Palavra nos apresenta duas vinhas, ambas se referindo à infidelidade do povo em colaborar com o plano salvífico de Deus. Na primeira leitura, fica evidente a confiança que Deus deposita em seu povo. Por isso, age com zelo e cuida com carinho. Porém, a infidelidade do povo se mostra ao não corresponder com seus frutos bons, mas com uvas selvagens. Com essa imagem, o profeta denuncia as atitudes injustas e violentas de Israel. Esqueceram-se da aliança com Deus e deixaram-se levar pela ganância, produzindo injustiças e iniquidades.

A vinha da parábola do Evangelho traz a mesma temática. Jesus leva seus interlocutores a perceberem que Deus confiou sua vinha a eles, ou seja, elegeu-os e os colocou como luz das nações. Mas também mostra que eles se desviaram a tal ponto da meta proposta que chegaram a ser aqueles que buscavam apagar a luz de Deus, que brilhava nos profetas e, até mesmo, no próprio Filho de Deus encarnado. E Jesus, então, afirma que a predileção de Deus pelo povo se embasa na fidelidade à aliança. Todo povo que disser sim e viver intensamente a proposta do Reino de Deus é seu povo predileto, pois produz os frutos de paz, justiça e amor, ou seja, os frutos que Deus espera.

Os frutos da fraternidade

Quando se fala em missão, vem à tona tantos desafios, especialmente aqueles presentes na evangelização das grandes cidades. A violência gera insegurança, a situação económica gera desemprego e pobreza, os condomínios se fecham hermeticamente… Como viver a vocação missionária nesses ambientes? Paulo, a seu tempo, enfrenta também a realidade dos centros urbanos. Sua orientação é clara. Primeiramente, é preciso ter serenidade e não se inquietar. Mas como? Aí vem a segunda orientação: confiar a Deus e a Ele apresentar as necessidades, bem como as ações de graças! Assim o coração se abre à paz, que vem de Deus, a qual nos permite olhar o mundo com mais serenidade e visar aos frutos bons que ali podem surgir.

Enquanto comunidade cristã, somos todos chamados a nos ocupar com a verdade, o respeito, a justiça, a pureza, a amabilidade, a honra. Eis os frutos que a fraternidade construída em Cristo pode dar ao mundo de hoje. No impulso da “Igreja em saída”, insistentemente proposta por papa Francisco, empenhemo-nos na missão, manifestando assim a fidelidade à vocação batismal que recebemos.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Entrada da Palavra: membros do grupo de novena nas casas, ministros extraordinários da comunhão podem entrar com um par de Sandálias e um rosário grande à frente da Bíblia, dando o sentido de que contamos sempre com a intercessão de Maria na missão evangelizadora. Podem-se depositar as sandálias e o rosário em um espaço preparado para todo o Mês, espécie de um altar da graça.
-Liturgia da Palavra: um canto missionário ou um mantra pode preceder as leituras.
Profissão de fé: elaborar um compromisso missionário a ser rezado por toda a comunidade. Pode-se dar destaque ao Círio Pascal, cuja luz nos recorda a chama que recebemos no batismo para sermos anunciadores da Palavra. Conclui-se o momento com a profissão de fé em dois coros.
– Preces dos fiéis: um integrante de cada pastoral pode rezar as preces. Para conclui-las, pode-se cantar a oração de São Francisco, relembrando a comunidade de seu testemunho fecundo, cujos frutos se veem em nossos dias.
-Envio da comunidade e entrada da imagem de Nossa Senhora: um grupo de crianças podem participar deste momento com seus catequistas, ressaltando que a missionariedade se cultiva desde a infância. Rezar ou cantar a consagração a Maria. Em seguida, colocar a imagem no altar preparado, juntamente com as sandálias e o terço.

– IMPORTANTE: Que neste mês, a comunidade dialogue para avaliar as atividades missionárias já realizadas, bem como apresente um novo projeto de Igreja em saída. Esse projeto, após refletido entre as lideranças, pode ser apresentado no último domingo do mês.

Sugestões de repertório para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Senhor, escuta
Aclamação: Aleluia! O Senhor
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, somos nós

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 27° Domingo do Tempo Comum 2020

Áudios para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Ez 18,25-28; SI 24; Fl 2,1-11; Mt 21,28-32

26° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Conversão e acolhimento da Boa-Nova

Correção fraterna, perdão, gratuidade… os temas que meditamos, neste mês, culminam hoje, no dia da Bíblia, no grande tema da conversão. A Lei e os Profetas se orientam para o mesmo fim: levar a pessoa humana a converter-se do próprio pecado, mudar de vida e renovar-se a cada dia. Jesus insiste que a conversão só se realiza quando está sintonizada à vontade do Pai. Esse processo não acontece quando a resposta ao pedido do Pai se dá somente da boca para fora. Mesmo que as palavras expressem um desinteresse no momento, é a atitude arrependida que leva à conversão e provoca atitudes comprometidas.

Na parábola do evangelho de hoje, o filho que fez a vontade do pai foi aquele que de fato foi trabalhar na vinha, ainda que tenha dito que não iria. Mas aquele que respondeu falsamente que iria, mesmo que tenha respondido com aparente respeito ao pai, não foi capaz de responder com a vida, com as atitudes concretas. Definitivamente, conversão da boca para fora não existe! É enganar-se. Paulo afirma, na segunda leitura, que a conversão é um processo que nos leva a ter os mesmos sentimentos de Cristo Jesus. Para isso, deixar de almejar vanglórias e abandonar o espírito de competição na vida fraterna é condição básica para correr à meta que nos é proposta. Conversão é imergir-se na fraternidade, para que as aspirações sejam comuns e todos sigam juntos para a mesma meta, que é a vida feliz e realizada em Cristo.

Tua Palavra é Lâmpada para os pés, luz para o caminhar!

Celebramos hoje o dia nacional da Bíblia. Não é um livro do passado, mas palavra viva de Deus, que se encarna em nossa realidade e nos impulsiona à prática do bem, do amor, da justiça e da paz, Agradeçamos o trabalho árduo de São Jerônimo, o qual colaborou para que os textos bíblicos se tornassem mais acessíveis e presentes no cotidiano das pessoas.

Agradeçamos a todos os biblistas que continuam suas árduas pesquisas para nos ajudar a compreender ainda mais o sentido que esses livros trazem para o contexto em que hoje vivemos; somos convidados a responder a seus questionamentos com espírito cristão.

É fato que nós, católicos, precisamos crescer no hábito de leitura da Bíblia pessoal e comunitariamente. A tradução dos textos para a vida, sob a luz do Espírito Santo, e a orientação da igreja são fundamentais. Não busquemos jamais “respostas prontas e acabadas” nas páginas bíblicas. É preciso que a leitura, sob a força do Espírito, seja a luz que nos possibilite olhar a realidade segundo a vontade do Pai. Somente assim seremos capazes de continuar a construção do Reino de Deus no hoje de nossa história.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Entrada da Palavra: ministros da Palavra podem dinamizar a entrada da Bíblia, destacando a importância do anúncio profético do evangelho. A frase a ser introduzida juntamente com a Bíblia nesta celebração é: “Palavra viva, que nos leva à Conversão”.
– Juntamente com a Bíblia, introduzir a imagem de São Jerônimo.
– Liturgia da Palavra: antes da proclamação das leituras, cantar um mantra (sugestão: “Tua palavra é lâmpada para meus pés”).
– Oferendas: ofertar todas as frases que foram introduzidas em cada um dos domingos, com o objetivo de apresentar a Deus os frutos da escuta da palavra que se faz caridade, e realizar coleta de alimentos para os necessitados.
– Envio da comunidade: o presidente da celebração pode fazer uma oração de envio sobre o povo, enfatizando a vocação batismal de sermos todos discípulos missionários de Jesus Cristo, anunciadores de sua Palavra.

Sugestões de repertório para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Senhor, escuta
Aclamação: Aleluia! O Senhor
Oferendas: As mesmas mãos
Comunhão: Vá e mostre

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Áudios para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)

Senhor, tudo o que fizestes conosco com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia (Dn 3,31.29s.43.42).

É na comunhão do Espírito Santo que nos reunimos para celebrar a páscoa semanal de Jesus, abrindo-nos à ternura e à compaixão de nosso Deus, que acolhe pobres e pecadores. Não nosso falar, mas nosso agir é que demonstra se cumprimos ou não a vontade divina. Celebremos com alegria o dia da Bíblia, a Palavra que nos orienta e conduz.

Primeira Leitura: Ezequiel 18,25-28

Leitura da profecia de Ezequiel – Assim diz o Senhor: 25“Vós andais dizendo: ‘A conduta do Senhor não é correta’. Ouvi, vós da casa de Israel: é a minha conduta que não é correta ou, antes, é a vossa conduta que não é correta? 26Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. 27Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. 28Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 24(25)

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão!

1. Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos / e fazei-me conhecer a vossa estrada! / Vossa verdade me oriente e me conduza, † porque sois o Deus da minha salvação; / em vós espero, ó Senhor, todos os dias! – R.

2. Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura / e a vossa compaixão, que são eternas! / Não recordeis os meus pecados quando jovem / nem vos lembreis de minhas faltas e delitos! / De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia / e sois bondade sem limites, ó Senhor! – R.

3. O Senhor é piedade e retidão / e reconduz ao bom caminho os pecadores. / Ele dirige os humildes na justiça / e aos pobres ele ensina o seu caminho. – R.

Segunda Leitura: Filipenses 2,1-11 ou 1-5

[A forma breve está entre colchetes.]

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – [Irmãos, 1se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, 2tornai então completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. 3Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante 4e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro. 5Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus.] 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 21,28-32

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam a minha voz, / minha voz estão elas a escutar; / eu conheço, então, minhas ovelhas, / que me seguem, comigo a caminhar! (Jo 10,27) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Jesus dá um “puxão de orelha” nas autoridades religiosas do seu tempo e as desmascara com uma pergunta. A parábola mostra que o importante não são as palavras, mas as ações, o fazer. Podemos enganar os outros com belas palavras, mas nossa prática revela nossas intenções e opções. Jesus diz que os pecadores e prostitutas precedem as autoridades religiosas no Reino de Deus. Enquanto os pecadores e prostitutas são excluídos do Templo por não cumprir a lei, levam a sério o caminho da justiça; as autoridades fazem de sua “suposta justiça” a fonte do seu poder, do seu domínio sobre os outros. Portanto, a parábola denuncia a hipocrisia da elite, que se apresenta como cumpridora da vontade de Deus, quando de fato não a cumpre. É clara a mensagem: o importante diante de Deus é o fazer. Os grupos desprezados são os verdadeiros herdeiros do Reino dos Céus. Jesus repreende os “bons” porque acham que já estão vivendo de forma honesta e justa e que não há o que melhorar.

Oração

Ó Jesus, comunicador franco e transparente, não escondes a tua indignação contra os que querem se passar por justos, quando na verdade estão longe das exigências do Reino de Deus. Ajuda-nos a assumir, de modo responsável, a prática da justiça e da misericórdia. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

27 de setembro – Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Convidados à obediência ao Senhor, abramos o coração para que sua vontade seja feita em nossa vida e seu Reino se torne cada vez mais presente entre nós, por meio das nossas ações e do amor que testemunhamos. Neste dia da Bíblia, queremos ser iluminados por essa Palavra que nos conduz e aprender do Pai a praticá-la no dia a dia.

Amar a Deus significa obedecer à sua vontade, praticando atitudes que manifestam o seu Reino.

A VERDADEIRA RELIGIÃO

Dirigida às autoridades, sacerdotes e anciãos do povo, a parábola do Evangelho de hoje revela quem aceita Jesus e quem o rejeita. Os dois filhos agem de forma diferente daquilo que responderam ao pai: um respondeu “não”, mas depois foi; o outro respondeu “sim”, mas depois não foi. Pergunta desafiadora do Mestre: qual fez a vontade do pai? Resposta das autoridades: aquele que agiu conforme o pai havia pedido.

Religião não é feita só de palavras, mas sobretudo de ação, de vivência, de prática. O papa Francisco adverte sobre “cristãos papagaios”, que só falam em religião, mas não a vivem. Não basta dizer “Senhor, Senhor”, mas é preciso cumprir a vontade do Pai para entrar no Reino. Uma religião que se limite ao cumprimento de rituais e não trilhe o caminho da justiça não leva ao seguimento de Jesus. Diante dessa parábola, poderíamos perguntar: para que serve a religião?

Tradicionalmente, afirma-se que religião quer dizer “religar-se com a divindade”. Essa definição, porém, pode dar a ideia de que ela não deveria se preocupar com o que ocorre no mundo. O Vaticano 2º procurou abrir a Igreja para o mundo e não deixá-la fechada em si mesma. O papa insiste muito nisso. Algumas “frestas nas janelas da instituição se abriram para os ventos do Espírito”, trazendo a Boa-nova do Evangelho. No entanto, não faltam os que tentam fechar essas frestas, considerando-as nocivas.

Na era das imagens, em muitos ambientes há o sério risco de a religiosidade católica se reduzir ao estético: batinas, roupas clericais medievais, correntes, véus… Nada disso parece ajudar a viver o Evangelho da justiça e da transformação. Empenhar-se pelo direito dos pobres, em sintonia com as bem-aventuranças, em alguns círculos soa quase uma ironia.

Jesus diz que “os cobradores de impostos e as prostitutas”, abrindo-se à misericórdia de Deus, precederão, no Reino, aos que vivem de forma farisaica. A parábola de hoje quer nos levar a refletir sobre nossa maneira de viver a religião e a visão que temos do Reino de Deus. Os dois filhos podem representar cada um de nós, que alternamos momentos de compromisso com o projeto de Jesus com momentos de fraqueza, indiferença e até crítica à proposta do Mestre.

Pe. Nilo Luza, ssp  / Portal Kairós

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