Noite Sacra, oportunidade para entrar em relação com o espírito

Roma (RV) – Uma noite dedicada à oração, à arte e à música é a proposta da iniciativa da Diocese de Roma, em colaboração com a Obra Romana de Peregrinações intitulada “Noite Sacra”.

O evento terá início às 18h30min do dia 27 de maio – com a celebração das Vésperas Solenes na Basílica ‘San Giovanni Battista dei Fiorentini’ – e se concluirá na manhã do dia seguinte na Igreja de Jesus (Chiesa di Gesù), com a recitação das Laudes e a Missa presidida pelo Bispo Dom Gianrico Ruzza.

O Administrador delegado da Obra Romana de Peregrinações, Mons. Liberio Andreatta, conversou com a RV à margem da apresentação da iniciativa:

“Eu penso que a noite é um momento muito particular por ter a possibilidade oferecida pelo silêncio, por um momento em que não existe a perturbação do tráfego, não existe a incomodação dos barulhos, da luz, mas existe a condição melhor para poder entrar em relação com o espírito. Assim, escolher uma noite dedicada ao espírito, à sacralidade, valorizando as igrejas que fazem parte da história da comunidade cristã de Roma, nos pareceu o momento mais belo e mais entusiasmante a ser oferecido – não somente aos cristãos, aos fiéis de Roma – mas também a todos os turistas presentes em Roma, por meio da música e o canto, a oração, mas sobretudo por meio do silêncio”.

RV: Existe uma mensagem que esta “Noite Sacra” quer deixar à cidade de Roma e àqueles que tomarão parte nela?

“Sim, a mensagem mais bela é não ter medo e dar esperança a quem não a tem, aos pobres, aos deserdados: dizer que é possível o amor, mas é possível somente se todos juntos soubermos vivê-lo, pagando cada um de nós o preço da coerência, do testemunho e da acolhida”.

Serão muitos os eventos que se realizarão durante esta noite, em particular o concerto do Maestro Angelo Branduardi, às 20 horas, na Igreja de ‘San Giovanni Battista dei Fiorentini’, enquanto à 1 da manhã, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, terá lugar o concerto “Altissima luce. Il Laudario di Cortona”. A ser também destacado, o oratório sacro “Paradiso, Paradiso”, na Basílica de ‘Sant’Andrea della Valle’, dirigido por Mons. Marco Frisina, Diretor do Coro da Diocese de Roma. Eis o seu comentário:

“Será uma noite belíssima, luminosa, a noite luminosa que é uma imagem bíblica, mas que espero possa realmente se tornar uma realidade. Estamos às Vésperas da Ascensão, um momento de grande alegria, juntos à alegria da Cristo, a alegria da Igreja. Queremos passar esta noite, entre a música e a oração, meditando a alegria que, acredito, é a protagonista de toda a noite”.

RV: O senhor escolheu o oratório sacro “Paradiso, Paradiso”, inspirado na vida de São Filipe Néri. Por que esta escolha?

“É o Santo da alegria. Depois, acredito que também seja um santo moderno, porque nos ensina – em um momento histórico difícil como era a Roma da sua época – a viver o Evangelho como uma proposta positiva com os jovens, com os mais fracos, em uma Roma como era então, que tinha necessidade de renascer. Acredito que estes textos possam acompanhar com a alegria e também com um pouco de ironia este momento da noite em que se proporá novamente a esperança”.

Na Igreja dos Estigmas, no Largo Argentina, será possível participar da Adoração Eucarística das 20 às 4, enquanto às 2h30, no pátio do Palácio do Vicariato Velho, o ator Sebastiano Somma lerá textos da Evangelii Gaudim, como nos conta:

“A curiosidade antes de tudo.O desejo de aprofundar leituras assim importantes, como a da Evangelii Gaudium do Papa Francisco, o desejo de compartilhar, por que não, uma noite de música, de arte. É um percurso que também eu estou fazendo junto a todos os outros, de conhecimento, de aprofundamento, sobretudo espiritual neste caso, e é um prazer poder compartilhá-lo ao lado de grandes mestres, músicos. Há um conjunto de coisas. Portanto o meu convite é justamente o de participar para o aprofundamento espiritual, que quer ser a noite sacra, mas também de participar, por que não, na magia da noite de algo sagrado, mas também de artístico”.

(MarT/JE)

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Rota Jesuítica espera bênção de Francisco

Buenos Aires (RV) – O apoio do Papa Francisco e do Vaticano para que o circuito jesuítico integrado seja declarado como de “interesse mundial para o turismo religioso”.

Esta foi uma das decisões tomadas pelo Conselho de Ministros de Turismo do Mercosul, reunido na sexta-feira (19) em sua XVIII reunião em Buenos Aires, onde foram tratados diversos temas relacionados ao incremento do turismo na região, em especial a Rota Jesuítica. Neste sentido, os Ministros subscreveram uma carta que será enviada ao Papa Francisco.

A Ministra do Paraguai, Marcela Bacigalupo, expôs no encontro os avanços e os desafios na conformação da Rota Jesuítica Multidestino, que engloba Paraguai, Argentina, Brasil, Uruguai e Bolívia.

“Temos tratado deste processo desde 2014 com a Organização Mundial do Turismo (OMT) e agora despertou o interesse do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), graças ao apoio do Ministro Gustavo Santos, com uma linha de financiamento que não afetará o CUPO de recursos destinado aos países”, declarou Bacigalupo ao final da reunião.

Por outro lado, especialistas do BID presentes no encontro explicaram aos Ministros que os projetos elaborados no marco do corredor internacional jesuíta, uma vez aprovado oficialmente o financiamento, passarão a fazer parte do Programa de Apoio à Integração.

A este respeito, o Ministro Santos destacou que a Rota Jesuítica Multidestino pretende ser “um modelo virtuoso” para encarar outros circuitos integrados, a fim de responder a demanda de países com alta emissão de turistas como os asiáticos, a tempo de dar uma resposta à crescente necessidade de empregos nos países do Mercosul, como consequência da revolução tecnológica.

Rio Grande do Sul

Como remanescentes no Brasil da obra dos jesuítas no período colonial, encontram-se os Sete Povos das Missões, nome dado ao conjunto de sete aldeamentos indígenas fundados pelos Jesuítas espanhóis no Continente do Rio Grande de São Pedro, atual Rio Grande do Sul, composto pelas reduções de São Francisco de Borja, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo Custódio. Os Sete Povos também são conhecidos como Missões Orientais, por estarem localizados a leste do Rio Uruguai.

Participaram das deliberações os Ministros Gustavo Santos, da Argentina; Marcela Bacigalupo, do Paraguai; Liliam Kechichián, de Uruguai; e os Vice-Ministros Alberto Alves, do Brasil e Javiera Montes, do Chile, segundo informou a SecretarIa Nacional de Turismo (Senatur) da Argentina.

(JE/La Nación)

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Prefeito eleito de Belém, na Terra Santa: ocupação deve acabar

Belém (RV) – “Belém é uma cidade universal, de profundos significados religiosos e históricos. Todas as nações do mundo são chamadas a apoiá-la e ajudá-la. Todas as instituições religiosas, não somente as católicas, são chamadas a fazer o mesmo. Belém precisa de ajuda em muitos setores da sua vida. Sobretudo agora que a cidade natal de Jesus foi escolhida capital da cultura do mundo árabe para 2020.”

Foi o que disse o novo prefeito de Belém, o advogado Anton Salman. Trata-se de um dos resultados das eleições municipais do último dia 13 de maio. Presidente da Sociedade caritativa Antoniana de Belém e advogado da Custódia da Terra Santa, Salman era líder de uma lista cívica denominada “Todos somos Belém”, vencedora do pleito.

Diálogo com todas as pessoas de boa vontade

“Sou um palestino de fé católica. Busco o diálogo com todas as pessoas de boa vontade que queiram ajudar-nos nos campos da política e na busca da paz e com todas as pessoas que queiram cooperar para edificar o bem comum, a justiça e a liberdade”, disse o prefeito eleito de Belém ao responder à agência Sir sobre o significado que tem para ele desempenhar este encargo que por lei e tradição cabe a um cristão.

Ocupação israelense deve acabar e Belém deve ser livre

A propósito de liberdade, Belém é circundada por um muro israelense, acrescentou Salman. “Belém é uma cidade sob ocupação, confinada pelo muro israelense. Aquilo que foi colocado em prática em nossa cidade e em toda a Cisjordânia por parte de Israel não é tolerável. A ocupação israelense deve acabar e Belém deve ser uma cidade livre para todos, para o mundo inteiro, para todas as religiões”, afirmou. (RL – fonte Sir)

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Santuário do Despojamento inaugurado em Assis

Assis (RV) – A Igreja de Santa Maria Maior, em Assis, foi proclamada na tarde de 20 de maio, como Santuário do Despojamento, em missa presidida pelo Arcebispo Dom Domenico Sorrentino.

Para a ocasião, em 16 de abril passado, o Papa Francisco havia enviado ao prelado uma carta, em que considerava o novo santuário como uma “pérola no panorama espiritual de Assis”. A Rádio Vaticano conversou com Dom Sorrentino a respeito:

“É um evento que o próprio Papa quis sublinhar com uma mensagem estupenda que me enviou e que remete à visita que fez aqui em Assis em 4 de outubro de 2013. O despojamento evoca o gesto que Francisco fez quando, aqui no episcopado, despojou-se até a nudez total diante de seu pai, Pietro Bernardone, e diante do Bispo Guido, para manifestar que era um homem de Cristo, todo de Deus e todo dos irmãos. E nós quisemos solenizar de alguma forma, dar visibilidade a este ícone bem conhecido, mas que nunca havia sido bastante valorizado no panorama religioso e franciscano de Assis. Assim, quis instituir um novo Santuário na antiga Catedral anexa ao episcopado – a Igreja de Santa Maria Maior – para sugerir aos peregrinos esta ulterior etapa tão importante, porque o despojamento é algo que toca de perto o sentido de nossa vida. No entanto o despojamento é o mistério próprio de Jesus porque Ele, como Filho de Deus, despojou-se da sua glória para se fazer um de nós até morrer por nós. Depois, o despojamento é aquilo que nos é pedido no Batismo, quando mergulhamos n’Ele, entregando a Ele a nossa vida com todas as nossas misérias, a fragilidade, “o homem velho” – como diz a Escritura – para ressurgir com Ele, como homens novos. Aqui Francisco reviveu, de alguma forma, o seu Batismo: despojou-se de si mesmo e se revestiu de Cristo. Portanto existe um projeto de vida, um projeto batismal a ser vivido em maneira plena e que tem tantas consequências de origem pessoal, comunitária e social. Para nós, portanto, o Santuário do Despojamento é algo de muito provocatório: nos compromete, nos envolve e nos sugere uma vida nova”.

RV: Como se apresenta este Santuário?

“É um Santuário articulado, porque existe a antiga Igreja de Santa Maria Maior, realmente muito bonita, uma preciosidade, muito sóbria nas suas linhas e precisamente com esta sobriedade se presta para ser o Santuário do Despojamento. Existe a sala do bispado onde nós seguidamente fazemos reviver este evento de Francisco; depois existe o lugar onde, com toda probabilidade, o próprio fato ocorreu: o pequeno claustro que está entre o bispado e a antiga Catedral de Santa Maria Maior. Normalmente, quando se pensa neste episódio, se considera que tenha ocorrido na praça; mas não me parece que tenha sido assim: aconteceu dentro do bispado, onde o bispo costumava receber as pessoas também para estes momentos de caráter público, judiciário. Portanto, é justamente dentro do bispado que o fato ocorre e é aqui, portanto, que nós buscaremos revivê-lo. Devo dizer que há meses existe um fluxo de peregrinos realmente muito edificante. Tivemos uma semana de encontros, momentos de oração e momentos de aprofundamento muito, muito participativos. Existe realmente a bênção de Deus para este evento e também para esta iniciativa”.

RV: O Papa na carta endereçada ao senhor, disse que este novo Santuário nasce como profecia de uma sociedade mais justa e solidária…

“O Santuário se apresenta realmente como uma profecia. Pede a todos nós alguma coisa e reflete uma situação no mundo que realmente não é segundo o coração de Deus e deve absolutamente ser mudada. Nós cristãos devemos nos sentir em primeira linha nesta mudança. Temos o Evangelho que nos acompanha; é realmente a hora de um comprometimento novo, sério, profundo, que nos coloque como crentes também na condição de estimular uma mudança geral dos costumes da sociedade, para que não domine mais tanta pobreza e tanta miséria, para que aqueles que têm tanto – são poucos em relação à multidão de indigentes – aprendam como Francisco a doar-se e a doar para que exista mais justiça e solidariedade”. (SC/JE)

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Papa abre nesta segunda a Assembleia geral dos Bispos italianos

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco abre na tarde desta segunda-feira, (22) na Sala do Sínodo, no Vaticano, a 70ª Assembleia geral da Conferência Episcopal Italiana, que irá identificar os três possíveis candidatos para a sucessão do presidente que deixa o cargo, o Cardeal Angelo Bagnasco. Após a saudação do purpurado às 16h30 locais, o Papa irá fazer uma breve introdução, abrindo o diálogo reservado com os bispos.

Nesta terça-feira a Assembleia procederá à eleição da terna de candidatos que será entregue ao Papa. Em seguida será debatido o tema central da reunião: “Jovens, para um encontro de fé”. Entre outros assuntos da agenda, o caminho de preparação para a próxima Semana Social (Cagliari 26 a 29 de outubro 2017), as normas sobre o regime administrativo dos tribunais eclesiásticos na Itália e uma série de deveres legais e administrativos. Quarta-feira, às 8h30, os bispos concelebrarão a Eucaristia na Basílica de São Pedro. Quinta-feira 25 de maio, às 13h30, no átrio da Sala Paulo VI será realizada a coletiva de imprensa final. (SP)

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