Panamá: 5º Fórum Mundial da Rede Global de Religiões a favor da Infância

Cidade do Panamá (RV) – Teve início nesta terça-feira (09/05), em Cidade do Panamá, no Panamá, o 5º Fórum Mundial da Rede Global de Religiões a favor da Infância. O encontro prossegue até quinta-feira, dia 11.

Cerca de 430 líderes, das principais religiões do mundo, 60 crianças, provenientes de cerca de 70 países, e representantes de organismos internacionais se reúnem para estudar ações que serão empreendidas a fim de eliminar todo tipo de violência contra a criança. O encontro foi aberto pelo bispo episcopaliano panamenho Júlio Murray.

O objetivo do fórum, organizado pela ONG Arigatou International, é construir um mundo melhor para meninos e meninas, e desarraigar várias formas de violência perpetradas contra as crianças, segundo informações da Agência Fides.

“Proteger as crianças do extremismo violento, da violência dos grupos armados e do crime organizado. Cultivar a espiritualidade e por fim à violência, à exploração e abusos sexuais contra menores” são os pontos principais desse encontro, lê-se na mensagem enviada ao presidente de Arigatou, Reverendo Keishi Miyamoto.

O sacerdote católico chileno Pe. Sidney Fones, responsável pela Comissão organizadora do fórum, por sua vez, ressaltou que “é preciso entender que todas as pessoas têm um papel a fim de garantir que a paz prevaleça e as crianças tenham segurança”. “A nossa esperança é de que as ideias e os resultados desse encontro criem ações práticas e frutuosas para a tutela dos menores”, acrescentou.

Antes da reunião principal, 60 crianças e jovens de 13 países, participaram de um encontro realizado antes do fórum no qual prepararam as recomendações a serem apresentadas no encontro inter-religioso.

Na conclusão do evento, dia 11, os participantes assinarão uma declaração na qual se comprometerão em trabalhar todos juntos para construir um mundo livre de violência contra a infância.

As últimas quatro edições do fórum inter-religioso se realizaram em Tóquio, Genebra, Hiroshima e Dar es-Salaam.

O Fórum Mundial da Rede Global de Religiões fundado no ano 2000 inclui membros das grandes religiões do mundo, como o judaísmo, islamismo, cristianismo e budismo que realizam programas regionais e locais para melhorar a vida das crianças na América Latina, África, Europa, Ásia, Caribe e Oriente Médio.

(MJ)

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Videomensagem do Papa Francisco para Peregrinação a Fátima

Cidade do Vaticano (RV) – Foi divulgada, nesta quarta-feira (10/05), a videomensagem do Papa Francisco para a Peregrinação a Fátima na próxima sexta-feira, dia 12, e no sábado, 13.

Querido povo português,

Faltam poucos dias para a minha e sua peregrinação a Nossa Senhora de Fátima. Vivo uma feliz expetativa pelo nosso encontro na casa da Mãe. Bem sei que vocês me querem também em suas casas e comunidades, em suas aldeias e cidades. O convite foi feito! Escuso-me dizendo que gostaria de aceitá-lo, mas não me é possível! Desde já agradeço a compreensão com que as diversas Autoridades acolheram a minha decisão de circunscrever a visita aos momentos e atos próprios da peregrinação ao Santuário de Fátima, marcando encontro com todos aos pés da Virgem Mãe.

De fato, é nas vestes de Pastor universal que me apresento diante d’Ela, oferecendo-Lhe o buquê das mais lindas «flores» que Jesus confiou aos meus cuidados (cf. Jo 21, 15-17), ou seja, os irmãos e irmãs do mundo inteiro resgatados pelo seu sangue, sem excluir ninguém. Vê? Preciso ter vocês comigo; preciso de sua união (física ou espiritual, importante é que seja de coração) para o meu buquê de flores, a minha «rosa de ouro». Formando junto com vocês «um só coração e uma só alma» (cf. At 4, 32), entregarei todos a Nossa Senhora, pedindo-lhe para sussurrar a cada um: «O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus» (Aparição de junho de 1917).

«Com Maria, peregrino na esperança e na paz»: assim reza o lema desta nossa peregrinação que é um programa de conversão. Alegra-me saber que vocês estão preparando com intensa oração este momento abençoado que culmina um centenário de momentos abençoados. A oração alarga o nosso coração e o prepara para receber os dons de Deus. Agradeço-lhes as orações e sacrifícios que diariamente oferecem por mim e de que muito preciso, pois sou um pecador entre pecadores, «um homem de lábios impuros, que habita no meio de um povo de lábios impuros» (Is 6, 5). A oração ilumina os meus olhos para saber olhar os outros como Deus os vê, para amar os outros como Ele os ama.

No seu nome, venho até vocês na alegria de partilhar com vocês o Evangelho da esperança e da paz. O Senhor os abençoe e a Virgem Mãe os proteja!

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Terra Santa: respeitar os detentos nos cárceres israelenses

Jerusalém (RV) – Está em andamento nos cárceres israelenses, desde 17 de abril passado, uma greve de fome da parte dos prisioneiros políticos palestinos.

Um protesto, segundo o seu promotor Marwan Barghouthi, líder do Al-Fatah, no cárcere há 15 anos, “pela libertação e a dignidade”. São cerca de 1.800 os prisioneiros que há três semanas não comem nada, num total de 6.500.

Segundo a Agência Sir, os ordinários católicos da Terra Santa divulgaram nos últimos dias uma nota na qual exortam “as autoridades israelenses a ouvir o grito dos prisioneiros, a respeitar a sua dignidade humana e abrir uma nova porta para a construção da paz”.

“Os detentos”, lê-se na nota, “pedem respeito pelos direitos humanos e pela dignidade, como reconhecido no direito internacional e na Convenção de Genebra, e pedem o fim da detenção administrativa. Como cristãos somos chamados a trabalhar pela libertação de cada ser humano e pela criação de uma sociedade em que haja igualdade para todos, israelenses e palestinos”.

Prossegue o compromisso da Igreja católica local nos cárceres em Israel. Um compromisso inserido na Pastoral Carcerária do Patriarcado Latino de Jerusalém, desejada há mais de 20 anos pelo então Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Michel Sabbah.

Padre David Neuhaus é o responsável pela Pastoral Carcerária e coordena uma equipe de mais de 10 pessoas, formada por sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos.

“Atualmente, damos assistência a cerca de cem detentos cristãos, dentre os quais mulheres e algum ortodoxo”, disse Pe. Neuhaus. “Não se trata de detentos políticos, pois nos é permitido encontrar somente os condenados por crimes comuns”, concluiu.

(MJ)

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Papa encoraja Semana Ecumênica promovida pelos focolarinos

Cidade do Vaticano (RV) – “Saúdo os participantes da Semana Ecumênica promovida pelo Movimento dos Focolares e os exorto a prosseguir no caminho comum da unidade, do diálogo e da amizade entre as religiões e os povos”, disse o Papa Francisco na Audiência desta Quarta-feira, ao saudar os grupos de língua italiana presentes na Praça São Pedro.

De fato, os membros do movimento fundado por Chiara Lubich participam em Castel Gandolfo desde a terça-feira, 9, até 13 de maio, da 59ª Semana Ecumênica, encontro que reúne cerca de 700 cristãos provenientes de 70 Igrejas e Comunidades Eclesiais, de 40 países.

Uma verdadeira “Mariápolis ecumênica”, na esteira do caminho aberto por Chiara Lubich, isto é, no “diálogo da vida” e “no ecumenismo de povo”, onde Chiara via a contribuição típica da espiritualidade da unidade na plena e visível comunhão entre as Igrejas: é necessário “um povo ecumenicamente preparado”. Tendo conhecimento dos muitos passos ainda a serem dados e no respeito entre todas as Igrejas, se buscará aprofundar o patrimônio comum que já une todos.

O título desta Semana Ecumênica – “Caminhando Juntos. Cristãos em direção à unidade” – está sendo aprofundado por meio de um tema central da espiritualidade da unidade: Jesus crucificado e abandonado, o Deus do nosso tempo, fundamento para uma espiritualidade de comunhão. Serão alternados momentos de reflexão, de diálogo e de testemunho de diversos lugares do mundo.

Na caminhada atual, após 500 anos da Reforma de Lutero, entre os vários palestrantes está o Bispo Christian Krause, ex-presidente da Federação Luterana mundial, o Reverendo Dr. Martin Robra, do Conselho Ecumênico das Igrejas de Genebra, o Bispo Brian Farrell, Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Maria Voce, Presidente do Movimento dos Focolares. (JE)

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O Espírito Santo, a maior novidade do pós-Concílio

Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos falar no programa de hoje sobre a maior novidade do pós-Concílio, na teologia e na vida da Igreja: o Espírito Santo.

Como já fizemos em outras oportunidades, vamos inspirar este nosso espaço na pregação de Advento do Frei Raniero Cantalamessa ao Santo Padre e à Cúria Romana. Nela, o Pregador da Casa Pontifícia reflete sobre os frutos do Concílio Vaticano II, ressaltando a força e a atuação do Espírito Santo que soprou um novo vento, trazendo uma renovação através de diversos movimentos. Padre Gerson Schmidt:

“Raniero Cantalamessa, fez no advento, no início desse novo ano litúrgico A que estamos mergulhados, novamente um resgate da novidade do pós-concílio, decorridos mais de 50 anos. O pregador da Casa Pontifícia tem refletido sobre o cinquentenário do concílio e suas aplicações práticas e teologais para a Igreja atual, o que nos interessa aqui de modo muito peculiar.

Disse assim Cantalamessa: “Com a celebração do Jubileu de aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II, terminou a primeira fase do “pós-concílio” e abriu-se uma outra. Se a primeira fase foi caracterizada por problemas relacionados à “recepção” do Concílio, esta nova será caracterizada, creio eu, pelo completar e integrar o Concílio; em outras palavras, pela releitura do Concílio à luz dos frutos produzidos por este, destacando também o que nele está ausente, ou presente apenas de forma embrionária”. Embrião aqui no Concilio seja para Cantalamessa a força e atuação do Espírito Santo na Igreja, que aparece em diversas partes isoladas, mas não como força impulsionadora de tudo.

Raneiro disse que a maior novidade do pós-Concílio, na teologia e na vida da Igreja, tem um nome específico: o Espírito Santo. O Concílio não havia ignorado a sua ação na Igreja, mas havia mencionando o Espírito Santo muitas vezes, mas sem destacar o seu papel central, nem sequer na constituição Sacrossanctum Concilium, sobre a Liturgia. Cantalamessa recordou uma conversa, no tempo em que estava na Comissão Teológica Internacional, com o Pe. Yves Congar que usou uma imagem forte a este respeito. Congar falou de um Espírito Santo, espalhado aqui e ali nos textos, como se faz com o açúcar nos doces, mas que não se torna parte da composição da massa, como tempero principal que dá maior e verdadeiro sabor.

Mas o degelo havia começado. Podemos dizer que a intuição de São João XXIII do Concílio como sendo “um novo Pentecostes para a Igreja” encontrou a sua implementação somente mais tarde, terminado o concílio, como tem acontecido muitas vezes nas histórias dos Concílios. Cantalamessa recordou os novos movimentos surgidos no pós-Concilio.

Nesse ano de 2017 vai se comemorar o 50 anos, o Jubileu de aniversário do início, na Igreja Católica, da Renovação Carismática. É um dos muitos sinais – o mais evidente pela vastidão do fenômeno – do despertar do Espírito e dos carismas na Igreja. O Concílio havia preparado o caminho para a sua recepção, falando, na Lumen Gentium, da dimensão carismática da Igreja, juntamente com aquela institucional e hierárquica, e insistindo na importância dos carismas¹.

Na homilia da Missa Crismal da Quinta-feira Santa de 2012, Bento XVI disse: “Quem olha para a história da época pós-conciliar pode reconhecer a dinâmica da verdadeira renovação, que muitas vezes assumiu formas inesperadas em movimentos cheios de vida e que torna quase palpáveis a vivacidade inesgotável da Santa Igreja, a presença e a ação eficaz do Espírito Santo”. Aqui recordamos não só a RCC, mas também o movimento Focolare, o Caminho Neocatecumenal e o Movimento de Comunhão e Libertação, surgidos e impulsionados pelo Concilio Vaticano II.

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¹ Lumen gentium 12

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