Aparecida: Dom Werlang, a dignidade do trabalho

Sétimo dia de atividades na 55ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida, SP. Mais de 350 bispos de todos os regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil estão reunidos no Santuário Nacional desde o último dia 26 de abril. O tema central tratado nestes dias é a Iniciação à Vida Cristã: um processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo, “Dá-me de beber”.

A organização do texto de trabalho que os bispos receberam e estão desenvolvendo nestes dias com o intuito de tornar-se um documento da Igreja no Brasil, divide-se em três capítulos e tem como base o método VER (Aprender da história e da realidade) – ILUMINAR (Discernir como Igreja) – AGIR (Propondo caminhos). Dessa forma, os bispos querem que a Igreja se anime e busque cada vez mais a compreensão do processo de iniciação cristã, em suas diferentes dimensões e nas mais variadas realidades em que está inserida.

Os trabalhos desta terça-feira, como já é habitual, tiveram início com a celebração da Santa Missa no Santuário Nacional, hoje presidida pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer. Nesta manhã rezou-se pelos bispos falecidos. Os trabalhos continuam hoje no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida. Os temas a serem tratados dizem respeito, além da Iniciação à Vida Cristã a questões como a liturgia, o Sínodo dedicado aos jovens, que se realizará no próximo ano no Vaticano e o Projeto Pensando o Brasil: Educação. Projeto que apresenta o cenário da educação no Brasil e propõem caminhos para superar os principais desafios que levanta: políticas públicas, orçamento para educação, gestão escolar e educação como compromisso de todos. O projeto levanta ainda as pistas de ação.

A programação desta terça-feira conta ainda com uma celebração Ecumênica no final do dia, recordando os 500 anos da Reforma Protestante. Na quinta-feira, dia 4 de maio, será realizada uma Sessão Mariana, em comemoração pelos 300 anos do Encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida e 100 anos das Aparições de Fátima.

Ontem, Dia do Trabalho e do Trabalhador, a Santa Missa no Santuário foi presidida por Dom Guilherme Werlang, bispo da Diocese de Ipameri, Go. Ele conversou conosco…

Já a Arquidiocese de Olinda e Recife foi escolhida para sediar o Congresso Eucarístico Nacional de 2020. O anúncio foi feito durante a Assembleia Geral.

Diante do unânime parecer dos bispos do Regional Nordeste 2 da CNBB e das várias respostas antecipadas dos vicariatos e lideranças locais, Dom Fernando Saburido apresentou a candidatura da Arquidiocese de Olinda e Recife, que foi aprovada por unanimidade pelos bispos de todo Brasil.

Para Dom Fernando Saburido, “a aprovação unânime foi uma grande alegria, não somente para nossa arquidiocese, mas para todo o Regional NE 2”, comentou. “Trabalharemos juntos para realizar um, espiritualmente, rico Congresso Eucarístico Nacional para o bem da Igreja de Olinda e Recife e das demais Igrejas do nosso Regional”, concluiu Dom Fernando.

Silvonei José

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Fátima: Papa Francisco será recebido por crianças na Capelinha das Aparições

O Santuário de Fátima informa que o Papa Francisco vai ser acolhido por crianças das três escolas católicas da região quando chegar à Capelinha das Aparições na tarde de 12 de maio.

Numa nota enviada nesta terça-feira à Agência Ecclesia, o santuário mariano da Cova da Iria explica que Francisco vai ter à sua espera as crianças das escolas do Sagrado Coração de Maria, de São Miguel e do Centro de Estudos de Fátima.

A passagem do pontífice pela capelinha, para um momento de oração, vai ser o primeiro ato oficial da Peregrinação ao Santuário de Fátima onde vai presidir ao Centenário das Aparições de Nossa Senhora aos pastorzinhos.

Já no dia seguinte, a 13 de maio, o Papa Francisco presidirá a Eucaristia onde canonizará os beatos Francisco e Jacinta Marto. Cerca de 20 crianças, de 6 a 16 anos, vão “escoltar” as relíquias dos irmãos videntes na procissão de entrada.

As relíquias, um fragmento de osso de Francisco e uma mecha de cabelo de Jacinta, vão ser transportadas em dois relicários que têm a forma de candeia e ser colocadas à direita do altar, junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima.

Os relicários serão transportados pela postuladora da Causa de Canonização de Francisco e Jacinta, irmã Ângela Coelho, e por Pedro Valinho, assessor da Postulação.

Os pastorzinhos se tornarão os mais jovens santos não-mártires da história da Igreja Católica.
O Papa Francisco é o quarto pontífice a visitar Fátima, depois de Paulo VI, em 1967, São João Paulo II, em 1982, 1991 e 2000, e pelo Papa emérito Bento XVI, em 2010.

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Rosário gigante para receber Francisco em Fátima

Lisboa (RV) – Um Rosário pesando 540 quilos e medindo 26 metros de altura – criado pela artista portuguesa Joana Vasconcelos – receberá o Papa Francisco no Santuário de Fátima em 12 de maio próximo.

A obra, feita com contas brancas e intitulada “Suspensão”, foi apresentada esta terça-feira na entrada da Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima.

A partir desta noite, até outubro, o Rosário se iluminará diariamente às 21h30min (hora local), quando tem início a oração do Terço na Capela das Aparições.

A peça – encomendada pelo próprio Santuário para comemorar o centenário – recorda a aparição em Fátima aos três pastorzinhos da Virgem Maria, que tinha em suas mãos um Rosário com contas brancas.

A criação de Joana Vasconcelos segue a linha de obras anteriores, realizadas há mais de 20 anos, entre elas uma criação de 2002 intitulada “www.fatimashop”.

O Papa Francisco visitará Fátima, distante 130 km de Lisboa, nos dias 12 e 13 de maio, para participar das comemorações do centenário das aparições, ocasião em que canonizará Francisco e Jacinta.

Francisco será o quarto Pontífice a peregrinar a Fátima, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).

A devoção a Virgem da Fátima nasceu em 13 de maio de 1917, quando três pastorzinhos – Lúcia, Jacinta e Francisco – tiveram visões de Nossa Senhora.

(JE/EFE)

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Dom Urbańczyk: as armas nucleares criam falsa sensação de segurança

Viena (RV) – “As armas nucleares criam uma falsa sensação de segurança”, disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Viena, Áustria, Dom Janusz Urbańczyk, ao Primeiro Comitê Preparatório para 2020 de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). A conferência teve início, nesta terça-feira (02/05), em Viena, e prossegue até o próximo dia 12.

O prelado recordou que quando a Santa Sé aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, em 1971, quis contribuir nos esforços para promover “a segurança, a confiança recíproca e a cooperação pacífica nas relações entre os povos”. “Também hoje, a presença da Santa Sé no Comitê preparatório é movida pelo desejo de trabalhar por um mundo livre de armas nucleares”, observou Dom Urbańczyk.

“Porém, os esforços da comunidade internacional de utilizar o Tratado para tornar o mundo mais seguro, até agora não foram suficientes. A Santa Sé exorta os Estados a fazerem passos concretos a fim de alcançar “o objetivo final de abolição das armas nucleares. Está pronta para se comprometer, de forma construtiva, neste processo. A paz deve ser reconhecida como uma virtude ativa que requer o esforço de cada indivíduo e da sociedade como um todo”.

“Uma ética de fraternidade e coexistência pacífica entre as pessoas e entre os povos, segundo a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz deste ano, não pode basear-se na lógica do medo, da violência e do fechamento, mas na responsabilidade, no respeito e no diálogo sincero”. “Nesta mensagem, o Pontífice fez um apelo em prol do desarmamento, da proibição e abolição das armas nucleares”. “A dissuasão nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca”, acrescentou o Papa, “não podem fundamentar este tipo de ética”.

“A Santa Sé, além de apoiar esforços e negociações em prol da criação de um instrumento juridicamente vinculador para proibir as armas nucleares, acompanha com preocupação a situação na península coreana. A Santa Sé apoia os esforços da comunidade internacional para relançar as negociações sobre a desnuclearização e paz.”

Dom Urbańczyk concluiu, afirmando que “exortação dirigida às autoridades políticas não é somente a de garantir a segurança aos próprios cidadãos, mas trabalhar ativamente pelo crescimento global da paz, algo que a humanidade tanto precisa”.

(MJ)

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Nossa Senhora Aparecida ganha espetáculo de dança e teatro

    A história da Padroeira do Brasil teve interpretação singular na noite de domingo, 30 de abril, na cidade de Aparecida (SP). O auditório do Seminário Santo Afonso recebeu a Companhia de Dança e Teatro 'Dois Pontos', de Florianópolis (SC). A plateia, formada principalente por bispos que participam da 55ª Assembleia Geral da CNBB, pôde conferir o espetáculo '1717'. A obra cênica recebeu chancela do Pontifício Conselho para a Cultura do Vaticano e tem arrancado elogios por onde passa.

O diretor e coreógrafo Ricardo Koscialkowski Tetzner comenta que ao escolher a temática do espetáculo foi colocada a seguinte pergunta: “O que é ser brasileiro?”. Foi então que pensou-se em todas as riquezas e potencialidades existentes no tema. “Não queríamos ficar só no Samba, Felicidade ou Futebol. Exploramos então a fundo o que constitui a nossa Identidade, e acabamos por cair no primeiro símbolo verdadeiramente nacional que tivemos: Nossa Senhora da Conceição Aparecida”, comenta.
Durante o período de pesquisa foi descoberto que antes mesmo de termos o Hino Nacional, a Bandeira com as cores etc. A Identidade começou a ser formada pela Imagem encontrada no Rio Paraíba Sul. “Hoje o brasileiro tem o sincretismo como uma característica muito particular e todas as famílias, todas as cidades, todos os brasileiros conhecem nossa Padroeira, independente de credo”, afirma.
 Leitura do espetáculo

Uma obra que não entrega ao público algo direto, algo “mastigado” como uma verdade, mas conta uma história e deixa elementos para que o público possa ter sua própria leitura, ou seja, não é um espetáculo que traz certezas, mas dúvidas e uma pluralidade de sensações. “Tem muita simbologia, tudo significa algo, desde as músicas até os figurinos, os passos, iluminação e cenário, tudo é pensado, mas nem tudo fica objetivo, as pessoas podem ter sua própria percepção. Cada vez que apresentamos o 1717 alguém vem dizer algo novo sobre o que sentiu do Espetáculo”, explica.
Em quatro atos; “Anunciação”, “Peregrinação”, “Pedidos e Agradecimentos” e “Destruição e Coroação”, “1717” se apropria da linha do tempo para poetizar a História: Primeiro a Imagem foi encontrada, depois começou a ter um movimento de peregrinação e comércio até o que viria a ser “Aparecida do Norte”, unificando o que seria então apenas uma colônia e começando a formar uma comunicação entre o povo brasileiro. “Logo falamos sobre uma das partes mais bonitas dessa história que é a Fé, os pedidos e agradecimentos que hoje formam o teto da Sala dos Milagres e passamos para a parte que destruíram a Imagem para depois ser reconstruída e no final a Coroação da mesma como Padroeira do Brasil”, conta. 
Inspiração
Para criar as coreografia, Ricardo veio até Aparecida e observou por um tempo, todo o movimento de fé. “A força e movimento são o cerne da Dança. Observei as pessoas que chegavam na cidade e passavam pela Passarela da Fé, e como era forte a emoção das pessoas que viam a Imagem por detrás do vidro que mesmo sendo à prova de balas, não impedia a aproximação do povo com a Imagem. Conversei sobre os pedidos e agradecimentos com as pessoas que estavam naquele local, foi o momento de certeza que tínhamos um tema maravilhoso para trabalhar. Também durante os ensaios para a criação do espetáculo conversei com os bailarinos, extraía deles profundidades que me inspiravam a criar coreografias e cenas, usando jogos teatrais. Temos no espetáculo uma tradutora e intérprete de Libras que dança com a gente. Fizemos um trabalho de pesquisa para inserir a Libras no contexto do Espetáculo como parte fundamental, já que é uma parte importante do Brasil e tem tudo a ver com Dança; Foi a maneira que escolhemos para ter inclusão e acessibilidade no Espetáculo”, detalha.
:: 1717
 

a12.com

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