Card. Orani: JMJ provou que a paz é contagiante

O anfitrião do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 foi o Arcebispo da cidade, Dom Orani João Tempesta, que foi criado Cardeal depois daquela experiência.

Em entrevista à Rádio do Vaticano, o Card. Tempesta definiu como “privilégio” receber o Papa em sua primeira viagem internacional.

“Aquilo que me vem à cabeça é que foi uma graça de Deus. Uma graça de Deus seja para os jovens que vieram para a Jornada, seja para o povo fluminense e carioca, que acolheu, que teve gestos de carinho. E naqueles tempos, que também eram difíceis – havia muita violência e outros problemas -, foi um tempo em que se viu que é possível o entendimento, o acolhimento às pessoas nas suas casas.

Paz que contagia

Dom Orani recorda que embora houvesse uma multidão circulando pela cidade, havia paz entre as pessoas, “com carinho sendo recebido e transmitido. Creio que seja uma bela demonstração de como uma visita cristã contagia com o bem e a paz este mundo”.

Quanto ao legado da JMJ, o Arcebispo aponta o protagonismo e a participação sempre crescente dos jovens na vida da Igreja. “Uma experiência que mudou inclusive o jeito de ser da própria Arquidiocese.”

 

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Legião de Honra à carmelita libanesa por trabalho no campo educativo e inter-religioso

Após ter sido condecorada duas vezes no passado com a Palma Acadêmica, em 14 de julho foi a vez de ser nomeada Cavaleira da Legião de Honra, única responsável religiosa a receber este prestigioso reconhecimento.

Trata-se da Irmã Mariam na-Nour (no século Antoinette Awit), de 66 anos, carmelita libanesa, há quase 20 anos dirigindo o Collège Carmel Saint-Joseph de Mechref, ao sul de Beirute, instituto francófono reconhecido no Líbano e não só, pelo espírito de abertura e promoção do diálogo inter-religioso.

A honorificência a ela atribuída é um reconhecimento pelos quarenta e quatro anos de ensino no colégio – começou no ano escolar 1973-1974, recém formada em filosofia -, mas sobretudo pelas iniciativas concretas que leva em frente diariamente, que vão desde cerimônias islâmico-cristãs para celebrar a Anunciação até a partilha do Iftar com os estudantes de todas as confissões durante o Ramadã, passando pelas sessões de reflexão e análise com os docentes sobre questões religiosas e até um coral.

No Instituto católico no Líbano promove “uma forma de laicidade construída em cima de valores que ligam profundamente os homens entre eles”, declara a religiosa ao “La Croix”, que dedicou a ela a edição de 19 de julho.

O Collège Carmel Saint-Joseph recebe a cada ano 765 alunos de todas as confissões religiosas, independente do estrato social ou da orientação política.

Esta abertura ao outro, às diferenças, vem da própria educação, visto ter vivido no seio de uma família de oito filhos, muito praticante, sem falar em seu envolvimento com o escotismo quando jovem.

Daqui, a sensação de ser “conquistada pela palavra de Cristo, o único que não pode mentir aos homens”.

Em 1975 torna-se postulante, data que coincide com o início da guerra civil libanesa, durante a qual pronunciará, em 1983, os votos solenes.

“Nos anos do conflito – conta ela – mantivemos abertas as portas de nosso instituto, trabalhamos sob as bombas, mas sempre nos deixamos animar pela nossa paixão pela reconciliação”.

Quando, em 1998, a Congregação pediu a ela para assumir o colégio, Ir Mariam, junto a outras sete religiosas da comunidade libanesa e a 125 leigos do grupo de ensino, viu-se diante de múltiplas problemáticas ligadas aos conflitos de religião. Porém, estava profundamente convencida de que “a nossa instituição tem um papel fundamental a desempenhar na aproximação entre muçulmanos e cristãos”.

A Legião de Honra é uma condecoração honorífica francesa. Foi instituída em 20 de maio de 1802 por Napoleão Bonaparte e recompensa os méritos eminentes militares ou civis à nação.

 

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Editorial: Papa Francisco, nós também ficamos com saudades

Em 22 de julho de 2013 o Papa Francisco chegava ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, naquela que foi a primeira viagem apostólica de seu Pontificado, iniciado em março.

Coincidentemente, justamente a um país latino-americano, continente que dava seu primeiro Pontífice à Igreja. Para Bergolio, seria também a primeira ocasião para o encontro com multidões fora dos encontros da Praça São Pedro.

Logo no início, um equívoco no trajeto da comitiva, parada em meio a um congestionamento, causou apreensão aos milhares de brasileiros – e não só – que acompanhavam pela televisão a chegada do Papa argentino ao Brasil. Mas não o suficiente para tirar o bom humor de Francisco, que manteve os vidros abertos durante todo o trajeto, fazendo questão de responder aos primeiros gestos de carinho dos brasileiros.

Encontro, proximidade, superação de barreiras, o arriscar-se – palavras sempre tão citadas pelo Papa jesuíta – eram gestos já concretos nestas primeiras horas em solo brasileiro.

Nesta sua primeira viagem à América do Sul, Francisco quis tocar com as mãos uma realidade que já lhe era bem conhecida, ainda dos tempos vividos em Buenos Aires como sacerdote e Arcebispo.

Assim, visitou o Santuário nacional de Aparecida, o Hospital São Francisco de Assis com a inauguração do Polo de Atendimento a Dependentes Químicos, a Comunidade de Varginha, encontrou indígenas e a sociedade civil no Teatro Municipal – onde falou da importância do diálogo construtivo -participou da Vigília com os jovens, encontrou a juventude argentina na Catedral do Rio a quem exortou a fazer “lio”, barulho, encontrou 60 bispos do CELAM, encontrou os voluntários da JMJ.

A Jornada realizava-se em meio a uma onda de protestos contra os gastos na copa, e que pedia investimentos em saúde e educação. Não faltou quem protestasse contra o apoio do Estado na organização da JMJ.

Mas a presença do Papa Francisco cativou o coração dos brasileiros, que aliado ao espírito pacífico que movia os jovens do mundo inteiro que estavam no Rio de Janeiro, acabou por criar uma atmosfera de paz e solidariedade, e não de confronto.

Em seus deslocamentos pelas ruas do Rio, o Papa era saudado por multidões. Todos queriam tocar, queriam ver o Papa, queriam estar próximos a ele, queriam registrar em imagens aquele que visitava o país também como discípulo missionário.

Passados quatro anos, permanecem ainda vivas na memória as imagens dos brasileiros lançando flores, bandeiras, roupas, bilhetes, fotografias em direção ao Papamóvel. Permanecem na memória os tantos abraços e sorrisos de Francisco aos brasileiros durante sua visita.

Permanece na memória o flash mob gigantesco na Praia de Copacabana, onde sacerdotes e bispos dançaram junto com os jovens. Os 2 milhões de jovens na Via Sacra, os 3,5 milhões na Vigília.

Jovens de 175 países, mesmo com línguas e culturas diferentes, dando um testemunho de convivência, de solidariedade, de civilidade, de tolerância, de superação.

Nem a mudança de local da Vigília pelo mau tempo, que seria realizada no Campus Fidei, foi capaz de tirar o ânimo dos participantes, do megaencontro que teve por tema “Ide e fazei discípulos em todas as nações”.

“Penso que podemos aprender algo daquilo que sucedeu nestes dias: por causa do mau tempo, tivemos de suspender a realização desta Vigília no “Campus Fidei”, em Guaratiba, disse o Papa. Não quererá porventura o Senhor dizer-nos que o verdadeiro “Campus Fidei”, o verdadeiro Campo da Fé não é um lugar geográfico, mas somos nós mesmos? Sim, é verdade! Cada um de nós, cada um de vocês, eu, todos. E ser discípulo missionário significa saber que somos o Campo da Fé de Deus”.

No último dia de Francisco no Brasil, a Missa de encerramento da JMJ, também chamada “Missa de envio”, reuniu 3,7 milhões de peregrinos, tendo sido a segunda edição com mais fiéis na história do evento, atrás apenas da JMJ Manila 1995, que teve cerca de 4 milhões de peregrinos.

Antes de retornar ao Vaticano, em seu último discurso, o Papa falou: “Nesse momento já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, esse povo tão grande, de grande coração, esse povo tão amoroso. Este Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos e que Deus os abençoe”.

O Brasil, Papa Francisco, também ficou com saudades do senhor e dos momentos de paz que sua presença deixou. E também nós, neste momento, precisamos de sua proximidade e de sua oração.

 

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Primeira viagem internacional de Francisco: Rio de Janeiro – JMJ 2013

Há quatro anos, o Papa Francisco fazia sua primeira Viagem Apostólica, que o levou precisamente ao nosso país, onde, no Rio de Janeiro se realizava o Dia Mundial da Juventude que teve como tema: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.

Os jovens são os grandes protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas também, através deles, mostrar ao mundo o ‘rosto’ jovem de Jesus.

A Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada 2 ou 3 anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma semana.

Origem das JMJ

As JMJ têm sua origem nos grandes encontros do Papa João Paulo II, em Roma, com os jovens. O primeiro Encontro Internacional da Juventude deu-se por ocasião do Ano Santo da Redenção, em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Na ocasião, o Papa entregou aos jovens a “Cruz” que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ.

Ano seguinte, 1985, foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março daquele mesmo ano, João Paulo II anunciou a instituição da “Jornada Mundial da Juventude”.

As JMJ são uma peregrinação dos jovens em torno do Santo Padre, com verdadeiras catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de esperança, amor e caridade, fraternidade.

JMJ no mundo

A primeira JMJ foi diocesana, em Roma, em 1986. A seguir, ocorreram os encontros mundiais: Buenos Aires (Argentina – 1987), com a participação de 1 milhão de jovens; Santiago de Compostela (Espanha – 1989), 600 mil; Czestochowa (Polônia – 1991), 1 milhão e 600 mil; Denver (Estados Unidos – 1993), 900 mil; Manila (Filipinas – 1995), 4 milhões; Paris (França -1997), 1 milhão e 200 mil; novamente Roma, (Jubileu da Juventude no ano 2000), 2 milhões; Toronto (Canadá – 2002), 800 mil; Colônia (Alemanha – 2005), 1 milhão e 200 mil; Sidney (Austrália – 2008), 500 mil; Madri (Espanha – 2011), 2 milhões; Rio de Janeiro (22 a 28 de julho de 2013), 3 milhões e 700 mil jovens; Cracóvia (Polônia – 2016), 2 milhões e 500 mil. E a próxima JMJ será no Panamá, de 22 a 27 de janeiro de 2019.

JMJ no Brasil

Em 22 de julho de 2013, o Papa Francisco chegava ao Rio de Janeiro.

Dia 23, solene abertura da JMJ.

Dia 24, breve visita ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida e visita o Hospital de São Francisco de Assis, no Rio de Janeiro.

Dia 25, visita à Comunidade de Varginha (Manguinhos); encontro com os jovens da Argentina; à noite, festa de acolhida dos jovens em Copacabana.

Dia 26, Sacramento da Confissão, no Parque da Boa Vista; encontro com os encarcerados e Angelus no Palácio Arcebispal; saudação à Comissão organizadora e benfeitores; almoço no Arcebispado com alguns jovens e Via Sacra na Praia de Copacabana.

Dia 27, celebração Eucarística na catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro; encontro com a classe dirigente, no Teatro Municipal; almoço com as autoridades eclesiais no Sumaré e, à noite, Vigília de Oração.

Dia 28, ultimo dia, celebração Eucarística conclusiva da JMJ e oração do Angelus; encontro com a Comissão de coordenação do CELAM, no Sumaré; encontro com os voluntários da JMJ; despedida no aeroporto Galeão.

Desta forma, o Papa Francisco concluiu sua primeira Viagem Apostólica internacional e a XXVIII JMJ.

Agora, rumo à XXXIV JMJ, em janeiro de 2019, no Panamá!

 

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EUA: Religiosas protestam contra construção de gasoduto

Uma pequena capela à céu aberto, rodeada por plantações. Quatro bancos e um altar feito com tábuas. O objetivo? Interromper o traçado de um gasoduto na Pensilvânia.

O protesto é organizado pelas Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo (“Adorers of the Blood of Christ”), Congregação muito comprometida com questões ambientais.

O caso foi parar nos tribunais. De um lado as religiosas e de outro, a empresa Williams Partners, que pretende construir o gasoduto Atlantic Sunrise Pipeline.

A Companhia tentou negociar com as religiosas, mas sem sucesso. Agora, na espera do veredito dos juízes, as irmãs se preparam para resistir, construindo esta capela improvisada no caminho e dizendo estarem preparadas para realizar uma vigília ininterrupta, caso for necessário.

As religiosas dizem ter se inspirado na Encíclica Laudato Si, com a qual o Papa Francisco dirige um caloroso apelo em favor da tutela da criação.

O projeto do gasoduto – explicou a Madre Linda Fisher, de 74 anos, uma das religiosas empenhadas na batalha – “vai contra tudo em que acreditamos. Nós acreditamos na proteção de toda a criação”.

Neste sentido, na denúncia apresentada ao Tribunal, as irmãs sustentam que a autorização federal ao gasoduto viola a sua liberdade religiosa.

A Congregação à qual pertencem as irmãs – com cerca de duas mil religiosas espalhadas em todo o mundo – já saiu a campo no Brasil contra a construção de uma hidrelétrica e na Guatemala contra uma mineradora de ouro.

Agora é a vez da pequena comunidade de Lancaster County colocar em prática “a ética do solo”.

Domingo passado, na missa celebrada à céu aberto, reuniram-se mais de 300 fiéis e apoiadores.

O traçado do Atlantic Sunrise Pipeline tem 10.200 milhas de extensão, indo do Texas a Nova Iorque, e envolve também os Estados fronteiriços.

Na realidade, o projeto é a ampliação de um gasoduto que já existe, o TransCon Natural Gas, uma obra gigantesca de mais de 3 bilhões de dólares.

 

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