Papa: nossa missão não é turismo; pode haver fracasso e sofrimento

“Ir em missão não é fazer turismo”, frisou o Papa Francisco, falando aos fiéis antes de rezar a oração do Angelus domingo (25/06) na Praça São Pedro.

Apesar do forte calor, mais de 10 mil pessoas participaram da oração mariana e ouviram a reflexão de Francisco, inspirada no cap. 10 do Evangelho de Mateus, ‘Não tenhais medo daqueles que matam o corpo’.

Levar em conta insucessos e perseguições

“Ser enviado por Jesus em missão não é garantia de sucesso e tampouco protege de fracassos e sofrimentos. É preciso levar em consideração a possibilidade de rejeições e perseguições. Isto assusta um pouco, mas é a verdade!”.

Assim como Cristo – explicou o Papa – foi perseguido pelos homens, conheceu a rejeição, o abandono e a morte na Cruz, devemos nos lembrar que nenhuma missão cristã é sinal de tranquilidade, mas entrever uma oportunidade:

Ver nas dificuldades uma ocasião

“Dificuldades e tribulações fazem parte da obra de evangelização e nós somos chamados a encontrar nelas a ocasião para verificar a autenticidade de nossa fé e de nossa relação com Jesus”.

Enfim, “no testemunho de fé não contam os sucessos, mas a fidelidade a Cristo”, reiterou, exortando:

Jesus nos assiste sempre

“Não tenham medo de quem os ofende ou maltrata, de quem os ignora, ou de quem ‘pela frente’ os honra, mas ‘pelas costas’ combate o Evangelho. Há muita gente assim”, completou.

A assim como Jesus, que tranquilizou os discípulos três vezes dizendo ‘Não tenham medo’, Francisco afirmou que “nas dificuldades do testemunho cristão do mundo, nunca somos esquecidos, mas sempre assistidos pela solicitude atenta do Pai”.

Perseguição de cristãos ainda existe

E terminou pedindo para “rezarmos por nossos irmãos e irmãs ainda perseguidos e louvarmos a Deus porque apesar disso, continuam a testemunhar com coragem e fidelidade a sua fé. Seu exemplo nos ajuda a não hesitar em tomar posição em favor de Cristo, testemunhando-o corajosamente também no cotidiano”.

Em seguida, Francisco concedeu a todos a sua bênção apostólica.

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Museu de São Paulo oferece exposições, cursos e palestras

Conhecida, entre outros aspectos, por suas numerosas atrações culturais, São Paulo (SP) é uma forte candidata à capital nacional da conjunção dos mais variados espetáculos, shows e exposições, que reúnem uma heterogeneidade populacional, característica da cidade. Essa miscigenação de São Paulo se vê representada na amplitude da cultura paulistana. Segundo dados do MonitoraSP, a cidade possui 282 salas de cinema, 101 museus, 164 teatros, 39 centros culturais, 146 bibliotecas, entre outras opções.

Em se tratando de museus, para muitos, vem rapidamente à mente imagens do MASP ou Museu do Ipiranga. Mas não pode-se esquecer de outros locais com extrema relevância histórica para a cidade, como é o caso do Museu de Arte Sacra de São Paulo. Uma das principais instituições brasileiras voltadas ao estudo, conservação e exposição de objetos da produção artística do sagrado, o Museu apresenta uma vasta gama de imagens sacras de grande valor na evolução escultórica e histórica do país. Seu acervo também é composto por coleções de altares, oratórios, pratarias e ouriversaria religiosas, joias, mobiliários, pinturas, entre outros, totalizando mais de 4000 peças.
Quem deseja visitar o museu pode conferir 800 das 4000 peças presentes na instituição. O Museu também oferece diversas exposições temporárias, cursos e palestras voltados ao sagrado. Portanto, o público tem a chance não apenas de conhecer mais sobre a arte sacra, como se aprofundar no tema. Confira a programação completa aqui: www.museuartesacra.org.br

 Cristianismo em Construção

Para os apaixonados por arte, história, arquitetura, religião, entre outros temas, o Museu de Arte Sacra de São Paulo promove um curso livre sobre o tema “O Cristianismo em Construção: culto e arquitetura”. Ministrado pelo Professor Doutor Jack Brandão, pesquisador da arte medieval, renascentista e seiscentista, o curso objetiva apresentar a relação existente entre culto e arquitetura no seio do Cristianismo e, de modo especial, como essa relação se estabeleceu ao longo dos séculos.
Os encontros se destinam a estudiosos de arte, historiadores, profissionais ligados à literatura e comunicação social, religiosos, pesquisadores, professores que pretendam desenvolver o tema em sala de aula, profissionais de todas as áreas, estudantes universitários e interessados em geral. Portanto, mesmo quem não for ligado a área poderá se encantar e se aprofundar nestes temas. No final do curso o aluno receberá o certificado.

Confira aqui mais informações sobre o curso

Informações sobre o curso:
Período: de 21 de agosto a 23 de outubro de 2017 (segundas-feiras) Horário: 19h às 21h (intervalo para o café)  Carga horária: 20h Valor: R$ 500 (à vista) ou R$ 540 (02 vezes) Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br Informações: (11) 5627 5393 Endereço: Avenida Tiradentes, 676, Metrô Tiradentes Estacionamento gratuito (ou alternativa de acesso): Rua Jorge Miranda, 43 – Sujeito a lotação
Serviço:
Museu de Arte Sacra de São Paulo
Informações: (11) 5627 5393 Endereço: Avenida Tiradentes, 676, Metrô Tiradentes
Horário de Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 17h
R$ 6,00 / Grátis aos sábados
A bilheteria funciona até 30 minutos antes do fechamento do Museu

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Editorial: Corrupção, coração partido

Nos dias passados foi lançado aqui em Roma (dia 15/06) o livro-entrevista do Prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, e Vittorio V. Alberti, com o prefácio do Papa Francisco, intitulado “Corrosão”. Aproveitando o momento que vivemos no Brasil e onde a corrupção é uma palavra que entrou no léxico de todo brasileiro gostaríamos de recordar algumas considerações de Francisco que podem nos ajudar a conhecer e enfrentar essa chaga da sociedade moderna.

No prefácio do livro do Cardeal Turkson, Bergoglio afirma que “a corrupção, na sua raiz etimológica, define uma dilaceração, uma ruptura, decomposição e desintegração” A corrupção revela uma conduta antissocial tão forte que dissolve as relações e os pilares sobre os quais se fundam uma sociedade: a coexistência entre as pessoas e a vocação a desenvolvê-la.

“Coração partido”. É isso o que recorda a palavra “corrupto”. “Um coração fragmentado, manchado por alguma coisa”, “estragado” como um corpo decomposto.

O discurso do Papa se acende e se aguça quando se trata de decompor o fenômeno da corrupção em suas metástases que atingem, diz ele, o “interior” da pessoa, junto com o “fato social”. O ponto de partida para Francisco são as “três relações” que caracterizam a vida humana: a relação com Deus, com o próximo, e com o meio ambiente.

Quando o homem é “honesto” vive essas relações de forma responsável em prol do “bem comum”. Em vez disso, o homem que se deixa corromper “sofre uma queda” e a “conduta antissocial” que a corrupção induz acaba por “dissolver a validade das relações”. Rompem-se os pilares da convivência entre as pessoas, o interesse particular é como um veneno que “contamina todas as perspectivas”.

A corrupção cheira mal, disse certa vez o Papa. E esse conceito Francisco retoma no prefácio do livro. O “corrupto” é em síntese alguém “que emana o ‘mau cheiro’ de um coração decomposto, que está na origem da exploração, da degradação, da injustiça social e da ‘mortificação do mérito’, da ausência dos serviços às pessoas”. A “raiz” da escravidão.

A corrupção, repete com força Francisco, é “uma forma de blasfêmia”, é a arma, a linguagem mais comum também da máfia um “processo de morte que dá linfa à cultura de morte”, de quem tece o crime. E hoje, para muitos, só “imaginar o futuro” é extremamente difícil, pois a corrupção chega a minar a “esperança”, a esperança de que algo melhor é possível, a esperança da juventude que sonha com um horizonte diferente, de luz e não de escuridão.

Francisco, apreciando a análise conduzida pelo Cardeal Turkson sobre o fenômeno, adverte também a Igreja para a sua forma mais perigosa de corrupção, o “mundanismo espiritual”, a “apatia, a hipocrisia, o triunfalismo”, o “sentimento de indiferença”. Existe uma profunda questão cultural que deve ser enfrentada. Todos estamos expostos à tentação da corrupção.

A corrupção tem na origem o cansaço da transcendência, como a indiferença. Por isso, o corrupto não pede perdão, disse Francisco. A Igreja deve ouvir, elevar-se e inclinar-se sobre a dor e sofrimento das pessoas segundo a misericórdia e deve fazer isso sem ter medo de purificar-se, buscando sempre o caminho para se melhorar. Segundo o teólogo francês Henri de Lubac: “O maior perigo para a Igreja é a mundanidade espiritual, portanto, a corrupção, que é mais desastrosa que a lepra infame.”

Segundo o Pontífice, o antídoto contra a corrupção é a “beleza”, que “não é um acessório cosmético, mas algo que coloca no centro a pessoa humana para que ela possa levantar a cabeça contra todas as injustiças. Essa beleza deve casar-se com a justiça”.

Devemos trabalhar todos juntos, cristãos e não cristãos, pessoas de todos os credos e ateus para combater esta forma de blasfêmia, este câncer que mata as nossas vidas e cancela o futuro das novas gerações.

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“Seu churrasco tem soja?” Confira o documentário

O documentário “Seu churrasco tem soja?” será lançado neste sábado no FICA, em Goiás.

Por se tratar de uma produção austro-brasileira, o documentário foi lançado no mês de março em diversos estados da Áustria. E neste sábado, 24, o documentário será exibido pela primeira vez no Brasil durante a Mostra da Universidade Estadual de Goiás (UEG) na 19º edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), realizado entre os dias 20 e 25 de junho na Cidade de Goiás (GO).

O documentário foi produzido por Thomas Bauer, agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na Bahia, e conta com o apoio da CPT, Welthaus Graz, e Campanha Nacional em Defesa do Cerrado. “O filme nasceu a partir da necessidade de mostrar uma realidade muitas vezes desconhecida. Neste caso, principalmente na região onde a soja avança desenfreadamente, contribuindo para que o Brasil hoje seja campeão em uso de agrotóxicos, e deixando um rastro de destruição para trás”, afirma Thomas.

A produção debate os impactos causados nas populações locais e no meio ambiente por conta da demanda mundial por carne, a partir da soja – produto base na produção de carne bovina, suína, aves e outras, através da ração utilizada nesses criatórios. A produção de soja domina hoje dois terços das terras férteis do mundo, e o Brasil é um dos maiores exportadores de grande parte desta soja.

O testemunho de dona Valdiva

Dona Valdiva Oliveira, 60 anos, era acampada há anos, quando acabou sendo expulsa, principalmente, pelo agrotóxico. Hoje, assentada no estado do Mato Grosso, ela enfatiza que é necessário uma mudança de hábitos nesse sentido, senão “nosso futuro não é bom”. Ela explica: “Porque o veneno ele polui tudo, ele polui o ar, a terra, as águas, o subsolo e os corpos humanos também”, afirma ela, que é uma das entrevistadas do filme.

Os efeitos da monocultura

O documentário aborda os impactos da monocultura da soja no estado de Valdiva, no Mato Grosso do Sul, e em Rondônia – realidades que se assemelham com a de Goiás, onde a produção será lançada. “A soja não é um produto que integra socialmente, mas sim um produto socialmente excludente. Porque neste meio de produção apenas aqueles podem existir que [são os que] possuem bastante capital. São poucos grupos de investidores. A soja não é um produto para o pequeno agricultor, isso é claro”, aborda, no filme, o professor Martin Coy, da Universidade de Innsbruck, na Áustria.

“Mas quais são as consequências do boom da soja onde ela é cultivada? O que significa para as populações locais o avanço do chamado ‘ouro verde?’”, esses e outros questionamentos são levantados no documentário.

‘Seu churrasco tem soja?’ estará disponível, a partir das 10hrs do dia 24 de junho, no site da Comissão Pastoral da Terra e da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado.

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Papa a atletas da natação: “Água é vida”

No final da manhã de sábado (24/06), o Papa recebeu cerca de 300 participantes do Campeonato de Natação ‘Settecolli’, que está em andamento em Roma neste fim de semana. O torneio é internacional e atletas brasileiros também estão competindo.

Tratou-se de um encontro breve na Sala Clementina, que reuniu o Papa com os nadadores e membros da Federação.

Francisco se disse contente em recebê-los e enalteceu os valores transmitidos pelo esporte: “São valores necessários nesta sociedade definida ‘líquida’, sem referências sólidas. Seu esporte é feito na água, mas não é ‘líquido’ – brincou – mas muito sólido pois requer esforços constantes e determinação”.

Água é vida, vida em Cristo

Em seguida o Papa lembrou as palavras de São Francisco “Laudato si, pela irmã água, que é mui útil e humilde. E preciosa e casta”.

“Água é vida, e falar de vida é falar de Deus, origem e fonte da vida, como da nossa vida cristã que se inicia com o Batismo”.

Francisco chamou a atenção também para o valor do corpo; que deve ser cuidado e não idolatrado; a importância da interioridade e a busca de sentido no que fazem; a força e a coragem ao resistir à fadiga; a visão clara da meta e como alcançá-la; o valor da autenticidade que conduz à transparência, à limpidez, à clareza interior”.

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