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05 de janeiro: Solenidade da Epifania do Senhor 2020

Solenidade da Epifania do Senhor

Nesta liturgia nos alegramos porque Jesus nasceu e está no meio de nós. Viemos para adorá-lo e acolher a salvação que ele veio nos trazer. Celebremos a solenidade da Epifania com a certeza do grande amor de Deus, que se manifestou em Jesus em favor de todas as pessoas.

Nosso encontro com Jesus nos leva ao encontro com nossos irmãos e irmãs para servi-los com alegria e amor.

EM BUSCA DO RECÉM-NASCIDO

Guiados pela estrela, os magos chegam a Jerusalém e buscam informações a respeito do recém-nascido. Isso alarma os poderosos da capital, que fingem ter interesse em também adorar o menino. Jesus, desde o nascimento, é causa de alegria e de perturbação ao mesmo tempo. A aceitação e a rejeição o acompanharão ao longo de toda sua vida: os pequeninos que se abrem ao amor de Deus o seguem com alegria; os poderosos e orgulhosos são incapazes de acolher o dom de Deus.

Esse texto marca a tensão entre Jerusalém – onde se encontra o palácio do rei e o templo dos sacerdotes, que rejeitam o Salvador – e Belém, lugar dos pequeninos, que acolhem e seguem o Messias. Entre esses dois polos sempre haverá conflito: cabe a cada um fazer sua escolha.

A estrela que guiou os magos é vista como sinal providencial de Deus, que guia o ser humano. Ela deixa de brilhar em Jerusalém, porque esta vive nas trevas, e volta a brilhar para os que buscam a luz da humanidade, Jesus. A verdadeira estrela agora é o recém-nascido. É por essa estrela que somos convidados a nos guiar ao longo do ano.

Os presentes oferecidos pelos magos revelam a identidade do pequenino de Belém: sua divindade (incenso), sua realeza (ouro) e sua humanidade (mirra).

Epifania é a manifestação de Jesus à humanidade. Os primeiros a receber a revelação do recém-nascido foram os magos, representantes dos pagãos, os que viviam fora do mundo judaico. Jesus se revela como luz, como estrela guia, a quem deseja se deixar iluminar e conduzir por ele. Veio para todos os povos, e todos podem acolhê-lo, desde que se abram ao dom do amor de Deus. Desde então, já não há sentido em falar de povo rejeitado por Deus nem de diferença de raças, pois existe uma só humanidade querida e amada por ele e redimida por Jesus. À medida que o acolhemos e procuramos viver seu projeto de vida, podemos nos tornar, também nós, “luz do mundo”.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós