Para episcopado camaronês, Bispo de Bafia foi assassinado

Iaundê (RV) – Os Bispos da República dos Camarões, reunidos em Assembleia Plenária extraordinária na terça-feira (13/06) para analisar a trágica e estranha morte do Bispo de Bafia, Dom Jean Marie Benoît Bala, afirmam em uma declaração final não terem dúvidas tratar-se de um “brutal assassinato” e não de um suicídio.

Para os prelados, a sua morte “é mais um homicídio em Camarões (…) onde o clero é particularmente perseguido por forças obscuras e malvadas”.

Entenda o caso

Na quarta-feira, 31 de maio de 2017, o carro de Dom Jean Marie Benoît Bala, Bispo de Bafia, foi encontrado parado sobre a ‘Pont de l’Enfance’, na localidade Ebebda, no sentido de Bafia. O bispo não estava no automóvel.

Guiada por uma estranha mensagem encontrada no banco direito da frente do carro, ao lado de sua carteira de identidade e de outros itens pessoais, os bombeiros passaram a realizar buscas no fundo do rio, num trabalho que prosseguiu até a manhã de sexta-feira, 2 de junho.

O corpo acabou sendo encontrado por pescadores a poucos quilômetros da Ponte das Crianças em um lugar chamado Tsang, tendo sido resgatado pelas Forças de Defesa.

O corpo foi identificado por Dom Piero Pioppo, Núncio Apostólico em Camarões, Dom Samuel Kleda, Presidente da Conferência Episcopal e Dom Jean Mbarga Yaoundé, na presença de autoridades civis e administrativas, incluindo o governador da Região Central. O corpo foi levado para o Hospital Geral Yaounde.

“No momento – diz o documento dos bispos – o corpo está à disposição das autoridades judiciais para a investigação das circunstâncias, as causas exatas e autores deste crime odioso e inaceitável”.

Diversas “mortes misteriosas”

Os Bispos da República dos Camarões citam no documento final diversos detalhes sobre as circunstâncias da morte do Bispo de Bafia, ao mesmo tempo em que recordam outras mortes misteriosas e nunca esclarecidas, como a de Dom Yves Plumey (Ngaoundéré – 1991), Padre Joseph Mbassi (Yaoundé – 1988), Padre Antony Fontegh (Kumbo-1990), as Irmãs de Djoum – Marie Germaine e Marie Léone – (1992) e Padre Engelbert Mveng (Yaoundé – 1995). (JE)

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