CNBB lança a CF-2023 na quarta-feira de Cinzas

CF-2023 na quarta-feira de Cinzas

No Brasil, mais de “33 milhões de pessoas estão em situação de fome*”, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. O país voltou a aparecer no Mapa da Fome das Organizações das Nações Unidas, a ONU, depois de uma década.

A emergência sobre o assunto fez com que, pela terceira vez, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assumisse a realização de uma Campanha da Fraternidade que trouxesse luz ao tema, buscando fomentar ações, em todos os níveis, para minimizar os impactos desta realidade na vida do povo brasileiro.

Convocando todos a considerar a fome como referência para reflexão e propósito de conversão, a Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema “Fraternidade e Fome” e o lema bíblico, extraído de Mateus 14, 16: “Dai-lhe vós mesmo de comer!”.

O lançamento acontece oficialmente no dia 22 de fevereiro de 2023, quarta-feira de cinzas, às 10h, na sede da CNBB, em Brasília (DF), e um dos objetivos é propor aos fieis um caminho de conversão para não ceder à cultura da indiferença frente ao sofrimento humano conforme pede o Papa Francisco.

Infelizmente, a fome também é um problema grave no Brasil, afetando milhões de pessoas. De acordo com o relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil 2020”, produzido pelo governo federal em parceria com outras agências, cerca de 19 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar grave no país.

Apresentamos a Campanha da Fraternidade 2023

Programação da CF-2023 na quarta-feira de Cinzas

A cerimônia de lançamento da CF-2023 terá início com a Santa Missa na Capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, às 9h, presidida pelo secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e concelebrada pelos padres assessores da CNBB. Na sequência, às 10h, dom Joel e o assessor do Setor de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen, farão a acolhida e saudação no auditório Dom Helder Câmara, na sede da entidade.

Na programação estão previstas a apresentação de um vídeo com práticas solidárias da Igreja no Brasil no enfrentamento à fome, bem como a apresentação da mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2023. O atendimento à imprensa, programado para acontecer às 11h, será feito, presencialmente, no final da cerimônia.

Transmissão da CF-2023 na quarta-feira de Cinzas

As emissoras de televisão de inspiração católica farão a transmissão, ao vivo, da cerimônia de abertura. A Santa Missa, que ocorre às 9h, será transmitida pela Rede Vida. Já a cerimônia de lançamento, às 10h, contará com a transmissão das TV’s: Rede Vida, Pai Eterno, Horizonte, Evangelizar, Nazaré e Imaculada.

Todos os momentos também poderão ser acompanhados pelas redes sociais da CNBB: YouTube, Facebook, Twitter.

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O monge e a sopa de pedras

“O monge e a sopa de pedras” é uma história popular que se originou em diferentes culturas ao redor do mundo. A história geralmente envolve um monge viajante que chega a uma aldeia faminta e pede comida, mas é recusado pelos moradores locais. O monge então começa a fazer uma sopa de pedras e convida os moradores para se juntarem a ele. Cada pessoa contribui com um ingrediente para a sopa e, no final, todos compartilham uma deliciosa refeição juntos.

A história é frequentemente usada como uma lição sobre a importância da generosidade e do compartilhamento, mostrando como uma pequena ação pode levar a grandes mudanças. Ela também ilustra o valor da criatividade e da resiliência em situações difíceis, ensinando que mesmo quando parece que não há nada disponível, sempre há uma maneira de encontrar uma solução.

O monge e a sopa de pedras

História: O monge e a sopa de pedras

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Mateus 14: dai-lhe vós mesmos de comer

O texto que ilumina a CF-2023 é Mt 14,13-21. E mais especificamente a ordem de Jesus aos seus discípulos, portanto a nós: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).

  1. Mateus 14 Portal Kairós 08:32

Dai-lhe vós mesmos de comer

Dai-lhe vós mesmos de comer

Morte de João Batista

(= Mc 6,14-29 = Lc 9,7ss; 3,19s)

1 Por aquela mesma época, o tetrarca Herodes ouviu falar de Jesus.
2 E disse aos seus cortesãos: “É João Batista que ressuscitou. É por isso que ele faz tantos milagres.”
3 Com efeito, Herodes havia mandado prender e acorrentar João, e o tinha mandado meter na prisão por causa de Herodíades, esposa de seu irmão Filipe.
4 João lhe tinha dito: “Não te é permitido tomá-la por mulher!”.
5 De boa mente o mandaria matar; temia, porém, o povo que considerava João um profeta.
6 Mas, na festa de aniversário de nascimento de Herodes, a filha de Herodíades dançou no meio dos convidados e agradou a Herodes.
7 Por isso, ele prometeu com juramento dar-lhe tudo o que lhe pedisse.
8 Por instigação de sua mãe, ela respondeu: “Dá-me aqui, neste prato, a cabeça de João Batista”.
9 O rei entristeceu-se, mas, como havia jurado diante dos convidados, ordenou que lha dessem;
10 e mandou decapitar João na sua prisão.
11 A cabeça foi trazida num prato e dada à moça, que a entregou à sua mãe.
12 Vieram, então, os discípulos de João transladar seu corpo, e o enterraram. Depois foram dar a notícia a Jesus.

Nossas crianças na Campanha da Fraternidade 2023

Primeira multiplicação dos pães

(= Mc 6,30-44 = Lc 9,10-17 = Jo 6,1-15)

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Apresentamos a Campanha da Fraternidade 2023

Apresentamos a Campanha da Fraternidade 2023A Campanha da Fraternidade é o modo brasileiro de celebrar a Quaresma. Ela não esgota a Quaresma. Dá-lhe, porém, o tom, mostrando, a partir de uma situação bem específica, o que o pecado pode fazer quando não o enfrentamos. Por isso, a cada ano, recebemos um convite para viver a Quaresma à luz da Campanha da Fraternidade e viver a Campanha da Fraternidade em espírito de conversão pessoal, comunitária e social.

Este ano, com o tema “Fraternidade e Fome”, somos convocados a considerar a fome como referência para nossa reflexão e nosso propósito de conversão. Temos, sem dúvida, fome de Deus. Desejamos estar com Ele e poder participar de seu amor e de sua misericórdia. Temos fome de paz, fraternidade, verdade, concórdia e tudo mais que efetivamente nos humaniza. Durante o tempo da pandemia, no qual, por medidas sanitárias que buscavam nos preservar, não pudemos ir às igrejas para comungar, sentimos fome do Pão do Céu.

A fome, bem sabemos, é um ato de preservação. É um sinal para que não nos distraiamos quando nosso organismo sente falta do necessário para viver. O que ocorre, porém, quando o alimento não chega a todo ser humano? O que faz uma sociedade ter filhos e filhas a quem, embora busquem, clamem, gritem e chorem, não chega o alimento? Por isso, a fome é também um desafio social, humanitário, uma situação que não se pode deixar de enfrentar, pois a fome de uns – a fome de uma só pessoa! – onera a todos nós, onera a sociedade inteira. Cada ser humano que não encontra o necessário para se alimentar é, em si, um questionamento a respeito dos rumos que estamos dando a nós mesmos e à nossa sociedade. A fome é um dos resultados mais cruéis da desigualdade. Afeta inicialmente os mais necessitados. Atinge, contudo, a todos, diz respeito à sociedade inteira. Esta é a razão pela qual o Papa Francisco, sem rodeios, afirma que “não há democracia se existe fome”.1

E o Brasil sente fome. Milhões de brasileiros e brasileiras experimentam a triste e humilhante situação de não poder se alimentar nem dar aos seus filhos e filhas o alimento indispensável a cada dia. Por isso, a CNBB apresenta, pela terceira vez, o tema da fome para a Campanha da Fraternidade (1975, 1985 e 2023).

Via-Sacra, Encontros para Quaresma e Celebração Pascal 2023:

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Nossas crianças na Campanha da Fraternidade 2023

“Dai-lhes vós mesmos de comer”

Crianças na Campanha da Fraternidade 2023

A Campanha da Fraternidade 2023 na catequese com as crianças

Quando pensamos na pessoa do catequista, logo vem a nós a imagem de pessoas maduras na fé, capazes de transmitir as verdades dela com palavras e atitudes. A experiência pessoal do encontro com Jesus Cristo, sua vida de oração e sua integração com a comunidade são conteúdo de uma catequese que fala da alegria de viver e testemunhar a fé cristã.

O Diretório geral para a catequese (cf. 237) fala da necessidade de catequistas que sejam, ao mesmo tempo, mestres, educadores e testemunhas, para que possam crescer no respeito e no acolhimento de seus catecúmenos e catequizandos. Assim, todo catequista que vive a dimensão apostólica de seu ministério identifica-se com Jesus para conhecer e viver o projeto de evangelização ao qual foi chamado. “O melhor modo de alimentar essa consciência apostólica é o de identificar-se com a figura de Jesus Cristo, mestre e formador dos discípulos, procurando tornar próprio o zelo pelo Reino, que Jesus manifestou.” (Diretório geral para a catequese, 239)

Jesus, grande modelo para seus discípulos, anunciava o Reino de Deus como possibilidade de uma vida com mais sentido. Falava de um reino de justiça e de fraternidade. Vivemos num mundo com situações justas e injustas, não podemos cair nas armadilhas da violência e da indiferença ao próximo. Uma catequese que prepara o coração da pessoa para o acolhimento do Evangelho precisa contar com o especial empenho de zelosos catequistas para a sensibilização da fé em vista da conversão e da vida comunitária.

A oração da Campanha da Fraternidade 2023

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