Tragédia atingiu o país, diz bispo de Aveiro sobre incêndio em Portugal

“O silêncio é a linguagem da tragédia que atingiu o nosso país. Pedimos a Deus que dê força a todas as pessoas atingidas pelos incêndios”, escreveu o bispo de Aveiro, Dom António Moiteiro Ramos, após o fogo que sábado (17/06), em Pedrógão Grande – situado no distrito de Leiria –, provocou a morte de mais de 60 pessoas, deixando dezenas de feridos e deslocados e ingentes danos materiais.

Chorar os mortos e curar as feridas

Foi proclamado em Portugal luto nacional de três dias: de domingo até esta terça-feira (20/06). “A tragédia abateu-se sobre Pedrógão Grande e nas zonas limítrofes”, “desfigurou a realidade e semeou o pânico”. É o momento de chorar os mortos e curar as feridas. “As coisas foram reduzidas a cinzas e as casas a escombros”, escreve numa mensagem a Comissão diocesana para a cultura de Aveiro.

“Surge espontânea uma observação indiscutível: mãe natureza faz ouvir a sua voz para chamar a atenção sobre o fato de ser maltratada e que a sua força pode tornar-se incontrolável”. Esses fenômenos continuarão aumentando “se os seres humanos não mudarem suas atitudes e seus costumes”, lê-se.

Incêndios tornaram-se verdadeira chaga em Portugal

Os bispos portugueses já tinham levantado a questão numa Nota pastoral de 27 de abril passado com o título “Cuidar da casa comum”, dedicada aos incêndios que em Portugal “se tornaram uma verdadeira chaga com proporções ingovernáveis”, escreveram na ocasião convidando à “mobilização concertada”.

A diocese de Aveiro expressou também sua gratidão “aos voluntários que prestam assistência às pessoas atingidas pelos incêndios, a quem na linha de frente arriscou a vida, ao Estado que com diligência coordenou os esforços e os recursos disponíveis”.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Proteção dos Lugares Santos, uma prioridade para Rei da Jordânia

A proteção dos Lugares Santos muçulmanos e cristãos de Jerusalém representa uma “prioridade” para a Monarquia Hashemita, comprometida em apoiar o nascimento de um Estado Palestino independente, tendo Jerusalém Leste como capital.

Foi o que reiterou o Rei da Jordânia, Abdullah II, ao receber no domingo, 18 de junho, em Amã, uma delegação de representantes religiosos, cristãos e muçulmanos, provenientes de Jerusalém.

O Monarca jordaniano recordou que o empenho em favor das comunidades cristãs e muçulmanas consiste, por primeiro, na tutela do status quo em relação a todas as medidas unilaterais voltadas a modificar a tradicional gestão dos Lugares Santos de Jerusalém, e as medidas codificadas que garantem a eles o acesso dos fiéis das diversas comunidades religiosas.

Estado Palestino independente

O Rei Abdullah também reafirmou que somente o nascimento de um Estado Palestino independente segundo as linhas mestras definidas e confirmadas em nível internacional, poderá realmente garantir a superação dos conflitos quer atormentam a região.

O líder jordaniano também demonstrou confiança no compromisso assumido pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em trabalhar pela paz entre os palestinos e os israelenses.

Santo Sepulcro

A delegação recebida pelo Rei Abdullah incluía, entre outros, o Xeique Abdul Azim Salhab, Chefe do Conselho de Jerusalém para o patrimônio religioso (AWQAF) e o Bispo William Shomali, Vigário Patriarcal do Patriarcado Latino de Jerusalém para a Cidade Santa e a Palestina.

Os membros da delegação também aproveitaram a ocasião para agradecer ao Rei Abdullah por ter financiado pessoalmente o projeto de restauração da Edícula do Santo Sepulcro.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Card. Nichols: devemos ser construtores de compreensão, compaixão e paz

“A violência gera violência. O ódio gera ódio. Cada um de nós deve repudiar ódio e violência em suas palavras e ações.” O arcebispo de Westminster e presidente dos bispos ingleses, Cardeal Vincent Nichols, lançou um convite à responsabilidade e à convivência pacífica entre comunidades de diferentes credos e culturas neste momento delicado da história do Reino Unido.

Orações e apoio da comunidade católica do país

O convite foi feito esta segunda-feira (19/06) poucas horas após o ataque perpetrado na noite anterior nas proximidades de uma mesquita de Finsbury Park, a Muslim Welfare Centre. Um homem jogou seu automóvel, uma van, contra os fiéis reunidos em oração para a celebração do Eid, neste mês sagrado do Ramadã.

O purpurado expressou perplexidade diante do deliberado ataque a pessoas após suas orações, ao término de seu dia de jejum, na mesquita de Finsbury Park. O presidente dos bispos ingleses entrou em contato com os líderes da mesquita e do Centro islâmico assegurando suas orações e apoio da comunidade católica do país.

Construtores de compreensão, compaixão e paz

No comunicado, o arcebispo lançou um apelo: “Devemos ser todos construtores de compreensão, compaixão e paz, e sê-lo dia após dia, em nossas casas, em nosso trabalho e em nossas comunidades. É o único caminho”, enfatizou.

O Cardeal Nichols enviou uma mensagem ao secretário geral da mesquita de Finsbury Park, Mohammed Kozbar, expressando “sua profunda perplexidade”:

“Sinto-me estarrecido pelo fato que as pessoas possam ser novamente alvo de um ataque dessa natureza. Asseguro minha orações pela pessoa que morreu, por quem ficou ferido e por todos aqueles que se encontram hoje profundamente atingidos por este ataque brutal. Falo em nome de todos os católicos quando asseguro orações e apoio”.

Orações e profunda compaixão pela comunidade atingida

O arcebispo de Westminster tem conhecimento do trabalho que a mesquita e a paróquia local conduzida por Pe. John O’Leary fazem para melhorar e reforçar os laços entre todas as pessoas que vivem em Finsbury Park e faz votos de que este trabalho continue sobretudo “neste momento difícil”.

O purpurado enviou uma mensagem também ao diretor do Muslim Welfare House, Ahmed Kheloufi, expressando igualmente seu profundo pesar e assegurando suas “orações e profunda compaixão” pela comunidade. (RL/Sir)

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Atentado em Bogotá: “A agonia dos inimigos da paz”

Na tarde do sábado, 17 de junho, um artefato explodiu no lotado Centro Comercial Andino, em Bogotá, matando três pessoas e ferindo outras doze.

O Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), o Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, em entrevista à Blu Radio, manifestou sua solidariedade às pessoas e às famílias atingidas.

O prelado, segundo nota enviada à Agência Fides, convidou o país a refletir sobre o ato criminoso, sublinhando que estas manifestações de violência são contra a paz e os esforços realizados para “superar a história da guerra e do terrorismo” vivida pela Colômbia por longos decênios.

“Esta é a agonia dos inimigos da paz que querem de qualquer maneira que no nosso país se viva um clima de guerra”, afirmou o Presidente da CEC.

Neste sentido, convidou os colombianos a trabalharem pela reconciliação, pedindo que sejam capazes de perdoar para “construir uma pátria de irmãos que se amam e não de lobos que se devoram”.

Também outros bispos do país se manifestaram por meio das redes sociais, condenando o ato de violência, e expressando sua solidariedade e conforto às vítimas.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

As religiões no Iftar, quebra do jejum islâmico

Durante o mês de jejum islâmico, Ramadan, as atenções dos seguidores de Maomé voltam-se também para os crentes de outras religiões. Motivados pelas ações perversas de inúmeros grupos radicais, tendo o islamismo como cortina de fundo, é perceptível a preocupação de convencer as plateias que a doutrina do Alcorão não justifica e não aprova a morte de quem não segue Alá.

O Centro Islâmico Al Manar, fundado pela Shaika Hind Bin Juma Al Maktoum, esposa de Sua Alteza o Sheik Maomé Bin Rashid Al Maktoum, primeiro ministro dos Emirados Árabes Unidos, fundado em 2006, tem a finalidade de promover o conhecimento positivo do islamismo. Como parte das programações de Ramadan, o Centro convidou embaixadores e lideranças religiosas de Dubai para celebrar o “Iftar”, quebra de jejum. Neste ano, representei a Igreja Católica no evento, para o qual fui convidado.

Na ocasião, diversos palestrantes fizeram uso da palavra. Todos eles, além de exaltar o lado positivo do Islã, afirmaram que é totalmente equivocada a atitude de usar trechos do Alcorão para justificar atos de violência por parte de certos grupos. Recomendaram que, tanto aos islâmicos como aos seguidores de outras religiões, que tenham o cuidado de interpretar corretamente suas escrituras.

Quanto ao relacionamento entre as religiões, mencionaram a necessidade de ensinar desde a infância, o respeito pelas crenças e culturas diferentes para poder viver em harmonia.

Diversos líderes religiosos foram convidados a dar testemunho sobre a participação no “Íftar”. Houve unanimidade em louvar a iniciativa que permite conhecer melhor o Islã, ao mesmo tempo em que oportuniza aos islâmicos a aproximação com as outras religiões.

Faz bem lembrar as palavras de Francesco Guicciardini:

“Jamais combatas com a religião, nem com as coisas que pareçam depender de Deus; pois tal argumento tem muita força na mente dos tolos.”

*Missionário Pe. Olmes Milani CS

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo