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Roma: Curso “Exorcismo e oração de libertação” chega a XII edição

Roma (RV) – Realiza-se desde a segunda-feira (08/05) no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em Roma, a XII edição do curso “Exorcismo e oração de libertação”.

O objetivo do ciclo de palestras e mesas-redondas – que se concluirá no próximo sábado – é o de oferecer aos sacerdotes e leigos “instrumentos idôneos de formação sobre um tema às vezes omitido e controverso, ou seja, a prática do exorcismo e da oração de libertação”.

Entre os importantes conferencistas de renome internacional, a presença do Bispo de Frascati, Dom Raffaello Martinelli. A Rádio Vaticano conversou com ele:

“Penso que seja um tipo de serviço que é oferecido para refletirmos juntos, para individuar também maneiras melhores para intervir neste campo”.

RV: Este curso aborda temáticas como o demônio, a oração de libertação, temas ligados ao exorcismo. Por que, na sua opinião, estes assuntos encontram pouco espaço nas pregações?

“Efetivamente, se considera que são temas um pouco caídos em desuso, mesmo em nossa pregação e na nossa catequese, porém, o que também é belo e interessante, é que o Catecismo, quando fala destes temas, como o demônio, o diabo, satanás, sobre os Novíssimos e assim por diante, o faz sempre evidenciando e destacando a obra de Cristo, e portanto, indiretamente, o Catecismo ressalta o quanto é preciosa, bonita, o quanto é poderosa, eficaz, a ação de Cristo em nossas lutas, quando nos preserva ou nos liberta deste poder do diabo, que – sabemos bem – não é que esteja de braços cruzados, mas trabalha. Mas ao mesmo tempo, é Cristo que o vence, Aquele que nos preserva na luta contra este poder que, precisamente, é o diabo. Portanto, é importante sermos também nós capazes, na nossa pregação, em nossas catequeses, de falar sobre isto, mesmo porque diversas pessoas se dirigem a nós, sacerdotes, a nós bispos, pedindo uma ajuda; podemos portanto ressaltar sempre mais e sempre melhor a ação de Deus que, por meio de seu Filho morto e ressuscitado e no poder do Espírito Santo, nos dá realmente uma mão poderosa e nos preserva e nos liberta, justamente, destes poderes”.

RV: É necessário recordar – e isto é feito neste curso – que antes de se chegar ao exorcismo e à oração de libertação – que são meios extraordinários – é necessário utilizar os meios que a Igreja sempre coloca à disposição…

“Por exemplo, a escuta da Palavra de Deus, a oração, a participação a uma vida sacramental mais intensa, mais participada por meio do Sacramento da Confissão, o Sacramento da Eucaristia… Depois, certo, temos também estas orações especiais, tipo o exorcismo, e sem sombra de dúvida que também estas são importantes! Porém, muitas vezes, acontece que pessoas que pedem, quem sabe, uma intervenção especial, esquecem e não praticam os meios ordinários que a nossa fé cristã nos coloca à disposição e que por outro lado, também o Catecismo nos recomenda continuamente”. (FP/JE)

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CCEE: não obstante crise na Europa se entreveem sinais de esperança

Bruxelas (RV) – “Na Europa, não obstante viva uma crise, existem muitos sinais de renascimento, uma renovação do compromisso a fim de construir com seriedade novas relações entre os povos do continente. Está nascendo novamente o desejo de criar um continente em que os países não sejam inimigos entre si, mas colaboradores e solidários uns com os outros. Tudo isso faz entrever uma esperança. Diz que o projeto europeu não é um sonho, mas tem a necessidade de ser sempre refundado.”

Foi o que disse à Agência Sir, nesta terça-feira (09/05), o Secretário-Geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), Dom Duarte da Cunha, dia em que o continente europeu celebra a Festa da Europa, no aniversário da declaração histórica de Schuman.

“A história que deixamos para trás nos faz entender que para criar a Europa, a economia e os interesses financeiros não bastam. Se não se cultiva a dignidade da pessoa, se não se valoriza a solidariedade entre os povos, se não se promove a integração e não se respeitam as diversidades culturais, o projeto europeu se torna algo construído nos planos elevados e imposto. Isso não funciona. E não só. Corre-se o risco de aumentar o desconforto, provocar insatisfações e sufocar a esperança. A crise que estamos atravessando pode servir para tomar consciência de que a Europa, para não morrer, precisa de valores mais elevados”, sublinhou ainda Dom Cunha.

Segundo o Secretário-Geral do CCEE, no continente europeu “as Igrejas estão conscientes da necessidade de que a Europa precisa de uma alma. Por isso, trabalham juntas para testemunhar uma dimensão religiosa e ética sem a qual a Europa não pode progredir”.

“É uma responsabilidade comum que está fortemente se desenvolvendo no âmbito ecumênico. Por outro lado, as Igrejas vivem a crise de uma sociedade que se secularizou e se distanciou de Deus. Mas por outro lado, constatam que no âmbito institucional e público aumenta a relevância da religião, o respeito pelos valores religiosos, a consciência de não relegar as religiões ao âmbito privado, mas para envolvê-las na ação e na esfera pública”, frisou.
“É uma responsabilidade para as Igrejas e para a própria Europa.” “Porque”, explicou Dom Cunha, “se a Europa não faz referência a um horizonte elevado, se não abre espaço para Deus, a dignidade da pessoa termina e o outro se torna um concorrente, um inimigo, um perigo potencial.”

“Neste dia do aniversário em que recordamos a fundação europeia, gostaria de dizer às pessoas que vivem na Europa para abrirem o coração ao Senhor. Vocês encontrarão a plenitude da alegria sobre a qual construir um mundo novo”, concluiu.

(MJ)

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Santa Sé, Igrejas locais e o Dia Mundial das Comunicações Sociais

Cidade do Vaticano (RV) – Com a aproximação da Festa da Ascensão do Senhor e do 51ª Dia Mundial das Comunicações Socais, a serem celebrados em 28 de maio, a Direção Teológica-Pastoral da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, deseja promover e encorajar a partilha de recursos pastorais e produções de multimídia desenvolvidos pelos departamentos de comunicação social das Igrejas locais.

Neste sentido, o dicastério convida os agentes da Pastoral de Comunicação Social para enviarem ou indicarem os conteúdos elaborados a partir da Mensagem do Papa Francisco para o Dia, sobre o tema “Não tenhas medo, que Eu estou contigo” (Is 43, 5). Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo”.

O material e os recursos multimídias poderão ser enviados para o endereço gmcs2017@spc.va.

Os trabalhos, por sua vez, serão publicados no site institucional da Secretaria para a Comunicação (www.comunicazione,va), na seção dedicada ao Dia. (AG/JE)

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Nigéria: capela para celebrar centenário das Aparições de Fátima

Abuja (RV) – A fundação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ (AIS) construiu uma capela na Diocese de Pankshin, na Nigéria, no âmbito do centenário das Aparições de Nossa Senhora, em Fátima.

Nessa diocese, sessenta e cinco religiosas pertencentes à Congregação de Nossa Senhora de Fátima cuidam da educação religiosa de centenas de crianças. A Diocese de Pankshin, situada no Estado de Plateau, foi criada pelo Papa Francisco, em 18 de março de 2014.

Para celebrar o centenário das Aparições de Fátima, a poucos dias da Peregrinação do Papa Francisco ao Santuário português, nos próximos dias 12 e 13, ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ apresentou um projeto para a construção de uma capela no convento das irmãs nigerianas.

Além do centenário das Aparições, recordamos também “o 50° aniversário, em Fátima, da consagração de nossa fundação pontifícia ao Coração Imaculado de Maria”, comentou o Presidente internacional de ‘Ajuda à Igreja que Sofre’, Cardeal Mauro Piacenza.

“Em todos estes anos, a partir de 1947, quantas reconstruções, quantas ajudas materiais aos cristãos perseguidos, quantas ajudas para a boa formação dos sacerdotes, das consagradas e catequistas; quanta conscientização para não ignorar aqueles que vivem no sofrimento por fidelidade a Cristo!”

“A construção dessa capela numa nação em que os cristãos são perseguidos é um sinal concreto a fim de celebrar o centenário das Aparições e chamar a atenção das pessoas para essa área”, comentou o Diretor de AIS-Itália, Alessandro Monteduro.

“Nesses dias fala-se muito da Nigéria por causa da libertação de 82 estudantes sequestradas por Boko Haram. Porém, mas de cem delas ainda são prisioneiras. Devem ser libertadas e sem negociações. Portanto, esperamos um série de mobilização dos políticos do país”, concluiu Monteduro.

(MJ)

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Papa Francisco: caridade e bondade, estilo cristão

Cidade do Vaticano (RV) – Não resistir ao Espírito Santo, mas acolher a Palavra com docilidade: è a exortação do Papa Francisco na homilia pronunciada na manhã de terça-feira (09/05) na Casa Santa Marta. Bondade, paz e domínio de si são frutos daqueles que acolhem a Palavra, a conhecem e têm familiaridade com ela. Antes de iniciar, o Papa ofereceu a missa às irmãs da Casa Santa Marta, “que celebram o dia de sua fundadora, Santa Luisa de Marillac”.

Depois de refletir nos últimos dias sobre a resistência do Espírito Santo, as Leituras do dia falam de um comportamento contrário, característico dos cristãos, que é “a docilidade ao Espírito Santo”. E esta atitude foi o fulcro da homilia do Papa.

Depois do martírio de Estêvão, começou uma grande perseguição em Jerusalém. Somente os Apóstolos permaneceram, enquanto os ‘crentes’, os ‘leigos’, se dispersaram em Chipre, na Fenícia e em Antioquia, anunciando a Palavra apenas aos judeus. Mas em Antioquia, alguns começaram a anunciar Jesus Cristo também aos gregos, ‘pagãos’, porque sentiam que o Espírito Santo os impulsionava a fazer isto. “Foram dóceis”, explicou Francisco.

O Apóstolo Tiago, em sua carta, exorta a “acolher com docilidade a Palavra”. É preciso ser abertos e não “rígidos”. O primeiro passo no caminho da docilidade è, portanto, “acolher a Palavra”, ou seja, abrir o coração. O segundo é “conhecer a Palavra”, conhecer Jesus, que diz: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”. Conhecem porque são dóceis ao Espírito.

E depois existe o terceiro passo: a “familiaridade com a Palavra”:

“Levar sempre conosco a Palavra; lê-la, abrir o coração à Palavra e ao Espírito, que è quem nos faz entender a Palavra. E o fruto de receber a Palavra, de conhecê-la, de levá-la conosco, desta familiaridade com a Palavra, è grande… o comportamento de uma pessoa que age assim é de bondade, benevolência, alegria, paz, domínio de si, mansidão”.

Este é o estilo que dá a docilidade ao Espírito, prossegue Francisco:

“Mas eu devo receber o Espírito que me traz a Palavra com docilidade, e essa docilidade, não resistir ao Espírito vai me levar a este modo de vida, a este modo de agir. Receber com docilidade a Palavra, conhecer a Palavra e pedir ao Espírito Santo a graça de torná-la conhecida e, em seguida, dar espaço, para que esta semente germine e cresça nas atitudes de bondade, benignidade, benevolência, paz, caridade, domínio de si: tudo isso faz parte do estilo cristão”.

Na Primeira Leitura se narra que, quando em Jerusalém chega a notícia de que pessoas provenientes de Chipre e Cirene proclamavam a Palavra aos gentios em Antioquia, se assustaram um pouco e enviaram para lá Barnabé, perguntando-se – observou o Papa – como era possível que se pregasse a Palavra aos não circuncisos e como era possível que quem pregava não eram os Apóstolos, mas “essas pessoas que nós não conhecemos”. E “é bonito”, disse o Papa que quando Barnabé chegou a Antioquia e viu “a graça de Deus”, se alegra e exorta-os a “permanecerem com o coração resoluto, fiel ao Senhor”, porque ele era um homem “cheio do Espírito Santo”:

“Há o Espírito que nos guia para não cometermos erros, a aceitar com docilidade o Espírito, conhecer o Espírito na Palavra e viver segundo o Espírito. E isso é o oposto às resistências que Estevão criticava aos líderes, aos doutores da Lei: ‘Vocês sempre resistiram ao Espírito Santo’. Resistimos ao Espírito, fazemos resistência a Ele? Ou o acolhemos? Com docilidade: essa é a palavra de Tiago. ‘Acolher com docilidade’. Resistência contra docilidade. Vamos pedir essa graça”.

E o Papa conclui observando, “um pouco fora da homilia”, que “foi precisamente na cidade de Antioquia, onde nos foi dado o sobrenome”. Em Antioquia, na verdade, pela primeira vez os discípulos foram chamados cristãos. (CM-SP)

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