O Ano Litúrgico é um calendário religioso organizado conforme os principais eventos da História da Salvação. Diferentemente do calendário civil, que se inicia em 1º de janeiro e termina no dia 31 de dezembro, o Ano Litúrgico tem início com o Primeiro Domingo do Advento, que é celebrado quatro semanas antes do Natal, e termina no último sábado do Tempo Comum, véspera do Primeiro Domingo do Advento.
O rito romano, utilizado nas celebrações da Igreja católica, possui um conjunto de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, perpassando os domingos e as solenidades. A cada ano, a liturgia das celebrações segue uma sequência de leituras próprias, divididas em anos A, B e C. No ano”A”, a leitura principal do evangelho na celebração segue o Evangelho de São Mateus. No ano “B”, a leitura principal do evangelho segue o Evangelho de São Marcos. No ano “C”, a leitura principal do evangelho segue o Evangelho de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades. Durante os dias da semana as leituras litúrgicas são diferentes nos anos pares e ímpares. Assim, quem participa da missa e acompanha a liturgia da Palavra de cada dia lê quase toda a Bíblia em três anos.
As celebrações que acontecem ao longo do Ano Litúrgico nos ajudam a compreender e a viver em plenitude o mistério de Cristo, atualizado pelos sacramentos. O mistério que celebramos na liturgia é o dom da vida, que Deus quis manifestar e comunicar aos homens em seu Filho, morto e ressuscitado, com a efusão do Espírito Santo.
O Ano Litúrgico A, que iniciamos em dezembro de 2022, traz como destaque o evangelista Mateus, o rico coletor de impostos, que respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Em seu evangelho ele esconde humildemente este alegre particular, mas a informação foi divulgada por Lucas: “Levi preparou ao Mestre uma grande festa na própria casa; numerosa multidão de publicanos e outra gente sentavam-se à mesa com eles”. Depois, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro, fazendo o bem. É dele de fato que nos refere a admoestação do Mestre: “Quando deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”.
O Portal Kairós (com sua ajuda) quer ser um apoio para os ministros ordenados e leigos na preparação das celebrações eucarísticas e da Palavra junto de suas comunidades, oferecendo-lhes reflexões elaboradas a partir dos textos bíblicos e sugestões litúrgicas para cada domingo do ano e também para as festas e solenidades previstas no calendário litúrgico. Nosso propósito é favorecer ainda mais a qualidade das reflexões e dinâmicas celebrativas em nossas comunidades, para que nossas eucaristias e celebrações da Palavra proporcionem às pessoas um verdadeiro e marcante encontro com Jesus, levando-as a viver já no presente o Reino de Deus.
https://i0.wp.com/portalkairos.org/wp-content/uploads/2023/01/a-liturgia-2023.png?fit=1000%2C667&ssl=16671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2023-01-01 07:00:052023-01-03 16:30:20Apresentando a liturgia de 2023
A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) anunciou a programação nacional para o ano de 2023. O objetivo é mobilizar os integrantes de todo o país a participarem dos encontros e iniciativas que ocorrem em âmbito local ou nacional. A agenda foi repassada aos coordenadores regionais em reunião que contou com a participação do bispo de Bacabal (MA), dom Armando Gutierrez, do assessor Eclesiástico Nacional, Pe. Crispim Guimarães, e do casal coordenador Nacional, Alisson e Solange Schila.
Calendário litúrgico 2023 simplificado em alta qualidade pra imprimir (Tabela):
Nos dias 4 e 5 de fevereiro, em Aparecida (SP), será realizada a 1° Romaria Nacional pela Vida e pela Família.
Encontro com os movimentos
A Pastoral Familiar e mais 16 movimentos e realidades da Igreja Católica se reúnem, em Brasília, no dia 25 de fevereiro para discutir formas de integração das ações realizadas. O evento ocorrerá na sede da Secretaria Executiva Nacional.
Métodos naturais
A segunda etapa do curso sobre métodos naturais, coordenado pela Pastoral Familiar, será realizada entre os dias 16 e 18 de fevereiro e nos dias 2 e 3 de março, de forma on-line. A primeira etapa ocorreu em outubro deste ano e reuniu cerca de 60 casais. O curso foi ministrado pela assessoria da Equipe de Métodos Naturais da Arquidiocese de Brasília.
https://i0.wp.com/portalkairos.org/wp-content/uploads/2022/12/pastoral-familiar-2023-e-a-cf.png?fit=1000%2C667&ssl=16671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2022-12-08 04:22:302022-12-08 13:30:10Agenda da Pastoral Familiar Nacional para 2023
“Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”
Celebramos, nesse primeiro domingo de dezembro de 2022, o segundo do tempo do Advento. Continuamos com a Campanha para a evangelização e vivenciando o ano vocacional no Brasil. Aqui em nossa arquidiocese começamos o ano vocacional missionário. Neste domingo, acenderemos a segunda vela da coroa do Advento e, pouco a pouco, a luz vai iluminando as trevas. O tempo do Advento é curto e nos introduz pouco a pouco no mistério do Natal. Na primeira e na segunda semana do Advento, as leituras trazem mais um caráter apocalíptico, ou seja, retratam mais sobre a segunda vinda de Cristo. Na terceira e quarta semana, retratam mais sobre a primeira vinda de Jesus, que aconteceu no Natal.
O Senhor quer vir ao nosso encontro nesse tempo do Advento, temos que purificar o nosso coração para receber o Senhor, por isso, somos convidados durante esse tempo a fazermos a nossa confissão sacramental. Temos que preparar a nossa casa, também, limpando de toda sujeira, semeando a paz, o amor e a concórdia e convidados, ainda, a realizar a Novena de Natal. Aquele que veio (natal) e virá (final dos tempos) vem hoje em nossa vida – acolhamo-lo.
Durante esse tempo do Advento, somos convidados a ser como João Batista e sair pelas ruas e anunciar que o Senhor está perto. Nos dias de hoje, mais do que nunca é necessário anunciar o amor de Deus. Temos que começar a mudança a partir de nós mesmos e sair para evangelizar os outros. Prepararemos para receber o Senhor que virá, coloquemos em prática aquilo que o tempo do Advento nos pede: “vigiai e orai”.
https://i0.wp.com/portalkairos.org/wp-content/uploads/2022/12/segunda-semana-advento.png?fit=1000%2C667&ssl=16671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2022-12-06 09:00:562022-12-06 09:00:56Advento: Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo
O Ano Litúrgico nos faz celebrar em comunidade duas dimensões maravilhosas da Revelação cristã: a Vida de Jesus por nós, em nós e conosco e a nossa vida em Jesus, com Ele e por Ele. Celebramos não apenas para recordar, mas principalmente para atualizar em nosso favor a graça redentora que o Espírito Santo vem derramando sobre a humanidade, desde que o Verbo divino se fez carne e veio morar no meio de nós. A primeira dimensão do Ano Litúrgico nos oferece dois ciclos: o ciclo do Natal e o ciclo da Páscoa. Neles celebramos tudo o que aconteceu com Jesus e tudo o que Ele fez e faz por nós. A segunda dimensão é chamada simplesmente de ciclo do Tempo comum, quando recordamos mais frequentemente os nossos santos e tantos dos nossos eventos atuais, alguns do quais nos provocam alegria e agradecimento, e outros nos fazem suplicar o socorro divino. O ciclo do Natal é aquele que abre o Ano Litúrgico da Igreja. Vamos refletir sobre a sua formação, a sua mensagem e a sua celebração.
II. HISTÓRIA
A celebração do Natal somente começou a se realizar a partir do século IV. Faz parte de um ciclo que compreende as 4 semanas do Advento e as Festas do Natal, da Epifania e do Batismo de Jesus. Entre o Natal e a Epifania, celebramos também as Festas de Santo Estevão, dos Santos Inocentes, de São João Evangelista e de Maria, Mãe de Deus. Embora o ciclo do Natal se encerre com o Batismo de Jesus, pode-se dizer que a festa da Apresentação de Jesus no templo, no dia 2 de fevereiro, ainda é um eco do tempo natalino.
O Advento foi se formando a partir de iniciativas das diversas Igrejas locais, como preparação ao Natal e, às vezes, também em preparação
ao Batismo de novos cristãos, que era celebrado na Epifania. No século VI o Papa São Gregório Magno fixa o período de 4 semanas para o rito romano e o caracteriza também como preparação à segunda vinda de Cristo.
A celebração do Natal para nós é a solenidade central desse ciclo. Começa com a Missa da vigília e se encerra com a solenidade da Mãe de Deus, no dia 1s de janeiro. A data de 25 de dezembro foi calculada a partir da festa da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora, no dia 25 de março. Junto com a festa da Epifania, no dia 6 de janeiro, denominada “Natal bizantino”, é provável que tais celebrações tenham surgido no ambiente cristão da Palestina, de modo especial em Belém, por volta do século IV. Quando entre os séculos III e IV, os imperadores romanos tentaram reavivar o culto ao deus sol vitorioso, as comunidades cristãs do ocidente reforçaram a celebração do Natal como sendo a festa do nascimento de Jesus, o verdadeiro Sol da humanidade. São João Crisóstomo, no século IV, e o Papa São Leão Magno, no século V, com suas profundas homilias sobre a Encarnação, foram os grandes divulgadores desta festa. E somente no século XIII iniciou-se a tradição da montagem do presépio, a partir de uma iniciativa de São Francisco de Assis.
A segunda grande festa do Ciclo do Natal é a Epifania, no dia 6 de janeiro, que se formou na mesma época da celebração do Natal. Epifania significa manifestação divina. Para o rito latino, a celebração acontece ao redor do presépio, onde Jesus se manifesta como Salvador de todos os povos, representados pelos Magos do oriente.
A festa do Batismo de Jesus, ainda que cronologicamente não se encaixe no período do seu nascimento e da sua infância, faz parte da sua manifestação como o verdadeiro Salvador da humanidade. Na lógica litúrgica, o Batismo sublinha o fato de que, em Jesus, é toda a Trindade santa que se manifesta aos homens, indicando Jesus como o Messias enviado pelo Pai e envolvido pelo seu Espírito. No acontecimento do rio Jordão, começa a revelar-se o mistério da sua divindade como Filho eterno e querido do Pai.
As demais festas da oitava do Natal, de Santo Estevão, como o primeiro a dar a vida em testemunho à sua fé na divindade de Jesus, de São João Evangelista, como o grande teólogo do mistério da Encarnação com o prólogo do seu Evangelho, dos Santos Inocentes, que foram sacrificados cruelmente por Herodes, da Sagrada Família, como novo lugar sacro da presença divina e da própria festa da Mãe de Deus, destacando o papel privilegiado de Maria Santíssima no mistério da Encarnação, constituem celebrações que se encaixam naturalmente no Ciclo do Natal.
https://i0.wp.com/portalkairos.org/wp-content/uploads/2020/12/sagrada-familia-2020-icone.png?fit=750%2C500&ssl=1500750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2022-12-04 13:47:492022-12-21 07:37:56Liturgia: o ciclo do Natal 2022
“A paz esteja convosco” é primeira fala de Jesus Cristo ressuscitado dirigida aos discípulos. Mostra a eles as marcas da crucifixão e novamente diz: “A paz esteja convosco” e repete oito dias depois, no segundo encontro: “A paz esteja convosco” (João 20,19-31). Os discípulos acompanharam toda violência sofrida por Jesus, desde os falsos testemunhos, os deboches, a tortura e a morte. Tinham motivos suficientes para cultivarem o desejo de vingança e alimentarem raiva e ódio contra os torturadores. Também temiam pela sua vida por serem seguidores do mestre Jesus, por isso estavam cheios de medo. Viviam um contexto de violência e, portanto, sem paz.
Jesus que foi a vítima da violência, depois de ressuscitar, mantém os mesmos ensinamentos e, nesta hora, sobretudo sobre a não violência. Quando os anjos anunciam o seu nascimento em Belém falam de “paz na terra”; nas bem-aventuranças Jesus chamou de “filhos de Deus os que promovem a paz”, antes de sofrer a morte na despedida disse “deixo-vos a minha paz” e agora ressuscitado confirma “a paz esteja convosco”.
As guerras que estão em andamento, particularmente da Rússia contra a Ucrânia da qual temos mais informações e imagens, provocam a reflexão, o estudo e a oração sobre o tema da paz. As imagens das guerras são suficientemente fortes para nos tirarem da indiferença. Todas as formas de violência geram falta de paz e por isso todas merecem a devida atenção.
A Campanha da Fraternidade de 2018 Fraternidade e superação da violência, com seu lema Vós sois todos irmãos. (Mateus 23,8) ensinava: “À luz da palavra definitiva de Deus que nos é dada por Jesus é que toda a delicada temática da violência (…) recebem uma resposta definitiva. Os escritos do Novo Testamento nasceram à luz da Páscoa de Jesus e todos a refletem de alguma forma. O centro do Novo Testamento é Jesus que é por excelência uma pessoa não violenta”.
Apresentando a liturgia de 2023
/em Artigos católicos, Blog CatólicoApresentação
O Ano Litúrgico é um calendário religioso organizado conforme os principais eventos da História da Salvação. Diferentemente do calendário civil, que se inicia em 1º de janeiro e termina no dia 31 de dezembro, o Ano Litúrgico tem início com o Primeiro Domingo do Advento, que é celebrado quatro semanas antes do Natal, e termina no último sábado do Tempo Comum, véspera do Primeiro Domingo do Advento.
O rito romano, utilizado nas celebrações da Igreja católica, possui um conjunto de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, perpassando os domingos e as solenidades. A cada ano, a liturgia das celebrações segue uma sequência de leituras próprias, divididas em anos A, B e C. No ano”A”, a leitura principal do evangelho na celebração segue o Evangelho de São Mateus. No ano “B”, a leitura principal do evangelho segue o Evangelho de São Marcos. No ano “C”, a leitura principal do evangelho segue o Evangelho de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades. Durante os dias da semana as leituras litúrgicas são diferentes nos anos pares e ímpares. Assim, quem participa da missa e acompanha a liturgia da Palavra de cada dia lê quase toda a Bíblia em três anos.
As celebrações que acontecem ao longo do Ano Litúrgico nos ajudam a compreender e a viver em plenitude o mistério de Cristo, atualizado pelos sacramentos. O mistério que celebramos na liturgia é o dom da vida, que Deus quis manifestar e comunicar aos homens em seu Filho, morto e ressuscitado, com a efusão do Espírito Santo.
O Ano Litúrgico A, que iniciamos em dezembro de 2022, traz como destaque o evangelista Mateus, o rico coletor de impostos, que respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Em seu evangelho ele esconde humildemente este alegre particular, mas a informação foi divulgada por Lucas: “Levi preparou ao Mestre uma grande festa na própria casa; numerosa multidão de publicanos e outra gente sentavam-se à mesa com eles”. Depois, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro, fazendo o bem. É dele de fato que nos refere a admoestação do Mestre: “Quando deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”.
O Portal Kairós (com sua ajuda) quer ser um apoio para os ministros ordenados e leigos na preparação das celebrações eucarísticas e da Palavra junto de suas comunidades, oferecendo-lhes reflexões elaboradas a partir dos textos bíblicos e sugestões litúrgicas para cada domingo do ano e também para as festas e solenidades previstas no calendário litúrgico. Nosso propósito é favorecer ainda mais a qualidade das reflexões e dinâmicas celebrativas em nossas comunidades, para que nossas eucaristias e celebrações da Palavra proporcionem às pessoas um verdadeiro e marcante encontro com Jesus, levando-as a viver já no presente o Reino de Deus.
A liturgia do mês de janeiro de 2023
A liturgia de cada dia de janeiro de 2023
Portal Kairós
Agenda da Pastoral Familiar Nacional para 2023
/em Artigos católicos, Blog CatólicoA Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) anunciou a programação nacional para o ano de 2023. O objetivo é mobilizar os integrantes de todo o país a participarem dos encontros e iniciativas que ocorrem em âmbito local ou nacional. A agenda foi repassada aos coordenadores regionais em reunião que contou com a participação do bispo de Bacabal (MA), dom Armando Gutierrez, do assessor Eclesiástico Nacional, Pe. Crispim Guimarães, e do casal coordenador Nacional, Alisson e Solange Schila.
Calendário litúrgico 2023 simplificado em alta qualidade pra imprimir (Tabela):
Na Área Especial
Liturgia 2023:
Os Evangelhos de 2023:
Confira as datas:
Romaria 2023
Nos dias 4 e 5 de fevereiro, em Aparecida (SP), será realizada a 1° Romaria Nacional pela Vida e pela Família.
Encontro com os movimentos
A Pastoral Familiar e mais 16 movimentos e realidades da Igreja Católica se reúnem, em Brasília, no dia 25 de fevereiro para discutir formas de integração das ações realizadas. O evento ocorrerá na sede da Secretaria Executiva Nacional.
Métodos naturais
A segunda etapa do curso sobre métodos naturais, coordenado pela Pastoral Familiar, será realizada entre os dias 16 e 18 de fevereiro e nos dias 2 e 3 de março, de forma on-line. A primeira etapa ocorreu em outubro deste ano e reuniu cerca de 60 casais. O curso foi ministrado pela assessoria da Equipe de Métodos Naturais da Arquidiocese de Brasília.
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Advento: Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo
/em Artigos católicos, Blog Católico“Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”
Celebramos, nesse primeiro domingo de dezembro de 2022, o segundo do tempo do Advento. Continuamos com a Campanha para a evangelização e vivenciando o ano vocacional no Brasil. Aqui em nossa arquidiocese começamos o ano vocacional missionário. Neste domingo, acenderemos a segunda vela da coroa do Advento e, pouco a pouco, a luz vai iluminando as trevas. O tempo do Advento é curto e nos introduz pouco a pouco no mistério do Natal. Na primeira e na segunda semana do Advento, as leituras trazem mais um caráter apocalíptico, ou seja, retratam mais sobre a segunda vinda de Cristo. Na terceira e quarta semana, retratam mais sobre a primeira vinda de Jesus, que aconteceu no Natal.
O Senhor quer vir ao nosso encontro nesse tempo do Advento, temos que purificar o nosso coração para receber o Senhor, por isso, somos convidados durante esse tempo a fazermos a nossa confissão sacramental. Temos que preparar a nossa casa, também, limpando de toda sujeira, semeando a paz, o amor e a concórdia e convidados, ainda, a realizar a Novena de Natal. Aquele que veio (natal) e virá (final dos tempos) vem hoje em nossa vida – acolhamo-lo.
Durante esse tempo do Advento, somos convidados a ser como João Batista e sair pelas ruas e anunciar que o Senhor está perto. Nos dias de hoje, mais do que nunca é necessário anunciar o amor de Deus. Temos que começar a mudança a partir de nós mesmos e sair para evangelizar os outros. Prepararemos para receber o Senhor que virá, coloquemos em prática aquilo que o tempo do Advento nos pede: “vigiai e orai”.
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Liturgia: o ciclo do Natal 2022
/em Artigos católicos, Blog CatólicoCiclo do Natal 2022 contemplar a encarnação
“Ó quanto te custou ter-me amado!” (S. Afonso de Ligório)
Confira o canal da Nossa Paróquia de Santa Rita de Cássia
I – INTRODUÇÃO
O Ano Litúrgico nos faz celebrar em comunidade duas dimensões maravilhosas da Revelação cristã: a Vida de Jesus por nós, em nós e conosco e a nossa vida em Jesus, com Ele e por Ele. Celebramos não apenas para recordar, mas principalmente para atualizar em nosso favor a graça redentora que o Espírito Santo vem derramando sobre a humanidade, desde que o Verbo divino se fez carne e veio morar no meio de nós. A primeira dimensão do Ano Litúrgico nos oferece dois ciclos: o ciclo do Natal e o ciclo da Páscoa. Neles celebramos tudo o que aconteceu com Jesus e tudo o que Ele fez e faz por nós. A segunda dimensão é chamada simplesmente de ciclo do Tempo comum, quando recordamos mais frequentemente os nossos santos e tantos dos nossos eventos atuais, alguns do quais nos provocam alegria e agradecimento, e outros nos fazem suplicar o socorro divino. O ciclo do Natal é aquele que abre o Ano Litúrgico da Igreja. Vamos refletir sobre a sua formação, a sua mensagem e a sua celebração.
II. HISTÓRIA
A celebração do Natal somente começou a se realizar a partir do século IV. Faz parte de um ciclo que compreende as 4 semanas do Advento e as Festas do Natal, da Epifania e do Batismo de Jesus. Entre o Natal e a Epifania, celebramos também as Festas de Santo Estevão, dos Santos Inocentes, de São João Evangelista e de Maria, Mãe de Deus. Embora o ciclo do Natal se encerre com o Batismo de Jesus, pode-se dizer que a festa da Apresentação de Jesus no templo, no dia 2 de fevereiro, ainda é um eco do tempo natalino.
O Advento foi se formando a partir de iniciativas das diversas Igrejas locais, como preparação ao Natal e, às vezes, também em preparação
ao Batismo de novos cristãos, que era celebrado na Epifania. No século VI o Papa São Gregório Magno fixa o período de 4 semanas para o rito romano e o caracteriza também como preparação à segunda vinda de Cristo.
A celebração do Natal para nós é a solenidade central desse ciclo. Começa com a Missa da vigília e se encerra com a solenidade da Mãe de Deus, no dia 1s de janeiro. A data de 25 de dezembro foi calculada a partir da festa da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora, no dia 25 de março. Junto com a festa da Epifania, no dia 6 de janeiro, denominada “Natal bizantino”, é provável que tais celebrações tenham surgido no ambiente cristão da Palestina, de modo especial em Belém, por volta do século IV. Quando entre os séculos III e IV, os imperadores romanos tentaram reavivar o culto ao deus sol vitorioso, as comunidades cristãs do ocidente reforçaram a celebração do Natal como sendo a festa do nascimento de Jesus, o verdadeiro Sol da humanidade. São João Crisóstomo, no século IV, e o Papa São Leão Magno, no século V, com suas profundas homilias sobre a Encarnação, foram os grandes divulgadores desta festa. E somente no século XIII iniciou-se a tradição da montagem do presépio, a partir de uma iniciativa de São Francisco de Assis.
A segunda grande festa do Ciclo do Natal é a Epifania, no dia 6 de janeiro, que se formou na mesma época da celebração do Natal. Epifania significa manifestação divina. Para o rito latino, a celebração acontece ao redor do presépio, onde Jesus se manifesta como Salvador de todos os povos, representados pelos Magos do oriente.
A festa do Batismo de Jesus, ainda que cronologicamente não se encaixe no período do seu nascimento e da sua infância, faz parte da sua manifestação como o verdadeiro Salvador da humanidade. Na lógica litúrgica, o Batismo sublinha o fato de que, em Jesus, é toda a Trindade santa que se manifesta aos homens, indicando Jesus como o Messias enviado pelo Pai e envolvido pelo seu Espírito. No acontecimento do rio Jordão, começa a revelar-se o mistério da sua divindade como Filho eterno e querido do Pai.
As demais festas da oitava do Natal, de Santo Estevão, como o primeiro a dar a vida em testemunho à sua fé na divindade de Jesus, de São João Evangelista, como o grande teólogo do mistério da Encarnação com o prólogo do seu Evangelho, dos Santos Inocentes, que foram sacrificados cruelmente por Herodes, da Sagrada Família, como novo lugar sacro da presença divina e da própria festa da Mãe de Deus, destacando o papel privilegiado de Maria Santíssima no mistério da Encarnação, constituem celebrações que se encaixam naturalmente no Ciclo do Natal.
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Cristo ressuscitado: a paz esteja convosco!
/em Artigos católicos, Blog Católico“A paz esteja convosco” é primeira fala de Jesus Cristo ressuscitado dirigida aos discípulos. Mostra a eles as marcas da crucifixão e novamente diz: “A paz esteja convosco” e repete oito dias depois, no segundo encontro: “A paz esteja convosco” (João 20,19-31). Os discípulos acompanharam toda violência sofrida por Jesus, desde os falsos testemunhos, os deboches, a tortura e a morte. Tinham motivos suficientes para cultivarem o desejo de vingança e alimentarem raiva e ódio contra os torturadores. Também temiam pela sua vida por serem seguidores do mestre Jesus, por isso estavam cheios de medo. Viviam um contexto de violência e, portanto, sem paz.
Jesus que foi a vítima da violência, depois de ressuscitar, mantém os mesmos ensinamentos e, nesta hora, sobretudo sobre a não violência. Quando os anjos anunciam o seu nascimento em Belém falam de “paz na terra”; nas bem-aventuranças Jesus chamou de “filhos de Deus os que promovem a paz”, antes de sofrer a morte na despedida disse “deixo-vos a minha paz” e agora ressuscitado confirma “a paz esteja convosco”.
As guerras que estão em andamento, particularmente da Rússia contra a Ucrânia da qual temos mais informações e imagens, provocam a reflexão, o estudo e a oração sobre o tema da paz. As imagens das guerras são suficientemente fortes para nos tirarem da indiferença. Todas as formas de violência geram falta de paz e por isso todas merecem a devida atenção.
A Campanha da Fraternidade de 2018 Fraternidade e superação da violência, com seu lema Vós sois todos irmãos. (Mateus 23,8) ensinava: “À luz da palavra definitiva de Deus que nos é dada por Jesus é que toda a delicada temática da violência (…) recebem uma resposta definitiva. Os escritos do Novo Testamento nasceram à luz da Páscoa de Jesus e todos a refletem de alguma forma. O centro do Novo Testamento é Jesus que é por excelência uma pessoa não violenta”.
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