Liturgia

No dia 3 de dezembro de 2023, começa o Advento, tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a preparar o coração para celebrar o Nascimento de Jesus!

Leituras de Domingo: 25° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)

Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.

Nesta celebração busquemos o Senhor, que é bom e misericordioso para com todos e sempre está perto dos que o invocam. Dispondo-nos a acolher o convite para trabalharmos em favor do seu Reino, reunimo-nos para ouvir sua Palavra, receber seus dons e experimentar o amor que tem por nós, a fim de glorificarmos seu Filho com nossa vida.

Primeira Leitura: Isaías 55,6-9

Leitura do livro do profeta Isaías – 6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos quanto está o céu acima da terra. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 144(145)

O Senhor está perto da pessoa que o invoca!

1. Todos os dias haverei de bendizer-vos, / hei de louvar o vosso nome para sempre. / Grande é o Senhor e muito digno de louvores, / e ninguém pode medir sua grandeza. – R.

2. Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. / O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura. – R.

3. É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R.

Segunda Leitura: Filipenses 1,20-24.27

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – Irmãos, 20Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. 21Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. 22Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher. 23Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo – o que para mim seria de longe o melhor -, 24mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. 27Só uma coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 20,1-16

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde abrir o nosso coração, Senhor; / ó Senhor, abri o nosso coração, / e então do vosso Filho a palavra / poderemos acolher com muito amor! (At 16,14) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 1“O Reino dos céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça desocupados 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’ 9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro e pensavam que iam receber mais. Porém cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’. 13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.- Palavra da salvação.

Reflexão

A parábola compara o Reino dos Céus a um proprietário que vai em busca de trabalhadores para sua vinha. Revela triste realidade do tempo em que o evangelho foi redigido: o desemprego (“ninguém nos contratou”) e muita gente sem terra. O narrador insiste bastante sobre a “justiça”. O que é justiça? É aquilo que é conforme a vontade de Deus; é cada um ter o suficiente para suprir as necessidades básicas do ser humano (“uma moeda de prata por dia”). O patrão, porque é bom, vê a necessidade do outro. E se no Reino dos Céus existirem “primeiros e últimos”, os primeiros serão aqueles que a sociedade considera como últimos (“os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”). As comunidades precisam começar sempre pelos últimos, assim como fez o capataz na hora do pagamento. Alargando um pouco a parábola, podemos perceber que os primeiros a receber a revelação foram os judeus, mas nem sempre estavam dispostos a abrir a porta também aos que chegaram depois (os pagãos).

Oração

Ó Jesus, manifestação viva do amor gratuito do Pai, a salvação que nos ofereces não depende dos nossos méritos, nem do tempo que dedicamos ao teu serviço. Não é reservada a poucos privilegiados, mas está aberta a todos os que, a qualquer hora, te buscam de coração sincero. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 25° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

25° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Is 55,6-9; SI 144; Fl 1,20 – 24.27; Mt 20,1-16

25° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Um novo ponto de vista: o de Deus

Depois de meditarmos sobre a correção fraterna e o perdão, a liturgia vem colocar a importância de vermos a realidade a partir de um ponto de vista novo: o de Deus. Impossível? Seria impossível se Deus não tivesse revelado seus desígnios a nós. Mas, em Cristo, Deus revelou-se totalmente a nós, mostrando como vê a realidade, como pensa a realização do ser humano e o quanto se empenha para isso.

Os pensamentos de Deus distam de nossos como o céu é distante da terra. Mas o convite está feito, e a graça de Deus não nos falta: “Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão” (Is 55,6-9). A piedade do Senhor e seu perdão eliminam a distância para aquele que deseja viver segundo os planos de Deus. Aos poucos vamos nos dando conta de que a distância entre nós e Deus é criada por nós mesmos, quando nos fechamos à conversão e nos enchemos de nós mesmos.

Por outro lado, quando assumimos viver em Cristo, descobrimos que a vida começa a ter seu verdadeiro valor quando dá frutos para a vida das pessoas, quando meu existir colabora para que a vida do outro seja mais plena. Paulo descobriu essa verdade e exortou-nos: “Só uma coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo”.

Venham trabalhar em minha vinha

O Evangelho, em tom vocacional, fala do amor de Deus, que se derrama igualmente sobre todos os seus filhos e suas filhas. Mais do que naquele tempo, o modo como o patrão da parábola paga a seus funcionários parece-nos estranha. Na verdade, temos de concordar que o patrão não foi injusto, pois o que combinou, pagou. O descontentamento daqueles da primeira hora se deve ao fato de que não receberam privilégios. Não puderam aturar o fato de que o patrão fosse bom com eles do mesmo tanto que foi bom para com os outros. Tiraram o foco da bondade do patrão para ficar comparando as horas da jornada.

A mensagem profunda para nós hoje é a de que Deus ama igualmente a todos, sem injustiças. Não é a quantidade do servir, mas o modo e a intensidade como se serve e como se coloca à disposição de seu reino. Não é fácil pensar assim. É preciso mudar o ponto de vista: da gratuidade interesseira, temos de passar para a gratuidade autêntica, em que não ficaremos nos comparando para ver quem merece mais. Ao contrário, ficaremos agradecidos porque juntos percebemos como o convite do Senhor se estende a todas as pessoas, para que se coloquem a serviço de Deus e dos irmãos. A grandeza está no servir!

Sugestões litúrgicas para a Missa do 25° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Liturgia da Palavra: cantar um mantra antes da proclamação das leituras, convidando a assembleia ao silêncio orante.
– Entrada da Palavra: a pastoral familiar pode dinamizar a entrada da palavra, dando ênfase ao espaço vocacional próprio da família. A frase a ser introduzida juntamente com a Bíblia nesta celebração é: “O Senhor nos chama na gratuidade de seu amor”.
– Preces dos fiéis: fazer uma prece especial por todos os que vivem a palavra de Deus por meio da dedicação humilde aos irmãos na vida de comunidade.

Sugestões de repertório para a Missa do 25° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Senhor, escuta
Aclamação: Aleluia! O Senhor
Oferendas: As mesmas mãos
Comunhão: Vá e mostre

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 25° Domingo do Tempo Comum 2020

Áudios para a Missa do 25° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

20 de setembro – Missa do 25° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 25° Domingo do Tempo Comum 2020

Ser bondoso e justo é o compromisso de todo aquele que segue os ensinamentos do Evangelho. Nós, que viemos aqui buscar e glorificar o Senhor, somos convidados a aprender que o seu Reino se manifesta quando praticamos o bem com generosidade, gratuidade e amor. Esta liturgia nos ajude a perseverar na prática de tudo o que Jesus viveu e ensinou.

A vinha do Senhor é o Reino de amor, justiça e fraternidade que podemos ajudar a edificar entre nós.

A JUSTIÇA DO REINO

A justiça do Reino se manifesta no agir de Deus, o dono da vinha que cumpre a palavra e atende a todos, convidando a atitudes novas. Trabalhar em sua vinha, o Reino de Deus, não torna uns mais merecedores que outros. Cada um de nós, com a própria história, seguindo a justiça do Reino, entra na dinâmica do amor de Deus, tornando-se também objeto de sua bondade e misericórdia.

Os que foram contratados primeiro esperam receber mais do que o “justo” combinado. Pensam na justiça que retribui segundo o mérito, a qual se baseia na comparação e é sempre acompanhada do ciúme.

Os que foram contratados por último, por sua vez, descobrem que o “justo” combinado vai além do que acreditam merecer. De fato, o dono da vinha, ao agir com bondade, mostra que sua justiça não é punição ou simples retribuição, mas solidariedade com os que vivem situações de preocupação e sofrimento, como o desemprego.

Tem sentido, então, a pergunta do dono da vinha, diante de um ciúme que não admite o amor autêntico de Deus. Reconhecer-se agraciada por Deus e comprometer-se com uma justiça diferente faz a pessoa superar preconceitos e abrir-se às necessidades dos outros. Seria mais fácil, de antemão, tachar de vagabundos aqueles trabalhadores contratados por último. O dono da vinha os questiona, descobre que estão desempregados, e o pagamento “justo” que ele faz se expressa em solidariedade, pelo drama que viviam.

A justiça de Deus, enfim, iguala por alto, eleva à dignidade todos os seus filhos e filhas. E nos convida a uma lógica diferente, não baseada no mérito, mas na solidariedade que questiona, aproxima e inclui. Pois essa é a dinâmica do Reinado de Deus. Portanto, longe de nos indicar que somos merecedores diante de Deus, a justiça do Reino nos leva a superar preconceitos, a superar a lógica da simples retribuição, para enxergarmos nos dramas alheios algo que nos interpela. Afinal, é aí que podemos experimentar de fato o agir daquele que é Bom.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp /  Portal Kairós

13 de setembro – Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2020

Deus nos ama e sempre nos perdoa as faltas que cometemos. Hoje ele nos convida a evitar tudo o que pode causar ódio, rancor, indiferença e desunião. Quando amamos nossos semelhantes, vivemos unidos e perdoamo-nos mutuamente. Esta Eucaristia nos fortaleça em nosso esforço de viver a fraternidade e o perdão.

Quando perdoamos aos nossos semelhantes, aproximamo-nos ainda mais do amor de Deus.

HÁ LIMITES PARA O PERDÃO?

Pedro queria estabelecer um limite ao perdão dado a um irmão: no máximo, sete vezes. O Mestre o corrige: não sete vezes, mas setenta vezes sete. Segundo Mateus, a questão em pauta são as dívidas entre irmãos de comunidade e o modo como são chamados a conviver.

Jesus ilustrou o caso com a parábola do rei e seus empregados, para mostrar a disparidade existente entre o agir de Deus e o agir humano.

O texto do Evangelho trata de um princípio básico da vida cristã: a necessidade de perdão e reconciliação. Dois elementos fundamentais para a convivência fraterna e pacífica numa comunidade.

A dívida do empregado era impagável. O valor em dinheiro dos bens familiares somados seria irrisório em relação ao montante devido. Com sua súplica, ele consegue comover o patrão, que lhe perdoa a enorme dívida. Nossa dívida com Deus pode ser considerada impagável; em contrapartida, o perdão divino é imensamente generoso.

Não obstante essa experiência, o devedor perdoado torna-se um credor impiedoso com seu companheiro, que lhe devia pequeno valor. A súplica do companheiro foi inútil, e o outro mandou prendê-lo até pagar tudo o que lhe devia. Não levou em conta a compaixão de que tinha sido alvo nem conseguiu estender ao próximo o perdão que havia recebido.

A parábola ilumina a relação entre Deus e os seres humanos e a relação destes entre si. Na oração do pai-nosso, encontramos o critério que pode nortear essas relações. A prática do perdão não é, entretanto, tão fácil: exige humildade e despojamento da arrogância. A constante disposição de perdoar não deve ter limites. O objetivo da parábola é justamente desafiar os discípulos de Jesus a ter sempre essa disposição de abertura para o perdão.

O Reino dos céus é como um rei que perdoa as dívidas de quem perdoa a seus irmãos: perdoai-nos como perdoamos, rezamos no pai-nosso. As famílias e as comunidades cristãs são convidadas a estender o perdão e assumir a reconciliação; caso contrário, não estaremos participando da proposta do Reinado de Jesus.

Pe. Nilo Luza, ssp  / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 24° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 4ª semana do saltério)

Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros (Eclo 36,18).

Nesta liturgia, somos convidados pelo Senhor bondoso e misericordioso a celebrar a vida nova do seu Reino, a qual se manifesta em todos os que buscam viver a reconciliação e o perdão. Jesus nos pede que rancor e raiva não tenham lugar em nosso coração, pois todos pertencemos a ele, que morreu e foi ressuscitado por amor à humanidade.

Primeira Leitura: Eclesiástico 27,33-28,9

Leitura do livro do Eclesiástico – 33O rancor e a raiva são coisas detestáveis; até o pecador procura dominá-las. 28,1Quem se vingar encontrará a vingança do Senhor, que pedirá severas contas dos seus pecados. 2Perdoa a injustiça cometida por teu próximo: assim, quando orares, teus pecados serão perdoados. 3Se alguém guarda raiva contra o outro, como poderá pedir a Deus a cura? 4Se não tem compaixão do seu semelhante, como poderá pedir perdão dos seus pecados? 5Se ele, que é um mortal, guarda rancor, quem é que vai alcançar perdão para os seus pecados? 6Lembra-te do teu fim e deixa de odiar; 7pensa na destruição e na morte e persevera nos mandamentos. 8Pensa nos mandamentos e não guardes rancor ao teu próximo. 9Pensa na aliança do Altíssimo e não leves em conta a falta alheia! – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 102(103)

O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso.

1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / e todo o meu ser, seu santo nome! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / não te esqueças de nenhum de seus favores! – R.

2. Pois ele te perdoa toda culpa / e cura toda a tua enfermidade; / da sepultura ele salva a tua vida / e te cerca de carinho e compaixão. – R.

3. Não fica sempre repetindo as suas queixas / nem guarda eternamente o seu rancor. / Não nos trata como exigem nossas faltas / nem nos pune em proporção às nossas culpas. – R.

4. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, / tanto é grande o seu amor aos que o temem; / quanto dista o nascente do poente, / tanto afasta para longe nossos crimes. – R.

Segunda Leitura: Romanos 14,7-9

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 7ninguém dentre nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo. 8Se estamos vivos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Portanto, vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor. 9Cristo morreu e ressuscitou exatamente para isto, para ser o Senhor dos mortos e dos vivos. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 18,21-35

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu vos dou este novo mandamento, / nova ordem, agora, vos dou; / que, também, vos ameis uns aos outros, / como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, levaram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Outra proposta a ser vivida na comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus é o perdão. Nossa mesquinhez procura estabelecer limites: “Até sete vezes?” Toda vez que rezamos o Pai-nosso, pedimos o perdão a Deus e nos dispomos a perdoar. Se Deus levasse em conta nossa medida de perdão (“como nós perdoamos”), coitados de nós.
Sempre desejamos o perdão divino, mas nem sempre estamos dispostos a estendê-lo aos outros. É o que mostra a parábola do evangelho. Pode-se pensar que aqui se aborda o perdão entre as pessoas da comunidade, nas situações em que o pobre, de tão endividado, necessitava ter sua dívida cancelada. Não se trata dos grandes roubos praticados nos círculos de poder e na esfera pública, os quais lesam o cidadão. O perdão também não significa permitir tudo o que ocorre na sociedade, principalmente os desvios, que prejudicam o investimento no bem comum. O perdão é fundamental para construirmos uma “cultura da paz” e combatermos a “cultura da violência”.

Oração

Ó Jesus, mestre na prática do perdão, corrige nossa intolerância diante da falta alheia, e afasta definitivamente de nós qualquer desejo de vingança. Teu e nosso Pai celeste nos perdoa sempre, de modo generoso, e exige que façamos a mesma coisa com quem nos fendeu. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

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