JMJ do Rio: de histórias de fé, o nascimento do amor

Cada jovem que participa das Jornadas Mundiais da Juventude, idealizadas por João Paulo II, leva consigo histórias de fé e esperança reafirmadas pelo encontro com o Papa. Em 2013, no Rio de Janeiro, grupos de brasileiros de diversas partes do país se mobilizaram à sua maneira para poder acompanhar de perto a mensagem de Francisco.

Laura Pedott Lansana, de 21 anos, participava do grupo de jovens da Paróquia de Santo Antônio, de Jacutinga/RS. Ela contou que, na época, com 17 anos, ainda não sabia muita coisa sobre as JMJ. Porém, assim que tomaram conhecimento do evento, que reunia jovens do mundo inteiro “para evangelizar e conhecer o Papa Francisco”, o grupo se mobilizou, fez várias ações junto à comunidade para arrecadar fundos para depois poder viajar do sul do Brasil até o Rio de Janeiro. Todo mundo se dedicou muito para que o sonho se tornasse realidade.

Os jovens, no entanto, estavam um pouco assustados pela realidade que conheciam do Rio através da mídia, mas “nada que é ruim vem de Deus e estávamos indo ao encontro dele”, disse Laura.

O grupo foi hospedado em casas de família do bairro de Campo Grande, no Rio, “que acolheram os jovens como filhos”. Segundo Laura, foi uma semana intensa, de chuva, de frio, sem horários, mas com uma vivência especial entre jovens do mundo inteiro que nem se conheciam: “todos carregavam sua fé e sua vontade de estar ali”, desde as peregrinações até as celebrações e, inclusive, os encontros mais próximos, como aconteceu quando Laura conheceu André:

“Tudo que eu levo pra vida é o meu namorado. A gente se conheceu na Jornada do Rio, viramos amigos, conversamos durante um ano e, depois de um tempo, começamos a namorar. O que de mais especial eu levo da JMJ é o meu namorado e a nossa fé, unidos num só coração, que é o que há de mais forte e quero levar pra vida inteira. Esse presente me foi dado na Jornada! Vou contar para os meus filhos e também espero que eles possam participar de Jornadas, assim como eu e o André.”

Até hoje as palavras do Papa ecoam na vida do casal, palavras que motivaram a “evangelizar e a levar a Palavra de Deus para todo o Brasil e para quem mais precisasse”.

 

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Cardeal Amato concluirá Ano Jubilar pelos 100 anos da chegada de Pe Pio

 

Cardeal Amato concluirá Ano Jubilar pelos 100 anos da chegada de Pe Pio a San Giovanni Rotondo

O Prefeito da Congregação das Causas do Santos, Cardeal Angelo Amato, presidirá em 28 de julho em San Giovanni Rotondo duas liturgias na conclusão do Ano Jubilar do primeiro centenário da chegada do Padre Pio à localidade no sul da Itália.

Uma série de eventos marcará a data. Às 11h30, o Cardeal presidirá à solene concelebração Eucarística na Igreja inferior de São Pio de Pietralcina. Já às 19 horas irá inaugurar e abençoar o “Local da memória”.

Trata-se, de fato, de uma praça que será chamada “Largo 28 de julho de 1916”, em recordação à experiência espiritual vivida por Lucia Fiorentino, que teve “uma visão imaginária”, como descrita no Epistolário III, p. 470:

“Na visão vi uma árvore de incomparável grandeza no átrio de nosso convento dos capuchinos e ouvi uma voz que me dizia: “Este é o símbolo de uma alma que agora está distante e virá aqui. Fará tanto bem a esta cidade. Será forte e bem radicada como esta árvore e todas as almas que vierem, serão libertadas do mal, ou seja, quem vier encontrar este digno sacerdote para ter luz e encontrar perdão e remédio para as próprias culpas””.

Não conhecendo Padre Pio, Lucia Fiorentino associou a imagem da árvore a um grande sacerdote de San Giovanni Rotondo, mas que vivia em outro local.

Sucessivamente, em 1923, com uma “locução interior” lhe foi revelado que a árvore plantada no convento simbolizava Padre Pio.

Lucia Fiorentino acabou conhecendo Padre Pio no final de julho de 1916, tornando-se uma de suas primeiras filhas espirituais.

Assim, no centro da Praça será plantada uma grande árvore, embaixo da qual serão instalados bancos de pedra, junto a duas inscrições que recordarão as revelações de Jesus à Filha espiritual de Padre Pio.

 

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Charlie morrerá em um hospital para doentes terminais

Após uma longa tratativa, os pais de Charlie Gard e o Great Ormond Hospital chegaram a um acordo: a criança será transferida em breve a um hospital para doentes terminais, onde passará os últimos dias de sua vida ao lado dos pais, antes de serem desligados os aparelhos que o mantém respirando.

O “último desejo” de Connie Yates e Chris Gard – para que seu filho pudesse morrer em casa – não pode ser atendido visto a impossibilidade de se encontrar um respirador artificial e uma equipe de médicos especializados que pudessem assisti-lo em casa.

Visto a gravíssima situação em que se encontra – reconheceram ambas as partes – a transferência para sua residência apenas causaria mais sofrimento.

Assim, após três meses e meio de batalha legal em quatro instâncias – Alta Corte, Corte de Apelação, Corte Suprema em Londres e Corte Européia de Direitos Humanos em Estrasburgo, e após um ulterior recurso à Alta Corte – o “Caso Charlie” foi considerado concluído.

Uma determinação do Juiz Nicholas Francis proíbe a imprensa de informar o nome do hospital para onde será transferida a criança e a data.

A decisão sobre quando os aparelhos serão desligados foi tomada à portas fechadas, depois que o juiz, a pedido da mãe, solicitou que o público e os jornalistas se retirassem do recinto da audiência.

“É uma decisão muito privada e dolorosa”, disse o advogado Grant Amstrong, que representa os pais.

O caso de Charlie não é um caso isolado, mas ganhou ampla repercussão. De fato, na Inglaterra existem 40 mil crianças nos hospitais entre a vida e a morte. Quatro mil delas morrem a cada ano.

 

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JMJ do Rio: repórter de TV ganha bênção do Papa em plena transmissão

A Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro não foi somente a primeira viagem apostólica internacional do Papa Francisco, mas o encontro com uma multidão de jovens sedentos de uma palavra, de uma catequese, de um gesto, de um olhar do pontífice argentino. Na sua maioria, a peregrinação de milhares de fiéis até o Rio foi motivada por essa busca mais próxima pela mensagem de Jesus, jovens que depois se tornam semeadores de esperança e fé em diferentes partes do mundo.

Outra parte seguidora de Francisco, porém, foi colaborar e trabalhar para fazer a cobertura de um dos maiores eventos da história do Rio de Janeiro, que aconteceu de 23 a 28 de julho de 2013. Marcelo Cosme, repórter da segunda maior rede de televisão comercial do mundo com sede no Brasil, foi convocado de Brasília ao Rio para acompanhar a JMJ. O encontro inesperado e abençoado para o jovem católico aconteceu enquanto o Papa caminhava pelas ruas da comunidade de Varginha, na zona norte da cidade. Marcelo jogou o seu olhar e estendeu a sua mão, quando Francisco respondeu carinhosamente:

“Estava gravando a passagem, o momento em que o repórter aparece no vídeo, e falava que o Papa Francisco se aproximava, caminhando em meio da chuva fraca, abençoando as pessoas. Enquanto isso, o Papa estava a dois, três passos atrás de mim. Ele olhou aquele meu movimento e eu estiquei a minha mão para que ele desse uma bênção. Inesperadamente ele veio, tocou na minha mão e me deu a bênção, na hora em que eu estava fazendo o meu trabalho. Aos quase 20 anos de profissão foi um momento único e nada tem superado esse encontro.”

 

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Dom Lebrun: martírio do Pe Hamel, uma semente destinada a dar frutos

“O ódio não triunfou e não triunfará”, afirmou o Bispo de Rouen na França, Dom Dominique Lebrun, ao celebrar em Saint-Etienne du-Rovray na manhã desta quarta-feira, 26, a missa em memória de Padre Jacques Hamel, assassinado há exato um ano nesta mesma igreja e no mesmo horário da celebração, por dois jovens terroristas do autoproclamado Estado Islâmico.

A sua vida oferecida por amor é como “uma semente destinada a dar frutos”, afirmou o prelado dirigindo-se aos presentes, entre os quais representantes de outras religiões e autoridades civis, como o Presidente francês Emmanuel Macron.

Durante a celebração, foram depositadas flores diante da Cruz da procissão, colocada ao lado do Círio Pascal e da imagem de Nossa Senhora, profanada pelos dois terroristas.

Ao final da cerimônia foi descerrada uma placa em memória do sacerdote mártir no jardim da paróquia.

“Um sacerdote simples que nos deixou o fruto da paz”, disse em síntese aos microfones da Rádio Vaticano Dom Dominique Lebrun, recordando Padre Jacques Hamel:

“Este sacerdote é sem sobra de dúvida um sacerdote diocesano, simples, em quem todos podem encontrar o padre que esteve na escuta, que acolheu os pedidos, que falou de uma passagem do Evangelho. Não era conhecido por iniciativas extraordinárias, momentos fortes de evangelização. Era somente um sacerdote simples, de bairro”.

RV: O Papa diz que os mártires são aqueles que levam a Igreja em frente e a sustentam. Como Padre Jacques fez isto?

“O seu sangue fala de toda a sua vida e fala do sangue de Cristo. Ele deu a vida quando recém havia acabado a celebração da Missa, onde disse: “Este é o meu corpo, corpo traspassado, corpo oferecido”. E hoje na França, mas acredito que também em todo o Ocidente, se recorda justamente o coração da nossa fé, porque o martírio faz parte da vida cristã, talvez tenhamos esquecido. Amar é doar, mesmo a cada dia, oferecer a própria vida”.

RV: Dois dias após a morte do Padre Jacques, milhares de pessoas prestaram homenagens a este sacerdote na sua cidade, e muitos muçulmanos haviam rezado junto com os católicos em sinal de solidariedade e unidade. Neste sente sentido, quais são os frutos que trouxe esta personalidade?

“Eu não estou no coração de todos. Sei portanto que a cada pouco recebo uma carta ou encontro alguém que testemunha algum efeito particular em seu coração. Pessoalmente posso dizer que esta trágica situação, em que tantas pessoas se sentiram feridas, poderia ter gerado lutas, discussões, conflitos. O que observo, pelo contrário, é a paz nas nossas relações, quer com os muçulmanos, quer com o prefeito comunista, quer com as diversas pessoas da comunidade cristã católica, opiniões que sabemos muito bem serem muito diferentes. Há um ano as coisas se desenvolvem na paz com opiniões diferentes, mas em que podemos nos expressar uns aos outros”.

RV: Foi confiado ao senhor a missão de recordar Padre Jacques, quer aos representantes da sociedade civil, como do Estado francês, assim como aos representantes da Igreja e das outras religiões. Qual é a palavra que Padre Hamel, com a sua vida, poderia dirigir a todos?

“Não temos medo de levar a palavra “amor”, “amor verdadeiro”. É uma palavra que fala a todos, mas algumas vezes não conseguimos nem mesmo pronunciá-la. Acredito que nestes dias do primeiro aniversário vou destacar estas vozes: amar, o amor”.

RV: Foi o senhor mesmo que anunciou no ano passado, o início do processo de beatificação do Padre Hamel, mas ainda mais forte foram as palavras do Papa, que poucos meses após o ocorrido, disse: “Já é beato”! Ainda está viva esta situação?

“Sim, agora se entende bem que a fé do Papa é como a fé do povo, em um certo sentido; hoje a sinto assim. Aquele foi quase o grito de seu coração e hoje a nós não resta que viver este processo com serenidade para poder proclamar Padre Hamel e fazê-lo entrar no culto público, se Deus quiser e se depois o Papa o decidir”.

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