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25 de dezembro – Solenidade do Natal do Senhor 2020 (Missa da Aurora 2020)

Natal do Senhor 2020 – Missa da Aurora 2020 – Dia 25/12/2020 de madrugada

ALEGREMO-NOS, É O NATAL DE JESUS!

Depois de enquadrar o fato histórico (mesmo não sendo seu objetivo) da época do nascimento de Jesus, Lucas desdobra o relato em dois momentos: o fato e o anúncio. Em ambos encontramos a expressão: “um recém-nascido enfaixado e deitado na manjedoura”.

O fato é o nascimento de Jesus em Belém, cidade de Davi. Nascido, o menino é posto na manjedoura. Nela, encontra lugar: lugar periférico, desprezado, junto com os animais – que tornavam as pessoas impuras -, lugar dos pobres. É lá onde nasce o novo, a semente de uma nova humanidade. A partir desse lugar, os seres humanos podem encontrar sentido para a vida.

Os pastores, pessoas pouco valorizadas, são os primeiros a receber o anúncio do nascimento da criança e são também os primeiros anunciadores dessa bênção. Ecoando o coro celestial, eles também vão cantar: “glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra às pessoas por ele amadas” (Lc 2,20). Adentrar o espaço dessa criança configura e direciona os passos que damos ao longo da vida.

Dizia Santo Elredo, abade inglês: “Teme o Senhor dos anjos, mas ama a criança. Teme o Senhor na sua majestade, mas ama o pequeno envolto em panos. Teme o rei do céu, mas ama a criança deitada numa manjedoura”. Não há, em verdade, motivo nenhum para temer um Deus que se aproxima de nós numa criança.

Jesus foi colocado numa manjedoura porque não havia lugar para ele na hospedaria. Ao longo deste ano, a pandemia descortinou situações semelhantes, visibilizando melhor o caos da saúde no Brasil: vimos muitos doentes, nos corredores dos hospitais públicos, não deitados em manjedouras, mas em macas ou no chão, esperando a morte chegar.

Somos chamados a reaprender a celebrar o Natal, deixando de lado a superficialidade do consumismo para abrir nosso coração e acolher o mistério do Deus que se aproxima de nós. Ele vem a nós na fragilidade da criança para nos mostrar a grandeza de seu amor. Aproxima-se com a ternura e a pequenez de uma criança para nos ensinar a abandonar nossa arrogância de grandeza.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

25 de dezembro – Solenidade do Natal do Senhor 2020 (dia 25)

Natal do Senhor 2020 – Missa d0 Dia 25/12/2020

DEUS TORNOU-SE VISÍVEL NA PALAVRA

O Evangelho de hoje se inicia com “no princípio”, remetendo ao início do Gênesis, que relata a criação do universo e da humanidade. Com a chegada de Jesus de Nazaré, começa, portanto, uma nova humanidade. O prólogo do Evangelho de João consiste num hino dedicado à Palavra de Deus, que se torna carne na pessoa do Nazareno.

Jesus é chamado “a Palavra” – Palavra criadora e restauradora, a exemplo da Palavra de Deus que agiu no início da criação. Deus fala e as coisas acontecem. Ele não se fixou em si mesmo, mas se comunicou com a humanidade. A Palavra é comunicadora de vida, assim como foi toda a prática de Jesus.

Jesus veio para brilhar no meio da humanidade como luz. As trevas procuraram sufocá-la. Luz é sinal de vida, trevas são sinal de morte. O Mestre se defrontou, ao longo da sua caminhada entre nós, com estas duas realidades: vida e morte – assim como qualquer ser humano, para quem ambas representam constante desafio. Jesus sempre procurou comunicar vida, opondo-se aos projetos de morte.

João Batista veio para dar testemunho dessa luz que brilhou no seu tempo. Todos os que se propõem seguir o Mestre são convidados a testemunhar e defender a vida. Onde há trevas que sufocam, espalham ódio e matam, o cristão precisa ser luz que brilha e restaura. Como disse São Francisco: aonde há trevas, que levemos a luz; aonde há violência, que levemos a paz; aonde há ódio, que levemos o amor.

Deus revelou sua graça e sua verdade no seu Filho encarnado – assim como elas se manifestam em cada ser humano, desde que se abra para acolhê-las. Graça é dom de Deus a quem a desejar; a autêntica verdade está na mensagem proclamada pelo Filho de Deus.

Que Jesus, Filho de Deus e filho de Maria, ilumine os caminhos da humanidade e dissipe as trevas que sufocam a vida de tantos filhos e filhas de Deus e de tantas Marias.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

25 de dezembro – Solenidade do Natal do Senhor 2020 (dia 24 à tarde)

Natal do Senhor 2020

ALEGREMO-NOS, É O NATAL DE JESUS! (dia 24, quinta-feira, à tarde) Missa da Vigília 2020

Depois de enquadrar o fato histórico (mesmo não sendo seu objetivo) da época do nascimento de Jesus, Lucas desdobra o relato em dois momentos: o fato e o anúncio. Em ambos encontramos a expressão: “um recém-nascido enfaixado e deitado na manjedoura”.

O fato é o nascimento de Jesus em Belém, cidade de Davi. Nascido, o menino é posto na manjedoura. Nela, encontra lugar: lugar periférico, desprezado, junto com os animais – que tornavam as pessoas impuras -, lugar dos pobres. É lá onde nasce o novo, a semente de uma nova humanidade. A partir desse lugar, os seres humanos podem encontrar sentido para a vida.

Os pastores, pessoas pouco valorizadas, são os primeiros a receber o anúncio do nascimento da criança e são também os primeiros anunciadores dessa bênção. Ecoando o coro celestial, eles também vão cantar: “glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra às pessoas por ele amadas” (Lc 2,20). Adentrar o espaço dessa criança configura e direciona os passos que damos ao longo da vida.

Dizia Santo Elredo, abade inglês: “Teme o Senhor dos anjos, mas ama a criança. Teme o Senhor na sua majestade, mas ama o pequeno envolto em panos. Teme o rei do céu, mas ama a criança deitada numa manjedoura”. Não há, em verdade, motivo nenhum para temer um Deus que se aproxima de nós numa criança.

Jesus foi colocado numa manjedoura porque não havia lugar para ele na hospedaria. Ao longo deste ano, a pandemia descortinou situações semelhantes, visibilizando melhor o caos da saúde no Brasil: vimos muitos doentes, nos corredores dos hospitais públicos, não deitados em manjedouras, mas em macas ou no chão, esperando a morte chegar.

Somos chamados a reaprender a celebrar o Natal, deixando de lado a superficialidade do consumismo para abrir nosso coração e acolher o mistério do Deus que se aproxima de nós. Ele vem a nós na fragilidade da criança para nos mostrar a grandeza de seu amor. Aproxima-se com a ternura e a pequenez de uma criança para nos ensinar a abandonar nossa arrogância de grandeza.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

25 de dezembro: Natal

CONTEMPLAÇÃO, ADORAÇÃO E ESPERANÇA

Proponho que celebremos o Natal deste ano movidos por três atitudes: contemplação, adoração e esperança. Diante de uma paisagem maravilhosa ou de um espetáculo deslumbrante, ficamos como que paralisados, boquiabertos, encantados. O nascimento de Jesus é algo assim: fato tão grandioso ocorrido em nossa história, que nos pega de surpresa, nos deixa sem palavras. Com efeito, como compreender que Deus se faz homem, nasce de uma mulher (cf. Gl 4,4), é colocado numa manjedoura (cf. Lc 2,7.12.16)?! É assim que Jesus se apresenta ao mundo. Visto que não conseguimos entender esse mistério, resta-nos contemplá-lo.

Adoração é outra atitude que nos cabe assumir na presença do Menino Jesus. Só se adora a Deus. É o caso, pois Jesus é Deus. Vem como nosso redentor e salvador. A ele toda honra e toda glória: “Ao nome de Jesus todo joelho se dobre nos céus, na terra e sob a terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fl 2,10-11). Fica definido que só Jesus é o nosso guia. Ele vem para implantar o direito e a justiça sobre a face da terra. Sua vinda e permanência entre nós custaram-lhe caro. São Paulo dizia: “Alguém pagou alto preço pelo resgate de vocês. Então glorifiquem a Deus com o próprio corpo” (1Cor 6,20). Foi por sua morte que Jesus nos garantiu a vida para sempre. Ao contemplar o Menino de Belém, revivemos nossa experiência de cristãos. Sabemos o que significa sua encarnação. Por isso, brota em nós um impulso, um profundo desejo de adoração.

Em terceiro lugar, somos animados pela esperança. Só Deus é a razão última de nossa esperança. Ora, Deus resolveu investir no ser humano, a ponto de morar em nosso meio, assumindo em tudo, menos no pecado, a condição humana. Se fez isso, é porque acredita no potencial da pessoa humana. Jesus veio para criar um ambiente de fraternidade e de paz entre todos os povos. Viveu esse ideal e morreu por ele. Agora é a nossa vez de fazer o que o Mestre fez. Com isso, dispomo-nos a celebrar o Natal não só como contemplativos, não só como adoradores do verdadeiro Deus. Celebramos o Natal como bons aprendizes na escola de Jesus. A prática dos seus ensinamentos é que alimenta e transforma o mundo.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp

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