Pesar do Papa pelas vítimas de Manchester: ataque bárbaro

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco manifestou seu pesar pelas vítimas do atentado perpetrado por um camicase, nesta segunda-feira (22/05), em Manchester, Inglaterra, onde 22 pessoas morreram, incluindo crianças e adolescentes, e 59 ficaram feridas.

O atentado ocorreu no final do show da cantora teenager estadunidense Ariana Grande que faz muito sucesso entre crianças e adolescentes.

Telegrama do Papa

“Uma ataque bárbaro. Um ato de violência sem sentido”, afirma o Papa Francisco no telegrama assinado pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.

O Pontífice manifesta seu pesar pelo atentado que causou a “trágica perda de vidas”. Elogia os “esforços generosos dos socorristas e agentes de segurança, e oferece suas orações pelos feridos e por todos os que morreram”.

O Santo Padre recorda de forma particular “as crianças e os jovens que perderam a vida e suas famílias”, e pede a Deus para que conceda paz e força a toda a nação.

Arcebispo de Westminster

Mensagens de solidariedade e oração chegaram também de vários outros líderes religiosos do mundo. O Arcebispo de Westminster, Cardeal Vincent Nichols, Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, escreveu uma carta ao Bispo da Diocese de Salford, Dom John Arnold, a qual pertence a cidade de Manchester.

“Foi com grande pesar que ouvi da imprensa as notícias sobre a atrocidade vivida na noite passada em Manchester. Que Deus conceda força e fé a todos aqueles que perderam seus familiares, aos feridos e pessoas que ficaram traumatizadas. Que Deus acolha em sua misericórdia todos os que morreram, converta os corações daqueles que cometem o mal e faça com que entendam o seu desejo e suas intenções para a humanidade.”

“Choramos a perda de tantas vidas humanas e rezamos pelo descanso eterno de todas as vítimas”, concluiu o Cardeal Nichols.

O Estado Islâmico reivindicou nesta terça-feira a autoria do ataque suicida. A polícia britânica deteve um jovem de 23 anos por suspeita de conexão com o atentado.

Arcebispo de Armagh

O Arcebispo de Armagh, Dom Eamon Martin, Primaz da Irlanda, enviou uma mensagem para expressar a solidariedade do episcopado na oração e de todos os irlandeses à cidade de Manchester. “Este ataque terrível nos desafia a nos comprometer na construção da paz, da solidariedade e da esperança em todo lugar”, afirma na nota.

Arcebispo de Mumbai

O Presidente da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas, Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Mumbai, na Índia, manifestou pesar em nome da Igreja na Ásia: “O nosso coração sofre com as famílias e pedimos a Deus para que as console.”

O purpurado renova “a oração pela paz a Nossa Senhora de Fátima a fim de que a paz possa nascer de nossos corações, na luta entre o bem e o mal”.

“Rezemos com mais fervor pela paz em nosso mundo. Rezemos também para que através da intercessão de Nossa Senhora de Fátima Deus possa tocar os corações dos autores dessa violência, que possa ter fim a destruição e a violência. Nunca devemos perder a nossa esperança pela paz. O mal não vencerá jamais. A paz é a única resposta. A paz que é dom de Deus”, concluiu o Gracias.

Bispo anglicano de Manchester

O bispo anglicano de Manchester, David Walker, condenou o atentado num comunicado divulgado esta manhã. “Um dia para chorar os mortos, rezar com suas famílias e feridos, e reiterar a nossa determinação a fim de que não sejamos derrotados por aqueles que matam e destroem.”

Segundo a Agência Sir, o bispo fez um apelo inter-religioso “a todas as Igrejas da cidade para que encontrem tempo e espaço para quem deseja um momento de oração”.

“Como outras grandes cidades, Manchester é um alvo claro para os terroristas”, disse ele, “mas o que torna este último atentado particularmente horrível é a escolha deliberada de um concerto em que estariam presentes muitos jovens fãs”.

O bispo Walker recordou também as “muitas vidas que foram ceifadas para sempre por essa tragédia” e disse que “a raiva que se sente diante desses fatos trágicos deve ser transformada em força para o bem”.

(MJ)

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Presidente coreano pede ajuda ao Papa para a reconciliação na península

Seul (RV) – O Presidente sul-coreano Moon Jae, pediu ajuda ao Papa Francisco na mediação da crise entre as duas Coreias.

Segundo a Agência Yonhap o Presidente da Conferência Episcopal Coreana, Dom Kim Hee Joong, está no Vaticano com o objetivo de entregar ao Pontífice uma carta de Moon sobre o tema, pedindo a ele “para rezar pela paz e a reconciliação” na península coreana.

O pedido é inspirado no papel desempenhado pelo Papa na normalização das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos em 2014.

A este respeito, a Secretaria da Presidência de Seul precisou que a Coréia do Sul pediu ao Papa Francisco ajuda para restabelecer a paz e a reconciliação na península coreana e não para mediar um encontro de cúpula entre as Coreias, como chegou a ser anunciado por algumas agências.

“É previsto que o Arcebispo Kim entregue uma carta pessoal do Presidente ao Papa”, afirmou o porta-voz Park Soo-hyun em um comunicado.

“De qualquer forma, a carta não contém o pedido ao Papa para ajudar a mediação de um vértice entre Norte e Sul”. Neste sentido, devido aos repetidos testes com mísseis por parte de Pyongyang, não existe condições para um encontro de cúpulas entre as duas Coréias, precisou o porta-voz.

(JE/Ansa)

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Papa: abrir o coração ao Espírito Santo para testemunhar Jesus

Cidade do Vaticano (RV) – Somente o Espírito Santo nos ensina a dizer: “Jesus é o Senhor”. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa matutina (22/05) na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou que devemos abrir o coração para ouvir o Espírito Santo e, assim, poder testemunhar Jesus Cristo.

Francisco desenvolveu sua homilia a partir do longo discurso de Jesus aos seus discípulos na Última Ceia. O Papa falou de modo especial sobre o Paráclito, o Espírito Santo, que – observou – nos acompanha e “nos dá a segurança de sermos salvos por Jesus”. O Espírito Santo é o Defensor enviado por Jesus para nos defender diante do Pai.

O Espírito Santo, companheiro de caminhada da Igreja

Francisco recordou que é o Espírito Santo que nos ensina a dizer: ‘Jesus é o Senhor”:

“Sem o Espírito, nenhum de nós é capaz de dizer, ouvir e viver Jesus. Em outras partes deste longo discurso, Jesus diz do Espírito: ‘Ele os conduzirá à plena Verdade’, nos acompanhará rumo à plena Verdade. ‘Ele lhes fará lembrar de todas as coisas que eu disse; lhes ensinará tudo’. Isto é, o Espírito Santo é o companheiro de caminhada de todo cristão, é o também o companheiro de caminhada da Igreja. E este é o dom que Jesus nos dá”.

Abrir o coração ao Espírito Santo para que possa entrar

O Espírito Santo, disse, é “um dom: o grande dom de Jesus”, “aquele que não nos deixa errar”. Mas onde mora o Espírito?, perguntou o Papa. Na Primeira Leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, encontramos a figura de Lídia, “comerciante de púrpura”, alguém que “sabia fazer as coisas”, a quem “o Senhor abriu o coração para aderir à Palavra de Deus”:

“O Senhor abriu o seu coração para que o Espírito Santo entrasse e ela se tornasse discípula. É justamente no coração que levamos o Espírito Santo. A Igreja o chama como ‘o doce hóspede do coração’: está aqui. Mas num coração fechado ele não pode entrar. ‘Ah, então onde se compram as chaves para abrir o coração?’. Não: também este é um dom. É um dom de Deus. ‘Senhor, abra-me o coração para que entre o Espírito e me faça entender que Jesus é o Senhor’”.

O Papa reiterou que esta é uma oração que devemos fazer nesses dias: “Senhor, abra-me o coração para que eu possa entender aquilo que Tu nos ensinaste. Para que eu possa recordar as Tuas palavras. Para que eu chegue à plena verdade”.

Abrir realmente o coração

Portanto, coração aberto “para que o Espírito entre, e nós, ouvir o Espírito”. Dessas duas Leituras é possível fazer duas perguntas:

“Primeira: eu peço ao Senhor a graça de ter um coração aberto? Segunda pergunta: eu busco ouvir o Espírito Santo, as suas inspirações, as coisas que Ele diz ao meu coração para que eu prossiga na vida cristã, e possa testemunhar também eu que Jesus é o Senhor? Pensem nessas duas coisas hoje: o meu coração está aberto e eu faço o esforço de ouvir o que o Espírito de me diz. E assim iremos avante na vida cristã e daremos também nós testemunho de Jesus Cristo.”

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Papa: converter-se é passar de um estilo de vida morno ao anúncio alegre de Jesus

Cidade do Vaticano (RV) – Muitas pessoas consagradas foram perseguidas por terem denunciado atitudes de mundanidade: o espírito mau prefere uma Igreja sem risco e morna. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta.

Em sua homilia, o Pontífice comentou o capítulo 16 dos Atos dos Apóstolos, que narra Paulo e Silas em Filipos. Uma escrava que tinha um espírito de adivinhação começou a segui-los e, gritando, os indicou como “servos de Deus”. Era um louvor, mas Paulo, sabendo que esta mulher estava possuída por um espírito maligno, um dia o expulsou. Paulo – notou o Papa – entendeu que “aquele não era o caminho da conversão daquela cidade, porque tudo permanecia tranquilo”. Todos aceitavam a doutrina, mas não havia conversões.

Muitos consagrados perseguidos por terem dito a verdade

Isto se repete na história da salvação: quando o povo de Deus estava tranquilo, não arriscava ou servia – não “digo aos ídolos” – mas “à mundanidade”, explica Francisco. Então o Senhor enviava os profetas que eram perseguidos “porque incomodavam”, como ocorreu com Paulo: ele entendeu o engano e mandou embora esse espírito que, apesar de dizer a verdade – isto é, que ele e Silas eram homens de Deus – no entanto, era “um espírito de torpor, que tornava a igreja morna”. “Na Igreja – afirma – quando alguém denuncia tantos modos de mundanidade é encarado com olhos tortos, não deve ser assim, melhor que se distancie”:

“Eu lembro na minha terra, tantos, tantos homens e mulheres, consagrados bons, não ideólogos, mas que diziam: ‘Não, a Igreja de Jesus…’ – ‘Ele é comunista, fora!’, e os expulsavam, os perseguiam. Pensemos no beato Romero, não?, o que aconteceu por dizer a verdade. E muitos, muitos na história da Igreja, também aqui na Europa. Por quê? Porque o espírito maligno prefere uma Igreja tranquila sem riscos, uma Igreja dos negócios, uma Igreja cômoda, na comodidade do torpor, morna”.

No capítulo 16, se fala ainda dos patrões dessa escrava, que ficaram bravos com ela porque não podiam mais ganhar dinheiro às suas custas por ter perdido o poder de adivinhação. O Papa destacou que “o espírito maligno sempre entra pelo bolso”. “Quando a Igreja está morna, tranquila, toda organizada, não existem problemas, mas olhem onde há negócios”, afirmou Francisco.

Mas além do dinheiro, há outra palavra ressaltado pelo Pontífice, que é a “alegria”. Paulo e Silas são arrastados pelos patrões da escrava diante dos juízes, que ordenaram que fossem açoitados e levados à prisão. O carcereiro os leva para a parte mais escondida da prisão. Paulo e Silas cantavam. Por volta da meia-noite, há um forte tremor de terremoto e todas as portas da prisão se abrem. O carcereiro está para se matar antes que fosse assassinado por ter deixado os prisioneiros escaparem, mas Paulo o exorta a não se machucar, porque – disse – “estamos todos aqui”. Então o carcereiro pede explicações e se converte. Lava as feridas deles, é batizado e fica cheio de alegria”:

“E este é o caminho da nossa conversão diária: passar de um estado de vida mundano, tranquilo, sem riscos, católico, sim, sim, mas assim, morno, a um estado de vida de verdadeiro anúncio de Jesus Cristo, à alegria do anúncio de Cristo. Passar de uma religiosidade que olha demasiado para os lucros para uma religiosidade de fé e de proclamação: ‘Jesus é o Senhor’”.

Este é o milagre que o Espírito Santo faz. O Papa exortou então a ler o capítulo 16 dos Atos para ver como o Senhor “com os seus mártires” leva a Igreja para frente:

“Uma Igreja sem mártires não dá nenhuma confiança; uma Igreja que não se arrisca provoca desconfiança; uma Igreja que tem medo de anunciar Jesus Cristo e afugentar os demônios, os ídolos, o outro senhor, que é o dinheiro, não é a Igreja de Jesus. Na oração pedimos a graça e também agradecemos o Senhor pela renovada juventude que nos dá com Jesus e pedimos a graça que ele mantenha esta renovada juventude. Esta Igreja de Filipos foi renovada e tornou-se uma Igreja jovem. Que todos nós tenhamos isso: uma renovada juventude, uma conversão do modo de viver morno ao anúncio alegre que Jesus é o Senhor”. (BF-SP)

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Cepal e Unicef pedem proteção à infância na América Latina

Santiago (RV) – A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fizeram nesta segunda-feira (22) um chamado a reforçar os sistemas de proteção social da infância nos países da América Latina devido à sua vulnerabilidade perante os desastres naturais. As informações são da agência EFE.

“Os meninos e as meninas da América Latina e o Caribe, particularmente os que vivem em contextos de pobreza, são altamente vulneráveis aos desastres e experimentam os seus efeitos de forma desproporcionada e crescente”, disseram a Cepal e o Unicef em uma nota conjunta.

Desastres na América Latina e no Caribe

“A frequência de desastres na América Latina e no Caribe aumentou 3,6 vezes em meio século. Na década de 1960 houve, em média, 19 desastres por ano e na primeira década do século XXI essa média aumentou para 68 fenômenos anuais”, disseram os dois órgãos das Nações Unidas. A maior parte dos desastres na região está relacionada a fenômenos meteorológicos e hidrológicos, como furacões, tempestades, inundações e secas.

A catástrofe com maior número de mortos na região, no entanto, foi o terremoto do Haiti, em 2010, que deixou mais de 222 mil mortos, destaca a publicação. Garantir níveis básicos de investimento e acesso a serviços como saúde, educação e moradia, entre outros, fortalece a prevenção e a capacidade de resposta e reduz a vulnerabilidade aos desastres, diz o documento.

A proteção social

“A proteção social constitui uma política pública fundamental para fazer frente aos desastres antes, durante e após sua ocorrência”, destacaram a Cepal e Unicef. Para os organismos é crucial aumentar a coordenação entre instituições para atender os pontos vulneráveis das crianças e adolescentes perante os desastres, bem como promover a inclusão das experiências dos menores na elaboração de políticas sobre o tema. (SP-EFE)

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