O compromisso de defesa do direito do ser humano

No dia 10 de dezembro, comemorou-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos, data em que a Assembleia Geral das Nações Unidas oficializou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. O Papa Francisco tuitou na manhã de ontem, ressaltando a sacralidade e a inviolabilidade do ser humano em todas as fases do seu desenvolvimento. O bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, comentou a mensagem do pontífice.

“O ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada fase do seu desenvolvimento. Se esta convicção ruir, não permanecerá fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos #DireitosHumanos”, era o texto divulgado na conta do Papa:

“Diante de tantos chavões, polarizações e controvérsias sobre os direitos humanos em nossos dias, o Papa Francisco ontem nos ajudou a focar no que é essencial: a vida humana é inviolável e sagrada. E essa inviolabilidade e sacralidade tem que ser respeitada desde a concepção até o fim natural. Se não compreendermos esse fundamento do sentido e da existência de todo ser humano, nenhum direito humano subsistirá”, comentou dom Ricardo Hoepers.

O presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB ainda destacou o papel da Igreja de salvaguardar os direitos humanos: “A Igreja Católica, como mãe, como especialista em humanidades, é a portadora desta mensagem de modo completo e sublime. Temos esta responsabilidade social de defender a vida em todas as fases”.

A fé dá a certeza de que tudo foi criado, amado e desejado por Deus, reflete dom Ricardo. E é por esta fé que “temos esse compromisso de ajudar a humanidade a reencontrar o seu caminho de felicidade, não baseado somente em ideias pessoais, em projetos políticos ou em ideologias, mas, acima de tudo, baseado no compromisso na defesa do ser humano em toda a sua integridade”.

No Dia Internacional dos Direitos Humanos, as comunidades eclesiais são chamadas a testemunhar profundo respeito por todo ser humano e ser “casas de acolhida, de amor e de caridade, principalmente aos mais vulnerabilizados”, como destacou dom Ricardo: “Como Igreja, sejamos os primeiros a abrir as portas àqueles que perderam seus direitos e possamos mostrar que a vida vale a pena e que precisamos acreditar no ser humano”.

Esta atitude de crer no ser humano está também relacionada ao mistério do Natal. Dom Ricardo explicou que o primeiro que acreditou no ser humano foi o próprio Deus, “que quis se encarnar homem, plenamente homem nosso meio, Emanuel, Deus conosco. Este é o sentido do Natal”.

 

CNBB / Portal Kairós