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Reflexão e sugestão para a Missa do 23° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

23° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Ez 33,7-9; SI 94; Rm 13,8-10; Mt 18,15-20

23° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Cada um por si e Deus por todos?

Abrimos o mês da Bíblia no 23° Domingo do Tempo Comum 2020, meditando um de seus mais preciosos temas: a correção fraterna. A Palavra de Deus gera vida no seio da comunidade, na medida em que seus membros são capazes de dialogar e buscar juntos a reconciliação. Não se trata de uma ação fácil, porque nos desafia a sermos sinceros no dizer a verdade, mas sempre segundo a misericórdia divina que é libertadora.

A profecia de Ezequiel enfatiza que é preciso comprometer-se com a vida do outro. Se ele está em mal caminho, precisa ser advertido. Disso depende a fidelidade do profeta que fala em nome de Deus. Se hoje ouvimos muito a expressão “cada um por si e Deus por todos”, a Palavra de Deus pede de nós uma revisão séria para vencer esse individualismo, que não cria laços de fraternidade que salvam o outro. Não exortar é gesto de omissão, do qual Deus nos pedirá contas.

Como exortar um irmão ou uma irmã que erra? O evangelho nos mostra sua pedagogia redentora, que não expõem a pessoa indevidamente, mas busca salvaguardar sua dignidade. A fraternidade também demonstra que aquele que erra é amado e que faz parte de uma rede de relações amplas, permeada pelo respeito. A Igreja, ou seja, a grande comunidade, é o último recurso para que a pessoa que se desviou veja que Deus não a chamou para a segregação, mas para viver a fraternidade, que redime dos erros e mostra o bom caminho. Se depois de tudo a pessoa relutar, seja considerado um pecador público, isto é, destinatário do primeiro anúncio que precisa ser refeito, a fim de resgatar o que errou.

Fofoca destrói, correção fraterna salva!

Nas palavras de Papa Francisco, a fofoca é um ato terrorista, porque destrói vidas e relações. Infelizmente, “falar dos outros” é muito mais fácil do que ir até esses tais outros e encará-los face a face. Enquanto o “disse que me disse” espalha o ódio e a inimizade, a correção fraterna busca curar a ferida do outro e, ainda que doa, sempre visa ao bem.

Esse gesto é fruto da prática do mandamento maior. É o amor que une verdadeiramente a comunidade para ser espaço de salvação. A união nos liga diretamente com Deus, ou melhor, abre espaço para que Deus mesmo se faça presente entre nós. “Pedir e receber” não atende jamais os desejos egoístas, mas sempre parte da fraternidade, para o bem comum dos filhos e das filhas de Deus.

Que nossas comunidades abracem cada vez mais a missão de serem espaços de redenção, onde as pessoas possam encontrar o caminho de volta de seus pecados e retomar a fraternidade. E lembre-se de que você tem uma parcela de responsabilidade pela salvação de seu irmão e de sua irmã!

Sugestões litúrgicas para a Missa do 23° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Entrada da Palavra: neste mês da Bíblia, é propício iniciar um caminho espiritual partindo da temática de cada domingo. Neste domingo, a pastoral do batismo pode participar da entronização da Palavra, colocando-a em um ambão especial. A primeira frase a ser introduzida é “Correção fraterna: força libertadora na vida da comunidade”.
– Profissão de fé: um representante de cada pastoral pode acender a vela no Círio Pascal e distribuir aos demais, enquanto se canta um mantra, cuja mensagem seja a unidade. Mostrar que somos Um em Cristo. A profissão de fé pode ser feita em dois coros.
– Preces dos fiéis: elaborar uma prece especial pelas famílias, ressaltando sua importância no anúncio e na vivência da Palavra.

Sugestões de repertório para a Missa do 23° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Deus, nosso Pai
Aclamação: Aleluia! Jesus Cristo
Oferendas: As mesmas mãos
Comunhão: Vá e mostre

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 23° Domingo do Tempo Comum 2020

 

Áudios para a Missa do 23° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós