Participe da 52ª edição dos Prêmios de Comunicação da CNBB

Os Prêmios de Comunicação da CNBB chegam à sua 52ª edição. Para se inscrever, acesse: premios.cnbb.org.br. Mais uma vez, os bispos querem conhecer, analisar e premiar trabalhos que coloquem em relevo valores humanos e cristãos em trabalhos em diversas áreas da comunicação e da arte: Cinema (Prêmio Margarida de Prata), Rádio (Prêmio Microfone de Prata), Imprensa (Prêmio Dom Hélder Câmara), TV (Prêmio Clara de Assis) e Internet (Prêmio Dom Luciano Mendes de Almeida).

Cerimônia de entrega julho/2018

As inscrições, como no último ano, serão feitas inteiramente online e terão início, nesta sexta-feira, 10 de novembro de 2018 e se encerram no dia 31 de janeiro de 2019. Podem se inscrever diretores de cinema nas categorias longa e curta metragem; produtores, locutores, diretores, repórteres de programa radiofônicos nas categorias: jornalístico, religioso e entretenimento; repórteres e diretores de TV e vídeo nas categorias reportagem e documentário; repórteres que tenham suas matérias publicadas em jornal ou revista impressos ou digitais e construtores de Portais, sites, blogs, pessoas que tenham movimentos criados em redes sociais ou autores de aplicativos.

Esclarecimentos

P. Rafael Vieira, assessor da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB e coordenador do projeto dos Prêmios de Comunicação, tem alguns esclarecimentos gerais: “Nos últimos anos, notamos que entre aqueles que se inscrevem nos Prêmios da CNBB, ocorrem dois problemas bastante recorrentes. O primeiro tem relação com o prêmio de imprensa. Muitas pessoas confundem com o prêmio de internet pelo fato de que suas matérias jornalísticas foram publicadas em uma plataforma digital. Por conta disso, inscrevem-se no Prêmio Dom Luciano Mendes de Almeida“. Ele diz que é preciso que as pessoas que querem apresentar um texto jornalístico devem se inscrever no Prêmio Dom Hélder Câmara ma categoria jornal ou revista, mesmo que eles tenham uma versão digital.

“O segundo problema recorrente nas inscrições têm a ver com o primeiro. Muitas pessoas pensam que o prêmio de internet seja em relação a algum conteúdo postado. Apesar do conteúdo ser considerado para o critério de destaque de valores humanos e cristãos, os interessados devem lembrar que será analisado pelo júri de especialistas será o lado técnico. Por exemplo: se a pessoa quer inscrever um portal, um site ou um blog, ela precisa saber que serão considerados aspectos como funcionalidade, equilíbrio de textos e imagens e outras aspectos mais técnicos”, insiste. O assessor também lembra que para a categoria “Iniciativas em redes sociais”, serão consideradas as ferramentas usadas, as linguagens, as estratégias. “Do mesmo modo em relação aos aplicativos. Os professores, além de ver se são de conteúdo de acordo com o edital, vão observar as funcionalidades e a criatividade dos construtores“, afirma P. Rafael.

“Há ainda alguns esclarecimentos menores. Eu me lembro de três. O primeiro é que a pessoa que se inscrever deve ser aquela que responde pela obra inscrita. Mesmo que a obra tenha sido realizada por uma equipe, a organização do prêmio vai lidar sempre com quem se inscreveu e, em princípio, essa pessoa e somente ela, se ganhar, tem despesas pagas para receber o troféu“, lembra. P. Rafael prossegue: “o segundo esclarecimento muito útil é tem a ver com a questão da comunicação a respeito do desenrolar do processo da premiação. Os inscritos devem se informar a respeito das fases e dos finalistas por meio do site oficial da CNBB. A organização não tem condições de se comunicar com cada inscrito e não entrará em contato para dizer que o trabalho não foi escolhido. E uma terceiro e último esclarecimento tem a ver com a abertura para toda a sociedade. Há quem pense que o trabalho seja apenas para conteúdos relacionados com temas da Igreja. Não é bem assim. Podem ser inscritos trabalhos com temática ampla e realizados por qualquer pessoa ou organização da sociedade e só se pede que esses trabalhos coloquem em destaque valores humanos e cristãos“.

Processo

Como de costume, desde 1967, os Prêmios de Comunicação da CNBB são apreciados por especialistas em cada área, numa primeira fase e, depois, na etapa final são escolhidos por uma comissão episcopal nomeada pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep).

Alguns ganhadores 2017

Depois de encerradas as inscrições, os trabalhos são levados a quatro universidades brasileiras e a um grupo de profissionais da Rede Católica de Rádio (RCR) e da Signis Brasil. Os trabalhos de cinema são analisados pelos professores da área da Pontifícia Universidade do Tio de Janeiro (PUC Rio); os trabalhos inscritos para o prêmio de Imprensa tocam aos professores da Universidade Católica de Brasília (UCB); Os inscritos para o prêmio de Internet são levados para os professores da Universidade Católica de Salvador (UCSal) e os trabalhos em vídeo são analisados por professores da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). As inscrições para o prêmio de Rádio são enviadas ao grupo da RCR e Signis Brasil.

Os especialistas escolhem três finalistas das 12 categorias dos cinco prêmios. Esses nomes dos finalistas, de costume, são amplamente divulgados. Nessa fase, cada trabalho é visto e analisado pelos membros do júri episcopal. Somente aí que a organização pode chegar ao nome dos vencedores. Sob sigilo, então, a organização entra em contato com cada um dos vencedores para organizar a festa da entrega. Em 2019, a cerimônia será realizada em Goiânia (GO), durante o 11º Mutirão Brasileiro de Comunicação promovido pela CNBB.

Confirmação da inscrição

Logo que os dados obrigatórios forem devidamente preenchidos e o material a ser analisado for carregado no sistema da CNBB, os inscritos receberão uma resposta automática. Se houver algum problema posterior, a organização entrará em contato com o inscrito. “É preciso que todos interessados leiam com muita atenção o Edital/ Regulamento dos Prêmios e ao clicar no ‘concordo’ verdadeiramente se comprometer com a participação no processo“, finaliza P. Rafael.

CNBB / Portal Kairós

Papa: Jesus diz que Deus está do lado dos últimos

“Jesus desmascara esse mecanismo perverso: denuncia a opressão dos fracos feita instrumentalmente, com base em motivações religiosas, dizendo claramente que Deus está do lado do último. E para fixar bem esta lição na mente dos discípulos, oferece a eles um exemplo vivo: uma pobre viúva, cuja posição social era irrelevante, porque ela não tinha um marido que pudesse defender os seus direitos”, disse Francisco.

No 32° Domingo do Tempo Comum, o Papa Francisco propôs uma reflexão inspirada no Evangelho de São Maros 12, 38-44. Eis a íntegra de sua alocução, antes de rezar o Angelus:

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O episódio de hoje do Evangelho encerra a série de ensinamentos dados por Jesus no templo de Jerusalém e ressalta duas figuras opostas: o escriba e a viúva. Mas por que são contrapostas? O escriba representa as pessoas importantes, ricas e influentes; a outra – a viúva – representa os últimos, os pobres, os fracos.

Na realidade, o julgamento firme de Jesus em relação aos escribas não diz respeito a toda a categoria, mas refere-se àqueles entre eles que se vangloriam da própria condição social, com o título “rabi”, ou seja, mestre, gostam de ser reverenciados e ocupar os primeiros lugares.

O que é pior é que a sua ostentação é sobretudo de natureza religiosa, porque eles fazem longas orações – diz Jesus – “para serem vistos” e se servem de Deus para se credenciarem como defensores de sua lei. E essa atitude de superioridade e de vaidade os leva ao desprezo daqueles que contam pouco ou se encontram em uma posição econômica desvantajosa, como o caso das viúvas.

Jesus desmascara esse mecanismo perverso: denuncia a opressão dos fracos feita instrumentalmente, com base em motivações religiosas, dizendo claramente que Deus está do lado dos últimos. E para fixar bem esta lição na mente dos discípulos, oferece a eles um exemplo vivo: uma pobre viúva, cuja posição social era irrelevante, porque ela não tinha um marido que pudesse defender os seus direitos, e que por isso torna-se presa fácil de algum credor sem escrúpulos, porque estes credores perseguiam os fracos para que pagassem a eles..

Essa mulher, que vai depositar somente duas moedinhas no tesouro do templo, tudo o que lhe restava, e faz a sua oferta procurando passar despercebida, quase envergonhando-se. Mas, precisamente nesta humildade, ela realiza um ato carregado de grande significado religioso e espiritual. Aquele gesto repleto de sacrifício não escapa ao olhar de Jesus, que de fato vê nele o dom total de si a quem deseja educar seus discípulos.

O ensinamento que Jesus nos oferece hoje nos ajuda a recuperar o que é essencial em nossa vida e favorece um concreto e cotidiano relacionamento com Deus. Irmãs e irmãs, as medidas do Senhor são diferentes das nossas. Ele pesa as pessoas e suas ações de maneira diferente. Deus não mede a quantidade, mas a qualidade, perscruta o coração e olha para a pureza das intenções.

Isto significa que o nosso “dar” a Deus na oração e aos outros na caridade deveria sempre fugir do ritualismo e formalismo, bem como da lógica do cálculo, ser uma expressão de gratuidade, como fez Jesus conosco: nos salvou gratuitamente; não nos fez pagar a redenção. Nos salvou gratuitamente. E nós devemos fazer as coisas como expressão de gratuidade.

Eis porque Jesus indica aquela viúva pobre e generosa como modelo de vida cristã a ser imitada. Dela não sabemos o nome, mas conhecemos o coração – a encontraremos no Céu e iremos saudá-la, certamente; e é isso que conta diante de Deus. Quando somos tentados pelo desejo de aparecer e de contabilizar os nossos gestos de altruísmo, quando estamos muito interessados no olhar dos outros e – permitam-me a palavra – quando fazemos “os pavões”, pensemos nessa mulher. Nos fará bem: nos ajudará a nos despojarmos do supérfluo para ir ao que realmente importa e a permanecermos humildes.

Que a Virgem Maria, mulher pobre que se entregou totalmente a Deus, sustente-nos no propósito de dar ao Senhor e aos irmãos não algo de nós mesmos, mas nós mesmos, em uma oferta humilde e generosa.

Arquidiocese do Rio lançará Hino Oficial do Ano Vocacional 2019

A Solenidade de Cristo Rei marcará não somente a entrada de um novo ano litúrgico, mas, também, a chegada do ano vocacional na Arquidiocese do Rio de Janeiro. Dessa forma, para vivenciar esse período, será lançado, na Catedral Metropolitana, no Centro, no dia 1º de dezembro, o Hino Oficial Vocacional, intitulado “Homem do Altar”.

A Igreja da Candelária, pode ser considerada a mais imponente e grandiosa igreja do Rio de Janeiro, não somente por suas proporções mas também por seu acabamento e grandiosa cúpula. Sua história é também interessante, advinda de uma promessa em meio à uma tempestade. A construção foi iniciada em 1775, século 18 e somente terminada nos ultimos anos do século 19.

Em data ainda a ser divulgada, acontecerá o lançamento do CD com todas as bandas que participaram do Festival de Música Vocacional, ocorrido no Centro Cultural Social e Pastoral (CCSP) Cardeal Orani Tempesta, pertencente à Paróquia Nossa Senhora da Apresentação, em Irajá, no dia 23 de setembro, com o tema: “A alegria de servir no sacerdócio ministerial”.

O objetivo é que todas as comunidades paroquiais recebam tanto o CD quanto as partituras, para que as canções sejam entoadas nas celebrações, durante o ano de 2019.

Homem do Altar

Apresentado ao Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, a música “Homem do Altar” composta por Erick e Egder, que foi escolhida como o Hino Vocacional 2019.

Vencedor do Festival Vocacional 2018, o hino foi composto pelos irmãos gêmeos Erick e Egder Sabino, os quais se apresentaram junto com o Ministério Adoradores Adorar, composto por seis músicos, e que há 15 anos faz parte da Paróquia São Geraldo, em Olaria.

De acordo com Egder, “essa canção é voltada para o sacerdote, aquele que traz Jesus para o povo de Deus na Terra. É uma grande honra ter a nossa música como hino oficial. E que todos possam, de fato, vivenciar a mensagem do hino, que será tocado durante 2019”.

Além do ministério de música e da participação em diversos musicais católicos, o grupo também realiza um trabalho voltado para a juventude da comunidade paroquial. “Realizamos, há dez anos, o retiro jovem “Quero mais”, a partir do qual buscamos levar pregações, espiritualidade e vivência para a juventude. Além disso, também criamos o Coral Jovem, que é uma espécie de perseverança, dando a oportunidade da juventude estar na igreja e participar dela nas celebrações mais festivas, como Natal, Semana Santa e padroeiro”, contou Egder.

A experiência de fé dos irmãos teve início ainda na infância, período em que eram protestantes. Devido a diversas dificuldades, aos 11 anos, tiveram de viver em situação de rua por dois meses, mas logo foram acolhidos por uma instituição católica, no município de Itaperuna, no Noroeste Fluminense.

Foi a partir dessa acolhida que os irmãos receberam apoio, solidificaram as bases na fé e despertaram para a vivência da evangelização, através da música. “Desde criança gostávamos de música, mas foi na participação da missa que passamos a perceber o desejo de servir, não cantando, mas compondo. Ao ouvir as canções da celebração, imaginávamos que poderíamos compor também”, contou Egder.

Os irmãos permaneceram na instituição até os 18 anos e, desde então, passaram a evangelizar, compondo e cantando. “Meu irmão Erick tinha mais facilidade com as melodias e eu com as letras. Hoje em dia, ambos fazem os dois; há essa cumplicidade entre irmãos gêmeos”, disse, entre risos.

Baixe o áudio do Hino Vocacional 2019:

Hino Oficial Vocacional 2019 – Homem do Altar

Letra: Egder Sabino
Música: Erick Sabino

O Senhor me elegeu
No seio de minha família
O menor entre os irmãos
Pastor das ovelhas feridas
Mas com amor me olhou

E viu em mim valor
Pôs brasa em minha boca
Santificou minhas mãos
No altar do Mistério me prostrarei.
Me ungirás um Profeta, Sacerdote e Rei.

Refrão
Quero atender teu chamado, Ó Pai
E corresponder com fidelidade
Atualizar teu reino aqui
Homem do altar pra sempre serei
Nas mãos o sacrifício pela Humanidade
Por Cristo e em Cristo em memória de Ti

Arquidiocese do Rio / Portal Kairós

Canto e música, linguagens para testemunhar o Evangelho

Canto e música, linguagens para testemunhar o Evangelho, diz Papa aos “Alunos do Céu”

Ao superar todas as fronteiras, vocês difundem uma mensagem de paz e de fraternidade, disse o Papa ao receber o grupo de jovens fundado em 1968 “Alunos do Céu”.

O Santo Padre concluiu sua série de audiências na manhã deste sábado (10/11), recebendo na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 300 Membros da Associação “Alunos do Céu”.

Os “Alunos do Céu” são um grupo de jovens, que, desde 1968, anunciam o Evangelho através da música e do canto, com concertos em toda a Itália e Europa. Este ano, a Associação completa 50 anos de fundação.

Em sua saudação à Comunidade “Alunos do Céu”, – pelo seu Jubileu de Ouro e pelo 10º aniversário de morte do seu fundador, Padre Giuseppe Arione, jesuíta, – o Papa falou sobre esta realidade eclesial:

“A sua realidade associativa, composta por dois grupos, ‘Revival’ e ‘Amém’, está inserida no antigo e prestigioso Instituto Social de Turim, cuja finalidade educativa é enriquecida pela experiência espiritual de Santo Inácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus). Com a ajuda do seu Assistente espiritual, vocês se comprometem a testemunhar o Evangelho com música e canto, buscando chegar aos corações de todos, inclusive dos que estão longe da Igreja ou da fé”.

A sua missão, frisou Francisco, se realiza nas pegadas do carisma e do testemunho do Padre Arione. Ao seguir as orientações do Concílio Vaticano II, por uma Igreja em diálogo com o mundo contemporâneo, o fundador opôs-se, em 1968, à atitude de protestos com o acolhimento:

“Ele se dedicou a uma forma de apostolado utilizando a música e o canto como linguagem capaz de transmitir, de maneira universal, a beleza e a força do amor cristão. Ele passava pelos ‘cruzamentos das ruas’, até em lugares antes inexplorados pela Igreja, para se encontrar com os adolescentes e jovens. A todos, sem distinção, dirigia-se, com empatia e benevolência, propondo um caminho de fé e fraternidade, cuja finalidade era evangelizar com a música e cantar o amor de Deus, gerando amizade e partilha fraterna”.

Por isso, o Papa os encorajou a levar adiante o carisma deste generoso jesuíta, renovando-o nas suas formas, mas preservando a sua inspiração profética, válida e atual. Para que isto seja possível, afirmou Francisco, é preciso cuidar da vida interior, sem deixá-la “roubar” pelo barulho mundano, mas cultivá-la por meio da oração pessoal e comunitária, ouvindo a Palavra de Deus, participando dos Sacramentos e, sobretudo, da Confissão e da Eucaristia.

Somente assim, concluiu o Pontífice, suas vozes e suas músicas terão sucesso e serão enriquecidas pelo seu testemunho de vida cristã e a comunhão com Deus, como arautos do Evangelho e artesãos de paz e fraternidade.

Ao final, os “Alunos do Céu” cantaram o Aleluia e “Happy Day”.

Manuel Tavares / Portal Kairós

Processos de escuta rumo ao Sínodo 2019 se intensificam

Processos de escuta rumo ao Sínodo 2019 se intensificam, na Região Amazônica, em novembro

Na Região Amazônica, neste mês de novembro, aconteceram vários processos de escuta em preparação ao Sínodo da Amazônia, programada para 2019, cujo tema é: “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e uma ecologia integral”. Nas últimas semanas, aconteceram atividades no Amazonas, em Roraima, no Maranhão, Pará e Amapá. Um deles foi realizado dias 3 e 4/11 na aldeia Tarumã e Juçarau, na terra indígena Arariboia, no município de Amarante (MA).

As movimentações de escutas e assembleias territoriais em vista do Sínodo para a Amazônia continuam ocorrendo em toda a região. No último final de semana, aconteceram atividades no Amazonas, em Roraima, no Pará e no Amapá. Os encontros são voltados para reflexão e resposta ao questionário sobre o tema da assembleia sinodal extraordinária do próximo ano: “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

Na escuta, realizada pela equipe da Repam-Brasil, o cacique Tomaz da Silva Guajajara, falou da importância da presença da Igreja Católica na aldeia. “Nós índios Guajajara precisamos sim da Igreja Católica retornar o mais rápido possível dentro de nossas terras trazendo projetos, trazendo a Palavra de Deus, construindo Igrejas”, disse.

O cacique citou dois problemas enfrentados por seu povo: a invasão de madeireiros e a atitude de igrejas que chegam ao local e inibem as tradições culturais que a tribo carrega na sua história. “E a Igreja católica nos aceita do jeito que nós somos”, disse.

Durante a escuta, também foram manifestadas preocupações com a casa comum. Os índios guajajara pediram auxílio da Igreja para não deixar “as coisas que Deus fez acabarem”. Também falaram das ameaças sofridas e ressaltaram a dedicação do papa Francisco com a região Amazônica.

Himaíra Guajaraja, parteira indígena, manifestou preocupação com a juventude. Ela pediu que a presença eclesial seja de incentivo aos jovens, que são o futuro: “Queria que incentivasse a participar de reuniões e fazer um pequeno projeto com eles porque está tendo muita droga e bebida alcóolica”, disse.

Na diocese de Imperatriz/MA, à qual pertencem as comunidades de Amarante, há a preparação da Pastoral Indigenista, que deve dar mais atenção à realidade indígena, em sintonia com o Sínodo, que busca para a Amazônia “novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

Roraima – Católicos das realidades urbanas, ribeirinhos, indígenas e migrantes estiveram reunidos em Boa Vista (RR) entre nos dias 2 e 4/1, para a Assembleia pré-sinodal Diocesana. A colaboradora Márcia de Oliveira, assessora da Rede Eclesial Pan-Amazônica/Repam-Brasil, compartilhou com o grupo o que foi recolhido nos encontros promovidos na preparação para esta assembleia diocesana. É tempo de identificar os rostos dos povos da Amazônia dentro da Igreja da região. O irmão Danilo Bezerra indica que é tempo de identificar os rostos dos povos da Amazônia dentro da Igreja da região. “Vivemos um tempo de escutar e perguntar sobre qual é o tipo de Igreja queremos na Amazônia?”. Segundo ele, busca-se uma Igreja indígena, ribeirinha e também de pequenos agricultores. O irmão marista destaca a beleza do processo e a força dos gritos e clamores escutados na assembleia. A escuta buscou seguir o método ver, discernir e agir, presente no desenvolvimento de todo o processo sinodal na diocese de Roraima. O método busca gerar compromissos, tanto no nível local, como também propostas para o Sínodo sobre a Pan-amazônia em 2019.

Amazonas – Em Manaus cerca de 100 religiosos salesianos e leigos que atuam nas missões da Congregação, participaram do Encontro Pan-Amazônico Salesiano com o tema: “O Sínodo nos interpela”. Além dos brasileiros, representantes de outros países participaram: Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, México, Paraguai e Colômbia. Também participaram representantes do governo geral da congregação dos Salesianos de Dom Bosco e das Filhas de Maria Auxiliadora. Os salesianos estão há mais de cem anos na região amazônica e hoje contam com cerca de 200 religiosos em 37 comunidades. O padre salesiano Justino Sarmento Rezende é o único indígena que faz parte do Conselho Pré-sinodal. Durante o encontro, provocou seus pares a partir da indicação do papa Francisco “para fazer propostas corajosas”. Padre Justino insistiu que “o Sínodo deve ser realizado para e com o povo de Deus na Amazônia”.

Amapá – No sul do Amapá, onde se encontra o Vale do Jari, foram realizados um encontro e uma Roda de Conversa na preparação do Sínodo para a Amazônia. No sábado, 3/11, em Vitória do Jari e no domingo, 4/11, em Laranjal do Jari. Veramoni Coutinho e Benedito de Queiroz Alcântara, membros da equipe formativa da escola de Fé e Cidadania da diocese de Macapá, partilharam a caminhada que estão realizando por toda a diocese na preparação do Sínodo Especial para a Amazônia. “Lideranças pastorais das duas paróquias acolheram com generosidade e suscitaram inúmeras perguntas a partir do texto-cartilha e das exposições realizadas. O sul do Amapá vai chegar no Encontrão, em Macapá, com toda garra e bons indicativos. Ninguém quer ficar de fora”, enfatizou Benedito.

Pará – O documento preparatório para o Sínodo foi estudado na Comunidade de Surucuá, na Reserva Extrativista Tapajós, que fica a seis horas de barco de Santarém/PA. Indígenas e ribeirinhos apresentaram propostas e tiveram participação “alegre e generosa” no encontro. Já em Castanhal/PA, os catequistas participaram do processo de escuta.

CNBB / Portal Kairós

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