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Leituras de Domingo: 18° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

18° Domingo do Tempo Comum 2020

(Verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)

Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não tardeis mais (Sl 69,2.6).

Esta Eucaristia nos convida a revigorar nossa fé com a experiência da graça e do amor de Deus, do qual nada nos pode separar. Deixando-nos alimentar pelo Senhor, aprendamos dele o espírito de compaixão e de partilha. Neste início do mês vocacional, comungamos com os vocacionados para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos.

Primeira Leitura: Isaías 55,1-3

Leitura do livro do profeta Isaías – Assim diz o Senhor: 1“Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite sem nenhuma paga. 2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 144(145)

Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos.

1. Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. / O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura. – R.

2. Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam / e vós lhes dais no tempo certo o alimento; / vós abris a vossa mão prodigamente / e saciais todo ser vivo com fartura. – R.

3. É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R.

Segunda Leitura: Romanos 8,35.37-39

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 35quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? 37Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! 38Tenho a certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente, nem o futuro, nem as forças cósmicas, 39nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 14,13-21

Aleluia, aleluia, aleluia.

O homem não vive somente de pão, / mas vive de toda palavra que sai / da boca de Deus, e não só de pão. / Amém. Aleluia, aleluia! (Mt 4,4) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. 14Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. 15Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” 16Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” 17Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. 18Jesus disse: “Trazei-os aqui”. 19Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. 20Todos comeram e ficaram satisfeitos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. 21E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. – Palavra da salvação.

Reflexão

Não adianta Jesus tentar se afastar do povo, pois este corre a ele aonde quer que vá. Podem ser várias as razões pelas quais a multidão o procura; para o Mestre não importa o motivo. Diante da realidade dessa multidão, Jesus enche-se de compaixão, sofre a mesma dor desse povo. Se houvesse mais compaixão por parte de todos, muitos males e sofrimentos seriam resolvidos, incluindo o da fome. Ela existe não por falta de alimento, mas por falta de partilha e de compaixão. Jesus convidou a multidão a cear com seu grupo, repartindo os pães e peixes que levavam consigo. Trata-se de gesto muito comum para os orientais. A cultura ocidental normalmente partilha a mesa com a
família, parentes e amigos convidados. O “novo mundo”, anunciado pelos profetas e iniciado por Jesus, vai se concretizar quando trilharmos o duplo caminho: o caminho da justiça e da denúncia e o caminho da fraternidade e da solidariedade. Só assim superaremos a tendência maléfica do “cada um por si”.

Oração

Senhor Jesus, em vez de despedir as multidões famintas, desafiaste teus discípulos a alimentá-las, sem recorrer ao comércio. Foi assim que, recolhendo o alimento que traziam, saciaste a fome de todos, e ainda sobrou muita comida. Ensina-nos a partilhar generosamente os bens que possuímos. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós