Quinta-feira Santa 2023: Ex 12,1-8.11-14; Sl 115; 1Cor 11,23-26; Jo 13,1-15
Sexta-feira Santa 2023: Is 52,13-53,12; Sl 30; Hb 4,14-16;5,7-9; Jo 18,1-19,42
Sábado Santo 2023: Gn 1,1-2,2 ou Gn 1,1.26-31a; Sl 103 ou Sl 32; Gn 22,1-18 ou Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18; Sl 15; Êx 14,15-15,1; Ct.: Ex 15; Is 54,5-14; Sl 29; Is 55,1-11; Ct.: Is 12; Br 3,9-15.32-4,4, Sl 18; Ez 36,16-17a.18-28;SI 41; Rm 6,3-11; SI 117; Mt 28,1-10
Vamos meditar o sentido do TRÍDUO PASCAL, sem detalharmos cada dia do Tríduo, e assim esperamos ter uma visão fundante dele. A Páscoa não é celebrada só no Domingo da Ressurreição. O Tríduo Pascal se inicia com a Celebração da Ceia do Senhor e termina nas Vésperas do Domingo da Páscoa ou da Ressurreição de Jesus.
O Tríduo Pascal não significa um conjunto de celebrações, mas um proceder rítmico que nos conduz para dentro da Celebração principal, que é a da Vigília Pascal. Nela, celebramos todo o mistério pascal, ou seja, proclamamos que a vida venceu a morte, que Cristo é o Senhor ressuscitado e vencedor de toda a ignomínia, infâmia. Demos um grande salto do Jardim do Éden, onde o homem pecou e foi condenado por sua desobediência a Deus, ao Jardim de José de Arimateia, onde o túmulo ficará vazio e acontecerá a manifestação do Ressuscitado, pois está vivo, ressuscitado. Quanta beleza e quanta grandeza já celebramos nesse momento da Vigília Pascal.
Dentro da Vigília Pascal renovamos nossas promessas batismais. Esse é um momento mais do que sublime, pois pelo batismo caminhamos com o Cristo para a vida, para a dor, morte e ressurreição. Nossa missão é a mesma. Também poderá ser ministrado o sacramento do Batismo, principalmente de uma pessoa adulta. Completamos a Vigília Pascal com a Celebração Eucarística, ápice da Páscoa do Senhor, memorial e presença de Cristo ressuscitado entre nós, na Igreja. Todos podemos nos alegrar, pois há um Senhor a nos amar.
Na Sexta-feira Santa e no Sábado Santo não se celebra a Eucaristia em nenhum lugar do mundo. Nesses dias fazemos o jejum, como nos determina a Constituição Conciliar sobre a Liturgia, pois o Esposo foi tirado, julgado, condenado, como nos afirmou o próprio Cristo (Mt 9,15), e são “dias de amargura”, nas palavras de Santo Ambrósio.
Nesses dias há somente a Celebração da Palavra, na qual “mergulhamos” na paixão de nosso Senhor e podemos compreender um pouco mais profundamente a vida que nos foi ofertada pelo próprio Deus. Nesses dois dias, somos chamados para o grande silêncio, para a meditação mais bem cuidada, em torno da vida doada de nosso Senhor para nossa salvação. É hora de nossa comunhão com o Homem-Deus, pois a situação trágica do pecado dos homens e das mulheres, em “confronto” com o poder da força do amor, levou o Pai a entregar o Filho à morte por nós. Jesus, em sua fidelidade, vai oferecer sua vida ao Pai por todos nós. Portanto, na paixão e morte de Cristo, estamos todos mergulhados por causa de seu amor. E, se amamos o Cristo, temos de corresponder com Ele. Jesus é o grão de trigo semeado na terra, que dará abundantes frutos (Jo 12,24).
O Sábado Santo nos faz sentir toda a força dessa semente lançada na terra, semente carregada somente de amor misericordioso. Como nos narra o livro do Génesis, no fim da primeira criação, Deus descansou de tudo o que tinha feito, realizado (Gn 2,2). A “Igreja, no Sábado Santo, permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando em sua paixão e morte, até ao momento em que, depois da solene Vigília ou expectação noturna da ressurreição, se der lugar à alegria pascal, cuja riqueza se prolongará por cinquenta dias” (Missal Romano sobre Sábado Santo).
Na Ceia do Senhor, Quinta-feira Santa, celebramos a instituição dos “mistérios divinos”, a Eucaristia. O Senhor, antes de sua paixão, junto de seus discípulos, instituiu esse memorial perpétuo, para ser repetível de sua Páscoa. Essa celebração abre o Tríduo Pascal. Já no Domingo de Ramos ou da Paixão, proclamamos o triunfo da Páscoa do Senhor, que, de sua morte, trouxe a abundância da vida para toda a humanidade. Trouxe nossa redenção.
Assim, pois, é preciso caminhar na fidelidade a Jesus, celebrando a vida junto do Senhor da vida, unidos na Comunidade-Igreja e na fraternidade.
Sugestões litúrgicas para a Missa do Tríduo Pascal 2023 – Ano A
A comunidade se organize para realizar algum momento da celebração, de acordo com a Celebração do dia. Permanecer no silêncio será uma boa maneira de viver estes dias, em que mergulhamos no mistério pascal de Cristo. Então, a Comunidade é que deve decidir se fará ou não alguma movimentação na Liturgia desses dias do Tríduo Pascal.
https://i0.wp.com/portalkairos.org/wp-content/uploads/2023/04/triduo-pascal-2023.png?fit=1000%2C667&ssl=16671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2023-04-03 22:05:402023-05-28 22:43:33Reflexão e sugestão para o Tríduo Pascal 2023 do Ano A
O Domingo de Ramos vem nos trazer a alegria do acolhimento festivo de Cristo em Jerusalém e, também, a tristeza da incredulidade dos que subjugam Jesus.
Jesus é acolhido como o Messias esperado: “Bendito o que vem em nome do Senhor”, mas logo depois, nem uma semana depois, é condenado: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Jesus aceita a manifestação da acolhida em Jerusalém, pois sabe que Ele é o Messias, o Salvador, o Filho de Deus, que cumpriu fielmente sua missão. Mas não se ilude, pois sabe que não é a glória humana que triunfará, mas sim sua fidelidade ao Pai. Enquanto o povo se alegra com a chegada do Messias, os grandes, os poderosos e detentores da “sabedoria bíblica” preparam sua morte.
Entra em Jerusalém montado em um jumento, sinal de sua humildade e pobreza, pois os poderosos e importantes andavam em cavalos e não em burros e jumentos. É um detalhe do Evangelho que precisamos saber para reconhecer a grandeza da humildade de Cristo. O Menino Deus nasceu pobre em Belém e caminha para a morte na mesma pobreza, pois não tem nem onde reclinar sua cabeça. É sepultado em um túmulo que nem era seu. Será que somos mesmo capazes de compreender essa grandeza de Cristo, que não abraçou nem buscou a grandeza humana? Em tempos de holofotes, até mesmo na Igreja, temos de repensar nossas atitudes para vermos se elas se aproximam pelo menos um pouco de Cristo.
Estamos iniciando a Semana Santa 2023 e devemos estar dispostos a caminhar com o Cristo, em sua paixão e morte, para ressuscitarmos com Ele. Sim, a Liturgia nos faz realizar a experiência do amor infinito de Deus por nós, que se deu inteiramente a nós. Devemos, sim, mergulhar, com todo o nosso sentimento, no relato da paixão de Cristo, pois saberemos reconhecer novamente com quanto amor.
Ele nos amou e se entregou por nós. Uma das coisas mais duras em nosso tempo é a autossuficiência humana, que despreza o Senhor. Será que bastamos a nós mesmos e não precisamos mesmo de Deus? Será?
Não podemos esquecer o amor de Deus, como aqueles que saudaram o Cristo em sua chegada a Jerusalém, mas depois não tiveram escrúpulo em condená-lo à morte. Na paixão de Cristo, encerra-se todo o mistério do amor e da salvação da humanidade. Quantas precariedades humanas aparecem, no relato da paixão, e como transborda o amor de Cristo por nós. Nada precisamos comentar, basta mergulharmos de corpo e alma nesse relato, e compreenderemos com que amor somos amados. “Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor.”
Parma – O afresco da entrada de Jesus em Jerusalém (Palm Sundy) em Duomo por Lattanzio Gambara (1567-1573).
Download do Cartaz para o Domingo de Ramos 2023 (Alta resolução – 300px):
Sugestões litúrgicas para a Missa do Domingo de Ramos 2023 – Ano A
— Na procissão de Ramos, levar uma faixa com os dizeres “Viva Jesus, nosso Rei!”
— Valorizar o símbolo de hoje, o ramo, a palma da vitória, à qual Cristo chegou pela cruz; nossa cruz de cada dia, levada com fé em Jesus, também nos fará vencedores.
— Hoje é o Dia D da Campanha da Fraternidade 2023. O momento apropriado para cada um entregar seu envelope é o ofertório, que deve ser bem solenizado. Na procissão, podem ser levados os materiais, subsídios e os baixados aqui (impressos) que serviram para a reflexão dos grupos durante a Campanha 2023.
— No fim da celebração, fazer um agradecimento carinhoso a todos que colaboraram na Campanha da Fraternidade 2023 e lembrar que a Campanha dura o ano todo.
Folhetos do Domingo de Ramos 2023 – 02/04/2023 para imprimir:
https://i0.wp.com/portalkairos.org/wp-content/uploads/2023/04/domingo-de-ramos-2023.png?fit=1000%2C667&ssl=16671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2023-03-29 14:04:052023-05-28 16:57:23Reflexão e sugestão para o Domingo de Ramos 2023 do Ano A
Ressurreição de Lázaro por Santi di Tito, Igreja Santa Maria Novella em Florença, Itália.
O 5º Domingo da Quaresma 2023 é um domingo litúrgico da Igreja que ocorre aproximadamente duas semanas antes da Páscoa 2023. Ele é um momento de reflexão sobre a morte e ressurreição de Cristo e a preparação para a celebração da Semana Santa 2023.
As leituras deste domingo incluem a história da ressurreição de Lázaro (João 11,1-45) e a carta de São Paulo aos Romanos (Romanos 8,8-11). Essas histórias enfatizam a esperança que temos em Cristo e a importância da fé e da crença na vida eterna.
A história da ressurreição de Lázaro mostra que, mesmo quando tudo parece perdido e sem esperança, Deus tem o poder de trazer vida do que está morto. Ela também nos lembra que Jesus é o “ressuscitador” e o caminho para a vida eterna.
A carta de São Paulo aos Romanos enfatiza que aqueles que estão em Cristo são guiados pelo Espírito Santo e têm vida eterna em Deus. Ela também nos encoraja a colocar nossa confiança em Deus e em Sua promessa de vida eterna.
O quinto domingo da Quaresma é uma oportunidade para refletir sobre nossa própria fé e crença na vida eterna, enquanto nos preparamos para a celebração da Semana Santa 2023 e da Páscoa 2023.
Estamos caminhando para o final do Tempo Litúrgico da Quaresma 2023. Mas a CF 2023 dura o ano todo. Neste domingo, a Palavra faz ressaltar a nossos olhos a VIDA como o dom gratuito de Deus. É isso que nos mostra o episódio de Lázaro, que Jesus fez voltar a viver.
A morte é uma realidade que está diante de nossos olhos todos os dias e, ao mesmo tempo, uma realidade inaceitável e que nos causa sempre estranheza. Certamente, vamos sempre perguntar: Por quê?
Jesus nos dá uma resposta, pois sentiu a morte de Lázaro, seu amigo, chorou como nós também choramos, sentiu de perto a tragédia da dor junto de Marta e Maria, irmãs de Lázaro. Ali Jesus mostrou para que veio ao mundo: para resgatar a vida em sua plenitude. Ele nos dá a vida que nos vem de junto de Deus. E isso é muito belo!
No Prefácio próprio da missa deste domingo, encontramos: “Verdadeiro homem como nós, Jesus chorou o amigo Lázaro; Deus, Senhor da vida, chamou-o do sepulcro. Hoje, estende a toda a humanidade sua misericórdia, e com seus sacramentos nos faz passar da morte para a vida”. Jesus é o Senhor que veio resgatar nossa vida. Cristo ao fazer-se Homem e morrer, depois ressuscitar dos mortos, confirma nossa certeza de que a vida vem somente dele.
Como cristãos precisamos prestar muita atenção no diálogo de Jesus com Marta e Maria. Elas manifestam a confiança no Cristo e confirmam que a ressurreição é a plenitude da vida: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
https://i0.wp.com/portalkairos.org/wp-content/uploads/2023/03/ressurreicao-de-lazaro-2023.png?fit=1000%2C667&ssl=16671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2023-03-14 19:23:252023-03-30 15:13:16Reflexão e sugestão para o 5º Domingo da Quaresma 2023 do Ano A
Senhor – Cristo curando um cego de nascença. Pintura de Pieter Norbert van Reysschoot (1738 – 1795) na igreja de São Pedro.
Neste 4º Domingo da Quaresma 2023, a liturgia enfatiza a alegria que vem do amor incondicional de Deus por nós, mesmo quando nos afastamos Dele. É um momento de reflexão sobre a misericórdia de Deus e a necessidade de nos arrependermos dos nossos pecados e voltarmos para Ele.
As leituras deste domingo incluem a história de Samuel ungindo Davi como rei (1 Samuel 16,1b.6-7.10-13a), a carta de São Paulo aos Efésios (Efésios 5,8-14) e o evangelho de João (João 9,1-41) que conta a história do cego de nascença que é curado por Jesus.
Essas histórias enfatizam a importância de reconhecer a presença de Deus em nossas vidas e de sermos transformados por Sua graça. Elas também nos lembram que, mesmo quando enfrentamos desafios e dificuldades, podemos encontrar cura e libertação de nossos pecados e limitações através do amor de Deus.
O quarto domingo da Quaresma é uma oportunidade para refletir sobre nossa relação com Deus, nos arrependermos dos nossos pecados e nos alegrarmos na esperança da ressurreição de Cristo na Páscoa.
A escuridão é sempre um grande obstáculo para nós. Se somos surpreendidos por ela, ficamos sem rumo, não sabemos para onde ir. A palavra LUZ transcorre inteiramente na Liturgia deste domingo. Samuel foi como a luz divina, para escolher Davi como rei de Israel. A Carta aos Efésios nos é extremamente clara: “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz”. E Jesus cura o cego de nascença, manifestando nele a glória de Deus.
O evangelista João refere-se aos feitos de Jesus como SINAIS. E um desses sinais é a cura do cego de nascença. Ele é a luz que ilumina, que devolve a vida, e não somente a visão. A catequese do Evangelho é inteira, é ampla, completa. Reduzir esse ensinamento é dispor-se ao contrário do Evangelho.
“Quem me segue não andará nas trevas Incomparável ensinamento de Jesus; nele há somente a plenitude da luz. A luz rompe a escuridão, dissipa nossos medos, faz brilhar nossos olhos, que veem a beleza do Senhor e nos permitem ver bem o caminho que devemos seguir. “A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a acolheram”, lembra-nos o evangelista João no Prólogo de seu Evangelho. Triste é amar mais as trevas do que a luz. 0 cego de nascença, curado por Jesus, é o sinal claro de que, acolhendo sua Palavra, encontramos a vida. Recusar isso é abraçar as trevas.
https://i0.wp.com/portalkairos.org/wp-content/uploads/2023/03/jesus-e-o-cego-2023.png?fit=1000%2C667&ssl=16671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2023-03-13 19:21:442023-03-14 03:09:06Reflexão e sugestão para o 4º Domingo da Quaresma 2023 do Ano A
Reflexão e sugestão para o Tríduo Pascal 2023 do Ano A
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara os dias: 06 a 08/04/2023
Tríduo Pascal 2023
Quinta-feira Santa 2023: Ex 12,1-8.11-14; Sl 115; 1Cor 11,23-26; Jo 13,1-15
Sexta-feira Santa 2023: Is 52,13-53,12; Sl 30; Hb 4,14-16;5,7-9; Jo 18,1-19,42
Sábado Santo 2023: Gn 1,1-2,2 ou Gn 1,1.26-31a; Sl 103 ou Sl 32; Gn 22,1-18 ou Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18; Sl 15; Êx 14,15-15,1; Ct.: Ex 15; Is 54,5-14; Sl 29; Is 55,1-11; Ct.: Is 12; Br 3,9-15.32-4,4, Sl 18; Ez 36,16-17a.18-28;SI 41; Rm 6,3-11; SI 117; Mt 28,1-10
Cantos da Semana Santa:
Liturgia completa da Semana Santa 2023:
Meditações da Paixão de Cristo:
Vamos meditar o sentido do TRÍDUO PASCAL, sem detalharmos cada dia do Tríduo, e assim esperamos ter uma visão fundante dele. A Páscoa não é celebrada só no Domingo da Ressurreição. O Tríduo Pascal se inicia com a Celebração da Ceia do Senhor e termina nas Vésperas do Domingo da Páscoa ou da Ressurreição de Jesus.
O Tríduo Pascal não significa um conjunto de celebrações, mas um proceder rítmico que nos conduz para dentro da Celebração principal, que é a da Vigília Pascal. Nela, celebramos todo o mistério pascal, ou seja, proclamamos que a vida venceu a morte, que Cristo é o Senhor ressuscitado e vencedor de toda a ignomínia, infâmia. Demos um grande salto do Jardim do Éden, onde o homem pecou e foi condenado por sua desobediência a Deus, ao Jardim de José de Arimateia, onde o túmulo ficará vazio e acontecerá a manifestação do Ressuscitado, pois está vivo, ressuscitado. Quanta beleza e quanta grandeza já celebramos nesse momento da Vigília Pascal.
Dentro da Vigília Pascal renovamos nossas promessas batismais. Esse é um momento mais do que sublime, pois pelo batismo caminhamos com o Cristo para a vida, para a dor, morte e ressurreição. Nossa missão é a mesma. Também poderá ser ministrado o sacramento do Batismo, principalmente de uma pessoa adulta. Completamos a Vigília Pascal com a Celebração Eucarística, ápice da Páscoa do Senhor, memorial e presença de Cristo ressuscitado entre nós, na Igreja. Todos podemos nos alegrar, pois há um Senhor a nos amar.
Na Sexta-feira Santa e no Sábado Santo não se celebra a Eucaristia em nenhum lugar do mundo. Nesses dias fazemos o jejum, como nos determina a Constituição Conciliar sobre a Liturgia, pois o Esposo foi tirado, julgado, condenado, como nos afirmou o próprio Cristo (Mt 9,15), e são “dias de amargura”, nas palavras de Santo Ambrósio.
Nesses dias há somente a Celebração da Palavra, na qual “mergulhamos” na paixão de nosso Senhor e podemos compreender um pouco mais profundamente a vida que nos foi ofertada pelo próprio Deus. Nesses dois dias, somos chamados para o grande silêncio, para a meditação mais bem cuidada, em torno da vida doada de nosso Senhor para nossa salvação. É hora de nossa comunhão com o Homem-Deus, pois a situação trágica do pecado dos homens e das mulheres, em “confronto” com o poder da força do amor, levou o Pai a entregar o Filho à morte por nós. Jesus, em sua fidelidade, vai oferecer sua vida ao Pai por todos nós. Portanto, na paixão e morte de Cristo, estamos todos mergulhados por causa de seu amor. E, se amamos o Cristo, temos de corresponder com Ele. Jesus é o grão de trigo semeado na terra, que dará abundantes frutos (Jo 12,24).
O Sábado Santo nos faz sentir toda a força dessa semente lançada na terra, semente carregada somente de amor misericordioso. Como nos narra o livro do Génesis, no fim da primeira criação, Deus descansou de tudo o que tinha feito, realizado (Gn 2,2). A “Igreja, no Sábado Santo, permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando em sua paixão e morte, até ao momento em que, depois da solene Vigília ou expectação noturna da ressurreição, se der lugar à alegria pascal, cuja riqueza se prolongará por cinquenta dias” (Missal Romano sobre Sábado Santo).
Na Ceia do Senhor, Quinta-feira Santa, celebramos a instituição dos “mistérios divinos”, a Eucaristia. O Senhor, antes de sua paixão, junto de seus discípulos, instituiu esse memorial perpétuo, para ser repetível de sua Páscoa. Essa celebração abre o Tríduo Pascal. Já no Domingo de Ramos ou da Paixão, proclamamos o triunfo da Páscoa do Senhor, que, de sua morte, trouxe a abundância da vida para toda a humanidade. Trouxe nossa redenção.
Assim, pois, é preciso caminhar na fidelidade a Jesus, celebrando a vida junto do Senhor da vida, unidos na Comunidade-Igreja e na fraternidade.
Sugestões litúrgicas para a Missa do Tríduo Pascal 2023 – Ano A
A comunidade se organize para realizar algum momento da celebração, de acordo com a Celebração do dia. Permanecer no silêncio será uma boa maneira de viver estes dias, em que mergulhamos no mistério pascal de Cristo. Então, a Comunidade é que deve decidir se fará ou não alguma movimentação na Liturgia desses dias do Tríduo Pascal.
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós
Reflexão e sugestão para o Domingo de Ramos 2023 do Ano A
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara o dia: 02/04/2023
Missa do Domingo de Ramos 2023
Is 50,4-7; Sl 21; Fl 2,6-11; Mt 26,14-27,66
Cantos da Semana Santa e Domingo de Ramos 2023:
Liturgia completa da Semana Santa 2023:
Meditações da Paixão de Cristo:
O Domingo de Ramos vem nos trazer a alegria do acolhimento festivo de Cristo em Jerusalém e, também, a tristeza da incredulidade dos que subjugam Jesus.
Jesus é acolhido como o Messias esperado: “Bendito o que vem em nome do Senhor”, mas logo depois, nem uma semana depois, é condenado: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Jesus aceita a manifestação da acolhida em Jerusalém, pois sabe que Ele é o Messias, o Salvador, o Filho de Deus, que cumpriu fielmente sua missão. Mas não se ilude, pois sabe que não é a glória humana que triunfará, mas sim sua fidelidade ao Pai. Enquanto o povo se alegra com a chegada do Messias, os grandes, os poderosos e detentores da “sabedoria bíblica” preparam sua morte.
Entra em Jerusalém montado em um jumento, sinal de sua humildade e pobreza, pois os poderosos e importantes andavam em cavalos e não em burros e jumentos. É um detalhe do Evangelho que precisamos saber para reconhecer a grandeza da humildade de Cristo. O Menino Deus nasceu pobre em Belém e caminha para a morte na mesma pobreza, pois não tem nem onde reclinar sua cabeça. É sepultado em um túmulo que nem era seu. Será que somos mesmo capazes de compreender essa grandeza de Cristo, que não abraçou nem buscou a grandeza humana? Em tempos de holofotes, até mesmo na Igreja, temos de repensar nossas atitudes para vermos se elas se aproximam pelo menos um pouco de Cristo.
Estamos iniciando a Semana Santa 2023 e devemos estar dispostos a caminhar com o Cristo, em sua paixão e morte, para ressuscitarmos com Ele. Sim, a Liturgia nos faz realizar a experiência do amor infinito de Deus por nós, que se deu inteiramente a nós. Devemos, sim, mergulhar, com todo o nosso sentimento, no relato da paixão de Cristo, pois saberemos reconhecer novamente com quanto amor.
Ele nos amou e se entregou por nós. Uma das coisas mais duras em nosso tempo é a autossuficiência humana, que despreza o Senhor. Será que bastamos a nós mesmos e não precisamos mesmo de Deus? Será?
Não podemos esquecer o amor de Deus, como aqueles que saudaram o Cristo em sua chegada a Jerusalém, mas depois não tiveram escrúpulo em condená-lo à morte. Na paixão de Cristo, encerra-se todo o mistério do amor e da salvação da humanidade. Quantas precariedades humanas aparecem, no relato da paixão, e como transborda o amor de Cristo por nós. Nada precisamos comentar, basta mergulharmos de corpo e alma nesse relato, e compreenderemos com que amor somos amados. “Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor.”
Parma – O afresco da entrada de Jesus em Jerusalém (Palm Sundy) em Duomo por Lattanzio Gambara (1567-1573).
Download do Cartaz para o Domingo de Ramos 2023 (Alta resolução – 300px):
Sugestões litúrgicas para a Missa do Domingo de Ramos 2023 – Ano A
— Na procissão de Ramos, levar uma faixa com os dizeres “Viva Jesus, nosso Rei!”
— Valorizar o símbolo de hoje, o ramo, a palma da vitória, à qual Cristo chegou pela cruz; nossa cruz de cada dia, levada com fé em Jesus, também nos fará vencedores.
— Hoje é o Dia D da Campanha da Fraternidade 2023. O momento apropriado para cada um entregar seu envelope é o ofertório, que deve ser bem solenizado. Na procissão, podem ser levados os materiais, subsídios e os baixados aqui (impressos) que serviram para a reflexão dos grupos durante a Campanha 2023.
— No fim da celebração, fazer um agradecimento carinhoso a todos que colaboraram na Campanha da Fraternidade 2023 e lembrar que a Campanha dura o ano todo.
Folhetos do Domingo de Ramos 2023 – 02/04/2023 para imprimir:
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós
Reflexão e sugestão para o 5º Domingo da Quaresma 2023 do Ano A
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara: 26/03/2023
5º Domingo da Quaresma 2023
Ez 37,12-14; Sl 129; Rm 8,8-11; Jo 11,1-45
Ressurreição de Lázaro por Santi di Tito, Igreja Santa Maria Novella em Florença, Itália.
O 5º Domingo da Quaresma 2023 é um domingo litúrgico da Igreja que ocorre aproximadamente duas semanas antes da Páscoa 2023. Ele é um momento de reflexão sobre a morte e ressurreição de Cristo e a preparação para a celebração da Semana Santa 2023.
As leituras deste domingo incluem a história da ressurreição de Lázaro (João 11,1-45) e a carta de São Paulo aos Romanos (Romanos 8,8-11). Essas histórias enfatizam a esperança que temos em Cristo e a importância da fé e da crença na vida eterna.
A história da ressurreição de Lázaro mostra que, mesmo quando tudo parece perdido e sem esperança, Deus tem o poder de trazer vida do que está morto. Ela também nos lembra que Jesus é o “ressuscitador” e o caminho para a vida eterna.
A carta de São Paulo aos Romanos enfatiza que aqueles que estão em Cristo são guiados pelo Espírito Santo e têm vida eterna em Deus. Ela também nos encoraja a colocar nossa confiança em Deus e em Sua promessa de vida eterna.
O quinto domingo da Quaresma é uma oportunidade para refletir sobre nossa própria fé e crença na vida eterna, enquanto nos preparamos para a celebração da Semana Santa 2023 e da Páscoa 2023.
Estamos caminhando para o final do Tempo Litúrgico da Quaresma 2023. Mas a CF 2023 dura o ano todo. Neste domingo, a Palavra faz ressaltar a nossos olhos a VIDA como o dom gratuito de Deus. É isso que nos mostra o episódio de Lázaro, que Jesus fez voltar a viver.
A morte é uma realidade que está diante de nossos olhos todos os dias e, ao mesmo tempo, uma realidade inaceitável e que nos causa sempre estranheza. Certamente, vamos sempre perguntar: Por quê?
Jesus nos dá uma resposta, pois sentiu a morte de Lázaro, seu amigo, chorou como nós também choramos, sentiu de perto a tragédia da dor junto de Marta e Maria, irmãs de Lázaro. Ali Jesus mostrou para que veio ao mundo: para resgatar a vida em sua plenitude. Ele nos dá a vida que nos vem de junto de Deus. E isso é muito belo!
No Prefácio próprio da missa deste domingo, encontramos: “Verdadeiro homem como nós, Jesus chorou o amigo Lázaro; Deus, Senhor da vida, chamou-o do sepulcro. Hoje, estende a toda a humanidade sua misericórdia, e com seus sacramentos nos faz passar da morte para a vida”. Jesus é o Senhor que veio resgatar nossa vida. Cristo ao fazer-se Homem e morrer, depois ressuscitar dos mortos, confirma nossa certeza de que a vida vem somente dele.
Como cristãos precisamos prestar muita atenção no diálogo de Jesus com Marta e Maria. Elas manifestam a confiança no Cristo e confirmam que a ressurreição é a plenitude da vida: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
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Reflexão e sugestão para o 4º Domingo da Quaresma 2023 do Ano A
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara: 19/03/2023
4º Domingo da Quaresma 2023
1Sm 16,1b.6-7.10-13a; Sl 22; Ef 5,8-14; Jo 9,1-41
Senhor – Cristo curando um cego de nascença. Pintura de Pieter Norbert van Reysschoot (1738 – 1795) na igreja de São Pedro.
Neste 4º Domingo da Quaresma 2023, a liturgia enfatiza a alegria que vem do amor incondicional de Deus por nós, mesmo quando nos afastamos Dele. É um momento de reflexão sobre a misericórdia de Deus e a necessidade de nos arrependermos dos nossos pecados e voltarmos para Ele.
As leituras deste domingo incluem a história de Samuel ungindo Davi como rei (1 Samuel 16,1b.6-7.10-13a), a carta de São Paulo aos Efésios (Efésios 5,8-14) e o evangelho de João (João 9,1-41) que conta a história do cego de nascença que é curado por Jesus.
Essas histórias enfatizam a importância de reconhecer a presença de Deus em nossas vidas e de sermos transformados por Sua graça. Elas também nos lembram que, mesmo quando enfrentamos desafios e dificuldades, podemos encontrar cura e libertação de nossos pecados e limitações através do amor de Deus.
O quarto domingo da Quaresma é uma oportunidade para refletir sobre nossa relação com Deus, nos arrependermos dos nossos pecados e nos alegrarmos na esperança da ressurreição de Cristo na Páscoa.
A escuridão é sempre um grande obstáculo para nós. Se somos surpreendidos por ela, ficamos sem rumo, não sabemos para onde ir. A palavra LUZ transcorre inteiramente na Liturgia deste domingo. Samuel foi como a luz divina, para escolher Davi como rei de Israel. A Carta aos Efésios nos é extremamente clara: “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz”. E Jesus cura o cego de nascença, manifestando nele a glória de Deus.
O evangelista João refere-se aos feitos de Jesus como SINAIS. E um desses sinais é a cura do cego de nascença. Ele é a luz que ilumina, que devolve a vida, e não somente a visão. A catequese do Evangelho é inteira, é ampla, completa. Reduzir esse ensinamento é dispor-se ao contrário do Evangelho.
“Quem me segue não andará nas trevas Incomparável ensinamento de Jesus; nele há somente a plenitude da luz. A luz rompe a escuridão, dissipa nossos medos, faz brilhar nossos olhos, que veem a beleza do Senhor e nos permitem ver bem o caminho que devemos seguir. “A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a acolheram”, lembra-nos o evangelista João no Prólogo de seu Evangelho. Triste é amar mais as trevas do que a luz. 0 cego de nascença, curado por Jesus, é o sinal claro de que, acolhendo sua Palavra, encontramos a vida. Recusar isso é abraçar as trevas.
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