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Comentários para o Terceiro Domingo do Advento 2023

Para o Domingo: 17/12/2023

Terceiro Domingo do Advento 2023

Terceiro Domingo do Advento 2023

MEU ESPÍRITO SE ALEGRA EM DEUS, MEU SALVADOR

No passado, assim como hoje, as pessoas viviam em situação de miséria, violência, guerra e muitos outros sofrimentos. Por meio de diversas pessoas, Deus garantiu que amava seu povo, que não o abandonaria nos sofrimentos e dificuldades, e que tinha um plano segundo o qual o mal chegaria ao final. Por isso, as leituras de hoje chamam atenção para a alegria alicerçada na garantia de que Deus nos ama e nos propõe ajudá-lo na construção do seu reino. Deus espera nosso consentimento e nosso empenho nesse empreendimento de edificação de fraternidade, justiça, amor e paz. Portanto, nossa alegria é real, mesmo quando passamos por problemas e dificuldades, porque ela se baseia no amor de Deus por nós e em sua ação na história, sempre presente em nossa vida, assegurando sua fidelidade e realizando seu reino, que em breve se plenificará.

COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

01 – Evangelho (Jo 1,6-8.19-28): Ele está em meio a vós

O Evangelho de hoje afirma que o profeta João foi “enviado por Deus”. Essa expressão é frequentemente utilizada no Antigo Testamento, e aqui significa que a missão do precursor não tem sua origem neste mundo, mas está alicerçada na vontade de Deus.
Após essa afirmação sobre João, o Evangelho faz clara distinção entre o precursor e Jesus. João veio como testemunha, o que indica o propósito da missão que Deus conferiu ao Batista. A afirmação de que João veio para “dar testemunho da luz” define mais especificamente a missão do precursor.

O texto esclarece que a luz era o Verbo, o Filho de Deus.

“Para que todos cressem por meio dele” indica que o propósito da missão de João é despertar a fé nas pessoas. Fé que é muito mais que mero sentimento, pois exige mudança de pensamento e testemunho de vida.

O relato do Evangelho continua com a vinda de uma delegação oficial dos fariseus, enviada de Jerusalém para investigar o Batista. Os fariseus insistem em saber a identidade de João e a natureza da missão dele, ou seja, queriam ter certeza da ortodoxia dele, se ele ensinava ou não de acordo com a doutrina.

Além disso, era dever dos líderes judeus, perante as autoridades romanas, a manutenção da paz na Judeia, pois, caso contrário, eles corriam o risco de perder sua posição de autoridade. João era uma daquelas pessoas que atraíam multidões, o que o tornava suspeito de provocar uma revolução.

João, ao final, identifica-se, recorrendo a uma citação do profeta Isaías (Is 40,3). Ele não é o Cristo, nem o profeta, mas apenas uma voz conclamando as pessoas a se prepararem para a vinda de Cristo. É aqui que a missão de João diz respeito a nós hoje, que nos preparamos para o Natal e para a segunda vinda de Cristo. É necessário preparar o caminho, isto é, remover todos os obstáculos que impedem a marcha da ação de Cristo em nossa vida.

Os fariseus também queriam saber com que autoridade João exigia dos judeus o batismo. O profeta responde, marcando nítido contraste entre si e seu sucessor: deixa de lado a questão do batismo e aponta para o Cristo, desconhecido deles. Estabelece a grandeza daquele que está chegando, em comparação à indignidade pessoal do precursor. Ele usa uma imagem do cotidiano daquela época, pois o escravo tinha a tarefa de desatar a sandália de seu amo, mas João não se sente digno nem disso. Dessa forma, o Batista rejeita categoricamente qualquer pretensão de grandeza.

Devemos nos situar na mesma atitude de João: dar a oportunidade, ao mundo atual, de acolher e “conhecer” Jesus, “aquele” que o Pai enviou. Cristo é o único que tem uma proposta de vida plena para a humanidade.

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