Jovens se encontram em Aparecida

Depois de uma interrupção de mais 15 anos, Jovens de todo o Brasil fazem a Romaria Nacional da Juventude a Aparecida (SP), neste sábado e domingo, reforçando uma tradição iniciada na década de 80. Nesse ano, o tema é “Maria e a Doutrina Social da Igreja”.

Segundo Pe. Antonio Ramos do Prado, Assessor Nacional da Pastoral Juvenil da CNBB: “As juventudes de vários lugares do Brasil vinham rezar nos pés da Mãe Aparecida. Entre agradecimentos e pedidos os jovens fortaleciam a sua fé”

A retomada desta iniciativa foi em 2016, no contexto do Projeto Rota300 (jubileu de Nossa senhora Aparecida), numa parceria entre a Pastoral Juvenil da CNBB e Santuário de Aparecida.

O objetivo desta Romaria, segundo Padre Antônio, é cultivar a devoção Mariana e oferecer aos jovens uma formação permanente através das catequeses ministradas por meio dos 18 Bispos Referenciais da Juventude.

Segundo o assessor da Pastoral Juvenil, hoje as expressões juvenis que compõem os Setores Diocesanos de Juventude do Brasil participam intensamente desse espaço de Evangelização.

Programação

A estrutura da Romaria Nacional da Juventude é composta de 3 partes, com duração de dois dias: Na Parte 1, haverão tendas de catequese com os 18 bispos referenciais da juventude. As tendas trabalham a temática de cada Romaria.

Os bispos também trabalharão o DOCAT em sintonia com o tema da Romaria da Juventude. Nesse ano, haverá uma tenda comemorativa dos 10 anos do Documento Evangelização da Juventude, 10 anos dos Lectionautas e 10 anos do Documento de Aparecida.

A parte 2 conta contará com um Show católico e Vigília. Na noite do primeiro dia vários cantores se apresentam no palco central (externo) do Santuário de Aparecida. Após ó show, haverá exposição do Santíssimo, pregação, testemunhas de jovens e bênçãos.

Neste domingo, realiza-se a Parte 3, com concentração dos jovens a partir das 6h da manhã para a caminhada com Maria, cuja encerramento será dentro do Santuário com missa e envio. Dentro da Romaria Nacional da Juventude, dia 30 de abril, acontecerá o primeiro Encontro Nacional de Grupos Jovens Paroquiais.

 

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III Domingo da Páscoa: Discípulos de Emaus – Fica conosco, Senhor

Jesus, o Mestre por excelência, passa três anos preparando os apóstolos e discípulos para os acontecimentos de sua Paixão. Fala de seus sentimentos, de sua morte e de sua Ressureição.

Quando tudo isso acontece, o peso do sofrimento e da morte é tão grande que todos se esquecem do que Jesus os advertira em relação à Ressurreição. Todos ficam desapontados, tristes e reagindo como se a morte fosse a última palavra na vida de Jesus.

O Evangelho nos relata a repercusssão desses fatos na vida de dois deles, os chamados discípulos de Emaús, Cléofas e seu companheiro.

Eles estão voltando para casa. O Mestre, aquele em que colocavam toda a esperança, está morto. Pelo caminho eles andam de modo acabrunhado. Contudo, Jesus, o Consolador, se dirige a eles com o propósito de acabar com essa tristeza. Jesus usa uma tática de não se revelar logo, mas de ir fazendo perguntas, recordando o que estava nas Escrituras a respeito d’Ele, de tal modo que a esperança fosse recuperada.

Ao passar pela entrada de Emaús, Jesus se despede. Eles ficam desapontados com tal atitude. Aquele caminheiro que, com sua conversa, estava resgatando a esperança, vai embora e vai deixá-los sozinhos. Não, não pode ser. Eles pedem ao desconhecido que entre com eles no povoado, depois em sua casa e ceiem juntos.

Podemos ver nesse gesto de Jesus, ao deixar espaço para ser convidado, que o Senhor não se impõe a nós. Ele vem até nós e nos consola, mas não impõe sua presença permanente. Ele quer nossa solicitação, Ele se oferece como hóspede – Eis que estou à porta e bato – , ele espera um ato livre de nossa vontade.

Ao ser convidado, Jesus aceita e vai cear com eles.

Na hora da bênção do pão, Jesus se revela e, como no Tabor, aparece sua glória de Filho amado pelo Pai. Jesus se revela e desaparece.

Não é mais necessária sua presença após a manifestação de sua glória, após a experiência e anunciar a ressurreição.

Assim somos nós. Nos momentos difíceis da vida recordamos as palavras do Senhor?
Damos espaço para que Ele nos fale? Recorremos às Escrituras, ao Evangelho e meditamos suas palavras?
A experiência que temos de Deus, a compartilhamos com os demais?

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o III Domingo da Páscoa)

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Bispo de Roraima fala sobre violência e segurança pública nas cidades

A Violência, a segurança pública e as questões urbanas foram assuntos destacados pelo bispo de Roraima e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Mário Antônio da Silva na manhã desta quinta-feira, 27, em Aparecida (SP). Os bispos do Brasil estão reunidos em Assembleia Geral da CNBB até o dia 5 de maio, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida, no complexo Santuário Nacional.

“Os grandes centros no Brasil, inclusive na Amazônia, atraem a maioria da população dos estados. O desafio é construir uma cidade para todos. A cidade oferece proximidade, saúde, educação, transporte, mas as políticas públicas não contemplam as necessidades de todos os cidadãos”, afirmou Dom Mario Antônio.
De acordo com o bispo, as questões urbanas são amplas, pois a cidade é dinâmica. “A dinâmica das cidades desafia na vida urbana, a comunidade política, como desafia também a comunidade religiosa e nos desafia como Igreja a ter uma pastoral dinâmica também”.

Dom Mario citou a Conferência de Aparecida, que em maio completa 10 anos, como referência para ser uma pastoral diamina, sendo uma Igreja missionária, uma Igreja em saída. “É importante que a Igreja esteja atenda para atender os diferentes grupos que encontramos na cidade com uma pastoral dinâmica.”.
O bispo acrescentou ainda que as grandes cidades concentram muitos casos de violência que retiram das pessoas sua dignidade, principalmente quando faltam políticas públicas, saúde, educação, transporte coletivo digno e até mesmo iluminação nas nossas cidades. “Falta boa vontade daqueles que são os responsáveis por tudo”.

“Mesmo com a violência, apesar de ser assustadora, nós devemos ser pessoas da esperança. Deus não nos colocou no mundo para viver em choque, em conflito, mas para superar os conflitos. Através de projetos e planos conseguimos distanciar aquilo que é violência ou aquilo que destitui a pessoa da sua dignidade”.

a12.com

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Mídia, segurança e multidão: o segundo dia do Papa no Cairo

As imagens, os gestos e as palavras do primeiro dia da visita do Papa Francisco ao Cairo ecoaram por todo o país.

Os jornais mais importantes do Egito dão amplo destaque – positivo – à chegada do Pontífice e as palavras que lhe foram dirigidas pelo Grande Imã Al-Tayyeb e Presidente Al-Sisi, cujo texto foi publicado integralmente. Mas também os discursos do Papa ganharam as páginas dos jornais, sobretudo quando ressaltou a gloriosa história religiosa do Egito, sua posição estratégica no panorama médio-oriental e sua vocação à paz.

Eis algumas manchetes:

– Mensagens de paz e de caridade; al-Sisi: O Egito permanece sempre o protótipo do Islã moderado

– Papa Francisco: apoiar os esforços realizados para deter a violência e realizar o desenvolvimento

– Al-Tayyeb: os atos terroristas estão distantes dos valores que professa mas religiões celestes

– O Papa em Al-Azhar: não à violência em nome da religião

– O Papa convoca o Egito a salvar o mundo da fome do amor

A curiosidade é que nenhum jornal menciona o encontro entre Francisco e o Patriarca copta Tawadros II, sendo os cristãos uma minoria no país.

Assim como no primeiro dia, o tema da paz esteve presente também na homilia da missa celebrada pela manhã no Estádio da Aeronáutica militar, com a participação de aproximadamente 25 mil pessoas.

“O único extremismo tolerado é o da caridade”, disse o Papa, na presença também de alguns muçulmanos e coptas ortodoxos. A missa foi a primeira ocasião que Francisco teve de ter contato com a multidão, que saudou a bordo de um golf-car no início da celebração.

Pelas ruas do Cairo, mantêm-se as imponentes medidas de segurança do primeiro dia. O policiamento reforçado impediu que os fiéis pudessem levar bolsas, mochilas e até mesmo os celulares para a missa da manhã. Os fiéis deveriam levar consigo somente o passaporte.

Tatiana Santos, brasileira, a caminho do estádio nos deu o seu testemunho:

Do Cairo para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri

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Papa no Egito: momento da semeadura

Al Salamò Alaikum!

(A paz esteja convosco). O Papa chegou ao Egito anunciando a paz e como mensageiro regressou ao Vaticano.

Visita breve, mas intensa, e que alcançou plenamente seus três objetivos: incrementar o diálogo inter-religioso, avançar na relação ecumênica e encorajar a comunidade católica local.

Desafios

Baba Francis, como se diz em árabe, exortou os egípcios a resgatarem seu passado ilustre para fazer frente aos desafios que o país deve enfrentar: a ameaça terrorista, a crise econômica desencadeada com a retração do turismo e o desemprego juvenil, que chega a 40%.

Terra onde Deus revelou seu nome a Moisés, onde confiou os mandamentos no Monte Sinai e abrigou a Sagrada Família, o Egito já tem todos os valores, a sabedoria e a tenacidade para superar este momento crítico, não só para o país, mas para todo o Oriente Médio.

Diálogo inter-religioso

De fato, a dimensão inter-religiosa talvez tenha sobressaído levemente em relação às demais, justamente porque o Egito ocupa uma posição estratégica no cenário médio-oriental para a promoção da paz.

Desta viagem de Baba Francis, ficaram impressas frases como: a religião não é um problema, mas parte da solução; é preciso desmascarar a violência camuflada de suposta sacralidade; violência e fé são incompatíveis; o único extremismo tolerável é a caridade. E cunhou um novo termo: ao falar aos consagrados, seminaristas e sacerdotes, pediu que não cedam à tentação do “faraonismo”, isto é, de não se sentirem superiores aos demais.

Esperança

Os frutos desta visita se tornarão visíveis com o tempo, ainda é cedo para se fazer um balanço depois de discursos tão analíticos e densos. Mas daqui – do Cairo – foram lançadas as sementes para um futuro, se espera, promissor.

Do Cairo para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri

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