Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos na América Latina

Brasília (RV) – A riqueza e a diversidade das Igrejas cristãs devem ser motivos para se aproximar das várias denominações religiosas e não para se distanciar.

Brasil

Esta é a mensagem do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) por ocasião da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que tem início neste domingo (28/05), Solenidade da Ascensão do Senhor, e prossegue até o próximo domingo, 4 de junho, Solenidade de Pentecostes.

Em muitos países da América Latina a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é celebrada antes ou depois do Pentecostes. O tema deste ano é “Reconciliação: é o amor de Cristo que nos move”. Inspirada na 2Cor 5, 14-20 a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos deste ano traz como mensagem central a afirmação de que é a graça de Deus que nos reconcilia. A relação entre graça e reconciliação é motivada pela celebração dos 500 anos da Reforma Protestante, ocorrida em 1517, na Alemanha.

“O movimento da Reforma não foi isento de conflitos e extremismos religiosos, causados pelas partes envolvidas. É justamente por causa desses conflitos que a palavra reconciliação torna-se central ao refletirmos sobre estes 500 anos”, destaca a mensagem assinada pelos representantes do Conic.

Bolívia

A Bolívia também celebra nesse mesmo período a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos sobre o mesmo tema, recordando os 500 anos da Reforma. Cada jurisdição preparou o próprio programa de iniciativas.

Chile

No Chile, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos terá início no Domingo de Pentecostes, 4 de junho, e se concluirá no domingo sucessivo.

“Este ano, a Semana de Oração nos convida a nos deixar-se reconciliar com Deus e a nos reconciliar com nós mesmos. À luz da Palavra de Deus citada no tema, rezamos e trabalhamos constantemente para alcançar a unidade visível”, exorta Dom Jorge Vega Velasco, Bispo de Illapel, presidente da Comissão Nacional para o Ecumenismo.

Uruguai

O Bispo de São José, Dom Arturo Fajardo, Presidente do Conselho das Igrejas Cristãs do Uruguai (Cicu) fará uma reflexão na celebração ecumênica de 1° de junho, na Igreja Luterana da Congregação Evangélica Alemã de Montevidéu, no contexto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Os membros das Igrejas Cristãs do Uruguai se encontrarão para refletir sobre o tema da Semana e fazer avançar o diálogo entre as diferentes confissões.

(MJ)

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Papa: missão do cristão: poder de intercessão e anúncio

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu sua Visita Pastoral a Gênova, presidindo a uma solene concelebração Eucarística, no Largo Kennedy da cidade.

Além dos milhares de fiéis genoveses, participaram da Santa Missa cerca de 40 pessoas excepcionais dos Centros da Obra Don Orione, como também os religiosos, religiosas e voluntários da “constelação de solidariedade” da Congregação Orionita de Gênova.

Em sua homilia aos milhares de fiéis presentes, o Papa citou as palavras de Jesus antes da sua Ascensão ao Céu: “Foi-me dado todo poder no céu e na terra”.

O poder de Jesus e a força de Deus são temas que permeiam as leituras da Liturgia de hoje sobre a Ascensão do Senhor. Mas, no que consistem esta força e este poder? Falando de poder de ligar o Céu e a Terra, o Papa respondeu:

“Quando Jesus subiu ao Pai, a nossa carne humana cruzou o limiar da porta do Céu; a nossa humanidade está em Deus, para sempre. Deus jamais se separará dos homens. Jesus prepara o lugar para cada um de nós no Céu. Eis o poder de Jesus: manter-nos ligados com o Céu”.

Porém, – acrescentou o Papa – este poder de Jesus não acaba com a sua Ascensão ao Céu, mas continua hoje e sempre: “Eu estarei com vocês até o fim do mundo”. Logo, Jesus está conosco e intercede por nós junto do Pai. Eis, então, que a palavra-chave do seu “poder” é “intercessão” por nós. E acrescentou:

“Esta capacidade de interceder, Jesus deu também a nós, à sua Igreja, que tem o poder e o dever de interceder e rezar por todos. Ele é a nossa âncora! Na oração, confiamos o nosso mundo a Deus. Intercessão é caridade, é pedir, bater à porta, buscar e colocar-se em jogo. Logo, interceder, sem cessar, é a nossa primeira responsabilidade de cristãos; é a nossa missão!”.

Além da intercessão, o Papa acrescentou outra palavra-chave do poder de Jesus: o “anúncio”. O Senhor envia seus discípulos a anunciar a sua Mensagem, com o poder do Espírito Santo. Trata-se de um ato de extrema confiança. Ele confia em nós, apesar das nossas faltas e de não sermos perfeitos. Mas, podemos superar uma nossa grande “imperfeição”: o “fechamento”. E explicou:

“O Evangelho não pode ser fechado e sigilado, porque o amor de Deus é dinâmico e deve chegar a todos. Para anunciar é preciso ir com confiança, sair de si mesmos, livres de qualquer tentação de comodismo. Com o Batismo, Jesus conferiu a cada um de nós o poder de anunciar. Eis a identidade do cristão!”.

O cristão – disse ainda Francisco – é um peregrino, um missionário, um maratonista esperançoso, confiante e ativo, criativo e respeitoso, empreendedor e aberto, laborioso e solidário. Com este estilo, como fizeram os discípulos, – frisou – o cristão deve percorrer as estradas do mundo transmitindo a Mensagem de Jesus, com a força límpida e mansa do seu alegre testemunho.

O Papa concluiu sua homilia pedindo ao Senhor a graça de dedicar-nos plenamente à urgente missão, trabalhando concretamente pelo bem comum e pela paz! (MT)

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Encontro com as crianças no Hospital: assistência generosa e caritativa

Cidade do Vaticano (RV) – O penúltimo encontro que o Papa manteve em sua Visita Pastoral a Gênova foi com as Crianças das várias repartições do Hospital Pediátrico “Giannina Gaslini” e com o pessoal que se dedica, há mais de 80 anos, à assistência da infância.

Em sua breve saudação, Francisco recordou, inicialmente, a função especial deste conhecido Hospital, fundado pelo Senador Gerolamo Gaslini, em honra da sua filha morta em tenra idade: continuar sendo símbolo de generosidade e solidariedade com base na fé católica.

A seguir, detendo-se no aspecto do sofrimento das crianças, que não é fácil aceitar, o Pontífice disse que “a fé sem a caridade é morta”.

Por fim, Francisco encorajou os presentes a desempenhar esta nobre obra com caridade, como “bons samaritanos”, atentos às necessidades dos pequenos pacientes e das suas fragilidades”.

O Papa Francisco assinou o Livro de honra do Hospital Pediátrico “Giannina Gaslini” e escreveu as seguintes palavras:

“A todos aqueles que trabalham neste hospital, onde a dor encontra ternura, amor e cura, agradeço de coração pelo seu trabalho, sua humanidade e pelo carinho a muitas crianças que, desde pequenas, carregam a cruz. Com admiração e gratidão. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim.”

(MT/MJ)

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Papa encontra os Jovens em Missão Diocesana: transformação e fraternidade

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco encontrou-se, no final da manhã deste sábado (27/5), no Santuário de Nossa Senhora da Guarda, em Gênova, com os Jovens da Missão Diocesana. O encontro foi acompanhado pela televisão pelos presos do Cárcere da Cidade.

Após ter feito um breve Ato de Consagração a Nossa Senhora e após as palavras de saudação do Cardeal Angelo Bagnasco, quatro jovens, duas moças e dois rapazes, pediram conselhos ao Papa.

Respondendo à representante da Missão Diocesana, que tem como título “A Alegria plena”, Francisco deu algumas sugestões de como ser missionários, sobretudo entre os seus coetâneos que vivem em situações difíceis.

Recordando que a experiência da Missão é seguir o Senhor, dando aos outros respostas concretas que tocam o coração, Francisco disse que a missão deve ser transformadora. E acrescentou:

“Mas há também outro tipo de transformação que muitas vezes não se vê, que é oculta, que nasce na vida de cada um de nós: é a missão; ser missionários nos leva a olhar a nossa realidade com os olhos de Jesus”.

De fato, a experiência missionária – explicou ainda o Papa – abre nossos olhos e nossos corações; não devemos olhar os outros como turistas, com superficialidade. A missão nos aproxima das pessoas, às quais devemos falar com autenticidade e transparência; não devemos ser hipócritas, pois a hipocrisia é um suicídio.

É Jesus que nos envia à missão. Por isso, somos transformados e damos testemunhos da sua Palavra. A missão, além da transformação, também é fraternidade, purificação.

Enfim, respondendo ainda às questões levantadas pelos jovens, o Santo Padre disse que “ser missionários entre os coetâneos é amá-los, olhar em seus olhos, dar-lhes a mão e esperança como se fossem o próprio Jesus. (MT)

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Papa aos religiosos: a vida cristã é movimento

Gênova (RV) – Após o encontro com o mundo do trabalho, o Santo Padre se transferiu, de automóvel, para a Catedral de Gênova, onde manteve um encontro com os Bispos da região italiana da Ligúria, como também com o Clero, os Seminaristas, os Religiosos, Religiosas, colaboradores leigos engajados na Cúria e Representantes de outras Confissões Religiosas.

Neste encontro, o Papa também respondeu às perguntas de quatro religiosos: três sacerdotes e uma religiosa.

“Se imitarmos o estilo de Jesus, faremos bem o nosso trabalho como pastores. Este é o crédito fundamental: o estilo de Jesus. Como foi o estilo de Jesus como pastor? Jesus estava sempre em caminho. Os Evangelhos nos fazem ver Jesus sempre em caminho, no meio das pessoas, da multidão.”

Movimento

“Jesus nunca ficou parado e como todos aqueles que caminham, Jesus era exposto à dispersão, a ser fragmentado. Não devemos ter medo do movimento e da dispersão de nosso tempo. Mas o medo maior ao qual devemos pensar, que devemos imaginar é o de uma vida estática”, disse o Papa aos religiosos.

“De uma vida de sacerdote que tem tudo bem resolvido, tudo em ordem, estruturado, tudo está no próprio lugar, com os seus horários de abrir e fechar a secretaria. Tenho medo do sacerdote estático. Tenho medo, também quando é estático na oração, eu rezo de tal hora a tal hora. Uma vida estruturada dessa maneira não é uma vida cristã.”

Abertura

O Papa disse que Jesus sempre foi um homem que estava nas ruas, um homem que caminhava, um homem aberto às surpresas de Deus. “O sacerdote que tem tudo planificado, tudo estruturado, geralmente é fechado para as surpresas de Deus e perde aquela alegria da surpresa do encontro.”

“O Pároco não pode ter um estilo de empresário. Deve estar com as pessoas, estar com o Pai. No encontro com o Pai e o encontro com os seus fiéis, se vive esta tensão: tudo deve ser vivido nesta chave do encontro”, sublinhou.

O Santo Padre disse que os sacerdotes devem se perguntar: “Sou um homem de encontro? Sou um homem do Tabernáculo? Sou um homem da rua? Sou um homem de ouvido, que sabe escutar? Jesus tinha uma consciência clara de que a sua vida era para os outros: para o Pai e para as pessoas, não para si mesmo. Ele se doava às pessoas, se doava ao Pai na oração. Ele viveu a sua vida em chave de missão: sou enviado pelo Pai para dizer estas coisas”.

Murmurações

É preciso deixar-se “olhar pelo Senhor” quando estamos diante do Tabernáculo, sem rezar “como um papagaio”. “Sem a relação com Deus e com o próximo nada tem sentido na vida de um sacerdote. Talvez fará carreira, mas o coração permanecerá vazio.”

O Santo Padre frisou ainda que as murmurações destroem a fraternidade sacerdotal e chamou a atenção para o risco da autossuficiência de ser um sacerdote Google ou Wikipédia que pretende saber tudo.

“O maior inimigo da fraternidade sacerdotal é este: a murmuração por causa da inveja, os ciúmes. Quanto mais formos fechados em nossos interesses, mais criticaremos os outros.”

Disponibilidade

O Papa disse ainda aos religiosos que é preciso ver o carisma “encarnado nos lugares concretos” para amar as pessoas concretas. Uma concretude que requer disponibilidade:

“A disponibilidade de ir aos locais onde há mais risco, onde mais precisa, para doar o carisma e inserir-se onde mais precisa. A palavra que uso muitas vezes é periferia, mas digo todas as periferias, não somente a pobreza: todas. Até mesmo a do pensamento.”

Por fim, o Papa abordou o tema da crise vocacional. Disse que existe uma crise que afeta toda a Igreja, todas as vocações, também o matrimônio. “É preciso perguntar ao Senhor o que fazer, o que mudar: Aprender dos problemas e buscar uma resposta.” Falou também sobre o estar atento aos fenômenos graves como o “tráfico de noviças”, “um escândalo”.

Testemunho

“Para aumentar as vocações é preciso investir no testemunho, testemunho da alegria e na maneira de viver”. Testemunhar o que Jesus fez. A mundanidade, o contratestemunho provocam certas crises vocacionais.”

Segundo o Papa, “é necessária uma conversão pastoral, uma conversão missionária. Convido todos a ler os trechos da Evangelii gaudium que fala sobre isso, sobre a necessidade de conversão missionária. Este é o testemunho que atrai vocações. O testemunho é a chave para vencer a crise vocacional. Um testemunho que não precisa de palavras, mas que através do amor saiba atrair as pessoas”.

(MJ)

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