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O Diálogo Inter-religioso: a mulher na educação à fraternidade universal

“O papel da mulher na educação à fraternidade universal.” Esse é o tema da sessão plenária do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Presididos pelo chefe do dicastério vaticano, Cardeal Jean-Louis Tauran, os trabalhos dessa sessão terão lugar na quarta e quinta-feira, dias 7 e 8 de junho.

Segundo comunicado desta terça-feira difundido pela Sala de Imprensa da Santa Sé, os membros e consultores do organismo pontifício são convidados à sessão plenária.

Quatro reflexões para desenvolver o tema proposto

O tema será abordado de um ponto de vista geral com quatro reflexões confiadas à biblista Nuria Calduch-Benages, da Pontifícia Universidade Gregoriana, que falará sobre “A mulher educa à fraternidade universal. Reflexão bíblico-sapiencial”;

à Irmã Raffaele Petrini, docente de doutrina social da Igreja no Instituto Angelicum de Roma, que desenvolverá a reflexão “Qualidades femininas contra o paradigma tecnocrático: Uma perspectiva social católica sobre a contribuição das mulheres à fraternidade”;

à defensora dos direitos dos menores em Paris, Marie Derain, que refletirá “Construir a paz: o percentual de mulheres”;

e, por fim, a Clare Amos, do Conselho Mundial de Igrejas, que desenvolverá “O papel das mulheres na educação rumo à fraternidade universal: uma perspectiva do Conselho Mundial de Igrejas”.

Atividades do Pontifício Conselho nos últimos anos

Estão também previstos momentos de reflexão sobre o tema e troca de informações sobre o diálogo inter-religioso. O secretário do dicastério, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, exporá aos participantes as atividades do Pontifício Conselho nos últimos anos.

“A Assembleia plenária representa sempre uma feliz e oportuna ocasião para refletir sobre a atual situação do diálogo inter-religioso em várias partes do mundo e para aprofundar qual deve ser o papel da comunidade cristã em prol da promoção do papel da mulher na educação à fraternidade e para a construção de melhores relações com os membros de outras religiões”, lê-se na nota.

Na conclusão dos trabalhos, os participantes da plenária serão recebidos em audiência pelo Papa Francisco.

 

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Card. Poupard enviado do Papa a Avinhão

Avinhão (RV) – O Cardeal Paul Poupard foi recebido em audiência pelo Papa Francisco no Vaticano, na segunda-feira, 5 de junho.

O Presidente emérito dos Pontifícios Conselhos para a Cultura e Diálogo Interreligioso, será o enviado especial do Pontífice à Avinhão, na França, para as celebrações – que terão lugar de de 23 a 25 de junho – do sétimo centenário da presença dos Papas no “enclave”.

Em março de 2009, o Cardeal Poupard já havida sido o enviado especial do Papa Bento XVI para a abertura das celebrações do sétimo centenário da presença em Avignon dos Papas, que durou de 1309 a 1377.

Em 1307, o Papa Clemente V (Pontífice de 1305 a 1314), foi a Avinhão – então parte dos Estados Pontifícios – para resolver o conflito com o Rei da França – Filipe, o Belo – sobre o destino dos Templários.

Avinhão se tornou a “Cidade dos Papas”, visto que oito Pontífices alí residiram: João XXII (1316-1334), Bento XII (1334-1342), Clemente V (1342-1352), Inocêncio VI (1352-1362) Clemente VI (1342-1352), Inocêncio VI (1352-1362), Urbano V (1362-1370) e Gregorio XI (1370-1378), o último papa francês, que retornou a Roma em 1377.

Este período “canônico” do Papado em Avinhão foi marcado pelo “grande Cisma do Ocidente”, que viu vários Papa e antipapas coexistindo contemporaneamente na Europa.

Os dois antipapas de Avinhão, Clemente VII (1378-1394) e Bento XIII (1394-1423), não são reconhecidos como “sucessores” de Pedro.

Hoje, a cidade da residência de verão dos Papas, a 30 km de Roma, Castel Gandolfo, está geminada com o Châteauneuf-du-Pape, também conhecido pelo seu vinho.

O Papado de Avinhão, conhecido também como “Cativeiro de Avignon”, diz respeito a um período da história do papado e da Igreja Católica, compreendido entre 1309 e 1377, quando a residência do Papa foi transferida de Roma para Avinhão.

À medida que o poder real foi se fortalecendo na França, surgiram conflitos com a Igreja. Durante o reinado de Filipe IV de França, o Belo (1285-1314), registou-se um choque entre esse soberano e o então Papa Bonifácio VIII. O Papa não permitia que o rei cobrasse tributos da igreja francesa.

O sucessor do Papa Bonifácio VIII, Clemente V, foi levado pelo rei francês para residir em Avinhão, dando origem aos papas franceses que viveram naquela cidade.

Este episódio é conhecido como a “Crise de Avinhão”, que deu início ao período conhecido como “cativeiro babilônico dos Papas” (ou da Igreja), uma alusão ao exílio bíblico de Israel na Babilônia.

Este apelido é controverso pelo que se refere à crítica expressa do fato de a prosperidade da Igreja deste tempo ter sido acompanhada de um profundo compromisso da integridade espiritual do papado, especialmente no que toca à alegada submissão dos poderes da Igreja às ambições do Imperador francês.

O Rei Filipe IV de França conseguiu que fosse eleito um Papa um francês em 1305 (que adotou o nome de Clemente V) e, em 1309, persuadiu-o a deslocar a sede papal de Roma para Avinhão, às margens do rio Ródano.

Em 1377 a residência do Pontífice foi transferida de volta a Roma por Gregório XI, que faleceu um ano mais tarde, enquanto um Papa rival era eleito em Avinhão.

Houve um período de controvérsia entre 1378 e 1414 ao qual escolásticos católicos se referem como o “Cisma Papal”, ou, “A grande controvérsia dos Anti-Papas” (também chamado “o segundo Grande Cisma” ou Grande Cisma do Ocidente por muitos historiadores protestantes ou seculares), quando facções da Igreja Católica se dividiram quanto aos vários pretendentes a Papa.

O Concílio de Constança, em 1414 resolveu finalmente esta controvérsia, desmantelando os últimos vestígios do papado de Avinhão.

O vinho Châteauneuf du Pape (“o novo Castelo do Papa”), leva o nome daquela que foi a nova residência do antipapa em Avinhão.

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Bispo sueco será o primeiro cardeal escandinavo: “uma surpresa”, diz

Estocolmo (RV) -“Jamais na história, nem mesmo no período medieval, estas nações tiveram um cardeal. É importante que o norte da Europa, que é pouco conhecida no mundo católico, agora tenha uma presença particular na Igreja universal.”

São palavras do bispo de Estocolmo, Dom Anders Arborelius, que será criado cardeal no próximo Consistório a ser presidido pelo Papa Francisco em 28 de junho, no qual criará também outros quatro cardeais. Dom Arborelius será o primeiro purpurado escandinavo.

Notícia do cardinalato recebida sem aviso prévio

Entrevistado pela agência Sir, o prelado conta a emoção destes dias após o anúncio feito pelo Santo Padre no Regina Caeli de 21 de maio passado e declara ter recebido a notícia sem nenhum aviso prévio:

“Foi uma surpresa. Um sacerdote encontrou a notícia na internet e me mostrou também o vídeo com o Papa pronunciando meu nome e a nomeação.”

Senti incapacidade e pequenez, mas também gratidão

No início não acreditava que fosse verdade – continua –, mas quando entendi que era isso mesmo fiquei comovido e senti a minha incapacidade e a minha pequenez diante de tão alta tarefa, mas ao mesmo tempo senti gratidão porque o Papa quis reforçar a nossa Igreja local, bem com a do Mali e do Laos. O Santo Padre tem uma preferência pela periferia também na Igreja.”

Respondendo sobre como mudará seu modo de ser bispo, Dom Arborelius diz não saber exatamente. A vida aqui será a mesma, o trabalho permanece. Talvez tenhamos mais atenção por parte da opinião pública por se tratar de um cardeal.

Conversão ao catolicismo

O futuro purpurado fala também de sua conversão: “Fui batizado e crescido na Igreja luterana, mas nunca fui muito ativo. Desde criança tive contatos com a Igreja católica e me sentia profundamente atraído por ela, razão pela qual a passagem não foi tão radical”. (RL)

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Homilia na Casa Santa Marta: um cristão jamais deve ser hipócrita

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre celebrou uma Santa Missa, na manhã desta terça-feira (6/6), na Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano, durante a qual fez sua habitual homilia.

Em sua reflexão, o Papa falou sobre a “hipocrisia” entre os doutores da Lei, que são hipócritas porque pensam uma coisa e dizem outra:

“A hipocrisia não era a linguagem de Jesus e tampouco deve ser a dos cristãos. Logo a sua linguagem deve ser verdadeira. Por isso, advertiu os fiéis para as tentações da hipocrisia e da adulação. Um cristão não pode ser hipócrita e um hipócrita não é cristão. O hipócrita é sempre um adulador, quem mais, quem menos”.

Com efeito, os Doutores da Lei procuravam adular Jesus. Por este motivo Jesus os chamava hipócritas. Os hipócritas sempre começam com a adulação e a adulação é não dizer a verdade, é exagerar e aumenta a vaidade.

Assim Francisco comentou o caso de uma padre, que conheceu há muito tempo, que “aceitava todas as adulações que lhe faziam”; tais adulações eram a sua fraqueza.

Jesus nos faz ver a realidade que é o contrário da hipocrisia e da ideologia. A adulação, frisou Francisco, começa com a má intenção.

Era o caso dos Doutores da Lei, que colocavam Jesus à prova, começando com a adulação e, depois, fazendo-lhe a pergunta: “É justo pagar a Cesar”? E o Papa respondeu:

“O hipócrita tem duas caras. Mas, Jesus conhecendo a sua hipocrisia, disse claramente: ‘Por que vocês me colocam à prova? Tragam-me uma moeda, quero vê-la. Assim Jesus responde sempre aos hipócritas e responde concretamente à realidade das ideologias”.

A realidade é assim, bem diferente da hipocrisia ou da ideologia. Eles entregam a moeda a Jesus e Ele lhes responde com sabedoria, partindo da imagem de Cesar na moeda: “Dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”.

A seguir, Francisco refletiu sobre um terceiro aspecto: a linguagem da hipocrisia é a linguagem do engano; é a mesma linguagem da serpente com Eva. Começa-se com a adulação para depois destruir as pessoas, a ponto de “extirpar a personalidade e a alma de uma pessoa”. Logo, a hipocrisia mata as comunidades. Quando há hipócritas em uma comunidade ela corre um grande perigo, um perigo terrível.

Em sua homilia, Francisco exorta os fiéis a seguir os conselhos de Jesus: “Que seu modo de falar seja “sim, sim, “não, não”. O supérfluo pertence ao maligno. Assim, afirmou com amargura, a hipocrisia mata a comunidade cristã e faz tanto mal à Igreja e adverte aqueles cristãos que têm este comportamento pecaminoso, que mata:

“O hipócrita é capaz de matar uma comunidade. Fala com docilidade, mas julga brutalmente as pessoas. O hipócrita é um assassino, pois começa com a adulação. No final, utiliza a mesma linguagem do diabo para destruir as comunidades”.

O Papa concluiu sua homilia convidando os presentes a pedir ao Senhor a graça “de jamais sermos hipócritas, mas que saibamos dizer a verdade. Se não pudermos dizê-la, calemos. O importante é nunca ser hipócritas”. (MT)

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Deus não é um espectador do mundo, afirma cineasta católico

Santiago (RV) – O cineasta católico espanhol Juan Manuel Cotelo encorajou comunicadores a serem “transmissores de Deus”, o qual “não é um espectador do mundo que aponta para nós, mas está permanentemente à conquista de corações”. O jornalista e diretor de filmes como Footprints, La ultima cima e Terra de Maria conversou com o Grupo ACI durante a sua visita ao Chile para participar do XII Congresso Católicos e Vida Pública.

Conselho a comunicadores

O cineasta aconselhou os comunicadores católicos “a estarem muito perto de Deus para que Ele mesmo possa se comunicar através de nós, esta é a missão de qualquer apóstolo”. Segundo Cotelo, levar Deus às telas do cinema é uma experiência “de surpresa” ao ver que o resultado “provoca uma onda de amor em pessoas que custariam a acreditar”. Trata-se de “descobrir que Deus não está de férias, que não ficou sem bateria, que não é um espectador do mundo que aponta para nós, mas está permanentemente à conquista de corações”. “E como faz as coisas em equipe, se fez homem e age entre os homens, continua procurando pessoas que queiram se unir à sua equipe e, quando uma pessoa se une à equipe de Deus e aceita o seu convite, Ele permite ver como ele joga”, afirmou.

Boa Nova do Evangelho

O responsável pela produtora Infinito + 1 também se referiu aos comunicadores católicos e recordou que “se queremos transmitir Deus, temos que ter Deus. Na medida em que somos mais de Deus, quanto mais permitamos que Ele aja em nós, é mais fácil que sejamos transmissores de Deus”. “Ele é quem vai transmitir através de nós” a Boa Nova do Evangelho e, para isso, é fundamental “estar muito perto de Deus” e confiar nele.

Diante dos momentos de dificuldade, o cineasta sustentou que “nós não temos a planilha do Excel de Deus para poder dizer ‘agora tudo está indo muito bem’ ou ‘agora está fatal’”. “Com a nossa planilha de Excel diríamos que no momento da crucificação a coisa é fatal, não tem mais jeito. E a planilha de Deus diz ‘espera três dias que você vai me ver ressuscitar’”, explicou Cotelo.

Confie no poder de Deus

Por esta razão, “confie no poder de Deus, não no que você vê com os próprios olhos ou com a sua inteligência, deixe que Deus dê a última palavra, deixe Ele ser Deus, e você vai ressuscitar”.

“Através desta tristeza, desse desespero, desse ‘problemão’ que você não consegue encontrar uma solução, ou dessa falta de resultados, você vai ver como Deus constrói sobre isso algo positivo”, afirmou o cineasta católico. (SP-ACI Prensa)

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