Bispos do Panamá encontram o Papa: JMJ tema do encontro


Está se realizando nestes dias a visita “ad Limina Apostolorum” ao Vaticano dos Bispos da Conferência Episcopal do Panamá. Nesta quinta-feira pela manhã tiveram um encontro de duas horas com o Papa Francisco. Na terça-feira passaram a manhã no Pontifício Conselho para os Leigos. O Presidente da Conferência Episcopal, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, Arcebispo da Cidade do Panamá, disse à Rádio Vaticano que esta “visita “tem algo especial porque está voltada para a Jornada Mundial da Juventude de 2019”:

“O nosso encontro com o Santo Padre foi fraterno. Ele voltou a reiterar uma grande realidade, de não nos preocuparmos, porque Pedro estará presente na Jornada Mundial da Juventude. Ele nos encorajou a continuarmos neste grande desafio, que o Panamá se converta no centro da juventude mundial. Ele nos encorajou, e nós lhe apresentamos todos os projetos que temos. Queremos que seja uma Jornada completamente latino-americana e centro-americana, e por isso, ele nos convidou a aproveitar a preparação para o Sínodo que se realizará em 2018 para que a JMJ seja um incentivo aos jovens para transformar a sociedade. Francisco insistiu muito sobre este tema. A mudança na Igreja e na sociedade ocorre graças à juventude. Muitos países da América Latina e América Central estão abertos a novas ideias e concordam com a ideia de que a pré-jornada se possa realizar em algum desses países e, posteriormente, fazer o grande evento na Cidade do Panamá”.

Uma mensagem aos fiéis e jovens que estão se preparando para a JMJ:

“O Papa insistiu muito em duas realidades, em crer nos leigos e deixar que tenham o seu espaço, especialmente na transformação da sociedade e também nos disse que podemos acreditar e dar oportunidade aos jovens. Também nos falou de outra grande realidade que nos preocupa como bispos: que devemos ser irmãos e pais de nossos sacerdotes, e nos pediu como ele sempre faz, para rezar por ele”.

 

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Francisco pede a contribuição das mulheres no diálogo inter-religioso

Cidade do Vaticano (RV) – No final da manhã desta sexta-feira (09/06), o Papa Francisco recebeu em audiência os participantes da Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

O “Papel da mulher na educação à fraternidade universal” é o tema deste ano da Plenária – tema que o Papa definiu de “primária importância” para o caminho tortuoso da humanidade rumo à fraternidade e à paz.

Presença incisiva

Para Francisco, a figura da mulher como educadora está ofuscada pela violência “cega”, sendo elas e as crianças as principais vítimas, comprometendo o futuro das famílias e de toda a sociedade. O Pontífice define como “benéfico” o processo da crescente presença feminina na vida social, econômica, política e eclesial, que deve ser ainda mais “incisiva”. “As mulheres têm o pleno direito de se inserir ativamente em todos os âmbitos, e este direito deve ser protegido inclusive através de instrumentos jurídicos quando necessário.”

Heroísmo

Dedicação, consciência, coragem e heroísmo foram as palavras usadas pelo Papa para enaltecer o modo como as mulheres cumprem sua missão na família e na sociedade. Por estarem intimamente ligadas ao mistério da vida, “podem fazer muito para promover o espírito de fraternidade, com seu cuidado para a preservação da vida e com sua convicção de que o amor é a única força que pode tornar o mundo habitável para todos”.

Graças à contribuição feminina, afirmou o Papa, é possível superar a cultura do descarte.

Mulheres e homens juntos

Todavia, advertiu, a contribuição das mulheres não deve ser limitada a questões “femininas”. Pelo contrário, elas podem e devem se inserir no diálogo inter-religioso, inclusive em nível teológico. “O diálogo é um caminho que a mulher e o homem devem realizar juntos. Hoje, é mais necessário do que nunca que as mulheres estejam presentes.”

Por fim, o Pontífice agradeceu o “serviço precioso” que o Pontifício Conselho desempenha em tecer “a delicada teia do diálogo com todos os que buscam Deus e os homens de boa vontade”.

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Brasil sediará I Congresso Continental da Misericórdia

Cidade do Vaticano (RV) – O Brasil será o país-sede do I Congresso Continental da Misericórdia, a ter lugar em Aparecida, de 22 a 25 de junho, com o tema “Sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre aqueles que o temem”.

Organizado em parceria com o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização – dirigido pelo Arcebispo Rino Fisichella – o objetivo do encontro é pensar a identidade da Igreja como Igreja de Misericórdia.

Quem nos fala sobre como surgiu a ideia desta iniciativa e como o Congresso irá se desenvolver, é Izaías de Souza Carneiro, fundador da Comunidade Coração Novo (sediada no Rio de Janeiro) e que visitou a nossa emissora:

“No ano passado o Papa convocou o Ano da Misericórdia. Mas uma grande preocupação de toda a Igreja e também do Papa, é que o Ano da Misericórdia não encerrasse na Festa de Cristo Rei, quando se fecharam as Portas da Misericórdia. Fecharam-se as Portas simbólicas, mas não se fecham nunca portas da misericórdia.

Por isto mesmo nós estamos empreendendo no Brasil, junto com o dicastério para a Nova Evangelização – presidido pelo Monsenhor Rino Fisichella – o Congresso continental da Misericórdia, que é o primeiro, o primeiro Congresso continental da Misericórdia.

Este Congresso, ele é fruto dos Congressos Mundiais da Misericórdia. Em 2008 iniciaram-se os Congressos Mundiais da Misericórdia, que foi um pedido do Papa Bento XVI a um grupo de 17 Cardeais, entre eles, o Cardeal Christoph Schönborn, de Viena, Áustria, para que a cultura da misericórdia, para que uma reflexão séria a respeito da identidade da Igreja como Igreja de misericórdia, pudesse começar a ser feita, a partir da pessoa de João Paulo II e de Santa Faustina.

Porém, o Congresso da Misericórdia, o congresso mundial – e eu estive no primeiro como delegado da CNBB, junto com o Padre Marcial Maçaneiro do Brasil, Padre dehoniano, na época estivemos eu e minha esposa junto com ele – e o Congresso da Misericórdia está bem longe de ser um Congresso apenas para divulgar a devoção à Divina Misericórdia, mas é um Congresso para pensar a identidade da Igreja como Igreja de Misericórdia.

Então, a partir de 2008, vários outros Congressos Mundiais acontece em – o último por sinal foi agora em janeiro, aconteceu nas Filipinas e no ano de 2014 acontece o penúltimo Congresso Mundial em Bogotá, na Colômbia.

Naquela oportunidade, nosso Arcebispo do Rio, Dom Orani, leva uma carta de Dom Damasceno, pedindo para que o Brasil pudesse sediar um desses Congressos Mundiais. E a resposta foi, que já que nós tínhamos os próximos Congressos Mundiais agendados e o Brasil é um país estratégico do ponto de vista cristão para todo o continente, então que o Brasil poderia sediar o primeiro Congresso continental.

Foi nomeado o Padre João Supinski como Secretário Geral, eu fui nomeado como Secretário Executivo do Congresso e nós estamos então preparando este Congresso que vai acontecer entre os dias 22 e 25 de junho próximo, na cidade de Aparecida, e vai contar com a presença do Cardeal Orani, Cardeal Damasceno, Cardeal Sérgio da Rocha, Cardeal Odilo Scherer, Padre Eduardo Dougherty, Padre Zezinho estará junto conosco como um dos conferencistas.

Aliás, é muito bonito ver isto, você vai ter Padre Zezinho que vai falar sobre o rosto da misericórdia, Jesus, o rosto da misericórdia, mas você vai ter também a irmã Lina Boff, que vai falar sobre Maria, a Mãe da Misericórdia.

O contexto teológico da do Congresso, o viés teológico do Congresso quem prepara é o Padre João Carlos Almeida, o Padre Joãozinho, também dehoniano. A linha teológica do Congresso é a Trindade. Então, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, com a intercessão de Maria.

Primeira conferência: o Pai das Misericórdias; segunda Conferência: Jesus, o rosto da Misericórdia; terceira conferência, Padre Wagner Ferreira da Canção Nova: Espírito Santo, Efusão da Misericórdia; depois a Irmã Lina Boff, Maria, Mãe da Misericórdia,. Entremeado com testemunhos, de sacerdotes, de leigos, de pessoas recuperadas por obras de misericórdia – no Brasil nós temos muitas.

Nós vamos então realizar este Congresso em Aparecida e as inscrições devem sempre ser feitas pelo site.

É um Congresso aberto para todo o povo. Mas o foco principal são formadores de opinião, porque nós queremos disseminar, através do Congresso, uma cultura de misericórdia. Esta cultura da misericórdia da qual nos fala o Papa Francisco. E daí também o tema do Congresso vai falar disto. Nós escolhemos como tema, por ser no Brasil um ano mariano, nós escolhemos como tema do Congresso Lucas 1, 50, que é o Cântico de Maria: “Sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre aqueles que o temem”. Com este tema nós conseguimos abrir de novo as portas da misericórdia e para além do Ano Santo”.

As inscrições e maiores informações sobre o Congresso podem ser obtidas no site www.accom2017.org.

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Cardeal Turkson: acordo urgente sobre proteção dos oceanos

“Durante anos, a saúde dos oceanos e dos mares não foi considerada adequadamente. Privilegiamos o nosso direito e a liberdade de desfrutar sem considerar as responsabilidades pessoais e nacionais em relação a esses bens tão preciosos.”

Estas foram as palavras proferidas pelo prefeito do dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, na Conferência da ONU, em Nova Iorque, sobre a tutela e o uso dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. A conferência prossegue até a próxima sexta-feira, dia 9.

Valor dos oceanos

O chefe da delegação da Santa Sé recordou que hoje “não existe nenhum acordo global ou uma entidade institucional que enfrente especificamente a questão do cuidado e da proteção dos recursos dos oceanos. Faltam quadros jurídicos adequados e muitas vezes as leis existentes não são implementadas. Um acordo desse tipo se torna cada vez mais urgente, olhando ao uso maciço desses recursos”.

O valor dos oceanos vai além da pesca e da navegação. “Os oceanos são uma grande fonte de energia renovável e uma riqueza biológica e mineral. Fornecem alimento e matérias-primas, oferecem benefícios insubstituíveis ao ambiente como a purificação do ar e têm um papel significativo na estabilidade climática, no ciclo dos resíduos e na manutenção de habitats importantes para a vida sobre a terra”.

Conversão ecológica

“A abordagem não pode ser egoísta”, frisou o purpurado, que exortou a pensar nas futuras gerações que receberão como herança os frutos do nosso comportamento. “Em muitas tradições religiosas a água é símbolo de limpeza, renascimento e renovação”, sublinhou.

O convite é de uma conversão ecológica conforme feito pelo Papa Francisco: “O cuidado da nossa Casa comum é e será sempre um imperativo moral.”
O Cardeal Turkson reiterou o compromisso da Santa Sé em favor do desenvolvimento sustentável no interesse de todos, “pois a gravidade das questões relativas aos nossos oceanos envolve a própria existência da humanidade”.

Abordagem ética

O prefeito do dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral renovou o convite do Papa Francisco na Encíclica ‘Laudato si’ de modificar estilos de vida prejudiciais para a tutela da Criação. O uso desconsiderado dos recursos do Planeta deve ser enfrentado em todos os níveis, desde o comportamento individual às políticas de cada país, e os acordos internacionais multilaterais.

“A deterioração ambiental e a degradação ética e humana estão estritamente ligadas. O meio ambiente não pode ser considerado algo separado de nós ou simplesmente um espaço em que vivemos. A abordagem deve ser ética e não exclusivamente fundada na lógica do lucro, mas é preciso integrar tutela da Criação, combate à pobreza e exclusão social. Somente assim, será possível usufruir coletivamente do bem comum e haver solidariedade entre as gerações. Preocupar-se com o meio ambiente significa proteger os mais vulneráveis”, concluiu o Cardeal Turkson.

 

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A partir do Advento, Igreja na Suíça adotará nova versão do Pai Nosso

Genebra (RV) – A exemplo da Igreja na França e na Bélgica, também a Igreja na Suíça adotará em breve uma nova tradução do Pai Nosso.

A decisão foi tomada durante a Assembleia ordinária da Conferência Episcopal Suíça (CES), realizada de 29 a 31 de maio, em Einsiedeln.

Oficialmente a nova versão, mais próxima do texto original, passará a ser usada em 3 de dezembro próximo, primeiro Domingo do Advento, quer na Suíça como na França.

A nova versão substituirá aquela usada já há cinquenta anos, fruto da onda ecumênica que se seguiu ao Concílio Vaticano II, uniformizando-se com a nova tradução francesa da Bíblia de 2013.

A Conferência Episcopal Suíça reconhece que com o novo texto abre-se uma questão ecumênica.

A Federação das Igrejas Protestantes Suíças lamentou a decisão tomada de forma unilateral, visto que gostariam de ter sido envolvidas na reflexão. Ao mesmo tempo, desejam manter uma abordagem ecumênica construtiva para evitar que existam duas orações do Pai Nosso, uma católica e outra protestante, visto desejarem continuar o percurso de rezarem juntos nas mesmas palavras.

O nó da questão, que junto com as consequências em nível ecumênico comporta profundas implicações teológicas, diz respeito às diversas traduções do verbo eisfero, que de “ne nous soumets pas à la tentation” se tornaria “ne nous laisse pas entrer en tentation”.

Há uma diferença profunda, análoga àquela encontrada no italiano entre “não levar-nos em / não expor-nos à tentação, onde no primeiro caso, como afirmam alguns teólogos protestantes, poderia parecer como que Deus induzisse o homem ao pecado, enquanto no segundo caso faz referência ao ato protetor de Deus ao impedir o homem de cair no pecado.

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