Ascensão do Senhor, continuação da missão por parte da Igreja

O Papa Francisco rezou a oração do Regina Coeli, neste domingo (28/05), com os fiéis e peregrinos na Praça São Pedro.

Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice recordou a Ascensão do Senhor, celebrada neste domingo, após quarenta dias depois da Páscoa.

“Os versículos que concluem o Evangelho de Mateus nos apresentam o momento da despedida definitiva do Ressuscitado aos seus discípulos. O cenário é o da Galileia, lugar onde Jesus os chamou para segui-lo e para formar o primeiro núcleo de sua comunidade nova. Agora, aqueles discípulos passaram através do fogo da paixão e da ressurreição. Ao verem Jesus ressuscitado eles se prostram diante dele, alguns porém ainda duvidam. A esta comunidade amedrontada, Jesus deixa a grande tarefa de evangelizar o mundo; e concretiza esta tarefa com a ordem o mandato de ensinar e batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”

Segundo o Papa, “a Ascensão de Jesus ao céu constitui o fim da missão que o Filho recebeu do Pai e o início da continuação desta missão por parte da Igreja. A partir deste momento, do momento da Ascensão, a presença de Cristo no mundo é mediada através de seus discípulos, daqueles que acreditam Nele e o anunciam. Esta missão durará até o fim da história e contará todos os dias com a assistência do Senhor ressuscitado, que garante: “Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.

“A sua presença traz fortaleza nas perseguições, conforto nas tribulações, sustento nas situações difíceis que a missão e o anúncio do Evangelho encontram. A Ascensão nos recorda esta assistência de Jesus e de seu Espírito que dá confiança e segurança ao nosso testemunho cristão no mundo. Revela-nos porque existe a Igreja: a Igreja existe para anunciar o Evangelho! Somente para isso! A alegria da Igreja é anunciar o Evangelho.”

Francisco disse ainda que “todos nós batizados somos a Igreja. Hoje, somos convidados a entender melhor que Deus nos deu a grande dignidade e responsabilidade de anunciá-lo ao mundo, de torná-lo acessível à humanidade. Esta é a nossa dignidade, esta é a maior honra de cada um de nós, batizados na Igreja!”

“Nesta festa da Ascensão, enquanto voltamos o nosso olhar para o céu, onde Cristo subiu e está sentado à direita do Pai, fortalecemos os nossos passos na terra para prosseguir com entusiasmo e coragem o nosso caminho, a nossa missão de testemunhar e viver o Evangelho em qualquer ambiente. Estamos bem conscientes de que isso não depende em primeiro lugar de nossas forças, da capacidade organizacional e recursos humanos. Somente com a luz e a força do Espírito Santo podemos efetivamente cumprir a nossa missão de fazer conhecer e experimentar cada vez aos outros o amor e a ternura de Jesus.”

O Papa pediu “à Virgem Maria para nos ajudar a contemplar os bens celestes, que o Senhor nos promete, e a nos tornar testemunhas cada vez mais críveis de sua Ressurreição, da vida verdadeira.”

 

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Dia Mundial das Comunicações Sociais: comunicar esperança e confiança

Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se neste domingo (28/5), solenidade da Ascensão do Senhor, o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O tema da mensagem do Papa para este dia “Não tenhas medo, que Eu estou contigo. Comunicar esperança e confiança no nosso tempo” foi divulgado no dia litúrgico de São Francisco de Sales, patrono dos escritores e jornalistas, celebrado em 24 de janeiro.

Com este tema, Francisco propõe um estilo “aberto e criativo” para comunicar a esperança. Por isso, encoraja todos os que trabalham neste campo a comunicar de modo construtivo, rejeitando preconceitos e promovendo uma cultura do encontro.

Com efeito, em sua mensagem, o Santo Padre ressalta: “ O protagonista da notícia não pode ser o mal – que nos leva à apatia, ao desespero e a anestesiar a consciência –, mas a solução dos problemas, com um estilo aberto e criativo”.

“Em um sistema de comunicação, – frisa o Papa – onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção e, por conseguinte, não se torna notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente se tornam espetáculo, somos tentados a anestesiar a consciência ou a cair no desespero”.

A realidade não tem um significado unívoco – afirma o Papa -; tudo depende do modo com que a encaramos. Portanto, o ponto de partida ideal, para se encarar a realidade, é a “Boa Nova por excelência”, ou seja, o Evangelho de Jesus Cristo.

Esta boa notícia, – diz por fim Francisco – comporta sofrimento, porque o sofrimento é vivido num quadro mais amplo, como parte integrante do amor de Cristo ao Pai e à humanidade.

Em Cristo, – concluiu o Pontífice – Deus se fez solidário com toda a situação humana, revelando que não estamos sozinhos, porque temos um Pai que nunca esquece seus filhos. (MT)

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Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos na América Latina

Brasília (RV) – A riqueza e a diversidade das Igrejas cristãs devem ser motivos para se aproximar das várias denominações religiosas e não para se distanciar.

Brasil

Esta é a mensagem do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) por ocasião da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que tem início neste domingo (28/05), Solenidade da Ascensão do Senhor, e prossegue até o próximo domingo, 4 de junho, Solenidade de Pentecostes.

Em muitos países da América Latina a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é celebrada antes ou depois do Pentecostes. O tema deste ano é “Reconciliação: é o amor de Cristo que nos move”. Inspirada na 2Cor 5, 14-20 a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos deste ano traz como mensagem central a afirmação de que é a graça de Deus que nos reconcilia. A relação entre graça e reconciliação é motivada pela celebração dos 500 anos da Reforma Protestante, ocorrida em 1517, na Alemanha.

“O movimento da Reforma não foi isento de conflitos e extremismos religiosos, causados pelas partes envolvidas. É justamente por causa desses conflitos que a palavra reconciliação torna-se central ao refletirmos sobre estes 500 anos”, destaca a mensagem assinada pelos representantes do Conic.

Bolívia

A Bolívia também celebra nesse mesmo período a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos sobre o mesmo tema, recordando os 500 anos da Reforma. Cada jurisdição preparou o próprio programa de iniciativas.

Chile

No Chile, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos terá início no Domingo de Pentecostes, 4 de junho, e se concluirá no domingo sucessivo.

“Este ano, a Semana de Oração nos convida a nos deixar-se reconciliar com Deus e a nos reconciliar com nós mesmos. À luz da Palavra de Deus citada no tema, rezamos e trabalhamos constantemente para alcançar a unidade visível”, exorta Dom Jorge Vega Velasco, Bispo de Illapel, presidente da Comissão Nacional para o Ecumenismo.

Uruguai

O Bispo de São José, Dom Arturo Fajardo, Presidente do Conselho das Igrejas Cristãs do Uruguai (Cicu) fará uma reflexão na celebração ecumênica de 1° de junho, na Igreja Luterana da Congregação Evangélica Alemã de Montevidéu, no contexto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Os membros das Igrejas Cristãs do Uruguai se encontrarão para refletir sobre o tema da Semana e fazer avançar o diálogo entre as diferentes confissões.

(MJ)

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Papa: missão do cristão: poder de intercessão e anúncio

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu sua Visita Pastoral a Gênova, presidindo a uma solene concelebração Eucarística, no Largo Kennedy da cidade.

Além dos milhares de fiéis genoveses, participaram da Santa Missa cerca de 40 pessoas excepcionais dos Centros da Obra Don Orione, como também os religiosos, religiosas e voluntários da “constelação de solidariedade” da Congregação Orionita de Gênova.

Em sua homilia aos milhares de fiéis presentes, o Papa citou as palavras de Jesus antes da sua Ascensão ao Céu: “Foi-me dado todo poder no céu e na terra”.

O poder de Jesus e a força de Deus são temas que permeiam as leituras da Liturgia de hoje sobre a Ascensão do Senhor. Mas, no que consistem esta força e este poder? Falando de poder de ligar o Céu e a Terra, o Papa respondeu:

“Quando Jesus subiu ao Pai, a nossa carne humana cruzou o limiar da porta do Céu; a nossa humanidade está em Deus, para sempre. Deus jamais se separará dos homens. Jesus prepara o lugar para cada um de nós no Céu. Eis o poder de Jesus: manter-nos ligados com o Céu”.

Porém, – acrescentou o Papa – este poder de Jesus não acaba com a sua Ascensão ao Céu, mas continua hoje e sempre: “Eu estarei com vocês até o fim do mundo”. Logo, Jesus está conosco e intercede por nós junto do Pai. Eis, então, que a palavra-chave do seu “poder” é “intercessão” por nós. E acrescentou:

“Esta capacidade de interceder, Jesus deu também a nós, à sua Igreja, que tem o poder e o dever de interceder e rezar por todos. Ele é a nossa âncora! Na oração, confiamos o nosso mundo a Deus. Intercessão é caridade, é pedir, bater à porta, buscar e colocar-se em jogo. Logo, interceder, sem cessar, é a nossa primeira responsabilidade de cristãos; é a nossa missão!”.

Além da intercessão, o Papa acrescentou outra palavra-chave do poder de Jesus: o “anúncio”. O Senhor envia seus discípulos a anunciar a sua Mensagem, com o poder do Espírito Santo. Trata-se de um ato de extrema confiança. Ele confia em nós, apesar das nossas faltas e de não sermos perfeitos. Mas, podemos superar uma nossa grande “imperfeição”: o “fechamento”. E explicou:

“O Evangelho não pode ser fechado e sigilado, porque o amor de Deus é dinâmico e deve chegar a todos. Para anunciar é preciso ir com confiança, sair de si mesmos, livres de qualquer tentação de comodismo. Com o Batismo, Jesus conferiu a cada um de nós o poder de anunciar. Eis a identidade do cristão!”.

O cristão – disse ainda Francisco – é um peregrino, um missionário, um maratonista esperançoso, confiante e ativo, criativo e respeitoso, empreendedor e aberto, laborioso e solidário. Com este estilo, como fizeram os discípulos, – frisou – o cristão deve percorrer as estradas do mundo transmitindo a Mensagem de Jesus, com a força límpida e mansa do seu alegre testemunho.

O Papa concluiu sua homilia pedindo ao Senhor a graça de dedicar-nos plenamente à urgente missão, trabalhando concretamente pelo bem comum e pela paz! (MT)

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Encontro com as crianças no Hospital: assistência generosa e caritativa

Cidade do Vaticano (RV) – O penúltimo encontro que o Papa manteve em sua Visita Pastoral a Gênova foi com as Crianças das várias repartições do Hospital Pediátrico “Giannina Gaslini” e com o pessoal que se dedica, há mais de 80 anos, à assistência da infância.

Em sua breve saudação, Francisco recordou, inicialmente, a função especial deste conhecido Hospital, fundado pelo Senador Gerolamo Gaslini, em honra da sua filha morta em tenra idade: continuar sendo símbolo de generosidade e solidariedade com base na fé católica.

A seguir, detendo-se no aspecto do sofrimento das crianças, que não é fácil aceitar, o Pontífice disse que “a fé sem a caridade é morta”.

Por fim, Francisco encorajou os presentes a desempenhar esta nobre obra com caridade, como “bons samaritanos”, atentos às necessidades dos pequenos pacientes e das suas fragilidades”.

O Papa Francisco assinou o Livro de honra do Hospital Pediátrico “Giannina Gaslini” e escreveu as seguintes palavras:

“A todos aqueles que trabalham neste hospital, onde a dor encontra ternura, amor e cura, agradeço de coração pelo seu trabalho, sua humanidade e pelo carinho a muitas crianças que, desde pequenas, carregam a cruz. Com admiração e gratidão. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim.”

(MT/MJ)

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