Escoteiros se mobilizam com tintas e pincéis por “uma Aleppo mais bonita”

Aleppo (RV) – Os escoteiros da Paróquia de São Francisco de Aleppo, na Síria, promoveram uma iniciativa para melhorar a imagem da cidade. No final do mês de junho, munidos de pincéis e latas de tintas, eles deram uma nova cor à cidade através do projeto “Aleppo mais bonita”: pintaram calçadas, restauraram a sinalização para indicar as áreas de estacionamento consentidas e proibidas.

A iniciativa é promovida pelos frades locais, com o apoio do governador, do prefeito e da comunidade. Depois de anos de guerra, que literalmente apagaram as cores de Aleppo, o projeto é um compromisso e também um desafio.

Os frades explicaram que o projeto “permite unir todos numa única nação, numa única família, independente da religião ou das convicções. A iniciativa é uma oportunidade para reparar e costurar esse belo mosaico da nossa sociedade, infelizmente rasgado. Então, colocamos a mão na massa com muito entusiasmo, amor e comprometimento. Temos amor pela nossa cidade agredida e o desejo de promover a reconciliação na nossa sociedade ferida”.

A Paróquia se encarregou de comprar o material necessário para a reconstrução. Mais de 200 pessoas se mobilizaram para deixar “Aleppo mais bonita”. O pároco Pe. Ibrahim Sabbagh explicou que, com esse tipo de ação concreta e de pequenos gestos, “conseguiremos, todos juntos, reconstruir a nossa cidade e a nossa sociedade. O que conta é o nosso empenho pessoal, o nosso desejo de sermos atores no processo de reconstrução da nossa ‘casa’, isto é, da nossa cidade com os seus habitantes”. (AC/L’Osservatore Romano)

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Europa precisa redescobrir seu patrimônio, sugere Papa em Twitter

O tweet do Papa Francisco desta terça-feira (11), dia de São Bento, fundador da Ordem dos Beneditinos e padroeiro da Europa, foi publicado na sua conta @Pontifex. A mensagem em português diz o seguinte: “a Europa tem um patrimônio ideal e espiritual único no mundo que merece ser reproposto com paixão e renovado frescor”.

O presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), Cardeal Angelo Bagnasco, disse que as palavras de Francisco são muito importantes, especialmente neste momento de dificuldades vividas pela União Europeia. “São um grande chamamento e encorajamento para o caminho europeu”, comentou o purpurado, que acrescentou:

Card. Bagnasco – “Essas palavras deveriam chegar na mente e no coração dos principais responsáveis – e é aquilo que todos esperamos – para que percebam o grande patrimônio que é o continente europeu no seu contexto, a união, o caminho da União Europeia. Às vezes temos a impressão que essa consciência não seja luminosa e clara no coração, como era no coração dos pais fundadores. Sem essa consciência e essa convicção tudo fica muito mais difícil.”

Sacerdote conta como Padre Pio o aconselhou a entrar no seminário

O Cardeal Bagnasco também aprofundou a situação atual da Europa, um continente que parece cansado, talvez, pouco ciente da sua unidade:

Card. Bagnasco – “Quando se perde a identidade original, depois não se sabe mais quem somos. Então, o entusiasmo é pouco porque se perde a ideia de onde ir, quem somos, o que devemos fazer. É a natureza das coisas: vale para a Europa no seu todo, para um Estado, vale para qualquer pessoa. O discurso das nossas origens cristãs fundamentalmente não é um discurso acadêmico, ou pior, bairrista. Trata-se da verdadeira questão daquilo que somos, daquilo que é a Europa na sua origem, na sua vocação e na sua missão, que o Papa reafirma ser universal. Isso é muito importante.”

Ao ser questionado sobre as vocações da Europa, uma delas a da acolhida aos migrantes, num momento de debate sobre o fechamento de portas a esse fenômeno, o purpurado comentou:

Card. Bagnasco – “Quando tem o medo, que nasce de uma perda ideal e de identidade, o medo sugere fazer trincheiras, de fechar-se, de controlar-se em vez de propor o diálogo. Porque, para um diálogo, é preciso realmente ter alguma coisa para dizer sem abordar lugares comuns e frases feitas que não dizem nada de substancioso. É preciso saber quem se é. Então, o discurso de identidade não é absolutamente contrário, o oposto ao diálogo, mas é a premissa, a condição necessária.” (AC)

 

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JMJ, defesa da família, desigualdade social: preocupações do episcopado panamenho

“É necessário despertar a alegria de anunciar o Evangelho no mundo dos jovens e que nas paróquias se abram espaços onde os jovens de nosso tempo possam encontrar as respostas às suas grandes interrogações”.

É o que afirma a mensagem da Conferência Episcopal do Panamá (CEP) ao final de sua Assembleia Plenária, concluída na sexta-feira 6 de julho. Temas como família, desigualdades sociais, atividades extrativistas e a Jornada Mundial da Juventude 2019 estiveram no centro dos debates.

Preparara os jovens para a JMJ

Os bispos consideram urgente desenvolver uma catequese que consista em um caminho de discipulado para os jovens em vista da JMJ, que os leve a viver este encontro como um encontro com o Senhor, e que seja o ponto de partida para uma nova evangelização do mundo juvenil.

“Os panamenhos têm a possibilidade de tornar o nosso país maior por meio da Jornada Mundial da Juventude, reiteram os prelados panamenhos. Abramos a mente, o coração e as portas de nossas casas para acolher os jovens peregrinos em 2019”.

Família

Na segunda parte da mensagem, os bispos especificam que “defender a família não é uma discriminação”, em referência às recentes polêmicas no país pelos repetidos chamados à centralidade da família, prevista pela Constituição, e contra a ideologia de gênero.

Na mensagem, é especificado que “a defesa da instituição familiar é uma preocupação e uma missão permanente”.

Neste contexto é feita referência à Exortação Amoris laetitia e à exigência de um maior acompanhamento dos casais, a partir da preparação ao matrimônio.

Pobreza e desigualdade

Um ulterior tema, foco de atenção da mensagem, é a dos pobres e das desigualdades. Em particular, os bispos se dizem preocupados pelos jovens, a quem não são oferecidas oportunidades para seu futuro, e para tantos cidadãos que não têm acesso a uma adequada assistência sanitária.

Ambiente

Por fim, um chamado à tutela do ambiente, com o pedido de “uma legislação que regule com firmeza as atividades extrativas de recursos minerais”, em particular o uso da água, que é subtraída dos cidadãos ou então, é poluída.

A este propósito, os bispos exprimem sua proximidade aos cidadãos e às populações atingidas por estas atividades, levadas em frente de modo intensivo e irresponsável.

 

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Relíquias de São Nicolau veneradas por mais de 1,6 milhões de fiéis

O site oficial da exposição das relíquias de São Nicolau em Moscou indicava para ontem, segunda-feira, 9,5 horas de espera na fila.

O número total de peregrinos que já veneraram as relíquias provenientes da cidade italiana de Bari chegou a 1.687.500.

O grande número de peregrinos destes últimos dias obrigou os organizadores a proibirem ingressos na fila a partir das 16h30min, de forma que os últimos a entrarem, tenham tempo para ficar alguns instantes diante da relíquia e possam pegar o último metrô para retornarem às suas casas.

As relíquias ficarão em Moscou até a noite de 12 de julho. No dia seguinte – já em São Petersburgo – poderão ser visitadas na Basílica da Santíssima Trindade do Mosteiro Aleksander Nevkij, das 7 às 22 horas, até 28 de julho. 500 voluntários garantirão a assistência diária aos peregrinos e distribuirão água e comida.

Os únicos a terem direito a uma passagem preferencial serão os inválidos ou pessoas com necessidades especiais, além das crianças com menos de 2 anos, acompanhadas por um dos pais.

Os peregrinos são aconselhados a usar o tempo de espera preparando-se em oração, para que a veneração diante da urna ocorra de modo rápido.

Uma solene celebração de despedida marcará o retorno da urna à Bari.

 

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Cardeal Arborelius defende maior participação feminina na Igreja

Dom Anders Arborelius – o primeiro Cardeal escandinavo – apresentou ao Papa Francisco uma proposta para a nomeação de mulheres em um órgão consultivo especial – semelhante ao Colégio dos Cardeais – como uma forma de oferecer maiores oportunidades à liderança feminina na Igreja.

Em entrevista ao semanário “National Catholic Reporter” (NCR), o carmelita descalço considera ser muito importante encontrar caminhos mais amplos que possam envolver as mulheres em diferentes níveis de responsabilidades na Igreja.

Promoção das mulheres: Igreja está atrasada

“O papel das mulheres é muito, muito importante na sociedade, na economia, mas na Igreja, às vezes, estamos um pouco atrasados”, disse ele à NCR.

O Presidente da Conferência Episcopal da Escandinávia recordou que o Papa João Paulo II muitas vezes buscou o conselho de Madre Teresa e Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares.

“Talvez isso – sugeriu ele – pudesse ser feito de maneira mais oficial”, sublinhando que “temos um Colégio Cardinalício, mas nós poderíamos ter também um grupo de mulheres que poderia aconselhar o Papa”.

Falando das responsabilidades das mulheres na Igreja, o Cardeal Anders Arborelius observou que espera ter mais informações sobre a questão das mulheres diáconos na Igreja por parte da Comissão que o Papa Francisco instituiu para estudar esta questão.

Mulheres em posições de liderança da Igreja

Já o Cardeal alemão Reinhard Marx, por sua vez, recordou recentemente que “qualquer forma de discriminação contra as mulheres é contra a vontade de Deus.”

Ele fez a declaração em finais de junho, após a primeira fase de um programa de orientação da Conferência Episcopal Alemã destinado a promover as mulheres em posições de liderança na Igreja.

O Presidente da Conferência Episcopal alemã pediu um maior engajamento da Igreja, desde a paróquia até o Vaticano, para promover a igualdade de acesso das mulheres a todas as funções eclesiásticas que não estejam relacionadas com o Sacerdócio.

 

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