Criança curada por intercessão dos pastorzinhos acompanhará canonização

A criança brasileira curada por intercessão de Francisco e Jacinta Marto, em um milagre reconhecido pelo Papa, vai acompanhar a canonização dos Pastorzinhos, na Cova da Iria.

O anúncio foi feito na última sexta-feira, dia 21 de abril, pela página oficial da visita do Papa Francisco a Portugal. A cura, considerada como milagrosa, representou a etapa final no processo de canonização dos dois videntes.

“No dia 11 de maio, a criança miraculada e a família vão fazer uma declaração em Fátima sobre o milagre, estando disponíveis para falar com a imprensa, assistindo, no dia 13, à canonização dos dois Pastorzinhos”, assinala uma nota divulgada. Até lá, “a família não vai dar entrevistas nem fazer declarações, por pretender que o seu testemunho seja feito no Santuário de Fátima”.

A identidade da criança, por ser menor, e pormenores exatos da cura “estão sob reserva”. O reconhecimento de um milagre realizado depois da beatificação é um processo da competência da Congregação das Causas dos Santos, regulado pela Constituição Apostólica Divinus Perfectionis Magister, promulgada por João Paulo II em 1983.

O decreto saído da Congregação, declarando santos os dois beatos, foi então submetido à aprovação do Papa Francisco, o que aconteceu a 23 de março deste ano.

O caso considerado como milagre que abriu caminho à canonização dos beatos Francisco e Jacinta Marto, que vão ser declarados santos a 13 de maio, em Fátima, relaciona-se com a queda de uma criança, que ficou em coma.

(MD/Agência Ecclesia)

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Misericórdia e Justiça são inseparáveis: Canonização de João Paulo II

Misericórdia e Justiça são inseparáveis, diz Postulador da Causa de Canonização de JPII

Celebra-se este primeiro domingo após a Páscoa a Festa da Divina Misericórdia, instituída por São João Paulo II no ano 2000, por ocasião da canonização de Santa Faustina Kowalska, apóstola da Divina Misericórdia.

A Festa está intimamente ligada à Ressurreição do Senhor ocupando, de fato, um lugar privilegiado entre todas as formas de devoção à Divina Misericórdia reveladas à Santa Faustina.

Já na primeira ocasião em que Jesus falou a ela sobre a Divina Misericórdia, em 22 de fevereiro de 1931, pediu: “Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja abençoada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia. Desejo que os sacerdotes anunciem esta Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras (Diário de Santa Faustina, 49-50).

Na Carta Apostólica Misericordia et misera, o Papa Francisco escreveu que “em primeiro lugar, somos chamados a celebrar a misericórdia. Quanta riqueza está presente na oração da Igreja, quando invoca a Deus como Pai misericordioso! Na liturgia, não só se evoca repetidamente a misericórdia, mas é realmente recebida e vivida.

Desde o início até ao fim da Celebração Eucarística, a misericórdia reaparece várias vezes no diálogo entre a assembleia orante e o coração do Pai, que rejubila quando pode derramar o seu amor misericordioso”, e que “a celebração da misericórdia tem lugar, duma forma muito particular, no sacramento da Reconciliação. Este é o momento em que sentimos o abraço do Pai, que vem ao nosso encontro para nos restituir a graça de voltarmos a ser seus filhos”.

O Postulador da Causa de Canonização de João Paulo II, o sacerdote polonês Slawomir Oder, conversou conosco sobre a Divina Misericórdia:

“Não é possível pensar em Divina Misericórdia sem pensar na Ressurreição do Senhor, porque a Ressurreição do Senhor, a Páscoa do Senhor, é o ápice da revelação da Misericórdia de Deus, aquela abertura à vida, à vida eterna. É um dom supremo que Deus em Cristo oferece ao homem. Jesus veio ao mundo justamente para revelar a face misericordiosa de Deus”.

A Divina Misericórdia é certamente um dos temas fortes que colocam em íntima relação João Paulo II e Francisco. A Encíclica Dives in Misericordia é citada constantemente pelo Papa Francisco em seus pronunciamentos e homilia, assim como no Jubileu, obviamente…

“Sim, o tema da misericórdia os une de modo íntimo, e ao mesmo tempo, constitui um formidável caminho de continuidade entre os dois Pontificados. Ambos provém de situações marcadas por questões sociais, por dificuldades históricas. É precisamente a sensibilidade humana, a concretude histórica e a atenção que prestam ambos os Pontífices à dignidade do homem às questões dos mais pobres – aqueles que esperam o cumprimento da mensagem evangélica – que os torna assim tão próximos ao abordar o tema da Divina Misericórdia”.

O Papa Francisco já afirmou que justiça e misericórdia são inseparáveis. Também João Paulo II, justamente na Dives in Miserciordia perguntava: “É suficiente a justiça?”, para então responder, que na realidade, a Igreja é chamada a proclamar e a anunciar a misericórdia como a forma mais alta de justiça no amor. Às vezes parece que a misericórdia não é bem entendida, é como se fosse uma concessão, uma benevolência…

“Absolutamente não é assim, mesmo porque, da perspectiva do século passado, podemos dizer claramente o que significa a justiça humana sem Deus: leva ao horror, à negação do homem, a um sistema de escravidão e à negação da dignidade da pessoa. Não existe uma contradição entre justiça e misericórdia, não é uma benevolência falar da Misericórdia, mas devemos sempre recordar que, de qualquer forma, a revelação da Misericórdia Divina traz consigo uma obrigação moral, religiosa do homem, de acolher este mistério, mas também de converter-se a este mistério. A Misericórdia pressupõe a acolhida e um constante processo de compreensão do coração do homem”.

“Todos precisamos de consolação, porque ninguém está imune do sofrimento, da tribulação e da incompreensão, escreveu ainda o Papa Francisco na Carta Apostólica Misericordia et Misera. Quanta dor pode causar uma palavra maldosa, fruto da inveja, do ciúme e da ira! Quanto sofrimento provoca a experiência da traição, da violência e do abandono! Quanta amargura perante a morte das pessoas queridas! E, todavia, Deus nunca está longe quando se vivem estes dramas. Uma palavra que anima, um abraço que te faz sentir compreendido, uma carícia que deixa perceber o amor, uma oração que permite ser mais forte… são todas expressões da proximidade de Deus através da consolação oferecida pelos irmãos. (JE/AG)

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O pesar do Papa pela morte do Card. Nicora

O Papa manifestou seu pesar pela morte do Cardeal Attilio Nicora, que faleceu na noite de 22 de abril. O Cardeal italiano estava internado numa clínica romana e completou 80 anos no dia 16 de março passado.

Em telegrama, o Pontífice escreve que o Cardeal nascido em Varese (Arquidiocese de Milão) “deixa uma lembrança repleta de estima e de reconhecimento pelo precioso serviço que prestou com singular competência seja à Igreja, seja à sociedade civil italiana”, especialmente em campo jurídico para a revisão dos Pactos Lateranenses. Depois, à frente de sua gestão como presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa) e da Autoridade de Informação Financeira (Aif).

O Papa Francisco confia suas orações de sufrágio à celeste intercessão de Maria e de São João Paulo II, que o enviou para guiar a Diocese de Verona e o criou Cardeal.

O purpurado não era eleitor. Com a sua morte, o Colégio Cardinalício resulta assim composto: 222 cardeais, dos quais 117 eleitores e 105 não eleitores.

Sobre Attilio Nicora

Attilio Nicora (Varese, 16 de março de 1937 – Roma, 22 de abril de 2017) foi um cardeal italiano e Presidente-emérito da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica.

Foi ordenado padre em 27 de junho de 1964, por Giovanni Umberto Colombo. Foi elevado a bispo-auxiliar de Milão, com o titulus de Furnos minor, entre 1977 e 1992. Depois, foi transferido como bispo de Verona, exercendo o episcopado entre 1992 e 1997. Em 2002, foi nomeado presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica e elevado a arcebispo ad personam, sem um título.

Foi criado cardeal em 2003 pelo Papa João Paulo II, com o título de Cardeal-diácono de S. Filippo Neri in Eurosia, sendo-lhe imposto o barrete cardinalício em 13 de dezembro de 2003. Em 2005, participou do conclave que elegeu Joseph Ratzinger como Papa Bento XVI. Desde 2006, era o Delegado Pontifício da Pontifícia Delegação para as Basílicas de São Francisco e Santa Maria dos Anjos de Assis. Também participou do conclave de 2013, que elegeu o Papa Francisco.

Em 12 de junho de 2014, foi elevado a cardeal-presbítero mantendo seu título pro hac vice, após 10 anos como cardeal-diácono.

Morreu em 22 de abril de 2017, aos 80 anos.

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Papa recebe família real de Liechtenstein

O Papa Francisco recebeu no sábado (22/04) em audiência, no Vaticano, a família real do Principado de Liechtenstein: o Príncipe reinante Hans Adam II com a Princesa Marie e o Príncipe Hereditário Alois com a Princesa Sophie.

No decorrer da audiência, falou-se das boas relações bilaterais entre a Santa Sé e o Liechtenstein e foi reconhecido o papel histórico da Igreja Católica e a contribuição positiva que continua oferecendo para a vida do país. Sucessivamente, expressou-se apreço pelo empenho do Principado em âmbito internacional, especialmente na proteção dos direitos humanos.

Liechtenstein tem um parlamento de chamado Landtag, com 25 membros eleitos por voto popular. Cada serve um mandato de quatro anos. Os membros do Landtag escolhem um primeiro-ministro para liderar o governo. O príncipe deve aprovar sua escolha; ele também aprova os quatro administradores que o primeiro-ministro seleciona para formar um gabinete.

Sobre Liechtenstein

O príncipe de Liechtenstein tem o poder de demitir qualquer membro do governo ou o Landtag inteiro, e substituí-lo por um governo provisório. Ele pode vetar leis e nomeações judiciais, cancelar investigações governamentais, e conceder clemência a criminosos condenados.

Como tal, a monarquia de Liechtenstein tem maior poder do que qualquer outra na Europa de hoje. Os críticos descrevem-na como uma ditadura em potencial. Os defensores apontam que a família principesca esbanja sua grande riqueza do país e usam suas conexões de negócios internacionais para ajudar a tornar o principado próspero. Os cidadãos de Liechtenstein retêm o direito de abolir a monarquia, embora eles precisem de uma maioria de dois terços para fazê-lo.

História

A família vem do Castelo de Liechtenstein, na Baixa Áustria, que ela possuiu de 1140 até o século XIII e, novamente, de 1807 em diante. Ao longo do tempo, a dinastia adquiriu várias terras, predominantemente na Morávia, na Baixa Áustria, na Silésia e na Estíria. Contudo, muitos desses territórios estavam contidos em feudos de outros senhores feudais, particularmente de várias linhagens da Casa de Habsburgo, à qual muitos príncipes da Casa de Liechtenstein serviram como conselheiros. Consequentemente, não faziam parte do Reichstag.

Os Liechtenstein aspiraram bastante aos poderes que uma posição no governo imperial traria e, como resultado, buscaram somente propriedades com o Sacro Imperador Romano-Germânico como autoridade direta, sem suseranos intermediários. Em 1699, a família pôde adquirir o senhorio (em alemão: Herrschaft) de Schellenberg e, em 1712, o condado de Vaduz. As possessões foram compradas da família Hohenems e tinham exatamente o status político requerido pelos Liechtesntein.

No dia 23 de janeiro de 1719, Carlos VI, Sacro Imperador Romano-Germânico, decretou a unificação de Schellenberg e Vaduz e elevou toda a área à dignidade de principado (em alemão: Fürstentum), com o nome de “Liechtenstein”, em honra da família soberana, na pessoa de Anton Florian de Liechtenstein (1656-1721). Com a dissolvição do Sacro Império Romano Germânico em 1806, o principado de Liechtenstein, em 12 de julho do mesmo ano, tornou-se independente, após o tratado de Pressburg, assinado pelo príncipe Johann I Josef.

A família, para além de soberana do principado, é dona do Liechtenstein Global Trust – LGT, um grupo bancário bilionário.
O atual príncipe soberano é Hans-Adam II.

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Papa: a misericórdia abre a porta da mente e do coração

“A misericórdia é a pedra angular na vida de fé”: palavras do Papa que antecederam a oração mariana do Regina Caeli neste II domingo de Páscoa, dedicado à Divina Misericórdia.

Aos milhares de fiéis reunidos na Praça S. Pedro, Francisco explicou que este domingo, na tradição da Igreja, era chamado “in albis” (alba). A expressão evocava o rito do batismo na Vigília de Páscoa e veste branca ofertada para a ocasião. No passado, esta veste era usada por uma semana, até o domingo in albis, quando era retirad, e os neófitas iniciavam sua nova vida em Cristo e na Igreja. Já no Jubileu do Ano 2000, São João Paulo II teve “a belíssima intuição” de dedicar o II domingo de Páscoa à Divina Misericórdia.

A misericórdia se apresenta como perdão dos pecados

No dia da ressurreição de Jesus, a misericórdia se apresenta como perdão dos pecados, como narrado no Evangelho deste domingo. Cristo diz aos seus discípulos: “A quem perdoardes os pecados eles lhes serão perdoados”; e transmitiu à sua Igreja, como primeira tarefa, a missão de levar a todos o anúncio concreto do perdão.

A misericórdia abre a porta da mente

A experiência da misericórdia, acrescentou o Papa, abre a porta da mente para compreender melhor o mistério de Deus e da nossa existência pessoal. “Faz entender que a violência, o rancor, a vingança não têm qualquer sentido, e a primeira vítima é quem vive desses sentimentos, porque se priva da própria dignidade.”

A misericórdia abre a porta do coração

Francisco ressaltou que a misericórdia abre também a porta do coração e permite expressar a proximidade sobretudo aos que estão sós e marginalizados, porque os faz sentir irmãos e filhos de um só Pai. “A misericórdia aquece o coração e o torna sensível às necessidades dos irmãos com a compartilha e a participação. A misericórdia, enfim, compromete todos a serem instrumentos de justiça, de reconciliação e de paz. Jamais nos esqueçamos que a misericórdia é a pedra angular na vida de fé, e a forma concreta com a qual damos visibilidade à ressurreição de Jesus.”

Devotos da Divina Misericórdia

Ao final da oração do Regina Caeli, o Papa saudou de modo especial os devotos da Divina Misercórdia, e recordou a beatificação em Oviedo, na Espanha do Pe. Luis Antonio Rosa Ormières. Francisco agradeceu e retribui os votos de feliz Páscoa que recebeu de milhares de fiéis.

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