Igreja no Uruguai celebra neste mês de junho “Mês vocacional”

Montevidéu (RV) – Com o tema “Eu sou aquele que te fala”, a Igreja no Uruguai está celebrando neste mês de junho o “Mês vocacional”. Uma iniciativa que envolve todas as dioceses do país empenhadas em apoiar e ajudar toda pessoa a encontrar seu lugar na vida segundo o plano de Deus.

Vocação é chamado à vida

“Habitualmente se entende como vocações as que se referem ao sacerdócio ou à vida religiosa, mas a vocação significa muito mais que isso. Em primeiro lugar, é um chamado à vida. Ademais, em todos os momentos da vida, é o chamado ao amor” – ressaltou o encarregado pelas vocações na Arquidiocese de Montevidéu, Pe. Mauro Fernández.

Segundo o sacerdote, cada um, adequando-se à própria realidade, deverá perguntar-se “O que Deus quer da minha vida? Qual o plano de Deus para mim?”.

As iniciativas para o “Mês vocacional”

Na abertura do “Mês vocacional”, o arcebispo de Montevidéu, Cardeal Daniel Sturla, ao convidar os párocos a promover iniciativas particulares de oração recordava numa carta que “somos chamados a viver o mandamento do Senhor: ‘Pedi, pois, ao Senhor da messe para que mande operários para a sua colheita’”.

Vídeo sobre as várias vocações

Em cada semana de junho será divulgado – através vários portais web – um vídeo sobre as várias vocações: vida consagrada, vida religiosa, vida sacerdotal e vida matrimonial. Outra atividade será um workshop intitulado: “Encontrar o caminho”, que se realizará no próximo sábado, 17 de junho, na Universidade Católica de Montevidéu.

Jovens e adolescentes poderão aprofundar temas ligados às escolhas de vida, seja uma profissão ou mesmo a vocação religiosa, com a ajuda de psicólogos, sacerdotes e seminaristas. (RL)

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Papa: Deus sempre nos procura, nos espera e nos ama por primeiro

“Jesus manifestou-nos o rosto de Deus, Uno na substância e Trino nas pessoas; Deus é tudo e somente Amor, numa relação subsistente que tudo cria, redime e santifica: Pai e Filho e Espírito Santo.”

Foi o que disse o Santo Padre no Angelus deste domingo (11/06), solenidade da Santíssima Trindade. Na alocução que precedeu a oração mariana Francisco afirmou-nos que as leituras bíblicas da festa da Santíssima Trindade – propostas nesta solenidade – nos ajudam a entrar no mistério da identidade de Deus.

Partindo da segunda leitura da liturgia do dia (2Cor 13,11-13), o Papa afirmou que “a comunidade cristã, mesmo com todos os limites humanos, pode tornar-se um reflexo da comunhão da Trindade, da sua bondade e beleza”. Mas isso – como testemunha o apóstolo Paulo – “passa necessariamente através da experiência da misericórdia de Deus, de seu perdão”.

Citando uma passagem da primeira leitura – Êxodo 34,6 – em que Deus proclama o próprio nome e seu significado: “O Senhor, Deus misericordioso e piedoso, lento para a ira e rico de amor e de fidelidade”, o Papa observou que este nome expressa que Deus não está distante e fechado em si mesmo, mas é Vida que quer comunicar-se, é abertura, é Amor que resgata o homem da infidelidade”.

“Deus é ‘misericordioso’, ‘piedoso’ e ‘rico de graça’ porque se oferece a nós para reparar nossos limites e as nossas faltas, para perdoar nossos erros, para reconduzir-nos ao caminho da justiça e da verdade.”

“Esta revelação de Deus cumpriu-se no Novo Testamento graças à palavra de Cristo e a sua missão de salvação”, precisou o Santo Padre.

Reportando-se ao Evangelho do dia, Francisco evidenciou que este coloca em cena Nicodemos, o qual, “mesmo ocupando um lugar importante na comunidade religiosa e civil do tempo, não deixou de procurar Deus”; e agora percebia “o eco da sua voz em Jesus.

“No diálogo noturno com o Nazareno, Nicodemos finalmente compreende ser já procurado e esperado por Deus, ser amado pessoalmente por Ele”, disse Francisco, acrescentando:

“Deus sempre nos procura por primeiro, espera-nos por primeiro, ama-nos por primeiro. É como a flor da amendoeira; assim diz o Profeta “Floresce primeiro” (Jer 1,11-12).

De fato, assim fala Jesus: “Deus amou tanto o mundo que deu o Filho, unigênito, para que todo aquele que n’Ele crer não se perca, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16). O que é a vida eterna? – perguntou.

“É o amor desmedido e gratuito do Pai que Jesus doou na cruz, oferecendo a sua vida para a nossa salvação. Este amor com a ação do Espírito Santo irradiou uma luz nova sobre a terra e em todo coração humano que o acolhe; uma luz que revela os ângulos sombrios, as durezas que nos impedem de carregar os bons frutos da caridade e da misericórdia.”

“Que a Virgem Maria nos ajude a entrar sempre mais, com todo o nosso ser na Comunhão trinitária, para viver e testemunhar o amor que dá sentido a nossa existência” – foi o pedido do Santo Padre a Nossa Mãe Santíssima.

Na saudações após a oração mariana o Papa lembrou que no sábado, na localidade italiana La Spezia, foi beatificada Ítala Mela, crescida numa família distante da fé, na juventude se professou ateia, mas em seguida se converteu a uma intensa experiência espiritual. Tornou-se Oblata beneditina e fez um percurso místico centralizado no mistério da Santíssima Trindade, de modo especial celebrado neste domingo.

“O testemunho da nova Beata nos encoraje, ao longo de nossas jornadas, a reiteradas vezes voltar nosso pensamento a Deus Pai, Filho e Espírito Santo que habita na cela de nosso coração”, foi o auspício e exortação do Pontífice. (RL)

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Pesar do Papa por bispo africano impedido de tomar posse de sua Igreja

O Papa Francisco expressou dor e tristeza pela Diocese de Ahiara, na Nigéria, cujo bispo Dom Peter Ebere Okapaleke, regularmente nomeado, após anos ainda não foi reconhecido. Na audiência no Vaticano a uma delegação da diocese africana, esta quinta-feira (08/06), o Pontífice pediu explicitamente a todo sacerdote ou eclesiástico que manifestasse obediência, com a pena de suspensão a divinis a quem se opor. “Quem se opôs à tomada de posse de Dom Okpaleke quer destruir a Igreja e comete pecado mortal”, disse Francisco.

A Igreja de Ahiara encontra-se “há anos em estado de viuvez por ter impedido ao bispo que a assumisse”. O Santo Padre assim se expressou recebendo uma delegação guiada pelo arcebispo de Abuja e administrador apostólico de Ahiara, Cardeal John Olorunfemi Onaiyekan, pelo bispo de Jos e presidente da Conferência Episcopal Nigerianos, Dom Ignatius Ayau Kaigama, e pelo próprio bispo de Ahiara, Dom Okpaleke.

Quem se opõe à nomeação episcopal quer destruir a Igreja

Evocando a parábola dos vinhateiros homicidas, o Pontífice descreveu a diocese com a imagem da mulher “sem esposo, que perdeu sua fecundidade e não pode dar fruto”. “Quem se opôs à tomada de posse do bispo – acrescentou – quer destruir a Igreja; isso não é admissível. O Papa não pode ser indiferente”, ressaltou.

Francisco louvou a paciência mostrada pelo bispo e confiou ter pensado, ter tido a ideia de suprimir a diocese, “mas a Igreja é mãe e não pode deixar tantos filhos”. O Santo Padre se disse condoído pelos sacerdotes “manipulados”, talvez inclusive a partir de fora da diocese: “não se trata de um caso de tribalismo, mas de apropriação da vinha do Senhor, precisou.

Quem ofende a Igreja comete pecado mortal

“Quem ofende a Igreja comete pecado mortal.” Daí, o pedido a todo eclesiástico incardinado na Diocese de Ahiara, quer residente, quer fora, que peça perdão por escrito ao Papa no prazo de trinta dias, com pena de suspensão a divinis e a declinação de seu ofício: todos devem escrever de modo individual e pessoal”, precisou o Pontífice, e “manifestar obediência total” ao sucessor de Pedro. Na missiva deverá ser expressa a própria disposição a aceitar o bispo nomeado.

Quem escandaliza deve assumir as consequências

Francisco afirma ter consciência de poder parecer “muito duro”, mas o povo está escandalizado e “Jesus recorda que quem escandaliza deve assumir as consequências”, explicou. -“Talvez alguém tenha sido manobrado sem uma plena cognição da ferida infligida à comunhão eclesial”. Resolvida a questão, Francisco aceitou o pedido de um encontro no Vaticano com a diocese e o bispo de Ahiara.

 

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Editorial: Viver como criança

No último dia 04 de junho comemoramos o “Dia Internacional das Crianças Inocentes vítimas de Agressões”. Por ocasião deste dia o Papa Francisco publicou em sua em sua conta @Pontifex um tweet, recordando a necessidade de proteger as crianças: “Vamos promover com coragem todos os meios necessários para proteger a vida de nossas crianças”.

Francisco lança mais uma vez um apelo em prol dos pequenos inocentes, vítimas dos adultos, daqueles que deveriam protegê-las, ajudá-las a crescer, a serem felizes, a serem crianças.

“Se o Santo Padre lança o apelo de promover, significa que ainda está se fazendo pouco”, disse na ocasião Padre Fortunato Noto, fundador e Presidente da Associação Meter, que há mais de 15 anos combate a chaga da pedofilia e pornografia infantil. “O estado de agressão, ofensa e maus-tratos – disse – é certamente um problema global, um problema diante do qual não podemos fechar os olhos, e tampouco considerá-lo como menor”.

No mundo inteiro, ficamos chocados com os milhões de crianças que são vítimas de crimes e do egoísmo de adultos maldosos. Em alguns países varridos pela guerra, as crianças são sequestradas para servir como soldados dos exércitos combatentes. Um relatório das Nações Unidas estima que mais de dois milhões de crianças a cada ano são vítimas da prostituição e da pornografia.

A data foi instituída em 1982 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com o objetivo de “reconhecer a dor sofrida pelas crianças em todo o mundo, vítimas de abusos físicos, psicológicos e emocionais”.

Longe de ser um dia de celebração, é um dia de protesto, de conscientização e de reflexão. Todos os dias as crianças são vítimas de agressão física e psicológica no mundo inteiro, inclusive nas suas próprias casas, por obra dos seus pais. Este dia relembra todas as vítimas infantis de afogamento, envenenamento, espancamento, queimadura, trabalho infantil e abuso sexual, mas também chama a atenção para a necessidade de proteção e de educação das crianças, que se encontram numa fase vulnerável, de construção de mentalidade, carácter e de valores. Garantir um ambiente seguro e são para o crescimento das crianças é um dever dos pais, famílias, comunidades locais, professores, educadores, governantes e população em geral.

É necessário agir e cada um fazer a “própria parte”, em nível pessoal, mas também exortar as instituições a desenvolverem um percurso de mudança de direção, investindo em processos educativos e culturais. Em menos de 140 caracteres o Papa disse que é preciso “promover com coragem todos os meios necessários para proteger a vida de nossas crianças”. Isto quer dizer em todos os âmbitos: social, político, econômico e religioso.

Todos os meios significa em todas as frentes. A fragmentação das ações leva ao fracasso.

As crianças são extremamente vulneráveis. Elas têm pouca ou nenhuma capacidade de proteger-se ou de suster-se e pouca influência em grande parte do que é vital para seu bem-estar. As crianças precisam de outros que falem por elas e precisam de outros que tomem decisões e que coloquem o bem-estar delas acima dos interesses egoístas dos adultos.

A realidade atual demostra claramente que é mais do que nunca necessário melhorar a capacidade de proteger as crianças e impedir que sejam exploradas e maltratadas, roubando assim a sua inocência, a sua felicidade, roubando o espaço de vida da despreocupação, deixando marcas que muitas vezes o tempo não apaga.

Urgem ações, estratégias, decisões para proteger e dar esperança de vida a esses seres inocentes, futuro da humanidade, hoje viajantes em um caminho sem horizontes definidos.

É um dever de todos cuidar e proteger as crianças. É um dever educar e mostrar o mundo tal como ele é a quem ainda não o conhece. Uma criança é uma criança e deve viver e ser respeitada como criança.

 

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Papa retribui a visita do Presidente da Itália, Sergio Mattarella

O Santo Padre deixou o Vaticano, na manhã deste sábado (10/6), e se dirigiu ao Quirinal de Roma, sede da Presidência da República Italiana, para retribuir a visita que o Presidente Sergio Mattarella lhe fez em 18 de abril de 2015, após a sua eleição como Presidente do país.

Às 11.00, chegou ao Pátio de Honra do Quirinal, onde recebeu as boas-vindas do Presidente da República Italiana e a saudação do Piquete de honra, com os hinos dos dois países.

A seguir, o Papa manteve um encontro privado com o Presidente Mattarella, com o intercâmbio de presentes.

Depois da apresentação de ambas as Delegações oficiais, Francisco se deteve em oração na Capela da Anunciação.

Após o discurso de saudação do Presidente italiano, o Papa tomou a palavra para expressar sua esperança na Itália diante dos sérios problemas e riscos do terrorismo internacional; do fenômeno migratório, por causa das guerras e desiquilíbrios econômicos; da falta de emprego para as novas gerações; das populações atingidas pelos terremotos.

Francisco não deixou de destacar a excelente relação e colaboração entre a Igreja Católica e o Estado italiano, sobretudo com a revisão da Concordata de 1984, entre a Santa Sé e a República Italiana, onde se reafirma o compromisso e a recíproca colaboração entre o Estado e a Igreja “para a promoção do homem e do bem do País”.

Ao término da sua visita ao Presidente da República Italiana, antes de voltar ao Vaticano, Francisco e Mattarella encontraram, nos Jardins do Quirinal, cerca de 200 crianças provenientes da região do centro da Itália, atingida pelo terremoto.

 

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