Centesimus annus: inclusão social e cultura de solidariedade

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu na manhã deste sábado (20/5), na Sala Clementina, cerca de 300 participantes da Conferência Internacional promovido pela Fundação “Centesimus Annus Pro-Pontefice”, sobre temas prioritários como “as verdadeiras emergências planetárias”.

Aos numerosos participantes, provenientes de 18 países, Francisco expressou seu apreço pelos esforços realizados para buscar modos alternativos de compreensão da economia, do desenvolvimento e do comércio.

Desta forma, disse o Papa, a Fundação busca responder aos desafios éticos consequentes da imposição de novos paradigmas e formas derivadas da tecnologia, da cultura do esbanjamento e dos estilos de vida que ignoram os pobres e desprezam os frágeis. E acrescentou:

Alternativas construtivas

“A sua Fundação oferece uma preciosa contribuição ao levar em conta as atividades comerciais e financeiras, à luz da rica tradição da Doutrina Social da Igreja e de uma busca inteligente de alternativas construtivas. Vocês desenvolvem modelos de crescimento econômico centrados na dignidade, liberdade e criatividade, características peculiares da pessoa humana”.

O Papa recordou aos presentes a Declaração que a Fundação fez este ano, na qual destaca, justamente, que “a luta contra a pobreza exige uma compreensão melhor como fenômeno humano e não meramente econômico. E disse:

“Promover o desenvolvimento humano integral requer diálogo e envolvimento nas necessidades e aspirações das pessoas; requer escuta dos pobres e respostas a situações concretas. Isso requer animar as comunidades e a suas relações com o mundo dos negócios; criar meios para unir recursos e pessoas, onde os pobres sejam protagonistas e beneficiários”.

Somente assim, frisou Francisco, se poderá favorecer uma maior inclusão social e o crescimento de uma cultura de solidariedade eficaz.

O Papa concluiu seu pronunciamento expressando sua preocupação pelo grave problema do desemprego de jovens e adultos, que assumiu proporções alarmantes, sobretudo nos países em desenvolvimento. Tal problema deve ser enfrentado com senso de justiça e de responsabilidade para o futuro das gerações.

Por isso, Francisco exortou os membros da Fundação “Centesimus Annus” a terem coragem de levar a luz do Evangelho e as riquezas da Doutrina Social da Igreja para se resolver tais questões, mediante o diálogo e a pesquisa, para a construção de um mundo mais justo, livre e harmônico. (MT)

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Wim Wenders anuncia documentário com o Papa

Rádio Vaticano (RV) – Pope Francis – A man of his word (Papa Francisco – Um homem de sua palavra), em tradução livre é o documentário que está sendo produzido pelo cineasta alemão Wim Wenders, em parceria com a Secretaria para a Comunicação do Vaticano.

A notícia foi divulgada na sexta-feira (19/05), durante o Festival de Cannes, na França. Não foi, contudo, anunciada a data da estreia do filme.

“Este não é um filme sobre o Papa Francisco, e sim um projeto cinematográfico com ele”, anunciou em nota a produtora do filme, Focus Features.

“Em conversas, o Papa discute temas como responsabilidade ecológica, imigração, comportamento consumista e justiça social, falando diretamente aos expectadores”, segue o texto.

“É uma grande exceção na história do Vaticano que as portas sejam abertas a um cineasta externo de maneira tão liberal. Além de ter o privilégio de poder manter inúmeras conversas com o Papa, Wim Wenders tem a oportunidade de fazer uso exclusivo de imagens dos arquivos vaticanos”.

Jubileu

A ideia surgiu com o Jubileu da Misericórdia, explicou o Prefeito da Secretaria das Comunicações, Dom Dario Viganò.

“Wenders tem a consciência de que é o feixe de luz do olhar que faz o mundo puro ou impuro: responsabilidade que se respira em seus documentários. Por isso, convidamos o mestre alemão para dirigir a abertura do Jubileu da Misericórdia. Assim nasceu do Vaticano a proposta de um filme que contasse o diálogo entre o Papa Francisco e o mundo contemporâneo, por meio de perguntas de homens e mulheres do mundo inteiro endereçadas ao Papa”.

Candidato ao Oscar

Wenders foi candidato ao Oscar com três documentários: Buena Vista Social Club, Pina e Sal da Terra.

(YK)

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Rio: Pastoral promoverá vigília pelos mortos de Aids

Rio de Janeiro (RV) – A epidemia da Aids é uma realidade desde a década de 1980. Muitas pessoas, organizações e setores da sociedade empenham esforços, há anos, com a finalidade de contribuir na lutar contra a epidemia. Para dar visibilidade a essa causa, a Pastoral DST/Aids da Arquidiocese do Rio de Janeiro promoverá, no próximo domingo, 21 de maio, na Paróquia Cristo Redentor, em Laranjeiras, às 18h00, a Vigília pelos mortos de Aids, com o tema “Tantas vidas não podem se perder”.

A vigília pelos mortos de Aids é um movimento internacional que, desde 1983, faz memória das pessoas falecidas com HIV e se envolve no enfrentamento da epidemia. Anualmente, o evento é realizado no terceiro domingo de maio, sob a liderança de organizações sociais e religiosas de centenas de países. Este ano deseja-se mobilizar comunidades de todo o mundo para apoiar o futuro das pessoas que vivem com HIV.

Para o coordenador arquidiocesano da Pastoral DST/AIDS, diácono Bernardo Rangel Tura, a vigília é uma oportunidade de fazer memória das vítimas da doença e manifestar a solidariedade da Igreja com os doentes e suas famílias, reforçando a luta contra o preconceito e a discriminação e garantir acesso ao diagnóstico precoce e tratamento da doença:

“Fazer memória e rezar pelas pessoas que fizeram parte de nossa história e faleceram com Aids manifesta solidariedade às famílias que perderam seus entes busca transformar essa memória em esperança e fortalece o compromisso de vencer a epidemia. Cuidar do presente significa defender os direitos das pessoas com HIV, lutar contra o preconceito e a discriminação, garantir acesso ao diagnóstico e ao tratamento, incentivar o diagnóstico precoce para o HIV”, afirmou.

Segundo relatório divulgado pelo Ministério da Saúde em novembro de 2016, mais de 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil e, a cada ano, 41,1 mil casos novos da doença são detectados.

A Pastoral da Aids é um serviço ligado à Igreja Católica que busca promover a vida saudável, incentivar o cuidado de si e dos outros, evangelizar, humanizar relações e superar preconceitos, discriminação e exclusão. Informações sobre o trabalho da pastoral e de como ajudar, poderão ser obtidas diretamente com o coordenadora arquidiocesano da pastoral, diácono Bernardo Rangel, pelo telefone: (21) 98799-3380. (SP-Arq. Rio)

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Sandino terá a primeira igreja construída em Cuba em 60 anos

Miami (RV) – Uma nova igreja está sendo construída na cidade cubana de Sandino, Província de Pinar del Río, graças à doação de 95 mil dólares coletados pela Igreja de Saint Lawrence, em Tampa, cidade do Condado de Hillsborough, oeste da Flórida. A Paróquia será chamada Divina Misericórdia de Sandino.

Trata-se, ao lado de dois outros projetos que estão sendo implementados em Havana e Santiago de Cuba, do primeiro templo da Igreja Católica a ser construído na Ilha em 60 anos.

“Estamos muito contentes”, afirmou o Padre Ramón Hernández, que coordena os trabalhos. “Aguardamos com expectativa a missa inaugural”.

O Padre Cirilo Castro, que será o pároco, visitou Tampa no início de maio, levando informações atualizadas sobre o andamento da construção. “Falta somente colocar o teto”, explicou Pe. Hernández, dizendo esperar que os trabalhos sejam concluídos até final de junho.

Os bancos, um altar e outros elementos serão colocados nos próximos meses. A primeira Missa deverá ser celebrada em janeiro ou fevereiro de 2018.

O templo terá a capacidade para acolher 200 pessoas, sendo a primeira igreja construída em Sandino, localidade com cerca de 40 mil habitantes, onde a pesca, o café e o cultivo de frutas cítricas representam as principais atividades econômicas.

Sem um local público, os católicos locais celebram em locais privados. A Revolução Cubana havia proibido a prática aberta da religião na Ilha. As propriedades da Igreja foram nacionalizadas e os líderes religiosos exilados.

Mas “Cuba está mudando”, observou o Padre Hernández. Nascido em 1945, celebrava missas escondido, até abandonar o país em 1980. Porém, no início dos anos 90, o Partido Comunista de Cuba eliminou o ateísmo como requisito prévio para ser membro. Um ano mais tarde declarou o país como “Estado Laico” ao invés de “ateu”, como era precedentemente. E em 1998, justamente antes na histórica visita de João Paulo II, o Natal voltou a ser celebrado e seu dia reconhecido como feriado nacional.

(JE/Cubanet)

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Papa: o Evangelho une e a ideologia divide

Cidade do Vaticano (RV) – A graça da conversão “à unidade da Igreja, ao Espírito Santo e à verdadeira doutrina”. Esta foi a oração do Papa na homilia da missa celebrada na manhã desta sexta-feira (19/05) na Casa Santa Marta.

Francisco comentou a Primeira Leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, e observou que também na primeira comunidade cristã “havia ciúmes, lutas de poder, algum espertinho que – explicou – queria ganhar e comprar o poder”. Portanto, “sempre houve problemas”: “somos humanos, somos pecadores” e as dificuldades existem, inclusive na Igreja, mas ser pecadores nos leva à humildade e a nos aproximar do Senhor, “como salvador dos nossos pecados”. A propósito dos pagãos que o Espírito Santo convida à conversão, o Pontífice recordou que, no trecho, os apóstolos e os anciãos escolhem alguns deles para ir até Antioquia com Paulo e Barnabé. Os grupos descritos são dois:

“O grupo dos apóstolos que quer discutir o problema e os outros que criam problemas, dividem, dividem a Igreja, dizem que aquilo que os apóstolos pregam não é o que disse Jesus, que não é a verdade”.

Os apóstolos discutem entre si e, no final, entram num acordo:

“Mas não é um acordo politico, é a inspiração do Espírito Santo que os leva a dizer: nada de coisas, nada de exigências. Mas só o que dizem: não comer carne naquele período, a carne sacrificada aos ídolos porque era fazer comunhão com os ídolos, abster-se do sangue, dos animais sufocados e das uniões ilegítimas”.

O Papa destacou a “liberdade do Espírito” que leva ao “acordo”: assim, diz, os pagãos podem entrar na Igreja. Tratou-se, no fundo, de um “primeiro Concílio” da Igreja – “o Espírito Santo e eles, o Papa com os bispos, todos juntos” – reunidos “para esclarecer a doutrina” e seguido, no decorrer dos séculos, por exemplo pelo de Éfeso e do Vaticano II, porque “é um dever da Igreja esclarecer a doutrina” para “se entender bem o que Jesus disse nos Evangelhos, qual é o Espírito dos Evangelhos”.

“Mas sempre existiram essas pessoas que, sem qualquer autoridade, turbam a comunidade cristã com discursos que transtornam as almas: “Eh, não. Isso que foi dito é herético, não se pode dizer, isso não, a doutrina da Igreja é esta…”. E são fanáticos por coisas que não são claras, como esses fanáticos que semeavam intrigas para dividir a comunidade cristã. E este é o problema: quando a doutrina da Igreja, a que vem do Evangelho, que o Espírito Santo inspira, esta doutrina se torna ideologia. E este é o grande erro dessas pessoas”.

Esses indivíduos – explicou – “não eram fiéis, eram ideologizados”, tinham uma ideologia “que fechava o coração para a obra do Espírito Santo”. Ao invés, os apóstolos certamente discutiram de maneira enérgica, mas não eram ideologizados: “tinham o coração aberto ao que o Espírito dizia.

A exortação final do Papa foi para não se deixar intimidar diante das “opiniões dos ideólogos da doutrina”. A Igreja, concluiu Francisco, tem “o seu próprio magistério, o magistério do Papa, dos bispos, dos concílios”, e devemos caminhar nesta estrada “que vem da pregação de Jesus e do ensinamento e da assistência do Espirito Santo”, que está “sempre aberta, sempre livre”, porque a doutrina une, os concílios unem a comunidade cristã”, enquanto “a ideologia divide”.

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