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JMJ Panamá: “Cinta Costera” receberá encontros com o Papa

“Cinta Costera Uno” – a orla ao longo do oceano – será o local que receberá os principais eventos com o Papa Francisco da Jornada Mundial da Juventude no Panamá, que se realizará de 22 a 27 de janeiro de 2019.

O local já havia sido indicado pela consulta feita às Conferências Episcopais de várias partes do mundo e a escolha foi precedida pela avaliação da Gendarmaria vaticana, segundo informou o Arcebispo do Panamá Dom José Domingo Ulloa Mendieta, durante uma coletiva de imprensa.

Respeitados critérios de sobriedade e sustentabilidade

Dentro da “Cinta Costera Uno” – considerada idônea também para garantir a segurança do Pontífice – serão acolhidos, segundo o Comitê Organizador Local – mais de 375 mil jovens.

Os critérios usados na escolha foram a capacidade de receber os peregrinos nos atos centrais, a quantidade adequada de acessos, a administração de emergências e a gestão com os residentes.

Para quem não participará como “peregrino oficial”, serão organizados espaços complementares dentro e fora da “Cinta Costera”, de maneira que também estes possam compartilhar da melhor maneira a riqueza dos atos principais, porém, os inscritos terão prioridade.

A organização do evento seguirá critérios de sustentabilidade e de sobriedade, “como pedido pelo Papa”.

 

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Acordo entre Santa Sé e Chile sobre troca de informação financeira

A Unidade de Análise Financeira (UAF) do Chile e a Autoridade de Informação Financeira (AIF) da Santa Sé, assinaram um Memorandum de Intenções (MOU, sigla em inglês), para facilitar a troca de informações de inteligência financeira para prevenir e combater lavagem de dinheiro, o financiamento ao terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa.

Esse compromisso baseia-se na Carta e no Guia de princípios do Grupo Egmont, e na Recomendação N. 29 do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) sobre Unidades de Inteligência Financeira.

O Memorandum subscrito facilitará a análise de casos em que exista suspeita dos delitos de lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e proliferação de armas.

Outrossim, servirá de base para uma cooperação recíproca construtiva, que promoverá a transparência e integridade dos setores financeiros e econômico mundial.

Neste contexto é que o Memorandum coloca ênfase especial na proteção da informação compartilhada, por meio de mecanismos que garantam a segurança e a confidencialidade, e também que somente será usada para o fim para o qual foi solicitada ou proporcionada.

O documento foi firmado pelos Diretores da UAF do Chile e da AIF da santa Sé, Javier Cruz e Tommaso Di Ruzza, respectivamente.

 

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Card. Orani: JMJ provou que a paz é contagiante

O anfitrião do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 foi o Arcebispo da cidade, Dom Orani João Tempesta, que foi criado Cardeal depois daquela experiência.

Em entrevista à Rádio do Vaticano, o Card. Tempesta definiu como “privilégio” receber o Papa em sua primeira viagem internacional.

“Aquilo que me vem à cabeça é que foi uma graça de Deus. Uma graça de Deus seja para os jovens que vieram para a Jornada, seja para o povo fluminense e carioca, que acolheu, que teve gestos de carinho. E naqueles tempos, que também eram difíceis – havia muita violência e outros problemas -, foi um tempo em que se viu que é possível o entendimento, o acolhimento às pessoas nas suas casas.

Paz que contagia

Dom Orani recorda que embora houvesse uma multidão circulando pela cidade, havia paz entre as pessoas, “com carinho sendo recebido e transmitido. Creio que seja uma bela demonstração de como uma visita cristã contagia com o bem e a paz este mundo”.

Quanto ao legado da JMJ, o Arcebispo aponta o protagonismo e a participação sempre crescente dos jovens na vida da Igreja. “Uma experiência que mudou inclusive o jeito de ser da própria Arquidiocese.”

 

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Legião de Honra à carmelita libanesa por trabalho no campo educativo e inter-religioso

Após ter sido condecorada duas vezes no passado com a Palma Acadêmica, em 14 de julho foi a vez de ser nomeada Cavaleira da Legião de Honra, única responsável religiosa a receber este prestigioso reconhecimento.

Trata-se da Irmã Mariam na-Nour (no século Antoinette Awit), de 66 anos, carmelita libanesa, há quase 20 anos dirigindo o Collège Carmel Saint-Joseph de Mechref, ao sul de Beirute, instituto francófono reconhecido no Líbano e não só, pelo espírito de abertura e promoção do diálogo inter-religioso.

A honorificência a ela atribuída é um reconhecimento pelos quarenta e quatro anos de ensino no colégio – começou no ano escolar 1973-1974, recém formada em filosofia -, mas sobretudo pelas iniciativas concretas que leva em frente diariamente, que vão desde cerimônias islâmico-cristãs para celebrar a Anunciação até a partilha do Iftar com os estudantes de todas as confissões durante o Ramadã, passando pelas sessões de reflexão e análise com os docentes sobre questões religiosas e até um coral.

No Instituto católico no Líbano promove “uma forma de laicidade construída em cima de valores que ligam profundamente os homens entre eles”, declara a religiosa ao “La Croix”, que dedicou a ela a edição de 19 de julho.

O Collège Carmel Saint-Joseph recebe a cada ano 765 alunos de todas as confissões religiosas, independente do estrato social ou da orientação política.

Esta abertura ao outro, às diferenças, vem da própria educação, visto ter vivido no seio de uma família de oito filhos, muito praticante, sem falar em seu envolvimento com o escotismo quando jovem.

Daqui, a sensação de ser “conquistada pela palavra de Cristo, o único que não pode mentir aos homens”.

Em 1975 torna-se postulante, data que coincide com o início da guerra civil libanesa, durante a qual pronunciará, em 1983, os votos solenes.

“Nos anos do conflito – conta ela – mantivemos abertas as portas de nosso instituto, trabalhamos sob as bombas, mas sempre nos deixamos animar pela nossa paixão pela reconciliação”.

Quando, em 1998, a Congregação pediu a ela para assumir o colégio, Ir Mariam, junto a outras sete religiosas da comunidade libanesa e a 125 leigos do grupo de ensino, viu-se diante de múltiplas problemáticas ligadas aos conflitos de religião. Porém, estava profundamente convencida de que “a nossa instituição tem um papel fundamental a desempenhar na aproximação entre muçulmanos e cristãos”.

A Legião de Honra é uma condecoração honorífica francesa. Foi instituída em 20 de maio de 1802 por Napoleão Bonaparte e recompensa os méritos eminentes militares ou civis à nação.

 

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Editorial: Papa Francisco, nós também ficamos com saudades

Em 22 de julho de 2013 o Papa Francisco chegava ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, naquela que foi a primeira viagem apostólica de seu Pontificado, iniciado em março.

Coincidentemente, justamente a um país latino-americano, continente que dava seu primeiro Pontífice à Igreja. Para Bergolio, seria também a primeira ocasião para o encontro com multidões fora dos encontros da Praça São Pedro.

Logo no início, um equívoco no trajeto da comitiva, parada em meio a um congestionamento, causou apreensão aos milhares de brasileiros – e não só – que acompanhavam pela televisão a chegada do Papa argentino ao Brasil. Mas não o suficiente para tirar o bom humor de Francisco, que manteve os vidros abertos durante todo o trajeto, fazendo questão de responder aos primeiros gestos de carinho dos brasileiros.

Encontro, proximidade, superação de barreiras, o arriscar-se – palavras sempre tão citadas pelo Papa jesuíta – eram gestos já concretos nestas primeiras horas em solo brasileiro.

Nesta sua primeira viagem à América do Sul, Francisco quis tocar com as mãos uma realidade que já lhe era bem conhecida, ainda dos tempos vividos em Buenos Aires como sacerdote e Arcebispo.

Assim, visitou o Santuário nacional de Aparecida, o Hospital São Francisco de Assis com a inauguração do Polo de Atendimento a Dependentes Químicos, a Comunidade de Varginha, encontrou indígenas e a sociedade civil no Teatro Municipal – onde falou da importância do diálogo construtivo -participou da Vigília com os jovens, encontrou a juventude argentina na Catedral do Rio a quem exortou a fazer “lio”, barulho, encontrou 60 bispos do CELAM, encontrou os voluntários da JMJ.

A Jornada realizava-se em meio a uma onda de protestos contra os gastos na copa, e que pedia investimentos em saúde e educação. Não faltou quem protestasse contra o apoio do Estado na organização da JMJ.

Mas a presença do Papa Francisco cativou o coração dos brasileiros, que aliado ao espírito pacífico que movia os jovens do mundo inteiro que estavam no Rio de Janeiro, acabou por criar uma atmosfera de paz e solidariedade, e não de confronto.

Em seus deslocamentos pelas ruas do Rio, o Papa era saudado por multidões. Todos queriam tocar, queriam ver o Papa, queriam estar próximos a ele, queriam registrar em imagens aquele que visitava o país também como discípulo missionário.

Passados quatro anos, permanecem ainda vivas na memória as imagens dos brasileiros lançando flores, bandeiras, roupas, bilhetes, fotografias em direção ao Papamóvel. Permanecem na memória os tantos abraços e sorrisos de Francisco aos brasileiros durante sua visita.

Permanece na memória o flash mob gigantesco na Praia de Copacabana, onde sacerdotes e bispos dançaram junto com os jovens. Os 2 milhões de jovens na Via Sacra, os 3,5 milhões na Vigília.

Jovens de 175 países, mesmo com línguas e culturas diferentes, dando um testemunho de convivência, de solidariedade, de civilidade, de tolerância, de superação.

Nem a mudança de local da Vigília pelo mau tempo, que seria realizada no Campus Fidei, foi capaz de tirar o ânimo dos participantes, do megaencontro que teve por tema “Ide e fazei discípulos em todas as nações”.

“Penso que podemos aprender algo daquilo que sucedeu nestes dias: por causa do mau tempo, tivemos de suspender a realização desta Vigília no “Campus Fidei”, em Guaratiba, disse o Papa. Não quererá porventura o Senhor dizer-nos que o verdadeiro “Campus Fidei”, o verdadeiro Campo da Fé não é um lugar geográfico, mas somos nós mesmos? Sim, é verdade! Cada um de nós, cada um de vocês, eu, todos. E ser discípulo missionário significa saber que somos o Campo da Fé de Deus”.

No último dia de Francisco no Brasil, a Missa de encerramento da JMJ, também chamada “Missa de envio”, reuniu 3,7 milhões de peregrinos, tendo sido a segunda edição com mais fiéis na história do evento, atrás apenas da JMJ Manila 1995, que teve cerca de 4 milhões de peregrinos.

Antes de retornar ao Vaticano, em seu último discurso, o Papa falou: “Nesse momento já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, esse povo tão grande, de grande coração, esse povo tão amoroso. Este Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos e que Deus os abençoe”.

O Brasil, Papa Francisco, também ficou com saudades do senhor e dos momentos de paz que sua presença deixou. E também nós, neste momento, precisamos de sua proximidade e de sua oração.

 

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