Calendário do ano litúrgico 2020 Ano A – São Mateus
Calendário do ano litúrgico 2020 Ano A – Evangelho de São Mateus
“Falar da formação litúrgica do Povo de Deus significa antes de tudo tomar consciência do papel insubstituível que a liturgia desempenha na Igreja e para a Igreja. E pode ajudar concretamente o povo de Deus a interiorizar melhor a oração da Igreja, a amá-la como experiência de encontro com o Senhor e com os irmãos e, diante disso, redescobrir nela o conteúdo e observar seus ritos.” Papa Francisco
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Ano Litúrgico 2020 – Ano A
Evangelho de São Mateus – Ano Par
Início: 19 de dezembro de 2019
Encerramento: 28 de novembro de 2020
O calendário de 2020 terá 9 feriados nacionais, sem contar os feriados estaduais e municipais como o do Dia da Consciência Negra e aniversários das cidades. Destes, seis serão prolongados – isto é, vão cair em segundas ou sextas-feiras, e ‘emendar’ com o final de semana. Só um deles vai cair em um final de semana: 15 de novembro, Proclamação da República, cai em um domingo.
O segundo semestre será mais farto: serão quatro feriados prolongados, contra apenas dois entre janeiro e junho.
Diferente do que muita gente pensa, Carnaval e Corpus Christi não são feriados nacionais. As duas datas costumam ser consideradas ponto facultativo no serviço público federal, e são feriados estaduais ou municipais em muitos locais.
Assim, quem participar dessas datas, terá dois feriados a mais: 25 de fevereiro (Carnaval, terça-feira) e 11 de junho (Corpus Christi, quinta-feira). E quem puder emendar essas datas vai acabar com mais dois ‘feriadões’ prolongados: de 22 a 25 de fevereiro (Carnaval), e de 11 a 14 de junho (Corpus Christi).
Veja a lista de feriados nacionais:
1º de janeiro (quarta): Confraternização Universal
10, 11 e 12 de abril (sexta a domingo): Paixão de Cristo é dia 10
21 de abril (terça-feira): Tiradentes
1º, 2 e 3 de maio (sexta a domingo): Dia Mundial do Trabalho é dia 1º
5, 6 e 7 de setembro (sábado a segunda): Independência do Brasil é dia 7
10, 11 e 12 de outubro (sábado a segunda): Nossa Senhora Aparecida é dia 12
31 de outubro, 1º e 2 de novembro (sábado a segunda): Finados é dia 2
15 de novembro (domingo): Proclamação da República
25, 26 e 27 de dezembro (sexta a domingo): Natal é dia 25
Datas principais
Materiais e músicas para a liturgia
1° Domingo do Advento:
1° de dezembro de 2019
Festa da Sagrada Família de Jesus:
29 de dezembro de 2019
Epifania:
05 de janeiro (Domingo)
Batismo do Senhor:
12 de janeiro de 2020
Quarta-feira de Cinzas:
26 de fevereiro de 2020
Domingo de Ramos:
05 de abril de 2020
Domingo de Páscoa:
12 de abril de 2020
Ascensão do Senhor:
24 de maio (Domingo)
Pentecostes:
31 de maio de 2020
Santíssima Trindade:
07 de junho de 2020
Corpus Christi:
14 de junho (Domingo)
Sagrado Coração de Jesus:
19 de junho de 2020
Imaculado Coração de Maria:
20 de junho de 2020
1° parte de Tempo Comum: 12 de janeiro até 26 de fevereiro (7°Semana Comum)
Reinicio do Tempo Comum: 31 de maio (9° Semana Comum)
O ANO LITÚRGICO
Materiais e músicas para a liturgia
Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra todos os feitos salvíficos operados por Deus em Jesus Cristo. “Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor” (NUALC nº 43 e SC nº 102).
Ano Litúrgico é, pois, um tempo repleto de sentido e de simbolismo religioso, de essência pascal, marcando, de maneira solene, o ingresso definitivo de Deus na história humana. É o momento de Deus no tempo, o “kairós” divino na realidade do mundo criado. Tempo, pois, aqui entendido como tempo favorável, “tempo de graça e de salvação”, como nos revela o pensamento bíblico (Cf. 2Cor 6,2; Is 49,8a).
As celebrações do Ano Litúrgico não olham apenas para o passado, comemorando-o. Olham também para o futuro, na perspectiva do eterno, e fazem do passado e do futuro um eterno presente, o “hoje” de Deus, pela sacramentabilidade da liturgia (Cf. Sl 2,7; 94(95); Lc 4,21; 23,43). Aqui, enfatiza-se então a dimensão escatológica do Ano Litúrgico.
O Ano Litúrgico tem como coração o Mistério Pascal de Cristo, centro vital de todo o seu organismo. Nele palpitam as pulsações do coração de Cristo, enchendo da vitalidade de Deus o corpo da Igreja e a vida dos cristãos.
Quando se inicia o Ano Litúrgico?
Diferente do ano civil, mas, como foi dito, não contrário a ele, o Ano Litúrgico não tem data fixa de início e de término. Sempre se inicia no primeiro Domingo do Advento, encerrando-se no sábado da 34ª semana do Tempo Comum, antes das vésperas do domingo, após a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Esta última solenidade do Ano Litúrgico marca e simboliza a realeza absoluta de Cristo no fim dos tempos. Daí, sua celebração no fim do Ano Litúrgico, lembrando, porém, que a principal celebração litúrgica da realeza de Cristo se dá
sobretudo no Domingo da Paixão e de Ramos.
Mesmo sem uma data fixa de início, qualquer pessoa pode saber quando vai ter início o Ano Litúrgico, pois ele se inicia sempre no domingo mais próximo de 30 de novembro. Na prática, o domingo que cai entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro. A data de 30 de novembro é colocada também como referencial, porque nela a Igreja celebra a festa de Santo André, apóstolo, irmão de São Pedro, e Santo André foi, ao que tudo indica, um dos primeiros discípulos a seguir Cristo (Cf. Jo 1,40).
Ano Litúrgico e Dinâmica da Salvação
Tendo como centro o Mistério Pascal de Cristo, todo o Ano Litúrgico é dinamismo de salvação, onde a redenção operada por Deus, através de Jesus Cristo, no Espírito Santo, deve ser viva realidade em nossas vidas, pois o Ano Litúrgico nos propicia uma experiência mais viva do amor de Deus, enquanto nos mergulha no mistério de Cristo e de seu amor sem limites.
O Domingo, Fundamento do Ano Litúrgico
O Concílio Vaticano II (SC nº 6), fiel à tradição cristã e apostólica, afirma que o domingo, “Dia do Senhor”, é o fundamento do Ano Litúrgico, pois nele a Igreja celebra o mistério central de nossa fé, na páscoa semanal que, devido à tradição apostólica, se celebra a cada oitavo dia.
O domingo é justamente o primeiro dia da semana, dia da ressurreição do Senhor, que nos lembra o primeiro dia da criação, no qual Deus criou a luz (Cf. Gn 1,3-5). Aqui, o Cristo ressuscitado aparece então como a verdadeira luz, dos homens e das nações. Todo o Novo Testamento está impregnado dessa verdade substancial, quando enfatiza a ressurreição no primeiro dia da semana (Cf. Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1; Jo 20,1; como também At 20,7 e Ap 1,10).
Como o Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor derrama para todo o Ano Litúrgico a eficácia redentora de Cristo, assim também, igualmente, o domingo derrama para toda a semana a mesma vitalidade do Cristo Ressuscitado. O domingo é, na tradição da Igreja, na prática cristã e na liturgia, o “dia que o Senhor fez para nós” (Cf. Sl 117(118),24), dia, pois, da jubilosa alegria pascal.
As Divisões do Ano Litúrgico
Os mistérios sublimes de nossa fé, como vimos, são celebrados no Ano Litúrgico, e este se divide em dois grandes ciclos: o ciclo do Natal, em que se celebra o mistério da Encarnação do Filho de Deus, e o ciclo da Páscoa, em que celebramos o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, como também sua ascensão ao céu e a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja, na solenidade de Pentecostes.
O ciclo do Natal se inicia no primeiro domingo do Advento e se encerra na Festa do Batismo do Senhor, tendo seu centro, isto é, sua culminância, na solenidade do Natal. Já o ciclo da Páscoa tem início na Quarta-feira de Cinzas, início também da Quaresma, tendo o seu centro no Tríduo Pascal, encerrando-se no Domingo de Pentecostes. A solenidade de Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa.
Entremeando os dois ciclos do Ano Litúrgico, encontra-se um longo período, chamado “Tempo Comum”. É o tempo verde da vida litúrgica. Após o Natal, exprime a floração das alegrias natalinas, aí aparecendo o início da vida pública de Jesus, com suas primeiras pregações. Após o ciclo da Páscoa, este tempo verde anuncia vivamente a floração das alegrias pascais. Os dois ciclos litúrgicos, com suas duas irradiações vivas do Tempo Comum, são como que as quatro estações do Ano Litúrgico.
O “Santoral” ou o “Próprio dos Santos”
Em todo o Ano Litúrgico, exceto nos chamados tempos privilegiados (segunda parte do Advento, Oitava do Natal, Quaresma, Semana Santa e Oitava da Páscoa), a Igreja celebra a memória dos santos. Se no Natal e na Páscoa, Deus apresenta à Igreja o seu projeto de amor em Cristo Jesus, para a salvação de toda a humanidade, no Santoral a Igreja apresenta a Deus os copiosos frutos da redenção, colhidos na plantação de esperança do próprio Filho de Deus. São os filhos da Igreja, que seguiram fielmente o Cristo Senhor na estrada salvífica do
Evangelho. Em outras palavras, o Santoral é a resposta solene da Igreja ao convite de Deus para a santidade.
As Cores do Ano Litúrgico
Como a liturgia é ação simbólica, também as cores nela exercem um papel de vital importância, respeitada a cultura de nosso povo, os costumes e a tradição. Assim, é conveniente que se dê aqui a cor dos tempos litúrgicos e das festas. A cor diz respeito aos paramentos do celebrante, à toalha do altar e do ambão e a outros símbolos litúrgicos da celebração. Pode-se, pois, assim descrevê-la:
Roxo: Usa-se: No Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até Quinta-feira Santa de manhã), e na celebração de Finados, como também nas exéquias.
Branco: Usa-se: Na solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, nas festas do Senhor e na celebração dos santos. Também no Tempo Pascal é predominante a cor branca.
Vermelho: Usa-se: No Domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta-feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes e na celebração dos mártires, apóstolos e evangelistas.
Rosa: É usado no terceiro Domingo do Advento (chamado “Gaudete”) e no quarto Domingo da Quaresma chamado “Laetare”). Esses dois domingos são classificados, na liturgia, de “domingos da alegria”, por causa do tom jubiloso de seus textos.
Preto: Pode-se usar na celebração de Finados
Verde: Usa-se: Em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor nele celebradas, quando a cor litúrgica é o branco.
Se uma festa ou solenidade tomar o lugar da celebração do tempo litúrgico, usa-se então a cor litúrgica da festa ou solenidade. Exemplo: em 8 de dezembro, celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição. Neste caso, a cor litúrgica é o branco, e não o roxo do Advento. Este mesmo critério é aplicável para a celebração dos dias de semana.
ESTRUTURA CELEBRATIVA E PEDAGÓGICA DO ANO LITÚRGICO
Como se vê no gráfico acima, o Ano Litúrgico se divide em dois grandes ciclos:
Natal e Páscoa. Entre eles situa-se o Tempo Comum, não os separando, mas os unindo, na unidade pascal e litúrgica. Em cada ciclo há três momentos, de grande importância para a compreensão mais exata da liturgia. São eles: um, de preparação para a festa principal; outro, de celebração solene, constituindo assim o seu centro; e outro ainda, de prolongamento da festa celebrada. No centro do Ano Litúrgico encontra-se Cristo, no seu Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição). É o memorial do Senhor, que celebramos na Eucaristia.
O Mistério Pascal é, portanto, o coração do Ano Litúrgico, isto é, o seu centro vital. O círculo é um símbolo expressivo da eternidade, e o Mistério Pascal de Cristo, no seu centro, constitui o eixo fundamental sobre o qual gira toda a liturgia.
Materiais e músicas para a liturgia
Em breve Calendário litúrgico de 2021
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