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Durante este dia não há liturgia, não há Comunhão, não se faz adoração ao Santíssimo Sacramento, o altar permanece nu. O que permanece na Igreja é a Cruz, que foi adorada na sexta e diante da qual, se passarmos diante dela, devemos fazer a genuflexão. Por isso, este sábado ainda é dia penitencial, é dia de espera. Ademais, é dia de aprofundarmos o mistério desse dia, como nos diz 1Pedro 3,9 e em 4,6: ” Cristo] foi pregar aos espíritos em prisão”. “Eis por que a Boa Nova foi pregada também aos mortos, a fim de que sejam julgados como os homens na carne, mas vivam no espírito, segundo Deus”.

No mistério deste dia, de fato, Cristo desce à mansão dos mortos, mas o faz como Senhor. Ele desce para anunciar a Salvação aos que jaziam na região da morte (cf. 1 Pedro 4,6), a fim de que nenhum homem seja privado da Palavra de Vida (cf. CIC 631-635). Porém, nem todos a recebem, mas sim aqueles que morreram na esperança da Salvação, os justos que o [Jesus] haviam precedido.38 Neste dia (o sábado) duas memórias vêm à mente do povo Judeu: o dia em que Deus “repousou” (descansou) da obra da Criação (cf. Gn 2,2-3; Ex 20,11; 31,17) e como o povo foi libertado do Egito (cf. Dt 5,15). Jesus, em Seu repouso, liberta os homens que O aguardaram pela fé, por isso Ele é realmente Senhor do sábado (cf. Mc 2,28).