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Leituras de Domingo: 21° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

21° Domingo do Tempo Comum 2020

(Verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)

Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1ss).

Dispostos a deixar que o Senhor realize sua obra em nossa vida, somos questionados nesta liturgia sobre quem é Jesus. A resposta de Pedro nos compromete com o Reino de Deus e nos impele a dar também uma resposta pessoal, inspirada pela sabedoria divina. Celebremos dando graças ao Pai por todos os que se põem a serviço da comunidade.

Primeira Leitura: Isaías 22,19-23

Leitura do livro do profeta Isaías – Assim diz o Senhor a Sobna, o administrador do palácio: 19“Eu vou te destituir do posto que ocupas e demitir-te do teu cargo. 20Acontecerá que nesse dia chamarei meu servo Eliacim, filho de Helcias, 21e o vestirei com a tua túnica e colocarei nele a tua faixa, porei em suas mãos a tua autoridade; ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá. 22Eu o farei levar aos ombros a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém poderá fechar; ele fechará, e ninguém poderá abrir. 23Hei de fixá-lo como estaca em lugar seguro, e aí ele terá o trono de glória na casa de seu pai”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 137(138)

Ó Senhor, vossa bondade é para sempre! / Completai em mim a obra começada!

1. Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, / porque ouvistes as palavras dos meus lábios! / Perante os vossos anjos vou cantar-vos / e ante o vosso templo vou prostrar-me. – R.

2. Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, / porque fizestes muito mais que prometestes; / naquele dia em que gritei, vós me escutastes / e aumentastes o vigor da minha alma. – R.

3. Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres / e de longe reconhece os orgulhosos. / Ó Senhor, vossa bondade é para sempre! † Eu vos peço: não deixeis inacabada, / esta obra que fizeram vossas mãos! – R.

Segunda Leitura: Romanos 11,33-36

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – 33Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são inescrutáveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos! 34De fato, quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? 35Ou quem se antecipou em dar-lhe alguma coisa, de maneira a ter direito a uma retribuição? 36Na verdade, tudo é dele, por ele e para ele. A ele a glória para sempre. Amém! – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 16,13-20

Aleluia, aleluia, aleluia.

Tu és Pedro, e sobre esta pedra / edificarei minha Igreja; / e os poderes do reino das trevas / jamais poderão contra ela! (Mt 16,18) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e aí perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. – Palavra da salvação.

Reflexão

O texto constitui um marco importante no Evangelho de Mateus. Pode ser dividido em duas partes: a profissão de fé no messianismo de Jesus feita por Pedro; a confirmação deste apóstolo como porta-voz da comunidade. Jesus quer saber o que seus seguidores mais próximos pensam dele, de sua pessoa. Pedro, em nome do grupo, intervém e reconhece que Jesus, mais do que simples profeta, é a revelação verdadeira do Pai (“quem me vê, vê o Pai”). A resposta do apóstolo traz a essência da fé cristológica: Jesus é o Messias, o Filho de Deus. Pela sua resposta, revelada pelo Pai, Pedro é proclamado feliz, pois testemunha a fé da comunidade, e recebe as chaves para abrir as portas do Reino de Deus a todos os que desejarem ter acesso a ele. A pergunta de Jesus continua soando em nossos dias: “E vocês, quem vocês dizem que eu sou?” O Mestre não quer saber nossa opinião, mas nossa atitude de vida, a opção que fazemos. Nesse sentido, a pergunta se inverte: Quem sou eu? Que opções faço na vida?

Oração

Ó Jesus, “Filho do Homem”, o povo não tem clareza sobre a tua identidade. Pedro, porém, por revelação divina, afirma que “és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Em contrapartida, tu lhe confias o governo da tua Igreja. Queremos te conhecer cada vez mais e fazer parte da tua comunidade. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Is 22,19-23; SI 137; Rm 11,33-36; Mt 16,13-20

21° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

MODENA, ITÁLIA – 14 DE ABRIL DE 2018: O afresco Jesus entrega as chaves a Pedro na igreja Chiesa di San Pietro por Carlo Goldoni (1822-1874) e Ferdinando Man.

Abrir e fechar, ligar e desligar

A primeira leitura e o evangelho desta liturgia nos falam de dois vocacionados que recebem missões de grande responsabilidade. Eliacim receberá as chaves da casa de Davi; Pedro recebe do Cristo as chaves do reino dos céus. Quanta confiança Deus deposita nesses homens e em todos aqueles por Ele chamados! De fato, o chamado de Deus não é totalmente compreensível a nós. Um Deus, que se basta a si mesmo, prefere, em seus desígnios insondáveis, contar com cada um de nós.

A vocação de Pedro surge a partir de sua confissão de fé: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Por essa abertura ao mistério de Deus, que se revela em Cristo, o pescador se torna um alicerce firme para que o Senhor edifique sua Igreja. A simbologia das chaves está atrelada à questão central do perdão. Ligar e desligar tem o sentido de assumir a missão de Jesus com total disposição, sempre colocando em primeiro lugar a misericórdia divina, que salva e redime o ser humano inteiro.

O fato de receber as chaves não significa que Pedro passa a ser dono do Reino dos Céus. Ele tem consciência de que é chamado a ser guardião e pastor que a todos conduz à salvação. Sua missão consiste em vigiar para que mais e mais pessoas estejam ligadas ao amor de Deus, que salva e dá vida nova.

Vocação nasce e se cultiva no amor

O atual momento histórico levanta questões sérias para a vivência comprometida da fé. A pergunta de Jesus ressoa em nosso coração e nos impele a responder: E vós, quem dizeis que eu sou? A resposta que damos manifesta o quanto de fato assumimos a pessoa de Jesus em nossas comunidades, em nossas famílias e, antes de tudo, em nosso próprio coração. Comprometer-se com Cristo é tomar a sério seu evangelho. É sentir a interpelação que brota de suas palavras hoje, quando, mais do que nunca, se percebe uma desorientação sobre o sentido mais profundo da vida, não obstante a pluralidade das religiões.

Com essa pergunta provocadora, o Senhor nos envolve em seu amor e nos convida a aprofundar-nos na fé. É no amor que ele nos chama, é no amor que também somos chamados a cultivar no coração das pessoas esse chamado vocacional. As chaves que abrem o Reino do Céu podem hoje ser traduzidas como caridade, compreensão, fraternidade, ardor missionário e coragem profética. Sim, porque sem a coragem profética não seremos capazes de enfrentar as questões cruciais de nosso tempo, sobretudo aquelas que fecham as vias da promoção da vida, por desligarem as pessoas do amor a Deus e ao próximo. Que nosso sim ao chamado de Deus e a certeza da fé de que Ele é o Filho de Deus, o Redentor do mundo, ajudem-nos a viver profeticamente nossa fé.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Procissão de entrada: um cartaz vocacional bem vivível pode ser introduzido pouco à frente da procissão de entrada. Duas grandes chaves podem compor a ilustração desse cartaz. Em uma se escreve Misericórdia, na outra, Amor. Em destaque, escrever: “E vós, quem dizeis que eu sou”. Colocar o cartaz no presbitério em um lugar apropriado, de modo a ficar visível durante toda a celebração.
– Preces dos fiéis: elaborar uma prece especial por todos os que disseram seu sim e colaboram mais ativamente nas pastorais da comunidade.
– Encerrar este momento com um canto vocacional.
– Oferendas: agentes de pastoral podem entrar com algo que simbolize sua atuação na comunidade, oferecendo, assim, sua vida doada em favor dos irmãos.

Sugestões de repertório para a Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Deus, nosso Pai
Aclamação: Aleluia, Jesus Cristo
Oferendas: A mesa Santa
Comunhão: É bom estarmos

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 21° Domingo do Tempo Comum 2020

 

Áudios para a Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós