Redenção (RV) – Dez posseiros – nove homens e uma mulher – foram assassinados na manhã de quarta-feira (24/05) durante uma ação policial de reintegração de posse em um acampamento na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau d’Arco, no Pará, segundo informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT). A reintegração foi realizada pelas Polícias Civil e Militar de Redenção.
Segundo veículos de comunicação da região, os corpos dos posseiros foram levados inicialmente para o necrotério do Hospital Municipal de Redenção, para serem posteriormente transferidos para o Instituto Médico Legal (IML) do município de Marabá.
O novo massacre ocorre em meio a uma escalada de violência ligada à terra no país. Em abril, dez pessoas foram assassinadas em um assentamento no município de Colniza (MT), a 1.065 km de Cuiabá, próximo ao distrito de Guariba, em uma gleba denominada Taquaruçu do Norte. Entre os mortos estavam idosos e crianças. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, o massacre perpetrado por “encapuzados”.
Segundo a CPT, conflitos fundiários são comuns na gleba onde ocorreram as mortes há mais de dez anos, com ocorrências de assassinatos e agressões. A CPT informou ainda que investigações policiais feitas nos últimos anos têm apontado que “os gerentes das fazendas na região comandavam rede de capangas para amedrontar e fazer os pequenos produtores desocuparem suas terras”.
Em nota, a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) se manifestou em profundo repúdio ao massacre dos 10 trabalhadores rurais sem-terra ocorrido no município de Pau D’Arco.
De acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, a escalada de violência contra trabalhadores e trabalhadoras rurais é um fenômeno que tem se intensificado em razão de uma rede social e simbólica fortalecida pela combinação dos seguintes fatores: impunidade, paralisia da reforma agrária e criminalização dos movimentos sociais.
Diante do recrudescimento da violência contra trabalhadores e trabalhadoras rurais, a Comissão de Direitos Humanos da Alepa irá tomar medidas enérgicas para a apuração rigorosa dos fatos e a efetivação de ações de mediação e prevenção da violência no campo.
Relatório da CPT aponta aumento da criminalidade no campo
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou há pouco mais de um mês o seu relatório anual, ‘Conflitos no Campo Brasil 2016’, destacando os 61 assassinatos ocorridos no ano passado, o maior número já registrado desde 2003. Em 2017, até o momento, já são 26 pessoas assassinadas em conflitos no campo brasileiro – as mortes ocorridas em Redenção ainda não constam nesta relação.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/chacina-em-redencao-pa-deixa-pelo-menos-10-posseiros-mortos.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-25 06:57:532025-01-27 18:08:27Chacina em Redenção (PA) deixa pelo menos 10 posseiros mortos
“Se os sete homens mais poderosos da terra não se comovem diante de uma criança que atravessa o mar para fugir de morte segura… o que será deste mundo? O que será de nós?”
É o que escrevem numa carta ao Papa Francisco 22 adolescentes (garotos e garotas) da Itália, Gâmbia, Nigéria, Costa do Marfim, Albânia e Paquistão que se reuniram para o encontro de cúpula Unicef Junior 7, que todos os anos reúne as vozes dos adolescentes dos países do G-7 para discutir os temas da agenda do encontro de cúpula do G-7 e prepara uma mensagem conjunta para os chefes de Estado.
Fuga de guerras, da fome e da pobreza
“Vivemos numa época bastante difícil, há tantos seres humanos, tantas crianças, em fuga de guerras, da fome e da pobreza. Nossos mares que deveriam unir, muitas vezes dividem, quem está melhor quer estar melhor ainda e quem está pior, ao invés, estende a mão para nós e nós, comumente, a deixamos escorregar para o fundo do mar”, escrevem.
Os adolescentes pedem aos grandes do planeta que “invistam na educação e conhecimento para dar a todos a possibilidade de viver da melhor forma possível este extraordinário dom que é a vida”.
Todos devem ter direitos humanos assegurados
“Queremos apertar com força a sua mão – dirigem-se ao Papa – e gritar juntos que todos devem ter seus direitos humanos garantidos, direitos que são universais e sem distinção de raça ou religião.”
“Estar juntos nas diversidades é uma necessidade universal, é o décimo primeiro ‘mandamento’ do futuro, que nos comprometemos a subscrever hoje, cada um com suas diversidades, a própria religião, seus estilos de vida, mas sempre no respeito recíproco”, ressaltam.
O 43º encontro de cúpula do G-7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) vai se realizar nos dias 26 e 27 deste mês de maio em Taormina, na Sicília, sul da Itália.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/jovens-ao-papa-se-poderosos-da-terra-nao-se-comovem-o-que-sera-de-nos.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-24 14:48:452025-01-27 18:08:26Jovens ao Papa: se poderosos da terra não se comovem, o que será de nós?
Malabo (RV) – “Para Deus não é importante se nossas ações terão resultado, o importante é ter coragem, jamais se cansar de dar testemunho da nossa fé e deixar-nos guiar pela força do Espírito Santo.”
Foi o que disse o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, esta quarta-feira (24/05) em Ebebiyn, na Guiné Equatorial – país da costa ocidental da África –, durante a missa com a tomada de posse do novo bispo da diocese, Dom Miguel Nguem Bee.
O prelado de 47 anos, que até sua nomeação episcopal era superior provincial dos salesianos, foi ordenado bispo pelo próprio Cardeal Filoni sábado passado, dia 20. “O Santo Padre o escolheu porque, embora jovem, é uma pessoa com válida experiência de vida sacerdotal e de preparação humana e espiritual”, disse o purpurado.
Crer sempre na ação da graça
Os votos do prefeito de Propaganda Fide a Dom Miguel foram o de “crer” na ação da graça, de não desencorajar-se e, como São Paulo, fortalecido pelo encontro com Cristo, colocar n’Ele toda a confiança.
“Geralmente não se veem logo os resultados, então é preciso dar tempo para o crescimento deles. Muitas vezes somos tentados pela necessidade de ver resultados das nossas obras, a ponto de alguém perguntar se vale a pena fazer algo quando não temos a certeza de obter retorno”, enfatizou o Cardeal Filoni.
A força da Igreja vem do Alto
“A força da Igreja, a força do catolicismo na Guiné Equatorial e na Diocese de Ebebiyn é a força que vem do Alto. Esta força é mais forte do que nossas possibilidades, é capaz de transformar nossos esforços – que parecem pouco promissores – num rio de graça”, prosseguiu
O purpurado indicou como modelo o anúncio do Evangelho feito pelos santos apóstolos Pedro e Paulo: “Tudo foi obra do Espírito Santo que agia neles e através deles. Tenham a coragem de deixar-se guiar pela potência e pelos dons do Espírito!”
Olhar para Maria Auxiliadora quando nos sentimos fracos
Dirigindo-se ao novo bispo de Ebebiyn, o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos indicou a Virgem Maria, no dia da festa de Nossa Senhora Auxiliadora, como mãe sempre solícita a escutar e oferecer “seu auxílio materno, em particular, quando temos momentos de desencorajamento ou de medo, quando nos sentimos fracos diante dos desafios que parecem maiores do que nossas possibilidades.” (RL/PO)
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/card-filoni-na-guine-equatorial-na-fraqueza-confiar-no-espirito-santo.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-24 12:47:552025-01-27 18:08:26Card. Filoni na Guiné Equatorial: na fraqueza confiar no Espírito Santo
Manila (RV) – Terroristas do grupo islâmico “Maute” – ligado ao autoproclamado Estado Islâmico – “atacaram a Catedral Católica de Marawi City, sequestrando 15 pessoas entre fiéis, um sacerdote e religiosas que estavam rezando na igreja”, informou à Agência Fides o Bispo Edwin De la Pena, responsável pela Prelazia de Marawi City, cidade na Ilha de Mindanao, sul das Filipinas.
“Hoje é a Festa de Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos. Os fiéis estavam na igreja para rezar a Maria no último dia da novena. Os terroristas entraram na igreja, fizeram alguns reféns e os levaram para uma localidade desconhecida. Entraram na residência do Bispo e sequestraram o Vigário Geral, Pe. Teresito Soganub. Depois colocaram fogo na Catedral e na sede do episcopado. Tudo está destruído. Estamos consternados”, relatou o prelado à Ag. Fides.
O bispo salvou-se por estar em visita pastoral à paróquia de um povoado distante de Marawi.
Abrir canais de negociação
“Os terroristas ocuparam a cidade. As pessoas estão aterrorizadas fechadas em casa. Agora se espera a reação do exército. Por agora, se pensa em retomar a cidade com o menor derramamento de sangue possível. Dos reféns não se sabe nada. Ativamos nossos canais, a Igreja, os líderes islâmicos, e esperamos poder em breve abrir canais de negociação para que sejam todos libertados sãos e salvos”, afirmou Dom Edwin, recordando que nos meses passados a Igreja havia recebido ameaças.
Apelo ao Papa
Isto “ocorreu justamente na véspera da Festa de Maria: pedimos ajuda a ela, que é o auxílio dos cristãos. Pedimos a salvação dos nossos fiéis. Somente ela pode vir em nosso socorro. Dirigimos um apelo também ao Papa Francisco para que reze por nós e possa pedir aos terroristas para libertar os reféns, em nome de nossa comum humanidade. Violência e ódio trazem somente destruição: peçamos aos fiéis em todo o mundo para rezarem junto conosco pela paz”.
Diante da invasão da cidade pelos militantes, o Presidente Duterte interrompeu sua viagem a Moscou, retornando às pressas ao país.
O grupo terrorista se entrincheirou em Marawi, incendiando também a prisão e duas escolas. O Exército cercou a cidade.
O Prefeito pediu às Forças Armadas para não bombardearem a cidade onde vivem cerca de 200 mil civis, a maioria muçulmanos.
Cidade do Vaticano (RV) – Com um aperto de mão e um sorriso de ambos, começou na manhã desta quarta-feira (24/05) no Vaticano o primeiro encontro entre o Papa Francisco e o Presidente dos EUA, Donald Trump.
Atravessando uma cidade blindada desde sua chegada, na noite de terça-feira (23/05), Trump deixou a Villa Taverna, residência do embaixador dos Estados Unidos onde estava alojada sua delegação, e chegou ao Pátio de São Dâmaso às 08:20 (03:20 em Brasília), sob fortes medidas de segurança e uma comitiva presidencial de dezenas de automóveis.
O Presidente entrou no Estado do Vaticano através da porta do Perugino, depois de seguir pela Via da Conciliação sob os olhos de centenas de passantes e fiéis que estavam a caminho da Praça São Pedro, para participar da audiência geral.
Trump estava acompanhado de sua esposa, Melania, a filha mais velha, Ivanka, o genro, Jared Kushner, e uma delegação de cerca de 20 pessoas, 12 das quais entraram no Palácio e estiveram com o Papa.
A audiência particular, a portas fechadas, na biblioteca privada, começou às 8h33 (3h33 em Brasília) e durou 27 minutos. Foi possível ouvir Trump referir que esta era uma ‘grande honra’.
Durante a audiência, esposa e filha do Presidente dos EUA visitaram a Capela Paulina e a Sala Regia, e depois aguardaram conversando com a delegação e representantes do Vaticano em uma sala adjacente.
Em seguida, a comitiva foi chamada para o momento da troca de presentes e os habituais cumprimentos diante dos fotógrafos.
O Papa ofereceu a Donald Trump as edições em inglês da mensagem para o Dia Mundial da Paz 2017 – dedicada à não-violência -, assinada especialmente para o Presidente dos EUA; das exortações “A Alegria do Evangelho” e “A Alegria do Amor”, sobre a família; bem como do documento sobre o cuidado da casa comum, a carta encíclica “Laudato sí”, que abrange a questão ecológica.
Como é tradição em audiências a Chefes de Estado, Francisco ofereceu também um medalhão do seu Pontificado com dois ramos de oliveira entrelaçados, símbolo da paz que se sobrepõe à guerra, explicando detalhadamente o seu significado.
Por sua vez, o líder estadunidense presenteou o Papa com uma coletânea dos cinco livros escritos por Martin Luther King e uma peça do monumento de granito que honra o ativista afro-americano em Washington e uma escultura de bronze. Um dos livros, “The Strength to Love” (“A Força do Amor”, 1963), traz a assinatura de Luther King.
De acordo com nota da Casa Branca, a peça do monumento em granito é uma “homenagem à esperança, visão e inspiração do ativista para as gerações vindouras”. Com a peça e os livros, Trump também entregou uma cópia do discurso que o Papa ofereceu a uma sessão do Congresso dos EUA em setembro de 2015, na qual foi celebrado o legado de Luther King.
Já a escultura de bronze foi feita à mão por um artista estadunidense não-identificado e representa “a esperança de um amanhã pacífico”, pois evoca dois valores universais: a unidade e a resistência, ainda segundo a Casa Branca.
Antes das fotografias, Francisco cumprimentou com cordialidade Melania Trump, a quem perguntou “se já haviam comido uma pizza” e abençoou um terço que a esposa do Presidente tinha nas mãos. Também a filha, Ivanka, disse algumas palavras ao Papa, que a ouviu em silêncio.
Depois de se despedirem do Pontífice, Trump e sua delegação, incluindo o Secretário de Estado, Rex W. Tillerson, e o conselheiro de Segurança Nacional, H. R. McMaster, se reuniram com o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado por Dom Paul Gallagher, secretário do Vaticano para as relações com os Estados.
Segundo a programação, o Presidente e toda a delegação visitou a Capela Sistina e a Basílica de São Pedro; e na sequência, a primeira-dama foi até o Hospital Pediátrico do Menino Jesus, propriedade da Santa Sé, enquanto a filha, Ivanka, seguiu para a Comunidade de Santo Egídio, no bairro de Trastevere.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2017/05/papa-recebe-trump-e-lhe-da-de-presente-enciclica-laudato-si.jpg453640Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2017-05-24 08:44:522025-01-27 18:08:24Papa recebe Trump e lhe dá de presente Encíclica Laudato sì
Chacina em Redenção (PA) deixa pelo menos 10 posseiros mortos
/em Notícias CatólicasRedenção (RV) – Dez posseiros – nove homens e uma mulher – foram assassinados na manhã de quarta-feira (24/05) durante uma ação policial de reintegração de posse em um acampamento na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau d’Arco, no Pará, segundo informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT). A reintegração foi realizada pelas Polícias Civil e Militar de Redenção.
Segundo veículos de comunicação da região, os corpos dos posseiros foram levados inicialmente para o necrotério do Hospital Municipal de Redenção, para serem posteriormente transferidos para o Instituto Médico Legal (IML) do município de Marabá.
O novo massacre ocorre em meio a uma escalada de violência ligada à terra no país. Em abril, dez pessoas foram assassinadas em um assentamento no município de Colniza (MT), a 1.065 km de Cuiabá, próximo ao distrito de Guariba, em uma gleba denominada Taquaruçu do Norte. Entre os mortos estavam idosos e crianças. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, o massacre perpetrado por “encapuzados”.
Segundo a CPT, conflitos fundiários são comuns na gleba onde ocorreram as mortes há mais de dez anos, com ocorrências de assassinatos e agressões. A CPT informou ainda que investigações policiais feitas nos últimos anos têm apontado que “os gerentes das fazendas na região comandavam rede de capangas para amedrontar e fazer os pequenos produtores desocuparem suas terras”.
Em nota, a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) se manifestou em profundo repúdio ao massacre dos 10 trabalhadores rurais sem-terra ocorrido no município de Pau D’Arco.
De acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, a escalada de violência contra trabalhadores e trabalhadoras rurais é um fenômeno que tem se intensificado em razão de uma rede social e simbólica fortalecida pela combinação dos seguintes fatores: impunidade, paralisia da reforma agrária e criminalização dos movimentos sociais.
Diante do recrudescimento da violência contra trabalhadores e trabalhadoras rurais, a Comissão de Direitos Humanos da Alepa irá tomar medidas enérgicas para a apuração rigorosa dos fatos e a efetivação de ações de mediação e prevenção da violência no campo.
Relatório da CPT aponta aumento da criminalidade no campo
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou há pouco mais de um mês o seu relatório anual, ‘Conflitos no Campo Brasil 2016’, destacando os 61 assassinatos ocorridos no ano passado, o maior número já registrado desde 2003. Em 2017, até o momento, já são 26 pessoas assassinadas em conflitos no campo brasileiro – as mortes ocorridas em Redenção ainda não constam nesta relação.
(Agências/CPT)
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Jovens ao Papa: se poderosos da terra não se comovem, o que será de nós?
/em Notícias CatólicasÉ o que escrevem numa carta ao Papa Francisco 22 adolescentes (garotos e garotas) da Itália, Gâmbia, Nigéria, Costa do Marfim, Albânia e Paquistão que se reuniram para o encontro de cúpula Unicef Junior 7, que todos os anos reúne as vozes dos adolescentes dos países do G-7 para discutir os temas da agenda do encontro de cúpula do G-7 e prepara uma mensagem conjunta para os chefes de Estado.
Fuga de guerras, da fome e da pobreza
“Vivemos numa época bastante difícil, há tantos seres humanos, tantas crianças, em fuga de guerras, da fome e da pobreza. Nossos mares que deveriam unir, muitas vezes dividem, quem está melhor quer estar melhor ainda e quem está pior, ao invés, estende a mão para nós e nós, comumente, a deixamos escorregar para o fundo do mar”, escrevem.
Os adolescentes pedem aos grandes do planeta que “invistam na educação e conhecimento para dar a todos a possibilidade de viver da melhor forma possível este extraordinário dom que é a vida”.
Todos devem ter direitos humanos assegurados
“Queremos apertar com força a sua mão – dirigem-se ao Papa – e gritar juntos que todos devem ter seus direitos humanos garantidos, direitos que são universais e sem distinção de raça ou religião.”
“Estar juntos nas diversidades é uma necessidade universal, é o décimo primeiro ‘mandamento’ do futuro, que nos comprometemos a subscrever hoje, cada um com suas diversidades, a própria religião, seus estilos de vida, mas sempre no respeito recíproco”, ressaltam.
O 43º encontro de cúpula do G-7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) vai se realizar nos dias 26 e 27 deste mês de maio em Taormina, na Sicília, sul da Itália.
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Card. Filoni na Guiné Equatorial: na fraqueza confiar no Espírito Santo
/em Notícias CatólicasMalabo (RV) – “Para Deus não é importante se nossas ações terão resultado, o importante é ter coragem, jamais se cansar de dar testemunho da nossa fé e deixar-nos guiar pela força do Espírito Santo.”
Foi o que disse o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, esta quarta-feira (24/05) em Ebebiyn, na Guiné Equatorial – país da costa ocidental da África –, durante a missa com a tomada de posse do novo bispo da diocese, Dom Miguel Nguem Bee.
O prelado de 47 anos, que até sua nomeação episcopal era superior provincial dos salesianos, foi ordenado bispo pelo próprio Cardeal Filoni sábado passado, dia 20. “O Santo Padre o escolheu porque, embora jovem, é uma pessoa com válida experiência de vida sacerdotal e de preparação humana e espiritual”, disse o purpurado.
Crer sempre na ação da graça
Os votos do prefeito de Propaganda Fide a Dom Miguel foram o de “crer” na ação da graça, de não desencorajar-se e, como São Paulo, fortalecido pelo encontro com Cristo, colocar n’Ele toda a confiança.
“Geralmente não se veem logo os resultados, então é preciso dar tempo para o crescimento deles. Muitas vezes somos tentados pela necessidade de ver resultados das nossas obras, a ponto de alguém perguntar se vale a pena fazer algo quando não temos a certeza de obter retorno”, enfatizou o Cardeal Filoni.
A força da Igreja vem do Alto
“A força da Igreja, a força do catolicismo na Guiné Equatorial e na Diocese de Ebebiyn é a força que vem do Alto. Esta força é mais forte do que nossas possibilidades, é capaz de transformar nossos esforços – que parecem pouco promissores – num rio de graça”, prosseguiu
O purpurado indicou como modelo o anúncio do Evangelho feito pelos santos apóstolos Pedro e Paulo: “Tudo foi obra do Espírito Santo que agia neles e através deles. Tenham a coragem de deixar-se guiar pela potência e pelos dons do Espírito!”
Olhar para Maria Auxiliadora quando nos sentimos fracos
Dirigindo-se ao novo bispo de Ebebiyn, o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos indicou a Virgem Maria, no dia da festa de Nossa Senhora Auxiliadora, como mãe sempre solícita a escutar e oferecer “seu auxílio materno, em particular, quando temos momentos de desencorajamento ou de medo, quando nos sentimos fracos diante dos desafios que parecem maiores do que nossas possibilidades.” (RL/PO)
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Filipinas: terroristas fazem reféns e incendeiam catedral, prisão e escolas
/em Notícias CatólicasManila (RV) – Terroristas do grupo islâmico “Maute” – ligado ao autoproclamado Estado Islâmico – “atacaram a Catedral Católica de Marawi City, sequestrando 15 pessoas entre fiéis, um sacerdote e religiosas que estavam rezando na igreja”, informou à Agência Fides o Bispo Edwin De la Pena, responsável pela Prelazia de Marawi City, cidade na Ilha de Mindanao, sul das Filipinas.
“Hoje é a Festa de Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos. Os fiéis estavam na igreja para rezar a Maria no último dia da novena. Os terroristas entraram na igreja, fizeram alguns reféns e os levaram para uma localidade desconhecida. Entraram na residência do Bispo e sequestraram o Vigário Geral, Pe. Teresito Soganub. Depois colocaram fogo na Catedral e na sede do episcopado. Tudo está destruído. Estamos consternados”, relatou o prelado à Ag. Fides.
O bispo salvou-se por estar em visita pastoral à paróquia de um povoado distante de Marawi.
Abrir canais de negociação
“Os terroristas ocuparam a cidade. As pessoas estão aterrorizadas fechadas em casa. Agora se espera a reação do exército. Por agora, se pensa em retomar a cidade com o menor derramamento de sangue possível. Dos reféns não se sabe nada. Ativamos nossos canais, a Igreja, os líderes islâmicos, e esperamos poder em breve abrir canais de negociação para que sejam todos libertados sãos e salvos”, afirmou Dom Edwin, recordando que nos meses passados a Igreja havia recebido ameaças.
Apelo ao Papa
Isto “ocorreu justamente na véspera da Festa de Maria: pedimos ajuda a ela, que é o auxílio dos cristãos. Pedimos a salvação dos nossos fiéis. Somente ela pode vir em nosso socorro. Dirigimos um apelo também ao Papa Francisco para que reze por nós e possa pedir aos terroristas para libertar os reféns, em nome de nossa comum humanidade. Violência e ódio trazem somente destruição: peçamos aos fiéis em todo o mundo para rezarem junto conosco pela paz”.
Diante da invasão da cidade pelos militantes, o Presidente Duterte interrompeu sua viagem a Moscou, retornando às pressas ao país.
O grupo terrorista se entrincheirou em Marawi, incendiando também a prisão e duas escolas. O Exército cercou a cidade.
O Prefeito pediu às Forças Armadas para não bombardearem a cidade onde vivem cerca de 200 mil civis, a maioria muçulmanos.
(Fides/je)
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Papa recebe Trump e lhe dá de presente Encíclica Laudato sì
/em Notícias CatólicasCidade do Vaticano (RV) – Com um aperto de mão e um sorriso de ambos, começou na manhã desta quarta-feira (24/05) no Vaticano o primeiro encontro entre o Papa Francisco e o Presidente dos EUA, Donald Trump.
Atravessando uma cidade blindada desde sua chegada, na noite de terça-feira (23/05), Trump deixou a Villa Taverna, residência do embaixador dos Estados Unidos onde estava alojada sua delegação, e chegou ao Pátio de São Dâmaso às 08:20 (03:20 em Brasília), sob fortes medidas de segurança e uma comitiva presidencial de dezenas de automóveis.
O Presidente entrou no Estado do Vaticano através da porta do Perugino, depois de seguir pela Via da Conciliação sob os olhos de centenas de passantes e fiéis que estavam a caminho da Praça São Pedro, para participar da audiência geral.
Trump estava acompanhado de sua esposa, Melania, a filha mais velha, Ivanka, o genro, Jared Kushner, e uma delegação de cerca de 20 pessoas, 12 das quais entraram no Palácio e estiveram com o Papa.
A audiência particular, a portas fechadas, na biblioteca privada, começou às 8h33 (3h33 em Brasília) e durou 27 minutos. Foi possível ouvir Trump referir que esta era uma ‘grande honra’.
Durante a audiência, esposa e filha do Presidente dos EUA visitaram a Capela Paulina e a Sala Regia, e depois aguardaram conversando com a delegação e representantes do Vaticano em uma sala adjacente.
Em seguida, a comitiva foi chamada para o momento da troca de presentes e os habituais cumprimentos diante dos fotógrafos.
O Papa ofereceu a Donald Trump as edições em inglês da mensagem para o Dia Mundial da Paz 2017 – dedicada à não-violência -, assinada especialmente para o Presidente dos EUA; das exortações “A Alegria do Evangelho” e “A Alegria do Amor”, sobre a família; bem como do documento sobre o cuidado da casa comum, a carta encíclica “Laudato sí”, que abrange a questão ecológica.
Como é tradição em audiências a Chefes de Estado, Francisco ofereceu também um medalhão do seu Pontificado com dois ramos de oliveira entrelaçados, símbolo da paz que se sobrepõe à guerra, explicando detalhadamente o seu significado.
Por sua vez, o líder estadunidense presenteou o Papa com uma coletânea dos cinco livros escritos por Martin Luther King e uma peça do monumento de granito que honra o ativista afro-americano em Washington e uma escultura de bronze. Um dos livros, “The Strength to Love” (“A Força do Amor”, 1963), traz a assinatura de Luther King.
De acordo com nota da Casa Branca, a peça do monumento em granito é uma “homenagem à esperança, visão e inspiração do ativista para as gerações vindouras”. Com a peça e os livros, Trump também entregou uma cópia do discurso que o Papa ofereceu a uma sessão do Congresso dos EUA em setembro de 2015, na qual foi celebrado o legado de Luther King.
Já a escultura de bronze foi feita à mão por um artista estadunidense não-identificado e representa “a esperança de um amanhã pacífico”, pois evoca dois valores universais: a unidade e a resistência, ainda segundo a Casa Branca.
Antes das fotografias, Francisco cumprimentou com cordialidade Melania Trump, a quem perguntou “se já haviam comido uma pizza” e abençoou um terço que a esposa do Presidente tinha nas mãos. Também a filha, Ivanka, disse algumas palavras ao Papa, que a ouviu em silêncio.
Depois de se despedirem do Pontífice, Trump e sua delegação, incluindo o Secretário de Estado, Rex W. Tillerson, e o conselheiro de Segurança Nacional, H. R. McMaster, se reuniram com o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado por Dom Paul Gallagher, secretário do Vaticano para as relações com os Estados.
Segundo a programação, o Presidente e toda a delegação visitou a Capela Sistina e a Basílica de São Pedro; e na sequência, a primeira-dama foi até o Hospital Pediátrico do Menino Jesus, propriedade da Santa Sé, enquanto a filha, Ivanka, seguiu para a Comunidade de Santo Egídio, no bairro de Trastevere.
(CM)
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