Liturgia

No dia 3 de dezembro de 2023, começa o Advento, tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a preparar o coração para celebrar o Nascimento de Jesus!

19 de janeiro: Missa do 2º Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 2º Domingo do Tempo Comum

Somos chamados nesta liturgia a ser santos, assumindo a missão de anunciar Jesus ao mundo. O exemplo de João Batista nos encoraje a viver a nossa fé e testemunhar, com alegria, o amor e a misericórdia de Deus que Jesus veio nos trazer.

Todos os dias de nossa vida, somos chamados a testemunhar nossa fé em Jesus Cristo por meio de palavras e gestos de amor e misericórdia.

JESUS, O CORDEIRO QUE REALIZA PLENAMENTE A MISSÃO DO PAI

Neste domingo, descortina-se diante de nós o apelo de Deus para a vivência do seu projeto de salvação. Deus tem um projeto relevante para seus filhos e filhas: dar a todos liberdade e vida em plenitude. O convite para a participação na execução desse projeto renova-se no tempo e dirige-se a todos. Requer-se dos convidados apenas comprometimento, sentido de pertença, isto é, fazer com dedicação, generosidade e alegria a vontade de Deus. No entanto, nem todos estão dispostos a aceitar esse convite. Os que respondem afirmativamente ao seu chamado tornam-se testemunhas e apóstolos de Jesus Cristo.

Deus confirma a sua missão na vida daqueles que, no exercício de suas funções, compreendem que o convite para o seguimento de Jesus tem suas exigências. Não basta saber quem é Jesus; é preciso anunciá-lo com a própria vida. Quem se compromete com o Mestre se torna promotor da paz e construtor de nova sociedade. João Batista e o apóstolo Paulo dão testemunho de que essa sociedade nova já chegou, pois tudo aquilo que Deus pensou para seu povo encontra plena realização na pessoa de Jesus.

O testemunho de João Batista revela-o como um grande profeta que anunciou a proximidade do reino de Deus e sua justiça: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado mundo” (Jo 1,29). Reconhecer Jesus como aquele que tira o pecado do mundo é vê-lo como o que veio para realizar plenamente a vontade do Pai, isto é, para transmitir a todos a vida divina, a fim de que a humanidade consiga realizar seu projeto salvífico. O próprio João Batista coloca Jesus muito acima de si: “Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim” (Jo 1,30).

Paulo se apresenta à comunidade de Corinto como verdadeiro apóstolo de Cristo por vontade de Deus. Ele tem consciência do chamado que o Senhor lhe fez para que saísse pelo mundo inteiro e anunciasse o evangelho a todas as criaturas. O testemunho missionário de Paulo nos leva a refletir sobre nossa missão de discípulos missionários. Assim como o apóstolo, nós também somos convidados a dar nossa contribuição para que a Palavra de Deus seja propagada em todos os lugares.

A exemplo de Paulo e de João Batista, deixemos que Jesus Cristo aja em nós para que possamos segui-lo e testemunhá-lo com nossa própria vida.

Pe. Roni Hernandes, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Festa do Batismo do Senhor 2020

Festa do Batismo do Senhor

Is 42,1-4.6-7; SI 28; At 10,34-38; Mt 3,13-17

Este é meu Filho Amado

Com a festa do batismo do Senhor, conclui-se o tempo do natal e inicia-se o tempo comum. Após o Batismo, Jesus se empenha em anunciar publicamente o Reino de Deus. No curto relato evangélico proposto por São Mateus, Jesus é apresentado em comunhão estreita com o Espírito Santo e o Pai. A missão de Jesus Messias brota do coração da Trindade para fazer chegar aos homens e às mulheres o manancial de salvação, que foi outrora rompido pelo pecado. Ungido pelo Espírito Santo e declarado pelo Pai como Filho Amado, Jesus inicia um tempo totalmente novo na história do Povo da Aliança.

O Batismo de João é recebido pelo Messias Salvador como sinal da nova justiça divina, que terá na misericórdia toda a sua força. Ao ser batizado, Jesus se apresenta como renovador do próprio Batismo de João. Não se trata mais de um sinal de conversão pessoal, mas agora o Batismo passa a ser a inserção na missão, força e poder do próprio Cristo Jesus, o Messias do Pai.

Na profecia de Isaías, encontra-se a figura do servo fiel a Deus, que restaurará o povo por meio da justiça misericordiosa, a qual não apagará a chama que ainda fumega nem quebrará a cana rachada. A profecia, à luz do novo testamento, cumpre-se plenamente em Cristo. Sua vida e missão são assumidas no batismo e levadas até o fim por meio de gestos concretos de misericórdia como condição única de colocar um ponto final em toda maldade e divisão.

A ação de Jesus toca a pessoa a partir do coração, convidando-a à profunda conversão. O livro dos Atos dos Apóstolos mostra que a experiência da pessoa de Jesus transformou Pedro a ponto de ele reconhecer que o amor de Deus não se restringe a normas de um povo ou cultura, mas chega a todos os povos e todas as nações por meio da prática do bem.

Na missão do Cristo, nossa missão

Batismo e missão constituem duas dimensões inseparáveis da vida cristã. Por isso não podemos dizer que fomos batizados, como se fosse um acontecimento do passado. Convictos de nossa fé, temos de proclamar com a vida que SOMOS batizados. A vivacidade de nosso batismo se expressa quando somos capazes de acolher o sentido profundo da vida em Cristo, que se concretiza na prática da caridade. Só assim é possível sair de esquemas preconceituosos e radicais dos que se dizem donos da verdade.

Testemunhar nosso batismo significa mostrar que a verdade não é um conceito ou uma realidade acabada, mas é sempre fruto de uma busca contínua feita em comunidade. Compreendida assim, a verdade se torna vida na vida, e não um peso opressor que se toma critério rígido de exclusão. Banhados em Cristo, recebemos também nós a missão de passar nossa vida fazendo o bem e curando as pessoas dos males de nosso tempo. Em Cristo, também nós somos filhos amados do Pai celestial, plenos da foça de seu Santo Espírito. É tempo de missão!

SUGESTÕES LITÚRGICAS

– Se neste dia houver batizado na comunidade, pode-se dar um destaque especial à vocação não só da criança, mas também da família e da comunidade.

Entronização da Palavra: a palavra pode ser entronizada, acompanhada dos símbolos do batismo: água, óleo, Círio Pascal, veste branca.

Oferendas: pessoas de diversas descendências podem participar do ofertório trazendo um globo terrestre, mostrando que a evangelização é compromisso de todos e todos somos irmãos.

– Antes da bênção final: ao final, provocar os fiéis a se lembrarem do dia em que foram batizados. Em seguida, enviá-los com a missão de viver o batismo a cada dia da vida.

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

12 de janeiro de 2020: Batismo do Senhor

Batismo do Senhor

A festa do Batismo de Jesus o revela como o Filho amado que tem sobre si o Espírito de Deus para conduzi-lo em sua missão. Esta liturgia nos ajude a recordar que nós também somos filhas e filhos amados do Pai e chamados a ser, no mundo, sinais do seu amor e da sua bondade.

Pelo batismo, participamos da mesma missão de Jesus de anunciar, com palavras e obras, o reino de Deus a todas as pessoas.

BATIZADOS PARA A MISSÃO

O episódio do batismo de Jesus, relatado no evangelho de hoje, conclui a etapa “silenciosa” da sua vida e inaugura nela uma nova fase. É como que uma segunda epifania, a manifestação de Jesus ao mundo como “Filho amado” do Pai. Sua missão profética e messiânica é revelada à humanidade não mais pela estrela, mas pela voz de Deus.

Jesus, ao se abaixar ao nível dos pecadores – embora sem nunca ter pecado – e entrar na fila para receber o batismo de João, revela-nos a opção de sua missão: pôr-se ao lado dos mais humildes, dos pecadores e desprezados pela sociedade. Ao dizer “eu preciso ser batizado por ti”, João Batista exprime a percepção de que Jesus estaria errado ao pedir o batismo, mas o profeta acaba aceitando esse pedido como vontade de Deus. O Mestre fala da exigência de “cumprir toda a justiça”. O termo justiça é muito caro no Evangelho de Mateus. Justa é a pessoa que se mostra fiel ao compromisso com a vontade divina.

Ao sair da água, o céu se abre. Já não há barreira entre o céu e a terra, entre o divino e o humano. A partir de então, nada impede o ser humano de ter acesso a Deus e fazer experiência com ele. Para nós, cristãos, autêntico caminho para o Pai é Jesus, que, por fim, é proclamado seu Filho amado. Ele é realmente divino e humano, capaz de cumprir a vontade do Pai. É o Deus encarnado que veio morar entre nós. Eis aí o grande mistério de um amor capaz de se abaixar ao nível dos pecadores para lhes conceder a santidade divina.

Com o batismo, Jesus inicia sua missão. E seu batismo nos faz descobrir o nosso, com o qual somos também proclamados filhas e filhos amados de Deus. Eis nossa grande alegria: sermos chamados filhas e filhos do Pai e sermos revestidos de uma dignidade que nos torna para sempre preciosos aos seus olhos. Pelo batismo, tornamo-nos membros da comunidade Igreja e, abrindo-nos à ação do Espírito Santo, recebemos uma missão para cumprir.

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a solenidade da Epifania do Senhor

Solenidade da Epifania do Senhor

Is 60,1-6; SI 71; Ef 3,2-6; Mt 2,1-12

Cristo é nossa comunhão e nossa paz

A profecia de Isaías hoje proclamada é a expressão mais profunda do sonho de restauração de Jerusalém como o centro do mundo, ponto de comunhão entre todos os povos. A destruição do período pós-exílico exigia postura firme e cheia de esperança para restaurar não apenas a parte material da cidade, mas sobretudo o povo triste e desesperançado.

A proposta do profeta deixa transparecer um triunfo político, que jamais chegou a seu cumprimento. Com o nascimento de Jesus, fica mais do que claro que a glória de Jerusalém é bem outra. Na interpretação do Novo Testamento, tal profecia não se refere somente à glória de uma cidade ou de um povo, mas tem um alcance muito mais amplo, pois se conclui de uma vez por todas que salvação de Deus é para todos os povos. Os magos, que vêm do Oriente, caminham com perseverança, guiados por um sinal que os leva até o Menino Deus e sua Mãe. Não foi no centro político, nos belos palácios de Herodes, que encontraram o rei, mas na humilde cidade de Belém. Somente a fidelidade aos sinais de Deus podem nos permitir ver o inusitado: um rei fora de palácios, um rei fora das tramas políticas corrompidas e interessado na restauração mais profunda de cada ser humano.

No silêncio da casa de Belém, o Deus amor leva à plenitude o sonho profético de Isaías, mostrando que a comunhão dos povos não é centralizada, mas extrapola fronteiras para envolver toda a humanidade em uma só família de irmãos e irmãs.

Deus Salvador se revela a todos

Paulo oferece um grande questionamento para nossas comunidades que celebram hoje a manifestação de Jesus a todos os povos: somos fiéis anunciadores desse grande mistério de Deus a nós confiado no batismo?

O testemunho de vida em comunhão é a força da evangelização em nosso tempo, marcado cada vez mais pela pluralidade. Nossa missão de cristãos não é outra senão continuar testemunhando que o amor de Deus, em Cristo, rompeu todas as barreiras e divisões. Nele, a diversidade é força de comunhão, e não um motivo de separação. Nesse sentido, um bom caminho é começar destruindo aquelas barreiras mais próximas, presentes em nossas famílias e comunidades, que ainda nos impedem de viver o evangelho. Assumindo essa atitude, a justiça trará o fruto bom da paz.

Corramos hoje ao presépio e reconheçamos que Cristo é o Rei de amor, o Deus Salvador, que se compadece de nossos sofrimentos para nos fazer participar de sua plena alegria, pois se fez ser humano como nós. Assim, a oferta de ouro, incenso e mirra pode ser traduzida por nossos gestos concretos de amor e comunhão com nossos irmãos. E lembremo-nos sempre: o sonho de comunhão se realiza definitivamente na pessoa de Cristo, o único capaz de transformar profundamente nossos corações, se a Ele dermos abertura e acolhimento.

SUGESTÕES LITÚRGICAS

Acolhida: entregar uma oração breve a cada fiel para ser rezada no momento final, diante da manjedoura, como sinal de compromisso de manifestar Cristo ao mundo. Nesta prece, pode-se conter um convite vocacional que motive a escuta e a vivência do chamado de Deus.
Ato penitencial: durante o canto de perdão, pode-se motivar a superação das barreiras, que ainda impedem a comunidade de acolher verdadeiramente o Cristo. A cada convite de perdão, canta-se um refrão penitencial.
– Hino de louvor: o Hino de Louvor pode ser acompanhado pela entrada de pessoas com flâmulas brancas, tendo escrito: Paz na terra, Glória a Deus nas Alturas, Fé, Esperança, Caridade etc.
– Oferendas: entrar crianças da catequese representando os reis magos, trazendo dons para o altar, dentre eles, o pão e o vinho, que serão consagrados.

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

05 de janeiro: Solenidade da Epifania do Senhor 2020

Solenidade da Epifania do Senhor

Nesta liturgia nos alegramos porque Jesus nasceu e está no meio de nós. Viemos para adorá-lo e acolher a salvação que ele veio nos trazer. Celebremos a solenidade da Epifania com a certeza do grande amor de Deus, que se manifestou em Jesus em favor de todas as pessoas.

Nosso encontro com Jesus nos leva ao encontro com nossos irmãos e irmãs para servi-los com alegria e amor.

EM BUSCA DO RECÉM-NASCIDO

Guiados pela estrela, os magos chegam a Jerusalém e buscam informações a respeito do recém-nascido. Isso alarma os poderosos da capital, que fingem ter interesse em também adorar o menino. Jesus, desde o nascimento, é causa de alegria e de perturbação ao mesmo tempo. A aceitação e a rejeição o acompanharão ao longo de toda sua vida: os pequeninos que se abrem ao amor de Deus o seguem com alegria; os poderosos e orgulhosos são incapazes de acolher o dom de Deus.

Esse texto marca a tensão entre Jerusalém – onde se encontra o palácio do rei e o templo dos sacerdotes, que rejeitam o Salvador – e Belém, lugar dos pequeninos, que acolhem e seguem o Messias. Entre esses dois polos sempre haverá conflito: cabe a cada um fazer sua escolha.

A estrela que guiou os magos é vista como sinal providencial de Deus, que guia o ser humano. Ela deixa de brilhar em Jerusalém, porque esta vive nas trevas, e volta a brilhar para os que buscam a luz da humanidade, Jesus. A verdadeira estrela agora é o recém-nascido. É por essa estrela que somos convidados a nos guiar ao longo do ano.

Os presentes oferecidos pelos magos revelam a identidade do pequenino de Belém: sua divindade (incenso), sua realeza (ouro) e sua humanidade (mirra).

Epifania é a manifestação de Jesus à humanidade. Os primeiros a receber a revelação do recém-nascido foram os magos, representantes dos pagãos, os que viviam fora do mundo judaico. Jesus se revela como luz, como estrela guia, a quem deseja se deixar iluminar e conduzir por ele. Veio para todos os povos, e todos podem acolhê-lo, desde que se abram ao dom do amor de Deus. Desde então, já não há sentido em falar de povo rejeitado por Deus nem de diferença de raças, pois existe uma só humanidade querida e amada por ele e redimida por Jesus. À medida que o acolhemos e procuramos viver seu projeto de vida, podemos nos tornar, também nós, “luz do mundo”.

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

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