Bispo sueco será o primeiro cardeal escandinavo: “uma surpresa”, diz

Estocolmo (RV) -“Jamais na história, nem mesmo no período medieval, estas nações tiveram um cardeal. É importante que o norte da Europa, que é pouco conhecida no mundo católico, agora tenha uma presença particular na Igreja universal.”

São palavras do bispo de Estocolmo, Dom Anders Arborelius, que será criado cardeal no próximo Consistório a ser presidido pelo Papa Francisco em 28 de junho, no qual criará também outros quatro cardeais. Dom Arborelius será o primeiro purpurado escandinavo.

Notícia do cardinalato recebida sem aviso prévio

Entrevistado pela agência Sir, o prelado conta a emoção destes dias após o anúncio feito pelo Santo Padre no Regina Caeli de 21 de maio passado e declara ter recebido a notícia sem nenhum aviso prévio:

“Foi uma surpresa. Um sacerdote encontrou a notícia na internet e me mostrou também o vídeo com o Papa pronunciando meu nome e a nomeação.”

Senti incapacidade e pequenez, mas também gratidão

No início não acreditava que fosse verdade – continua –, mas quando entendi que era isso mesmo fiquei comovido e senti a minha incapacidade e a minha pequenez diante de tão alta tarefa, mas ao mesmo tempo senti gratidão porque o Papa quis reforçar a nossa Igreja local, bem com a do Mali e do Laos. O Santo Padre tem uma preferência pela periferia também na Igreja.”

Respondendo sobre como mudará seu modo de ser bispo, Dom Arborelius diz não saber exatamente. A vida aqui será a mesma, o trabalho permanece. Talvez tenhamos mais atenção por parte da opinião pública por se tratar de um cardeal.

Conversão ao catolicismo

O futuro purpurado fala também de sua conversão: “Fui batizado e crescido na Igreja luterana, mas nunca fui muito ativo. Desde criança tive contatos com a Igreja católica e me sentia profundamente atraído por ela, razão pela qual a passagem não foi tão radical”. (RL)

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Homilia na Casa Santa Marta: um cristão jamais deve ser hipócrita

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre celebrou uma Santa Missa, na manhã desta terça-feira (6/6), na Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano, durante a qual fez sua habitual homilia.

Em sua reflexão, o Papa falou sobre a “hipocrisia” entre os doutores da Lei, que são hipócritas porque pensam uma coisa e dizem outra:

“A hipocrisia não era a linguagem de Jesus e tampouco deve ser a dos cristãos. Logo a sua linguagem deve ser verdadeira. Por isso, advertiu os fiéis para as tentações da hipocrisia e da adulação. Um cristão não pode ser hipócrita e um hipócrita não é cristão. O hipócrita é sempre um adulador, quem mais, quem menos”.

Com efeito, os Doutores da Lei procuravam adular Jesus. Por este motivo Jesus os chamava hipócritas. Os hipócritas sempre começam com a adulação e a adulação é não dizer a verdade, é exagerar e aumenta a vaidade.

Assim Francisco comentou o caso de uma padre, que conheceu há muito tempo, que “aceitava todas as adulações que lhe faziam”; tais adulações eram a sua fraqueza.

Jesus nos faz ver a realidade que é o contrário da hipocrisia e da ideologia. A adulação, frisou Francisco, começa com a má intenção.

Era o caso dos Doutores da Lei, que colocavam Jesus à prova, começando com a adulação e, depois, fazendo-lhe a pergunta: “É justo pagar a Cesar”? E o Papa respondeu:

“O hipócrita tem duas caras. Mas, Jesus conhecendo a sua hipocrisia, disse claramente: ‘Por que vocês me colocam à prova? Tragam-me uma moeda, quero vê-la. Assim Jesus responde sempre aos hipócritas e responde concretamente à realidade das ideologias”.

A realidade é assim, bem diferente da hipocrisia ou da ideologia. Eles entregam a moeda a Jesus e Ele lhes responde com sabedoria, partindo da imagem de Cesar na moeda: “Dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”.

A seguir, Francisco refletiu sobre um terceiro aspecto: a linguagem da hipocrisia é a linguagem do engano; é a mesma linguagem da serpente com Eva. Começa-se com a adulação para depois destruir as pessoas, a ponto de “extirpar a personalidade e a alma de uma pessoa”. Logo, a hipocrisia mata as comunidades. Quando há hipócritas em uma comunidade ela corre um grande perigo, um perigo terrível.

Em sua homilia, Francisco exorta os fiéis a seguir os conselhos de Jesus: “Que seu modo de falar seja “sim, sim, “não, não”. O supérfluo pertence ao maligno. Assim, afirmou com amargura, a hipocrisia mata a comunidade cristã e faz tanto mal à Igreja e adverte aqueles cristãos que têm este comportamento pecaminoso, que mata:

“O hipócrita é capaz de matar uma comunidade. Fala com docilidade, mas julga brutalmente as pessoas. O hipócrita é um assassino, pois começa com a adulação. No final, utiliza a mesma linguagem do diabo para destruir as comunidades”.

O Papa concluiu sua homilia convidando os presentes a pedir ao Senhor a graça “de jamais sermos hipócritas, mas que saibamos dizer a verdade. Se não pudermos dizê-la, calemos. O importante é nunca ser hipócritas”. (MT)

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Deus não é um espectador do mundo, afirma cineasta católico

Santiago (RV) – O cineasta católico espanhol Juan Manuel Cotelo encorajou comunicadores a serem “transmissores de Deus”, o qual “não é um espectador do mundo que aponta para nós, mas está permanentemente à conquista de corações”. O jornalista e diretor de filmes como Footprints, La ultima cima e Terra de Maria conversou com o Grupo ACI durante a sua visita ao Chile para participar do XII Congresso Católicos e Vida Pública.

Conselho a comunicadores

O cineasta aconselhou os comunicadores católicos “a estarem muito perto de Deus para que Ele mesmo possa se comunicar através de nós, esta é a missão de qualquer apóstolo”. Segundo Cotelo, levar Deus às telas do cinema é uma experiência “de surpresa” ao ver que o resultado “provoca uma onda de amor em pessoas que custariam a acreditar”. Trata-se de “descobrir que Deus não está de férias, que não ficou sem bateria, que não é um espectador do mundo que aponta para nós, mas está permanentemente à conquista de corações”. “E como faz as coisas em equipe, se fez homem e age entre os homens, continua procurando pessoas que queiram se unir à sua equipe e, quando uma pessoa se une à equipe de Deus e aceita o seu convite, Ele permite ver como ele joga”, afirmou.

Boa Nova do Evangelho

O responsável pela produtora Infinito + 1 também se referiu aos comunicadores católicos e recordou que “se queremos transmitir Deus, temos que ter Deus. Na medida em que somos mais de Deus, quanto mais permitamos que Ele aja em nós, é mais fácil que sejamos transmissores de Deus”. “Ele é quem vai transmitir através de nós” a Boa Nova do Evangelho e, para isso, é fundamental “estar muito perto de Deus” e confiar nele.

Diante dos momentos de dificuldade, o cineasta sustentou que “nós não temos a planilha do Excel de Deus para poder dizer ‘agora tudo está indo muito bem’ ou ‘agora está fatal’”. “Com a nossa planilha de Excel diríamos que no momento da crucificação a coisa é fatal, não tem mais jeito. E a planilha de Deus diz ‘espera três dias que você vai me ver ressuscitar’”, explicou Cotelo.

Confie no poder de Deus

Por esta razão, “confie no poder de Deus, não no que você vê com os próprios olhos ou com a sua inteligência, deixe que Deus dê a última palavra, deixe Ele ser Deus, e você vai ressuscitar”.

“Através desta tristeza, desse desespero, desse ‘problemão’ que você não consegue encontrar uma solução, ou dessa falta de resultados, você vai ver como Deus constrói sobre isso algo positivo”, afirmou o cineasta católico. (SP-ACI Prensa)

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Igreja argentina promove iniciativa “um minuto pela paz” no mundo

Buenos Aires (RV) – “Um minuto pela paz” no mundo é o nome da iniciativa a ser celebrada na próxima quinta-feira, 8 de junho, às 13 horas, momento em que todos são convidados a interromper suas atividades cotidianas e dedicar um minuto para refletir e rezar – segundo a própria tradição religiosa – num gesto de comprometimento com a paz no mundo.

A iniciativa é da Comissão Nacional Justiça e Paz, Ação católica argentina, Departamento dos Leigos, Comissão Episcopal para o Ecumenismo, as relações com o Judaísmo, o Islã e as religiões, além de diversas associações nacionais e internacionais, em comunhão com a Conferência Episcopal argentina.

Este “minuto” – explica o comunicado enviado à Agência Fides – poderá ser vivenciado em grupo ou de forma individual, na rua ou em uma igreja, em família, na escola, no local de trabalho, na fábrica, no escritório, enfim, no local onde a pessoa encontrar um ambiente para recolher-se.

A data recorda o terceiro aniversário do histórico encontro realizado no Vaticano em 8 de junho de 2014, e que reuniu o Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu e os Presidentes de Israel, Shimon Peres (falecido 28 de setembro de 2016), e da Palestina, Abu Mazen.

Em nível internacional, a iniciativa é apoiada também pelo Fórum Internacional da Ação Católica (FIAC) e pela União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC). (JE)

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Papa aos Missionários da Consolata: ser novos “areópagos”

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu sua série de audiências, na manhã desta segunda-feira (05/6), recebendo na Sala Clementina, no Vaticano, 120 participantes nos Capítulos Gerais dos Missionários e Missionárias da Consolata, cuja Congregação foi fundada pelo bem-aventurado Giuseppe Allamano.

Ao desejar que os trabalhos Capitulares possam se desenvolver em clima de serenidade e docilidade ao Espírito, o Papa encoraja todos aqueles coirmãos e coirmãs que, muitas vezes, atuam em condições difíceis nos diversos Continentes, a prosseguir com generosa fidelidade a sua missão “ad gentes”.

Por isso, Francisco deu algumas sugestões aos Missionários da Consolata:

“Gostaria de exortar-lhes a fazer um atento discernimento sobre a situação dos povos, entre os quais desempenham a sua ação evangelizadora. Jamais se cansem de levar conforto, sobretudo àqueles que se encontram em situações de grande pobreza e sofrimento, sobretudo na África e América Latina. Busquem dar seu testemunho de caridade, que o Espírito infunde em seus corações”.

Para levar adiante seu compromisso missionário, recordou o Papa, é preciso viver em comunhão com Deus. A vida religiosa pode se tornar um itinerário alegre de redescoberta progressiva do amor e da misericórdia divinos, e novos “areópagos” da evangelização. E concluiu:

“No esforço de requalificar o estilo de serviço missionário, é preciso privilegiar alguns elementos significativos como a sensibilidade à inculturação do Evangelho, dar espaço à corresponsabilidade dos agentes pastorais, adotar formas simples e pobres para viver entre as pessoas”.

Por fim, Francisco exortou ainda os Missionários da Consolata a dispensar atenção especial ao diálogo com os muçulmanos e a se comprometer mais com a promoção da dignidade da mulher e dos valores da família, como também ter maior sensibilidade com os temas da justiça e da paz. (MT)

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