Papa concluirá do Vaticano encontro inter-religioso da ‘Scholas’ em Jerusalém

Por desejo do Papa Francisco, realiza-se nestes dias em Jerusalém uma conferência pela paz, com o objetivo de promover o intercâmbio e a convivência entre membros das três grandes religiões monoteístas.

O encontro será concluído na quarta-feira, 5 de julho, com a participação ao vivo do Papa Francisco, que falará aos participantes diretamente do Vaticano.

Marcado pelo diálogo inter-religioso, o encontro realiza-se no Instituto Truman – coração da Universidade Hebraica de Jerusalém – e reúne israelenses, palestinos, argentinos, franceses e quenianos, na perspectiva de um diálogo para a consolidação da paz.

Promover a convivência

“Este evento é importante porque promove a paz e a tolerância entre as religiões. Nossa geração tem a obrigação de promover a convivência e lutar contra todas as formas de extremismo – independentemente da sua religião – para fazer chegar a paz entre os povos”, declarou à I24news José Maria Del Corral, Diretor Mundial da Fundação Pontifícia” Scholas”.

Representantes das três grandes religiões monoteístas rezaram na abertura dos três dias do congresso, pela paz e a fraternidade.

Estudantes, professores e líderes religiosos participaram na segunda-feira de conferências e workshops, reunidos naquela que é uma cidade sagradas para judeus, cristãos e muçulmanos: Jerusalém.

Pacificar as relações internacionais

“É muito importante para os jovens da minha idade conhecer e encontrar pessoas de todo o mundo, aprender a conhecer outras tradições e culturas”, disse um jovem participante à I24news.

Entre as atividades de formação e as conferências, também momentos de repouso, que igualmente proporcionaram momentos marcados por um clima de diálogo, partilha, respeito e tolerância.

Compartilhar seus problemas, seus sonhos, os desafios e explorar em conjunto um futuro de possibilidades para pacificar as relações internacionais. Este foi o desejo do Papa Francisco ao promover a realização deste encontro.

Papa: a juventude vai mudar o mundo

“A ideia – explica um dos organizadores – mais do que qualquer coisa, é criar uma experiência que conta. Participam 75 jovens, que durante estes dias experimentarão algo diferente e irão embora com um enriquecimento acadêmico. O Papa Francisco acredita na juventude, porque é a juventude que vai mudar o mundo”.

Assim, será Francisco em pessoa a concluir o encontro na quarta-feira, direto do Vaticano. Os jovens estudantes, por sua vez, plantarão uma oliveira em Jerusalém em seu nome.

 

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Pe Spadaro: Papa nos ajuda a viver a proximidade também nas redes sociais

“Comunicar na cultura digital”. Este é o tema do seminário realizado na Pontifícia Universidade “Santa Croce”, em Roma, promovido pela Embaixada do Reino Unido junto à Santa Sé.

No evento pronunciaram-se, entre outros, o Embaixador Sally Axworthy, o Prof. Tom Flechter e o Diretor da “La Civiltà Cattolica”, Padre Antonio Spadaro, que em uma entrevista, falou sobre as características da comunicação digital e a contribuição que o Papa Francisco está oferecendo a esta nova dimensão, cada vez mais importante na vida de milhares de pessoas:

“A cultura digital nasce dentro de um ambiente que é precisamente o ambiente criado pelas redes sociais e pela rede. Assim, para compreender os valores é necessário viver dentro dela: é uma forma de enculturação, que cada um de nós deve fazer, porque a Rede não é mais uma opção, mas um dado de fato”.

Neste sentido, que contribuição está dando a Igreja – e em particular o Papa Francisco – para tornar a internet mais humana?

“A coisa mais importante é não considerar a internet como um instrumento, portanto, não considerá-la como uma realidade de fios, de cabos, de modem, de computador, mas como uma rede de pessoas. No fundo, o conceito mais importante que ele expressou sobre a Rede é que a Rede é um lugar de proximidade, isto é, de vizinhança. Então, tudo isto que torna o contato entre as pessoas autêntico, verdadeiro, solidário, tudo isto corresponde à vocação que tem a Rede; tudo, pelo contrário, que divide, separa, cria ódio e vê, considera a Rede simplesmente como um instrumento para impor a si mesmo, isto não serve, está fora do plano de Deus sobre a comunicação humana”.

Ainda existe dificuldade, não somente no mundo católico, em compreender que não existe uma distinção entre real e virtual, que o digital é somente uma outra dimensão da vida…

“Exatamente. É preciso evitar considerar a realidade digital como algo de virtual, isto é, substancialmente como não real, de não verdadeiro, de não autêntico. O ambiente em que vivemos é um ambiente físico, um ambiente digital e os dois ambientes têm características diferentes, mas ambos são reais; não considerar isto, significa replicar uma esquizofrenia que depois, tem consequências desastrosas!”

 

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Alemanhã: reunião do Conselho internacional de cristãos e judeus

Teve início, neste domingo (02/07), em Bonn, na Alemanha, a reunião anual do Conselho internacional de cristãos e judeus, dedicada aos 500 anos da Reforma Protestante.

“As religiões têm uma dívida de reconhecimento para com os pioneiros da reconciliação”, disse o Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Cardeal Reinhard Marx, na abertura do encontro intitulado “Martinho Lutero e os 500 anos de tradição e reforma no judaísmo e no cristianismo”.

O purpurado manifestou sua gratidão aos pioneiros da reconciliação que tiveram “a coragem de iniciar um diálogo cujo futuro ninguém poderia prever. Gratidão também pela paciência com a qual suportaram o ceticismo e as críticas”.

“A sua coragem e paciência deram muitos frutos, dentre os quais, o fato de que a Teologia, a catequese e a pregação terem sido enriquecidas pelo diálogo com o judaísmo. Houve uma melhor compreensão da fé cristã e uma nova convivência cordial entre cristãos e judeus”, sublinhou o purpurado.

O Cardeal Marx elogiou o fato de a Igreja Evangélica Alemã ter enfrentado abertamente e criticamente o antijudaísmo de Martinho Lutero e a distância que tomou dele. “Este fato nos incentiva a prosseguir nesse caminho com paciência e perseverança”, frisou.

Os trabalhos do Conselho internacional de cristãos e judeus continuam até a próxima quarta-feira, 5 de julho.

 

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Artigo: O Papa

A liturgia católica celebra no dia 29 de junho, ou no domingo seguinte, os apóstolos São Pedro e São Paulo. São dois personagens fundamentais na história do cristianismo e da Igreja. No mesmo dia, a Igreja convida os fiéis católicos a rezarem pelo papa, o sucessor de São Pedro. Além de ser um dia de oração, também é dia de reflexão sobre o serviço papal.

Onde reside a grandeza de São Pedro e São Paulo? Por que são recordados depois de tanto tempo? A distância do tempo pode levar à ilusão de que estamos diante de personagens que nasceram prontos. Porém, as poucas palavras escritas sobre suas vidas revelam, claramente, profundas mudanças nas escolhas, na adesão ao projeto de Jesus Cristo e no exercício da missão. Ambos foram se convertendo de tal modo que Jesus Cristo se tornou o centro de suas vidas. Diante da insistente pergunta de Jesus (cf. João 21, 15-18) “Simão, filho de João, tu me amas”? Pedro responde: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo. Jesus lhe disse: cuida das minhas ovelhas”. São Paulo, depois de anos de ministério apostólico, confessa, escrevendo aos Filipenses 1,21: “Para mim, de fato, o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Pedro e Paulo marcam a história por causa desta opção de vida.

O papa Francisco é o papa de número 266. Muitos papas foram canonizados, outros exerceram com dignidade e competência a missão e alguns não foram dignos e fiéis ao cargo. A exemplo de São Pedro e São Paulo, cada papa tem uma história de vida pessoal: uma origem familiar, uma nacionalidade, um processo formativo, um contexto histórico. Nenhum deles nasceu pronto e nenhum foi perfeito.

Tendo como referência os apóstolos Pedro e Paulo e a história da Igreja, duas características foram e são fundamentais nos papas: homens de profunda fé e de um grande zelo pastoral. Os papas que viveram deste modo, hoje são reconhecidos e elogiados. Para exemplificar, fica mais fácil falar dos papas recentes. Na agenda diária destes papas, o tempo e o espaço dedicado à oração, à celebração eucarística diária e aos exercícios espirituais não cede espaço para audiências com personalidades religiosas ou civis. Cultivam a intimidade com Deus diariamente. É só observar como os papas se comportam nas grandes celebrações públicas. Não entram como astros que atraem sobre si a atenção, pois tem consciência que devem apontar para quem é maior e a quem estão servindo.

Como segunda característica é o zelo pastoral e para exercê-lo é preciso estar com os pés no chão, no tempo presente. Conduzir a Igreja, num mundo tão vasto e plural, exige muita sabedoria e determinação. A missão fundamental da Igreja é evangelizar e esta tem inúmeros desafios internos e externos. Os papas com suas palavras e exortações apostólicas oferecem caminhos seguros. Também, o pastoreio envolve a organização estrutural da Igreja, que constantemente necessita ser revisada e corrigida. Envolve a escolha de pessoas ou a remoção de pessoas que não estão no rumo certo, tarefa sempre complexa e, muitas vezes, conflitiva. Não pode faltar a atenção e o posicionamento diante dos grandes acontecimentos e problemas do mundo.

O papa Francisco é exemplar na fé e na pastoral. Isto alegra a Igreja Católica e, certamente, muitas pessoas que comungam do mesmo ideal.

 

Dom Rodolfo Luís Weber / Arcebispo de Passo Fundo

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A condição do discípulo exige uma relação prioritária com o mestre

“A condição do discípulo exige uma relação prioritária com o mestre”, um vínculo de amor que faz com que este seja “um representante dele, um “embaixador” dele, sobretudo com o modo de ser, de viver”.

Ao dirigir-se aos milhares de peregrinos e turistas reunidos na Praça São Pedro para o Angelus dominical, o Papa destacou “os aspectos essenciais para a vida do discípulos missionários”.

Para tal, Francisco inspirou sua reflexão no capítulo 10 do Evangelho de São Mateus, onde “Jesus instrui os doze apóstolos no momento em que, pela primeira vez, os envia em missão aos povoados da Galileia e da Judéia”.

O Papa observa que na parte final da passagem, Jesus sublinha dois aspectos essenciais para a vida do discípulo missionário:

“O primeiro, que a sua ligação com Jesus seja mais forte do que qualquer outra ligação; o segundo, que o missionário não leve a si mesmo, mas Jesus, e por meio d’Ele, o amor do Pai celeste. Estes dois aspectos estão ligados, porque quanto mais Jesus está no centro do coração e da vida do discípulo, mais este discípulo é “transparente” a sua presença. Estas duas coisas caminham juntas”.

O Papa explica que quando Jesus diz que “Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim”, não quer dizer que isto não seja bom e legítimo, que “Ele nos queira sem coração e privados de reconhecimento”, mas que isto “não pode se antepor a Cristo”, “porque a condição do discípulo exige uma relação prioritária com o mestre”, tornando-se um com Ele:

“Quem se deixa atrair por este vínculo de amor e de vida com o Senhor Jesus torna-se um representante seu, um “embaixador” seu, sobretudo com o modo de ser, de viver. A tal ponto, que Jesus mesmo, enviando os discípulos em missão, diz a eles: “Quem vos recebe, a mim recebe. E quem me recebe, recebe aquele que me enviou””.

Assim – prossegue o Papa – “é necessário que as pessoas possam perceber que para aquele discípulo, Jesus é realmente “o Senhor”, é realmente o centro, o tudo da vida. Não importa se depois, como toda pessoa humana, tenha os seus limites e também os seus erros – desde que tenha a humildade de reconhecê-los; o importante é que não tenha o coração duplo, isto é perigoso”, adverte Francisco. Não deve ter um coração duplo, mas um coração simples, unido; que não tenha o pé em dois calçados, mas seja honesto consigo mesmo e com os outros”:

“A duplicidade não é cristã. Por isto Jesus reza ao Pai para que os discípulos não caiam no espírito do mundo. Ou estás com Jesus, com o espírito de Jesus, ou estás com o espírito do mundo”.

Nisto o Papa ressalta que “a experiência de sacerdotes nos ensina uma coisa muito bonita e uma coisa muito importante: é justamente esta acolhida do santo povo fiel de Deus, é justamente o “copo de água fresca” – do qual fala hoje o Evangelho – dado com fé afetuosa, que te ajuda a ser um bom padre:

“Há uma reciprocidade também na missão: se tu deixas tudo por Jesus, as pessoas reconhecem em ti o Senhor; mas ao mesmo tempo te ajuda a te converteres cada dia a Ele, a te renovar e purificar dos pactos e a superar as tentações. Quanto mais um sacerdote é próximo ao povo de Deus, tanto mais se sentirá próximo a Jesus. E quanto mais um sacerdote é próximo a Jesus, tanto mais se sentirá próximo ao povo de Deus”.

“A Virgem Maria – concluiu o Papa – experimentou em primeira pessoa o que significa amar Jesus separando-se de si mesma, dando um novo sentido às ligações familiares, a partir da fé n’Ele. Que a sua materna intercessão, nos ajude a sermos livres e alegres missionários do Evangelho”.

 

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