29 de março: missa do 5° Domingo da Quaresma 2020

Missa do 5° Domingo da Quaresma 2020

Jesus nunca abandona seus amigos e é sempre solidário com as pessoas que sofrem e passam por momentos difíceis. Sua presença em nossa vida nos faz trilhar caminhos de alegria, esperança e felicidade. Esta Eucaristia nos fortaleça na fé para sabermos como agradar a Deus e sentirmos seu amor, sua bondade e seu carinho por todos nós.

A presença de Jesus em nossa vida é sinal de esperança, alegria e consolação.

CRISTO, RESSURREIÇÃO E VIDA

O sétimo e último dos sinais narrados no Evangelho de João é a ressurreição de Lázaro. A cena mostra uma família ou comunidade (Betânia = “casa do pobre”) muito querida e amada por Jesus: Lázaro (= “Deus ajuda”) – que está doente e acaba morrendo – e duas irmãs, Maria (a discípula atenta e amada) e Marta (servidora). Esta faz uma profissão de fé importante (“Eu creio que tu és o Messias, o Filho de Deus”), papel que, para as comunidades apostólicas, cabia a Pedro desempenhar. Isso significa que, provavelmente, Marta era líder da comunidade de Betânia.

O fato é que Jesus devolve vida e esperança à comunidade dos pobres. Como podemos notar, trata-se de relato rico em simbolismo. Esse sétimo sinal é o auge de todos os outros: Jesus se apresenta como a “ressurreição e a vida”. Nesse sinal, Jesus revela o poder eficaz da fé, que é a posse da vida eterna já no presente, sem necessidade de esperar pelo “último dia”, como pensava Marta.

Percebemos, portanto, que a proposta de Jesus – a “vida eterna” – não é algo a ser esperado somente para após a morte física, mas deve se concretizar no agora. Em outras palavras: “vida eterna” é vida digna para todos e para sempre, aqui e além.

A ressurreição de Lázaro provoca a ira dos adversários do Mestre. Enquanto Jesus promove a vida de quem está morto, seus adversários preocupam-se em eliminar a das pessoas que não se coadunam com a mentalidade deles. Está do lado de Jesus quem age da mesma forma que ele!

A presença de Jesus é sinal de vida: “Se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. A comunidade joanina reconhece que ele é e nele está a vida. Jesus transforma os corações e os acontecimentos; basta ter fé nele e seguir suas propostas. Seu choro é interpretado como sinal de amor compassivo pelo amigo falecido. É justamente o amor que pode e consegue transformar os sinais de morte em vida, transformar a cultura da morte em cultura da vida.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós