Pádua (RV) – A devoção mariana inspirará em Pádua – norte da Itália – a Trezena de preparação para a festa de Santo Antônio 2017, em coincidência com o Centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima e o centenário da Milícia da Imaculada fundada por São Maximiliano Maria Kolbe em 16 de outubro de 1917 – três dias após a última aparição aos três pastorinhos de Fátima – para a conversão dos pecadores.
Um fio de ouro de devoção mariana que se une também à Basílica de Santo Antônio de Pádua, construída sobre a igrejinha dedicada a Santa Maria Mater Domini, onde o frade Antônio pouco antes de morrer pediu para ser sepultado e onde ainda hoje conserva seus restos mortais.
Laço estreito e forte da tradição franciscana com a Virgem Maria
“A tradição franciscana tem um laço estreito e forte com Nossa Senhora”, explica o reitor da Basílica de Santo Antônio, Pe. Oliviero Svanera. Após o ano passado dedicado à Misericórdia que caracterizou a edição precedente, este ano os frades propõem – coadjuvados pelos guias do Mensageiro de Santo Antônio – a Via Marialis, itinerários artístico simbólicos entre as representações de Maria presentes na Basílica, cerca de uma centena.
A Trezena teve início esta quarta-feira, 31 de maio, com a peregrinação dos Institutos de vida consagrada. Prossegue, ininterrupto, o afluxo de fiéis e peregrinos que visitam a Capela das Relíquias ou do Tesouro: nos primeiros meses do ano foi registrada a presença de 92.860 visitantes. Somente no último final de semana, dias 27 e 28 de maio, 8.192 pessoas visitaram as relíquias de Santo Antônio de Pádua. (RL)
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/trezena-de-santo-antonio-deste-ano-e-marcada-pela-devocao-mariana.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-31 12:32:022025-01-27 18:09:03Trezena de Santo Antônio deste ano é marcada pela devoção mariana
O Santo Padre nomeou Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida o Padre Alexandre Awi Mello, ISch. Diretor Nacional do Movimento de Schönstatt no Brasil
O sacerdote passa a auxiliar o Cardeal Kevin Joseph Farrell, nomeado Prefeito do Dicastério pelo Papa Francisco em 15 de agosto de 2016.
O Padre Alexandre Awi Mello, nascido no Rio de Janeiro em 17 de janeiro de 1971, é membro do Instituto Secular Padres de Schönstatt desde 1992.
Foi ordenado presbítero no Santuário da Mãe Três Vezes Admirável de Schönstatt no dia 7 de julho de 2001, pelas mãos de Dom Karl Josef Romer.
Depois de um ano como vigário numa paróquia da cidade de Santa Maria/RS, Brasil, sua comunidade lhe confiou o cuidado pastoral dos jovens nomeando-o assessor da juventude de Schönstatt no Sul e no Sudeste do Brasil. Nessa tarefa ele se manteve, mesmo depois de 2010 quando foi nomeado para a Direção do Movimento Apostólico de Schönstatt no Brasil, tarefa que passará a seu sucessor com sua transferência para Roma.
Estudos e atividades
Padre Alexandre Awi Mello concluiu seus estudos de Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Santiago do Chile com o grau de Bacharel em teologia.
Entre 1998 e 2000, fez um mestrado em Teologia na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Vallendar (PTHV), Alemanha. Sua monografia teve por tema “A Arte de Ajudar – atitudes fundamentais no acompanhamento espiritual”, obtendo a licença para a docência.
Ainda no ano de 2000 fez um curso de aprofundamento na Sociedade Alemã de Psicologia Pastoral (DGfP), com o tema: “O diálogo centrado na pessoa na pastoral”.
De 2004 a 2006, paralelo ao trabalho pastoral, fez um curso de especialização em “Counselling na pastoral” no Instituto para Counselling e Logoterapia (IATES), em Curitiba/PR, Brasil.
Desde 2010 trabalha em sua tese de doutorado na Universidade de Dayton, USA, com o Dr. Thomas Thompson, SM, na área de mariologia. Seu tema: Maria-igreja, Mãe do povo missionário: o Papa Francisco e a piedade popular mariana no contexto teológico-pastoral da América Latina.
Foi professor de Teologia Pastoral e de Teologia Sistemática no Instituto Paulo VI em Londrina/PR, de 2002 a 2004. Nos anos seguintes, lecionou na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, campus Londrina.
Mudando-se para São Paulo em 2010, passou a lecionar na UNISAL, dos Salesianos, e na Faculdade de Filosofia e Teologia São Bento, onde era professor até sua nomeação.
Por meio de sua atividade como Diretor do Movimento Apostólico de Schönstatt no Brasil, adquiriu valiosas experiências na pastoral da juventude, no trabalho pastoral com famílias e no acompanhamento de pessoas em variadas condições de vida, bem como na pastoral popular em torno aos Santuários marianos de.
Participou na organização do Simpósio Teológico-pastoral sobre a Evangelização da Família na Pós-modernidade, 2006, e integrou o grupo brasileiro no XXIII Congresso Internacional de Mariologia em Roma, em 2012.
Conferência de Aparecida e JMJ
O sacerdote colaborou com o Cardeal Bergoglio durante a V Conferência Geral do Conselho Episcopal Latino-americano e do Caribe realizada em Aparecida em maio de 2007 e acompanhou o Pontífice por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro.
Com informações da Assessora Nacional de Comunicação do Mov. Apostólico de Schoenstatt br.radiovaticana.va
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/papa-nomeia-brasileiro-como-secretario-do-dicasterio-para-os-leigos-familia-e-vida.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-31 10:30:462025-01-27 18:09:02Papa nomeia um brasileiro como Secretário do Dicastério para os Leigos, Família e Vida
Cidade do Vaticano (RV) – “A Igreja Católica na China entre passado e presente” é o tema do simpósio realizado na terça-feira na Comunidade de Santo Egídio, em Roma.
O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, enviou uma mensagem ao encontro, agradecendo pela iniciativa que “poderá contribuir para o aprofundamento de um tema de grande atualidade, também na perspectiva de um encontro entre a milenar cultura chinesa e o patrimônio espiritual chinês”.
O Cardeal disse na mensagem estar certo de que o simpósio organizado conjuntamente pela Comunidade de Santo Egídio, Universidade Católica do “Sacro Cuore” e “World History Academy”. “será animado pelo espírito construtivo com o qual o Papa Francisco encorajou em diversas ocasiões a comunidade católica”.
Diplomacia da arte
Também avança a “diplomacia da arte” entre a China e o Vaticano. O “Chine Culture Industrial Investment Fund” (Cciif), vinculado diretamente ao Ministério das Finanças da República Popular da China e tendo como missão primordial promover e divulgar a cultura tradicional chinesa, doou esta manhã ao Papa Francisco, em nome do povo chinês, duas pinturas do artista chinês Zhang Yan.
O artista Zhang Yan
Já na quinta-feira, 1º de junho, às 10 horas, terá lugar na Universidade “Sacro Cuore” um encontro sobre o tema “A diplomacia da arte”, onde se pronunciarão o Secretário Geral do Fundo de Investimento, Zhu Jiancheng e o artista Zhang Yan.
Nascido em 1963 na Província de Sichian, Zhang viveu no Tibet por cinco anos, a partir de 1992, onde dedicou-se aos estudos sobre a cultura e a história tibetana e sobre o budismo tibetano.
Com sua produção pictórica, o Mestre Zhang Yan abriu um diálogo cultural profundo entre as civilizações orientais e ocidentais. Muito apreciadas, em particular, suas pinturas à óleo. (JE)
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/diplomacia-da-arte-entre-china-e-santa-se.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-31 08:29:512025-01-27 18:09:00“Diplomacia da arte” entre China e Santa Sé
Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no programa de hoje sobre a temática do terceiro artigo – o Espírito Santo.
No próximo domingo a Igreja celebra a Solenidade de Pentecostes, concluindo assim o Tempo Pascal. O Espírito Santo, o Paráclito, foi prometido por Jesus para recordar tudo o que Ele nos ensinou, nos santificar e nos conduzir à Verdade plena e devemos invocá-lo diariamente, pedindo o seu auxilio. Na edição de hoje deste nosso espaço, Padre Gerson Schmidt nos fala sobre os “carismas e dons que levam a Cristo Senhor”, dentro da temática do Terceiro Artigo, o Espírito Santo:
“A festa da Pentecostes e as pregações de Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, tanto no advento do ano passado quando na quaresma desse ano, referenda o espírito dos documentos conciliares, que aqui nesse espaço reavivamos. Cantalamessa propõe ao Papa e à casa Pontifícia a reflexão importantíssima da “Teologia do terceiro artigo!” – ou seja, o Espírito Santo.
A Constituição Dogmática conciliar Lumen Gentium, no capítulo 04, aponta que “no dia de Pentecostes o Espírito Santo foi enviado não uma vez por todas à Igreja primitiva no Cenáculo, mas continuamente ilumina e conduz a Igreja e assim, constantemente, dá aos crentes acesso ao Pai por Cristo, num só Espírito (conforme Efésios 2,18).
Assim diz o texto literalmente: “Consumada a obra que o Pai confiou ao Filho para Ele cumprir na terra (cfr. Jo. 17,4), foi enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes, para que santificasse continuamente a Igreja e deste modo os fiéis tivessem acesso ao Pai, por Cristo, num só Espírito (cfr. Ef. 2,18). Ele é o Espírito de vida, ou a fonte de água que jorra para a vida eterna (cfr. Jo. 4,14; 7, 38-39); por quem o Pai vivifica os homens mortos pelo pecado, até que ressuscite em Cristo os seus corpos mortais (cfr. Rom. 8, 10-11). O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis, como num templo (cfr. 1 Cor. 3,16; 6,19), e dentro deles ora e dá testemunho da adopção de filhos (cfr. Gál. 4,6; Rom. 8, 15-16. 26).
A Igreja, que Ele conduz à verdade total (cfr. Jo. 16,13) e unifica na comunhão e no ministério, enriquece-a Ele e guia-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos e adorna-a com os seus frutos (cfr. Ef. 4, 11-12; 1 Cor. 12,4; Gál. 5,22). Pela força do Evangelho rejuvenesce a Igreja e renova-a continuamente e leva-a à união perfeita com o seu Esposo (3). Porque o Espírito e a Esposa dizem ao Senhor Jesus: «Vem» (cfr. Apoc. 22,17)! Assim a Igreja toda aparece como «um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (LG,04).
A Congregação da Doutrina da Fé resgata justamente esse ponto do rejuvenescimento da Igreja, obra do Espírito Santo, através dos carismas hodiernos propondo uma carta de 15 de maio de 2016, endereçada a todos os bispos católicos – Carta Iuvenescit Eclesia sobre a relação entre os dons hierárquicos e carismáticos para a vida e a missão da Igreja.
Qual poderia ser o critério para o discernimento de um carisma ser dom de Deus à Igreja?
Creio que encontremos essa resposta na primeira pregação da Quaresma de Cantalamessa a respeito do Espírito Santo. Diz ele: “São Paulo afirma que Jesus Cristo foi estabelecido “Filho de Deus com o poder mediante o Espírito de santidade” (Rom 1,4), isto é, por obra do Espírito Santo. Chega a afirmar que “ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo” (1 Cor 12,3), isto é, graças a uma iluminação interior sua.
Atribui ao Espírito Santo “a compreensão do mistério de Cristo” que foi dada a ele como a todos os santos apóstolos e profetas (cf. Ef 3, 4-5); diz que aqueles que creem serão capazes de “compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade e conhecer a caridade (o amor) de Cristo que desafia todo o conhecimento” somente se forem “repletos do Espírito” (Ef 3, 16-19).
No Evangelho de João, Jesus mesmo anuncia esta obra do Paráclito em relação a eles. Ele tomará do que é seu e o anunciará aos discípulos; recordará a eles tudo aquilo que disse; os conduzirá à verdade plena sobre sua relação com o Pai e os fará testemunhas (cf. Jo 16, 7-15). Precisamente isto será, desde então, o critério para reconhecer se se trata do verdadeiro Espírito de Deus e não de outro espírito: se leva a reconhecer Jesus que veio na carne (cf. 1 Jo 4,2-3)”.
Creio que aqui está a resposta da pergunta que deixamos no ar sobre algum carisma atual como proveniente de Deus ou não – se esse carisma leva a reconhecer Jesus que veio na carne”.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/carismas-e-dons-que-levam-a-cristo-senhor.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-31 06:28:482025-01-27 18:08:59Carismas e dons que levam a Cristo Senhor
Roma (RV) – O Secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos, Dom Protase Rugambwa, Presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), abriu nesta segunda-feira (29/05), os trabalhos da Assembleia geral das POM, que se realiza em Roma até sábado, 3 de junho.
Refletimos juntos sobre a “A missão no coração da fé cristã” à luz da Exortação Apostólica missionária do Papa Francisco Evangelii Gaudium. Deixemo-nos formar a fim de que não falte jamais a coragem da conversão, do discernimento e da autêntica reforma de cada um de nós e das instituições às quais servimos, as Pontifícias Obras Missionárias”, disse o arcebispo tanzaniano na abertura do encontro.
Segundo a Agência Fides, na saudação e agradecimento a todos os que trabalham em prol das Pontifícias Obras Missionárias, o Arcebispo Rugambwa destacou: “Em plena comunhão com o Santo Padre, Papa Francisco, não deixemos de nos animar reciprocamente para que, sem algum medo e com grande alegria, o anúncio da Páscoa de Cristo morto e ressuscitado faça da Igreja uma comunidade de reconciliados, aberta ao acolhimento de todos, sempre em saída, levando e comunicando a todos a eficácia da salvação. Ninguém fique excluído, todos no coração da evangelização, a fim de que as Igrejas redescubram no centro de sua fé cristã a única missão que lhes foi confiada pelo Senhor Jesus Cristo”.
Ilustrando um balanço das atividades desempenhadas no ano passado, o Presidente das POM mencionou a conclusão da obra de integração nos Estatutos de textos relativos a questões administrativas e financeiras; a instituição de um Comitê para desastres humanitários; os encontros continentais dos Diretores nacionais das POM, que representam um importante instrumento de confronto, verificação e crescimento de comunhão e unidade a serviço da missão e de sua animação.
Dom Rugambwa anunciou em seguida a aprovação, por parte do Estado, da proposta de convocar um Mês Missionário Extraordinário, em outubro de 2019, para comemorar o centenário da promulgação da encíclica Maximum illud e promover o compromisso missionário da Igreja em linha com a Evangelii Gaudiumâ. A Assembleia geral dedicará parte dos trabalhos ao tema, elaborando propostas para o Outubro Missionário 2019. O Presidente também agradeceu a Comissão que está trabalhando para a utilização de ‘common brand’, um logotipo único, para “nos ajudar a afirmar internacionalmente a identidade única das POM, no respeito das diferenças e exigências locais”.
Na segunda parte de seu discurso, Dom Rugambwa se deteve na apresentação de alguns desafios, recordando seu pronunciamento de cinco anos atrás: “Ainda não terminamos a nossa reflexão e nosso debate sobre as POM como obras do Papa e dos Bispos, a relação entre a Missão universal da Igreja e as POM, sua colocação e cooperação com outras forças missionárias, as legislações civis sobre órgãos de caridade e seus respectivos planos de trabalho”.
Em seguida, o Arcebispo convidou a um confronto franco e aberto sobre o futuro de instituições que não podem simplesmente se arrastar pela obsoleta repetição do ‘que se faz sempre’, e exortou à audácia e à criatividade ao discernir e repensar nossas estruturas, estilos e métodos, a redescobrir a missão como coração da fé cristã.
“No centro e nas periferias de nosso trabalho de animação, coleta e distribuição”, destacou, “devemos crescer numa sintonia e cooperação maiores, graças a uma sempre mais renovada conversão, que supere formas inadequadas e incômodas de protagonistas antievangélicos”.
Dom Rugambwa assim concluiu seu discurso: “Estas provocações requerem que se reflita, pense, analise e reze mais e melhor. Não se trata de fazer tudo, agora; nem de violentas reviravoltas, mas sim de uma mudança de mentalidade e de modalidade do trabalho apostólico das Pontifícias Obras Missionárias. Quanto mais colocarmos no centro de nosso interesse e de nossa paixão as verdadeiras necessidades da missão, maior será a nossa conversão, como morte do protagonismo e nascimento do serviço eclesial, fraterno e evangélico que salva”.