Santa Sé na ONU: superar divisões políticas para proteger os migrantes

Genebra (RV) – O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Genebra, Dom Ivan Jurkovič, fez um apelo urgente pela proteção da dignidade dos migrantes, especialmente os mais vulneráveis como as crianças, durante uma reunião na capital helvécia, nesta terça-feira (09/05).

Trata-se do terceiro encontro do Pacto Global sobre o tema da migração e formas de discriminação, incluindo racismo, xenofobia e intolerância.

A Santa Sé pede a proteção da dignidade dos migrantes e o respeito pelos princípios humanitários, sobretudo dos vulneráveis. Dom Jurkovič evidenciou que em toda decisão relativa à migração a pessoa deve ser colocada no centro, e exortou a comunidade internacional a dar exemplo de “solidariedade” superando “as divisões políticas e as barreiras geográficas” a fim de apoiar os migrantes.

O arcebispo reiterou, com as palavras do Papa Francisco, que “todo migrante é uma pessoa” que possui “direitos humanos fundamentais e inalienáveis” que devem ser sempre respeitados.

Dom Jurkovič lembrou que, muitas vezes, as viagens que os migrantes realizam são traumáticas e podem ser “superadas somente com a fé e a esperança”. Frequentemente, constatou o prelado com amargura, os migrantes “sofrem exploração, abusos e violência. Por isso, eles devem ser protegidos, mas não basta. Enquanto permanecerem situações de pobreza, conflitos e perseguições, os interesses dos traficantes continuarão prosperando”, disse ainda o representante da Santa Sé.

O arcebispo chamou a atenção para as “crianças migrantes”. “A sua condição preocupa a Santa Sé”, disse Dom Jurkovič referindo-se em particular às crianças que são separadas de seus pais e muitas vezes vítimas de abusos e exploração de todo tipo.

O prelado concluiu, afirmando que é importante garantir aos pais migrantes o direito de crescer e educar seus filhos.

(MJ)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Roma: Curso “Exorcismo e oração de libertação” chega a XII edição

Roma (RV) – Realiza-se desde a segunda-feira (08/05) no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em Roma, a XII edição do curso “Exorcismo e oração de libertação”.

O objetivo do ciclo de palestras e mesas-redondas – que se concluirá no próximo sábado – é o de oferecer aos sacerdotes e leigos “instrumentos idôneos de formação sobre um tema às vezes omitido e controverso, ou seja, a prática do exorcismo e da oração de libertação”.

Entre os importantes conferencistas de renome internacional, a presença do Bispo de Frascati, Dom Raffaello Martinelli. A Rádio Vaticano conversou com ele:

“Penso que seja um tipo de serviço que é oferecido para refletirmos juntos, para individuar também maneiras melhores para intervir neste campo”.

RV: Este curso aborda temáticas como o demônio, a oração de libertação, temas ligados ao exorcismo. Por que, na sua opinião, estes assuntos encontram pouco espaço nas pregações?

“Efetivamente, se considera que são temas um pouco caídos em desuso, mesmo em nossa pregação e na nossa catequese, porém, o que também é belo e interessante, é que o Catecismo, quando fala destes temas, como o demônio, o diabo, satanás, sobre os Novíssimos e assim por diante, o faz sempre evidenciando e destacando a obra de Cristo, e portanto, indiretamente, o Catecismo ressalta o quanto é preciosa, bonita, o quanto é poderosa, eficaz, a ação de Cristo em nossas lutas, quando nos preserva ou nos liberta deste poder do diabo, que – sabemos bem – não é que esteja de braços cruzados, mas trabalha. Mas ao mesmo tempo, é Cristo que o vence, Aquele que nos preserva na luta contra este poder que, precisamente, é o diabo. Portanto, é importante sermos também nós capazes, na nossa pregação, em nossas catequeses, de falar sobre isto, mesmo porque diversas pessoas se dirigem a nós, sacerdotes, a nós bispos, pedindo uma ajuda; podemos portanto ressaltar sempre mais e sempre melhor a ação de Deus que, por meio de seu Filho morto e ressuscitado e no poder do Espírito Santo, nos dá realmente uma mão poderosa e nos preserva e nos liberta, justamente, destes poderes”.

RV: É necessário recordar – e isto é feito neste curso – que antes de se chegar ao exorcismo e à oração de libertação – que são meios extraordinários – é necessário utilizar os meios que a Igreja sempre coloca à disposição…

“Por exemplo, a escuta da Palavra de Deus, a oração, a participação a uma vida sacramental mais intensa, mais participada por meio do Sacramento da Confissão, o Sacramento da Eucaristia… Depois, certo, temos também estas orações especiais, tipo o exorcismo, e sem sombra de dúvida que também estas são importantes! Porém, muitas vezes, acontece que pessoas que pedem, quem sabe, uma intervenção especial, esquecem e não praticam os meios ordinários que a nossa fé cristã nos coloca à disposição e que por outro lado, também o Catecismo nos recomenda continuamente”. (FP/JE)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

CCEE: não obstante crise na Europa se entreveem sinais de esperança

Bruxelas (RV) – “Na Europa, não obstante viva uma crise, existem muitos sinais de renascimento, uma renovação do compromisso a fim de construir com seriedade novas relações entre os povos do continente. Está nascendo novamente o desejo de criar um continente em que os países não sejam inimigos entre si, mas colaboradores e solidários uns com os outros. Tudo isso faz entrever uma esperança. Diz que o projeto europeu não é um sonho, mas tem a necessidade de ser sempre refundado.”

Foi o que disse à Agência Sir, nesta terça-feira (09/05), o Secretário-Geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), Dom Duarte da Cunha, dia em que o continente europeu celebra a Festa da Europa, no aniversário da declaração histórica de Schuman.

“A história que deixamos para trás nos faz entender que para criar a Europa, a economia e os interesses financeiros não bastam. Se não se cultiva a dignidade da pessoa, se não se valoriza a solidariedade entre os povos, se não se promove a integração e não se respeitam as diversidades culturais, o projeto europeu se torna algo construído nos planos elevados e imposto. Isso não funciona. E não só. Corre-se o risco de aumentar o desconforto, provocar insatisfações e sufocar a esperança. A crise que estamos atravessando pode servir para tomar consciência de que a Europa, para não morrer, precisa de valores mais elevados”, sublinhou ainda Dom Cunha.

Segundo o Secretário-Geral do CCEE, no continente europeu “as Igrejas estão conscientes da necessidade de que a Europa precisa de uma alma. Por isso, trabalham juntas para testemunhar uma dimensão religiosa e ética sem a qual a Europa não pode progredir”.

“É uma responsabilidade comum que está fortemente se desenvolvendo no âmbito ecumênico. Por outro lado, as Igrejas vivem a crise de uma sociedade que se secularizou e se distanciou de Deus. Mas por outro lado, constatam que no âmbito institucional e público aumenta a relevância da religião, o respeito pelos valores religiosos, a consciência de não relegar as religiões ao âmbito privado, mas para envolvê-las na ação e na esfera pública”, frisou.
“É uma responsabilidade para as Igrejas e para a própria Europa.” “Porque”, explicou Dom Cunha, “se a Europa não faz referência a um horizonte elevado, se não abre espaço para Deus, a dignidade da pessoa termina e o outro se torna um concorrente, um inimigo, um perigo potencial.”

“Neste dia do aniversário em que recordamos a fundação europeia, gostaria de dizer às pessoas que vivem na Europa para abrirem o coração ao Senhor. Vocês encontrarão a plenitude da alegria sobre a qual construir um mundo novo”, concluiu.

(MJ)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Santa Sé, Igrejas locais e o Dia Mundial das Comunicações Sociais

Cidade do Vaticano (RV) – Com a aproximação da Festa da Ascensão do Senhor e do 51ª Dia Mundial das Comunicações Socais, a serem celebrados em 28 de maio, a Direção Teológica-Pastoral da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, deseja promover e encorajar a partilha de recursos pastorais e produções de multimídia desenvolvidos pelos departamentos de comunicação social das Igrejas locais.

Neste sentido, o dicastério convida os agentes da Pastoral de Comunicação Social para enviarem ou indicarem os conteúdos elaborados a partir da Mensagem do Papa Francisco para o Dia, sobre o tema “Não tenhas medo, que Eu estou contigo” (Is 43, 5). Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo”.

O material e os recursos multimídias poderão ser enviados para o endereço gmcs2017@spc.va.

Os trabalhos, por sua vez, serão publicados no site institucional da Secretaria para a Comunicação (www.comunicazione,va), na seção dedicada ao Dia. (AG/JE)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Nigéria: capela para celebrar centenário das Aparições de Fátima

Abuja (RV) – A fundação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ (AIS) construiu uma capela na Diocese de Pankshin, na Nigéria, no âmbito do centenário das Aparições de Nossa Senhora, em Fátima.

Nessa diocese, sessenta e cinco religiosas pertencentes à Congregação de Nossa Senhora de Fátima cuidam da educação religiosa de centenas de crianças. A Diocese de Pankshin, situada no Estado de Plateau, foi criada pelo Papa Francisco, em 18 de março de 2014.

Para celebrar o centenário das Aparições de Fátima, a poucos dias da Peregrinação do Papa Francisco ao Santuário português, nos próximos dias 12 e 13, ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ apresentou um projeto para a construção de uma capela no convento das irmãs nigerianas.

Além do centenário das Aparições, recordamos também “o 50° aniversário, em Fátima, da consagração de nossa fundação pontifícia ao Coração Imaculado de Maria”, comentou o Presidente internacional de ‘Ajuda à Igreja que Sofre’, Cardeal Mauro Piacenza.

“Em todos estes anos, a partir de 1947, quantas reconstruções, quantas ajudas materiais aos cristãos perseguidos, quantas ajudas para a boa formação dos sacerdotes, das consagradas e catequistas; quanta conscientização para não ignorar aqueles que vivem no sofrimento por fidelidade a Cristo!”

“A construção dessa capela numa nação em que os cristãos são perseguidos é um sinal concreto a fim de celebrar o centenário das Aparições e chamar a atenção das pessoas para essa área”, comentou o Diretor de AIS-Itália, Alessandro Monteduro.

“Nesses dias fala-se muito da Nigéria por causa da libertação de 82 estudantes sequestradas por Boko Haram. Porém, mas de cem delas ainda são prisioneiras. Devem ser libertadas e sem negociações. Portanto, esperamos um série de mobilização dos políticos do país”, concluiu Monteduro.

(MJ)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo