Santa Sé: Arcebispo Zimowski é recordado um ano após seu falecimento

O ex-presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Dom Zigmunt Zimowski, falecido um ano atrás (12/07/2016), foi recordado esta quinta-feira por ocasião da 52ª Peregrinação nacional polonesa dos enfermos, necessitados de cuidados especiais e anciãos, realizada no santuário mariano de Jasna Gora, em Czestochowa.

Durante a homilia da celebração eucarística presidida pelo bispo auxiliar de Katowice, Dom Marek Szkudlo, o ex-secretário do referido dicastério vaticano, Mons. Jean-Marie Mupendawatu, recordou o arcebispo polonês:

Testemunha da dedicação de Dom Zimowski pelos enfermos

“Fui seu mais estreito colaborador” e sou testemunha da dedicação que Dom Zimowski tinha pelos enfermos e por aqueles que cuidavam deles. “Admirava sua abnegação pelo trabalho do dicastério, realizado louvavelmente até o último instante de sua vida”, acrescentou.

“No leito do hospital onde transcorreu o último período de sua vida Dom Zimowski redigia os últimos documentos”. “Em seus vários pronunciamentos voltados para as pessoas engajadas no mundo da saúde indicava o espírito de serviço e de amor como princípio fundamental na realização do trabalho em favor de quem sofre.”

Sincera atitude de simpatia pelo enfermo

O prelado ressaltou ainda que Dom Zimowski pedia que não se considerasse “o enfermo ‘somente um caso clínico’, mas sempre ‘uma pessoa enferma’ à qual se devia ter uma sincera atitude de ‘simpatia’. Isso exige amor: disponibilidade, atenção, compreensão, partilha, benevolência, paciência e diálogo”.

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Sacerdote conta como Padre Pio o aconselhou a entrar no seminário

Classificado pelo Papa Francisco como “modelo exemplar da misericórdia de Deus”, São Padre Pio foi responsável por uma mudança profunda na vida de muitas pessoas, incluindo a do padre italiano Giovanni Mezzadri.

A decisão

De acordo com o sacerdote, foi a partir de uma experiência pessoal com Padre Pio que ele decidiu deixar o serviço militar da Aeronáutica Italiana e ingressar no Seminário dos Missionários Xaverianos.

Era o ano de 1959 quando Mezzadri decidiu viajar de Parma, acompanhado de um primo, com destino a San Giovanni Rotondo. Segundo ele, o objetivo era encontrar-se com Padre Pio e pedir a ele que tirasse um possível desejo vocacional que estava mexendo com seus sentimentos havia algum tempo.

O testemunho

“De manhã cedo, íamos à missa do Padre Pio até que chegasse o dia da confissão. Quando chegou a minha vez, confessei os meus pecados que tinha naquele tempo. ‘Vou ver se ele tira essa coisa que me perturba’, pensei. Então, disse a Padre Pio: – Às vezes me vem a tentação de entrar no seminário. Padre Pio me olhou, com aqueles olhos profundos, e com severidade falou: – Que tentação? Faz três anos que você está resistindo à graça de Deus. Naquele momento, eu vi como que uma luz que estava resistindo a um grande dom de Deus. Era festa de Nossa Senhora. Ao sair do confessionário, tinha uma praça grande. Eu sentia que deveria carregar o andor. Carreguei o andor um pouco de tempo e, depois de terminado, peguei o trem de volta junto com o meu primo, dei baixa na aeronáutica e entrei no ano seguinte Seminário dos Missionários Xaverianos em Nizza Monferrato”, conta Mezzadri.

Ordenado e enviado em missão

Dez anos após o encontro com São Padre Pio, Mezzadri se ordenou padre e foi enviado ao Brasil em 1972. Distante da Itália até hoje, vez ou outra viaja para o continente europeu com objetivo de visitar parentes e voltar a San Giovanni Rotondo como forma de agradecimento a São Pio, que, de acordo com ele, sempre esteve presente em sua caminhada sacerdotal.

“Eu, sobretudo ultimamente, estou sentindo a presença dele. Até pouco tempo atrás nunca tinha sentido o perfume, mas faz um pouco de tempo, senti o perfume como uma presença de Padre Pio, como se ele me dissesse: – Coragem, estou te ajudando.”

Uma trajetória que virou livro

A bela história chegou a ser narrada no livro que Mezzadri escreveu juntamente com o frei austríaco Karl Wagner (já falecido), intitulado “Padre Pio mudou nossas vidas”. A venda da obra é revertida ao Seminário dos Missionários Xaverianos no Brasil.

O livro une a experiência que padre Mezzadri teve com Padre Pio e a história contada em um pequeno livreto da década de 60, em que o frei Karl Wagner conta a experiência por ter vivido nove meses com São Padre Pio de Pietrelcina. À época, após ter sido desenganado pelos médicos, o frei obteve uma cura pela intercessão de Padre Pio.

Devido a sua experiência vocacional e sacerdotal, o Padre Mezzadri hoje aconselha os jovens que sentem algum um chamado ao sacerdócio que se permitam a fazer essa experiência num seminário.

“Primeiro, procurar uma vida cristã. Viver em graça, se confessar e ira à missa, procurar rezar um pouco mais e pedir o dom do discernimento. E se aconselhar com um padre ou com um pessoa de confiança para poder discernir se é vocação ou se é, digamos, só um desejo ou uma fulga desse mundo. Procurar fazer uma experiência e não ficar com essa dúvida”, destaca Mezzadri.

Os interessados em conhecer o trabalho dos Missionários Xaverianos podem acessar o site xaverianos.org.br.

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Card. Marx: olhar de modo crítico a própria história capacita ao diálogo

A história do povo de Deus é sempre uma história de recomeços, que “nos recorda no presente aquilo que talvez tenha sido esquecido. Por isto, tradição e reforma são conceitos que podem ser usados contemporaneamente, quer pelas Igrejas como por outros grupos sociais”.

Foi o que sublinhou o Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Cardeal Reinhard Marx, ao pronunciar-se na reunião anual do Conselho Internacional de cristãos e judeus – em andamento em Bonn – com o tema “Martinho Lutero e 500 anos de tradição e reforma no judaísmo e no cristianismo”.

Tradição é processo dinâmico para cristãos e judeus

Chamado para dar a visão católica sobre o binômio “tradição e reforma”, o Cardeal afirmou que “uma comunidade de fé que não se ocupa de modo crítico da própria história, é incapaz de diálogo”.

Neste sentido, o esforço empreendido pelo Concílio de confrontar-se com a Palavra de Deus, marcou para a Igreja Católica o início do diálogo com as outras religiões.

Cristãos e judeus juntos consideram a tradição “um processo dinâmico ou, em termos bíblico, um caminho de fé na história”.

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Papa à Scholas: Um sonho, quando é partilhado, torna-se utopia de um povo

Quanta necessidade da “cultura do encontro” tem o mundo de hoje, que às vezes constrói muros, transformando a realidade em um pesadelo ainda pior: “viver como inimigos”.

Assim se expressa o Papa Francisco na vídeo-mensagem em espanhol, apresentada na tarde de quarta-feira na conclusão do encontro “Entre a Universidade e a escola, construindo a paz com a cultura do encontro”, realizado na Universidade Hebraica de Jerusalém, numa promoção da Fundação pontifícia ‘Scholas Ocurrentes’.

“Quero celebrar estes dias vividos aí em Jerusalém, porque vocês mesmo, a partir das vossas diferenças, viveram a unidade”, disse o Papa na mensagem. Ninguém ensinou isto a vocês. Vocês viveram isto. Vocês se esforçaram para se olharem nos olhos, vocês se esforçaram para ter um olhar transparente e isto é imprescindível para que ocorra o encontro.

Assim, nem suas palavras, Francisco sublinha a importância da experiência concreta: “Na transparência do olhar não existem respostas, há abertura” a “tudo aquilo que eu não sou”, assim, uma vez abertos aos outros, realiza-se o encontro e a este encontro se dá um sentido.

“Todos temos um sentido na vida”, afirma. “Nenhum de nós é um “não”. Todos somos “sim”. Por isto, quando encontramos o sentido, é como que a alma se engrandecesse.

Temos portanto necessidade da festa como expressão humana de uma celebração do sentido, prossegue o Papa na mensagem. “Assim encontramos o sentido mais profundo que se pode ter”: um sentimento que existe entre nós, “para tudo e apesar de tudo”. E “este sentimento é a gratidão”, enfatiza.

As “Scholas, portanto, intuem que se trata de educar e ser livres de preconceitos que levantam barreiras, para poder sonhas e “encontrar novos caminhos”. “Nós adultos” – prossegue – não podemos tirar das crianças e dos jovens “a capacidade de sonhar”, nem de brincar.

Neste contexto, o encontro da Scholas ensinou que é preciso “gerar um contexto de esperança para que aqueles sonhos cresçam e sejam compartilhados”.

“Um sonho, quando é partilhado, torna-se utopia de um povo, a possibilidade de criar um novo modo de viver”, sublinha Francisco.

“A nossa utopia, aquela de todos nós que, de uma maneira ou outra formamos as Scholas, é criar com esta educação uma cultura do encontro”. Assim, se pode valorizar a diversidade de culturas para alcançar não a uniformidade, mas a harmonia.

“É disto que tem necessidade este mundo tão ‘atomizado’!”, exclama o Papa. “Este mundo que tem medo do diferente, que a partir deste temor às vezes constrói muros que acabam por transformar em realidade o pesadelo pior, ou seja, viver como inimigos”. E como este mundo tem necessidade de sair e encontrar-se!

E o Papa conclui com um agradecimento a todos aqueles que tomaram parte neste encontro em Jerusalém por terem se comprometido em sonhar, em buscar o sentido, em colocar a mente, as mãos e o coração para transformar em realidade a cultura do encontro.

Este evento, marcado pelo diálogo entre cristianismo, judaísmo e islamismo, foi caracterizado por muitos gestos simbólicos: o último, que concluiu o evento, foi o plantio de uma oliveira como símbolo do encontro entre as religiões.

Este terceiro congresso “Cattedre Scholas” reuniu nos dias 2 a 3 de julho 70 jovens israelenses, palestinos e de outros países, ao lado de acadêmicos de 41 universidades.

Presentes, entre outros, o Secretário da Congregação para a Educação católica, Dom Antonio Vincenzo Zai, o Reitor da Universidade Judaica de Jerusalém, Prof. Menahem Bem Sasson e o Presidente Mundial da Scholas Occurrentes, José Maria del Corral.

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Rio hospeda conferência “Laudato Si’e Grandes Cidades”

A Arquidiocese do Rio acolhe de 13 a 15 de julho a segunda edição do Congresso Internacional de Ecologia e Grandes Cidades, no auditório do Edifício João Paulo II, na Glória. O encontro deverá abordar as questões ecológicas e ambientais das metrópoles no planeta.

A conferência terá três questões ambientais chave: água, ar e resíduos, através das quais serão apresentadas as atuais e futuras situações. A Encíclica Laudato si do Papa Francisco será utilizada como ponto inicial de discussão, com o objetivo de abordar os aspectos ambientais, sociais, éticos e de gestão associados às grandes cidades.

Com apoio da Arquidiocese do Rio, o encontro é organizado pela Fundação Antoni Gaudi para as Grandes Cidades, localizada em Barcelona, na Espanha, cujo objetivo é contribuir para a humanização dos grandes centros urbanos. A instituição nasceu logo após a Conferência Internacional das Grandes Cidades, em Barcelona e Roma, em 2015.

Motivação, objetivos e organização

Cerca de 80% da população brasileira vive em grandes cidades. Tanto no Brasil como em outros países do mundo as metrópoles crescem em número e tamanho, contribuindo, diretamente, para as problemáticas que envolvem o meio ambiente. Essa é a principal motivação para a realização da conferência no Rio de Janeiro.

O caráter internacional da conferência se reflete no esboço da discussão das questões levantadas e na origem dos palestrantes, provenientes de diferentes continentes e renomados pela competência técnica, científica e social.

Pela manhã, as conferências serão dedicadas a aspectos técnicos, administrativos e éticos para a água, o ar e os resíduos, seguidas de debates entre oradores e participantes. À tarde, serão destacados os painéis de discussões sobre gerenciamento, reflexão ética e social e científico-técnico.

O primeiro deles será composto por prefeitos de diferentes países; o segundo por líderes religiosos de diferentes denominações e o terceiro por reitores de universidades de diferentes países.

Oradores e convidados

O encontro contará com a presença de prefeitos das grandes cidades de diversos países, além de secretários de Meio Ambiente e Urbanismo, reitores das maiores universidades do Brasil, bem como professores, universitários e líderes religiosos de diferentes denominações.

Estarão o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, o Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, o arcebispo emérito de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, o Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, Cardeal Cláudio Hummes e o arcebispo de Brasília, Presidente da CNBB, Cardeal Sérgio da Rocha.

Sugestões