Papa pede participação dos fiéis no “Um minuto pela paz”

Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco lançou um apelo em favor da iniciativa “Um minuto pela paz”, a ser realizada esta quinta-feira, 8 de junho.

“Amanhã, às 13 horas, renova-se em diversos países a iniciativa “Um minuto pela paz”, isto é, um pequeno momento de oração na recorrência do encontro no Vaticano entre eu, o falecido Presidente israelense Peres e o Presidente palestino Abbas. Em nosso tempo, há tanta necessidade de rezar – cristãos, judeus e muçulmanos – pela paz”.

A iniciativa – realizada em vários países – é apoiada em nível internacional também pelo Fórum Internacional da Ação Católica (FIAC) e pela União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC).

Na Argentina, por exemplo, diversas organizações uniram-se à Conferência Episcopal local, no convite para que todas interrompam por um minuto suas atividades cotidianas às 13 horas, para refletir e rezar – cada um na própria tradição religiosa – num gesto de comprometimento com a paz no mundo.

Este “minuto” poderá ser vivenciado em grupo ou individualmente, na rua ou em uma igreja, em família, na escola, no local de trabalho, na fábrica, no escritório, enfim, no local onde for possível recolher-se brevemente em silêncio.

A data recorda o terceiro aniversário do histórico encontro realizado no Vaticano em 8 de junho de 2014, e que reuniu o Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu e os Presidentes de Israel, Shimon Peres (falecido 28 de setembro de 2016), e da Palestina, Abu Mazen.

 

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Papa: Deus não pode ser Deus sem o homem, um grande mistério!

Chamar Deus com o nome de “Pai “é a grande revolução que o cristianismo imprime na psicologia religiosa do homem”, e “que mistério insondável é um Deus que nutre este tipo de amor pelos seus filhos”, um Deus que fica “indefeso diante do livre arbítrio do homem”.

Na Audiência Geral desta quarta-feira, onde deu prosseguimento à sua série de catequeses sobre o tema da esperança, o Papa Francisco falou sobre “A paternidade de Deus, fonte da nossa esperança”. “Um Deus que não pode viver sem o homem, é um grande mistério”, exclamou!

O Evangelho de Lucas é o que melhor documenta o “Cristo orante” e a oração do Pai Nosso, revela justamente esta intimidade de Jesus com seu Pai.

Especialmente pela manhã e durante a noite, Jesus se retirava sozinho em oração, e havia algo de fascinante nesta oração. E os discípulos – tocados por isto – pedem que Jesus ensine a eles a rezar. É então que Jesus transmite aquela que tornou-se “a oração cristã por excelência”, o “Pai Nosso”.

“Todo o mistério da vida cristã – diz Francisco – está resumido aqui, nesta palavra: ter a coragem de chamar Deus com o nome de Pai”. Mesmo a Liturgia, quando nos convida à rezar o Pai Nosso na comunidade, utiliza a expressão “ousemos dizer”.

De fato, chamar Deus com o nome de “Pai” – observa o Papa – de forma alguma é um fato óbvio. O normal, é que usemos “títulos mais elevados, que nos pareçam mais respeitosos à sua transcendência”:

“Ao invés disto, invocá-lo como “Pai”, nos coloca em relação de confiança com Ele, como uma criança que se dirige ao seu pai, sabendo ser amada e cuidada por ele. Esta é a grande revolução que o cristianismo imprime na psicologia religiosa do homem. O mistério de Deus, que sempre nos fascina e nos faz sentir pequenos, porém, não causa medo, não nos sufoca, não nos angustia. Esta é uma revolução difícil de acolher em nossa alma humana”.

Tanto é verdade isto – observa o Papa – que até mesmo as narrativas da Ressurreição falam do medo e do estupor das mulheres diante do sepulcro vazio e do anjo. “Mas Jesus nos revela que Deus é um Pai bom e nos diz: “Não tenhais medo!”.

E este Deus que é um Pai, “que sabe ser somente amor por seus filhos”, encontra grande expressão na Parábola do Filho Pródigo, narrada em Lucas:

“Um Pai que não pune o filho pela sua arrogância e que é capaz até mesmo de confiar a ele a sua parte de herança e deixá-lo ir embora de casa. Deus é Pai, diz Jesus, mas não da maneira humana, porque não existe nenhum pai neste mundo que se comportaria como o protagonista desta parábola. Deus é Pai a sua maneira: bom, indefeso diante do livre arbítrio do homem, capaz somente de declinar o verbo amar”.

E quando o filho rebelde, depois de ter superado tudo, finalmente retorna para casa, “aquele pai não aplica critérios de justiça humana, mas sente, antes de tudo, necessidade de perdoar, e com o seu abraço faz entender ao filho que durante o longo tempo de ausência, ele lhe fez falta, dolorosamente fez falta ao seu amor de Pai”.

“Que mistério insondável é um Deus que nutre este tipo de amor em relação aos seus filhos!”, exclama Francisco.

Talvez por esta razão – explica – o apóstolo Paulo não consegue encontrar uma tradução em grego para a palavra “abbá”, que Jesus pronunciava em aramaico. Por duas vezes São Paulo fala sobre isto e por duas vezes deixa esta palavra sem tradução, na mesma forma de como saía dos lábios de Jesus, “abbà”, uma expressão ainda mais íntima em relação a “pai”, e que alguns traduzem como “papai, papaizinho”.

Este Pai “nunca será um Deus “sem o homem. Grande mistério este!”, exclama o Pontífice. Mesmo que nos afastemos, sejamos hostis, nos professemos “sem Deus”. E esta certeza é “a fonte de nossa esperança”, que está em todas as invocações do Pai Nosso.

Quando temos necessidade de ajuda, Jesus não nos diz para nos resignar-nos e nos fechar em nós mesmos, mas de nos dirigir ao Pai e pedir a Ele com confiança:

“Todas as nossas necessidade, desde as mais evidentes e cotidianas, como a comida, a saúde, o trabalho, até aquelas como ser perdoados e sustentados nas tentações, não são o espelho de nossa solidão, pois existe um Pai que sempre nos olha com amor e que, seguramente, não nos abandona”.

Ao final de sua catequese, após convidar os presentes a pensarem em seus problemas e dificuldades e no “Pai que não pode ser sem nós e que nos olha neste momento”, o Papa rezou com todos a oração do Pai Nosso.

 

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“Ruta Verde” do Papa Francisco em Cartagena terá 12 mil árvores

A Igreja Católica colombiana apresentou a “Ruta Verde” do Papa Francisco, iniciativa que pretende promover Cartagena das Indias como um território de respeito pelos direitos humanos.

A “Ruta Verde” inclui o plantio de 12 mil árvores por ocasião da visita do Pontífice à cidade em 10 de setembro, último dia de sua viagem apostólica à Colômbia.

A Igreja colombiana deseja que Francisco visite a Igreja de São Pedro Claver, jesuíta espanhol do Século XVI, que dedicou sua vida ao trabalho em favor dos escravos, motivo pelo qual foi declarado defensor dos Direitos Humanos.

O pároco da igreja, Padre Jorge Camacho, explicou à Agência Efe que a iniciativa é um processo pedagógico voltado especialmente ao jovens de Cartagena, para expressar que “o Papa já chegou, que não temos que esperar até 10 de setembro para recebê-lo, porque sua mensagem já chegou, de muitas maneiras”.

“Sua Encíclica Laudato Si é uma palavra também dirigida a nós de Cartagena, porque nos fala desta relação entre a pobreza e a degradação ambiental; da cultura do descarte, dos efeitos das mudanças climáticas em cidades como a nossa, que estão sendo afetadas”, expressou o sacerdote.

Esta iniciativa pretende contribuir para “uma Cartagena justa, amigável, onde se respeite a vida e onde se possa viver dignamente”, comentou o religioso.

Ademais, a “Ruta Verde” de Francisco, consiste em atingir a meta de plantar 12 mil árvores em toda a cidade.

O sacerdote acrescentou que com esta iniciativa se busca promover a “reapropriação” do território, o que inclui “a proteção dos manguezais, da barreira coralina que aqui estão ameaçados e no geral, o cuidado com a vida”.

Padre Camacho indicou que, “mesmo que ainda não se tenha nada de oficial”, o que se sabe do itinerário do Papa em Cartagena é que começará a sua visita pela Paróquia do Bairro São Francisco, onde será recebido por um pequeno grupo de fiéis.

De São Francisco, se deslocará para os bairros populares de ‘La María’ e ‘Los Pescadores’ e de lá seguirá para o Mercado de Bazurto, no coração de Cartagena.

Posteriormente visitará a Igreja São Pedro, na parte histórica da cidade, onde rezará o Angelus, seguindo após para a Catedral de Santa Catarina de Alexandria, distante 200 metros, onde abençoará os doentes.

O Papa concluirá sua visita no terminal portuário de Contecar, na zona industrial, onde celebrará a Eucaristia para 400 mil fiéis, naquele que será o ponto alto de sua visita à cidade.

 

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O Diálogo Inter-religioso: a mulher na educação à fraternidade universal

“O papel da mulher na educação à fraternidade universal.” Esse é o tema da sessão plenária do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Presididos pelo chefe do dicastério vaticano, Cardeal Jean-Louis Tauran, os trabalhos dessa sessão terão lugar na quarta e quinta-feira, dias 7 e 8 de junho.

Segundo comunicado desta terça-feira difundido pela Sala de Imprensa da Santa Sé, os membros e consultores do organismo pontifício são convidados à sessão plenária.

Quatro reflexões para desenvolver o tema proposto

O tema será abordado de um ponto de vista geral com quatro reflexões confiadas à biblista Nuria Calduch-Benages, da Pontifícia Universidade Gregoriana, que falará sobre “A mulher educa à fraternidade universal. Reflexão bíblico-sapiencial”;

à Irmã Raffaele Petrini, docente de doutrina social da Igreja no Instituto Angelicum de Roma, que desenvolverá a reflexão “Qualidades femininas contra o paradigma tecnocrático: Uma perspectiva social católica sobre a contribuição das mulheres à fraternidade”;

à defensora dos direitos dos menores em Paris, Marie Derain, que refletirá “Construir a paz: o percentual de mulheres”;

e, por fim, a Clare Amos, do Conselho Mundial de Igrejas, que desenvolverá “O papel das mulheres na educação rumo à fraternidade universal: uma perspectiva do Conselho Mundial de Igrejas”.

Atividades do Pontifício Conselho nos últimos anos

Estão também previstos momentos de reflexão sobre o tema e troca de informações sobre o diálogo inter-religioso. O secretário do dicastério, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, exporá aos participantes as atividades do Pontifício Conselho nos últimos anos.

“A Assembleia plenária representa sempre uma feliz e oportuna ocasião para refletir sobre a atual situação do diálogo inter-religioso em várias partes do mundo e para aprofundar qual deve ser o papel da comunidade cristã em prol da promoção do papel da mulher na educação à fraternidade e para a construção de melhores relações com os membros de outras religiões”, lê-se na nota.

Na conclusão dos trabalhos, os participantes da plenária serão recebidos em audiência pelo Papa Francisco.

 

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Card. Poupard enviado do Papa a Avinhão

Avinhão (RV) – O Cardeal Paul Poupard foi recebido em audiência pelo Papa Francisco no Vaticano, na segunda-feira, 5 de junho.

O Presidente emérito dos Pontifícios Conselhos para a Cultura e Diálogo Interreligioso, será o enviado especial do Pontífice à Avinhão, na França, para as celebrações – que terão lugar de de 23 a 25 de junho – do sétimo centenário da presença dos Papas no “enclave”.

Em março de 2009, o Cardeal Poupard já havida sido o enviado especial do Papa Bento XVI para a abertura das celebrações do sétimo centenário da presença em Avignon dos Papas, que durou de 1309 a 1377.

Em 1307, o Papa Clemente V (Pontífice de 1305 a 1314), foi a Avinhão – então parte dos Estados Pontifícios – para resolver o conflito com o Rei da França – Filipe, o Belo – sobre o destino dos Templários.

Avinhão se tornou a “Cidade dos Papas”, visto que oito Pontífices alí residiram: João XXII (1316-1334), Bento XII (1334-1342), Clemente V (1342-1352), Inocêncio VI (1352-1362) Clemente VI (1342-1352), Inocêncio VI (1352-1362), Urbano V (1362-1370) e Gregorio XI (1370-1378), o último papa francês, que retornou a Roma em 1377.

Este período “canônico” do Papado em Avinhão foi marcado pelo “grande Cisma do Ocidente”, que viu vários Papa e antipapas coexistindo contemporaneamente na Europa.

Os dois antipapas de Avinhão, Clemente VII (1378-1394) e Bento XIII (1394-1423), não são reconhecidos como “sucessores” de Pedro.

Hoje, a cidade da residência de verão dos Papas, a 30 km de Roma, Castel Gandolfo, está geminada com o Châteauneuf-du-Pape, também conhecido pelo seu vinho.

O Papado de Avinhão, conhecido também como “Cativeiro de Avignon”, diz respeito a um período da história do papado e da Igreja Católica, compreendido entre 1309 e 1377, quando a residência do Papa foi transferida de Roma para Avinhão.

À medida que o poder real foi se fortalecendo na França, surgiram conflitos com a Igreja. Durante o reinado de Filipe IV de França, o Belo (1285-1314), registou-se um choque entre esse soberano e o então Papa Bonifácio VIII. O Papa não permitia que o rei cobrasse tributos da igreja francesa.

O sucessor do Papa Bonifácio VIII, Clemente V, foi levado pelo rei francês para residir em Avinhão, dando origem aos papas franceses que viveram naquela cidade.

Este episódio é conhecido como a “Crise de Avinhão”, que deu início ao período conhecido como “cativeiro babilônico dos Papas” (ou da Igreja), uma alusão ao exílio bíblico de Israel na Babilônia.

Este apelido é controverso pelo que se refere à crítica expressa do fato de a prosperidade da Igreja deste tempo ter sido acompanhada de um profundo compromisso da integridade espiritual do papado, especialmente no que toca à alegada submissão dos poderes da Igreja às ambições do Imperador francês.

O Rei Filipe IV de França conseguiu que fosse eleito um Papa um francês em 1305 (que adotou o nome de Clemente V) e, em 1309, persuadiu-o a deslocar a sede papal de Roma para Avinhão, às margens do rio Ródano.

Em 1377 a residência do Pontífice foi transferida de volta a Roma por Gregório XI, que faleceu um ano mais tarde, enquanto um Papa rival era eleito em Avinhão.

Houve um período de controvérsia entre 1378 e 1414 ao qual escolásticos católicos se referem como o “Cisma Papal”, ou, “A grande controvérsia dos Anti-Papas” (também chamado “o segundo Grande Cisma” ou Grande Cisma do Ocidente por muitos historiadores protestantes ou seculares), quando facções da Igreja Católica se dividiram quanto aos vários pretendentes a Papa.

O Concílio de Constança, em 1414 resolveu finalmente esta controvérsia, desmantelando os últimos vestígios do papado de Avinhão.

O vinho Châteauneuf du Pape (“o novo Castelo do Papa”), leva o nome daquela que foi a nova residência do antipapa em Avinhão.

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