Liturgia Diária – 8 Janeiro de 2021

JANEIRO

 8 – SEXTA-FEIRA
Branco
1Jo 5,5-13 • Sl 147(147b) •
Lc 5,12-16

12Aconteceu que Jesus estava numa cidade, quando apareceu um homem cheio de lepra. Quando viu Jesus, ele se prostrou com o rosto por terra e lhe suplicou: “Senhor, se queres, tens o poder de me purificar”. 13Jesus estendeu a mão e, tocando nele, disse: “Eu quero. Fique purificado”. E imediatamente a lepra o deixou. 14Jesus lhe ordenou que não contasse nada a ninguém: “Vá, porém, apresentar-se ao sacerdote e, pela sua purificação, faça a oferenda que Moisés ordenou, como prova para eles”. 15A fama de Jesus, porém, espalhava-se ainda mais. E numerosas multidões iam a ele, para ouvi-lo e serem curadas de suas doenças. 16Mas Jesus se retirava para lugares desertos e rezava.

Mais um leproso (hanseniano) aproxima-se de Jesus para lhe pedir a cura. O Mestre, sem medo de se tornar impuro – assim eram vistos os que tinham alguma doença da pele –, estende-lhe a mão e o cura da lepra. Em respeito à Lei, pede para se apresentar ao sacerdote e cumprir a Lei de Moisés como prova da cura. O narrador continua apresentando Jesus como alguém capaz de purificar a pessoa impura e readmiti-la na sociedade civil e religiosa. O gesto de Jesus, além da cura do doente, é uma crítica contra o isolamento de pessoas por causa de alguma doença, contra uma sociedade que discriminava por motivos insignificantes, principalmente os mais pobres e os doentes. Sua ação é uma expressão de misericórdia para quem necessita e uma contestação contra as estruturas que marginalizam as pessoas.

Ó Jesus, recebes um homem cheio de lepra e, atendendo ao pedido dele, o livras da doença. Desse modo, o reintegras na vida social e lhe dás condições de ir ao templo prestar culto a Deus. Dupla libertação. Livra também o nosso povo, Senhor, de tudo o que o impede de ter vida plena. Amém.

 

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Mensagem Diária – 8 Janeiro de 2021

Janeiro 8 – Sexta-feira

Pensamento do dia:
Os rios profundos correm com menor barulho. – Maxwell Marlz

Ele é o centro de tudo

Há mais de dois mil anos Deus se manifestou aos homens na adorável e amável figura de Jesus. Cristo é de ontem, é de hoje e é de sempre! Tudo para ele converge. Abraão quis ver seu dia e não conseguiu. Havia traços de Cristo em Moisés que subia ao monte, no Profeta Jeremias perseguido e o Servo Sofredor de Isaías era quase que um retrato daquele que um dia estaria desfigurado, feito um leproso no alto da cruz. Crianças, reis, gente simples, solteiros, casados quiseram que ele fosse o centro de suas vidas, que a vida do Mestre pulsasse em seus corações. Ficar para sempre diante de nossos olhos a cena última da vida do Senhor. Um soldado traspassou-lhe o Coração para que todos pudéssemos dele nos abeirar e nos sentíssemos por ele atraídos. – Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

Santos: Antônio de Categeró / Severino / Teófilo / Apolinário de Hierápolis. Comemorações: Dia Nacional do Fotógrafo e da Fotografia.
Leituras: 1Jo 5,5-13 / Sl 147 / Lc 5,12-16.

Liturgia Diária – 7 Janeiro de 2021

JANEIRO

7 – QUINTA-FEIRA
SÃO RAIMUNDO DE PENYAFORT
Branco/memória facultativa
1Jo 4,19-5,4 • Sl 71(72) • Lc 4,14-22a

Naquele tempo, 14Jesus voltou para a Galileia com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região. 15Ele ensinava nas sinagogas deles, e era elogiado por todos. 16Jesus foi para Nazaré, onde tinha sido criado. No sábado entrou na sinagoga, como era seu costume, e se levantou para fazer a leitura. 17Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Abrindo o rolo, ele encontrou o lugar onde está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a Boa Notícia aos pobres. Enviou-me para anunciar a libertação aos presos e a recuperação da vista aos cegos, para dar liberdade aos oprimidos, 19e para anunciar o ano da graça do Senhor”. 20Depois fechou o livro, o entregou ao ajudante e sentou-se. E todos os olhos na sinagoga estavam fixos nele. 21Jesus então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir”. 22aE todos falavam bem dele, e se admiravam com as palavras cheias de graça que saíam de sua boca.

Durante esta semana da Epifania, a Igreja nos propõe Evangelhos que procuram revelar a missão de Jesus. No texto de hoje, Jesus, guiado pelo Espírito, se dirige à sinagoga de Nazaré e inicia sua missão profética e libertadora, assumindo uma citação do profeta Isaías. Jesus veio para todos, mas de modo especial para os mais desprezados da sociedade: pobres, presos, cegos e oprimidos. São as categorias frágeis da sociedade. O anúncio messiânico da salvação que Jesus propõe não é apenas uma “salvação da alma”, mas uma salvação de todas as formas de escravidão, exploração e degradação. O Mestre veio para promover a libertação e a recuperação da dignidade de todo ser humano. Sempre que nos empenhamos nesse projeto de Jesus, revelamos o próprio Deus, pois é isso que ele quer para todos os seus filhos e filhas.

Ó Jesus Messias, com a força do Espírito, voltas a Nazaré e, na sinagoga, a partir do Livro Sagrado, te manifestas como aquele que vem realizar o que fora predito pelo profeta Isaías. És o libertador enviado por Deus para evangelizar e acudir toda classe de oprimidos e marginalizados. Amém.

 

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Mensagem Diária – 7 Janeiro de 2021

7 Janeiro – Quinta-feira

Pensamento do dia:
Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós
mesmos. – Franz Kafka

Com uma oferta
Eu lhe ofereço o silêncio desta noite.
Tome o que o Senhor me pede e o que eu, sozinho, posso lhe oferecer: uma vida vivida em resposta à sua graça aqui e agora, no único mundo que tenho, o mundo que se descortina à minha frente. É tudo o que o Senhor me pede: É tudo o que tenho a dar.
John Kirvan

Santos: Raimundo de Penyafort / Luciano / Teodoro / Bv. Lindalva Justo de Oliveira. Comemoração: Dia do Leitor.
Leituras: 1Jo 4,19–5,4 / Sl 71 / Lc 4,14-22a.

Liturgia Diária – 6 Janeiro de 2021

JANEIRO

6 – QUARTA-FEIRA
Branco
1Jo 4,11-18 / Sl 71(72)  / Mc 6,45-52

Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrar na barca e seguir adiante dele para a outra margem, a Betsaida, até que ele despedisse a multidão. 46Depois de despedi-los, foi à montanha para rezar. 47Estava escurecendo, a barca estava no meio do mar, e Jesus sozinho em terra. 48Os discípulos estavam
cansados de remar, porque o vento era contrário. Vendo isso, Jesus foi de madrugada até eles, caminhando sobre o mar, e queria ultrapassá-los. 49Vendo-o caminhar sobre o mar, imaginaram que fosse um fantasma, e gritaram, 50pois todos o viram e ficaram espantados. Jesus, porém, logo falou com eles, dizendo: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!” 51E subiu para junto deles, na barca, e o vento se acalmou. Mas eles estavam muito assustados. 52É que não tinham entendido nada a respeito dos pães, porque o coração deles estava endurecido.

Após saciar a fome da multidão, Jesus convida os discípulos a entrar na barca, enquanto despede a multidão e se retira para rezar. Durante a noite, o vento põe em perigo a barca, e Jesus se aproxima andando sobre o mar, prerrogativa atribuída só a Deus no Antigo Testamento. Ele é visto como fantasma, mas logo se apresenta e os convida a ter coragem e a afastar o medo. O reconhecimento da presença do Ressuscitado caminhando com a gente é sempre motivo de serenidade na vida e incentivo a afastar os medos que nos impedem de seguir seus passos. Ao nosso lado pode haver obstáculos e provocações; podemos ser sacudidos por ventos contrários, mas, fortalecendo nossa fé pela oração, podemos superar as amarras que nos impedem de seguir em frente. O Mestre está sempre ao lado a nos animar: coragem, sou eu, não temam.

Ó Jesus Cristo, tens o senso da organização: despedes a multidão saciada, ordenas a teus discípulos embarcarem para a outra margem, buscas lugar silencioso para a oração. Andando sobre o mar, apavoras teus discípulos, mas logo os acalmas, dizendo: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo”. Amém.

 

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