Solenidade de São Pedro e São Paulo: os dois pilares da Igreja de Cristo

Solenidade de São Pedro e São Paulo: os dois pilares da Igreja de Cristo

Quando desejamos refletir bem, sem influência alguma de pessoas ou situações, nos retiramos para um local afastado e silencioso. Queremos estar a sós conosco na natureza e na presença de Deus. Foi o que Jesus fez com seus discípulos quando escolheu aquele que iria governar seu rebanho. O Senhor se dirigiu com eles a Cesaréia de Filipe, um lugar afastado do mundo judeu e significativo pela natureza, próximo ao monte Hermom e a uma das fontes do Jordão. Lá, na solidão e apenas na presença do Pai, checou o coração de Simão e o fez seu vigário. O eleito estava tão purificado, tão livre de apegos e amarras mundanas e tão cheio do Espírito que declarou a identidade de Jesus, reconhecendo-o como o Messias de Deus.

Por outro lado, Jesus confirmou seu nascimento na fé, dando-lhe outro nome, o de Pedro, pedra e indicando seu novo e definitivo encargo: confirmar seus irmãos na fé.

Além de graças para viver plenamente essa missão, Pedro as recebeu também para levá-la até o fim, quando dará glória a Deus através de sua morte na cruz, como o Mestre, só que de cabeça para baixo.

Simão nasceu de novo, recebeu outro nome, outra função na sociedade, aumentou enormemente seu compromisso na fé. Ao entregar-se na condução de seus irmãos, Pedro viveu momentos de alegria e de tristeza, de certezas e de abandono total na fé. O que passou a guiar sua vida, a ser fiel na missão recebida e abraçada foi a certeza da fidelidade do Senhor. Agora Pedro vai deixando Deus ser o oleiro, fazer dele um homem à imagem de Jesus. Por isso ele é pedra, não por causa de sua dureza, mas por causa de sua solidez e confiabilidade. Da dureza da pedra Pedro apenas guardou a resistência às investidas do inimigo. Nada pode vencê-lo.

Como chefe da Igreja, Pedro recebeu o poder de ligar e desligar, isto é, declarar o que está de acordo ou em desacordo com o projeto de Jesus. Por isso ele foi sempre esse homem renascido para a missão. Não será por este motivo que os papas mudam de nome?

Mas hoje também é o dia de São Paulo, a outra coluna da Igreja. Pedro é a coluna que nos confirma na fé e Paulo é a que evangeliza.

A liturgia nos propõe como reflexão a carta a Timóteo, onde o Apóstolo faz seu testamento e a revisão de sua vida cristã. De qualquer modo, Paulo, antes da conversão Saulo, também será assemelhado a Jesus, vítima sacrificada em favor de muitos. Ele deduz que o momento de seu martírio, de dar testemunho de Deus, está próximo.

Nessa ocasião foi feita a revisão de vida. Paulo teve consciência de que foi fiel à missão, que cumpriu o encargo de anunciar ao mundo o Evangelho. Teve consciência do quanto sofreu e padeceu por esse motivo e agradeceu a Deus por ter guardado a fé.

Em seguida Paulo expressou sua certeza no encontro com o Senhor, quando então será recompensado por tudo, através da convivência eterna com Ele.

Festejar os santos é praticar seus ensinamentos e seguir seus testemunhos de fé.

Que o Senhor nos ajude a louvar São Pedro e São Paulo, fazendo com que cada dia, cada despertar nós seja par nós um novo dia, o reinício da vida nova iniciada com o nosso batismo. Para isso é necessário abandonarmo-nos nas mãos de Deus, permitindo a Ele nos refazer, nos moldar segundo seu coração e confiando no resultado final que, como Paulo, só veremos no final da vida.

Que as alegrias e os êxitos, as dificuldades e os sofrimentos do dia-a-dia não impeçam nosso crescimento na fé, mas amadureçam e solidifiquem a ação do Espírito.

Finalmente, sirva-nos de referencial para a fidelidade a Cristo e sua Igreja, a conformidade de nossa vida aos ensinamentos de Pedro.

Que a celebração dessas duas colunas da Igreja seja uma ocasião de graças para o crescimento do Reino de Deus de nossa vida cristã!

 

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para a Solenidade de São Pedro e São Paulo)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Museus Vaticanos: restauração revela duas pinturas inéditas de Rafael

Cidade do Vaticano (RV) – Das restaurações em andamento na Sala de Constantino, dos Museus Vaticanos, chegou uma confirmação que era muito aguardada: duas figuras femininas, alegorias das virtudes da Amizade e da Justiça, são obra de Rafael.

O Vatican Magazine – quadro semanal televisivo de aprofundamento da Secretaria para a Comunicação/CTV – apresentou as primeiras imagens da figura da Comitas – a Amizade em latim – recém restaurada, e das primeiras sondagens de limpeza da figura da Justiça.

Graças ao trabalho dos restauradores dos Museus Vaticanos, coordenados por Maria Ludmilla Pustka – restauradora chefe do laboratório de restauração de pinturas dos Museus Vaticanos -, o histórico de arte Arnold Nesselrath, delegado para a área técnico-científica dos Museus Vaticanos e Diretor do Departamento para a Arte dos séculos XV e XVI, se obteve a confirmação daquilo que fontes da época relatavam.

Pouco antes de morrer de forma inesperada aos 37 anos, no dia de seu aniversário, devido a uma febre (entre 1519 e 1520) – o mestre Rafael Sanzio – que projetou e desenhou a decoração da sala destinada a banquetes, nomeações de cardeais e recepção de embaixadores e autoridades políticas, pintou com as próprias mãos duas figuras na sala, posteriormente completadas pelos alunos, entre os quais despontam Giulio Romano e Giovan Francesco Penni.

O restaurador Fabio Piacentini, trabalhando desde março de 2015 na Sala de Constantino, explicou ao Vatican Magazine:

“Analisando precisamente a pintura “de visu”, nos damos conta que era certa a participação do mestre, do grande Rafael. Nos deparamos com uma pintura feita a óleo sobre a parede, que é uma técnica realmente particular. Efetuadas as primeiras provas de limpeza e retirando todas as substâncias acumuladas no decorrer dos séculos durante restaurações mais antigas, eis que surge a preciosidade da pintura e o traço pictórico típico do mestre. A técnica usada é aquela que Rafael havia usado para a decoração de toda a sala. Sobre a parede aplica um estrato suficientemente espesso de uma resina natural conhecida também como “pez grega” e sobre ele, depois, pintou como se fosse uma pintura sobre tela, ou melhor ainda, sobre mesa”.

Confirma isto o Professor Arnold Nesselrath, delegado para a área técnico-científica dos Museus Vaticanos:

“Sabia-se, de fontes do século XVI, que Rafael havia pintado ainda duas figuras nesta sala. Sabíamos que antes de morrer tinha feito ainda duas tentativas na técnica a óleo nesta sala. Estas duas figuras são, com efeito, pintadas a óleo, como dizem as fontes, e são de uma qualidade muito superior àquelas que estão junto delas. Rafael era um grande aventureiro na pintura, sempre experimentava algo diferente. Quando entendia como funcionava uma coisa, tentava o próximo desafio. E assim, quando chega na sala maior do apartamento pontifício, decide pintar esta sala a óleo. Conseguiu pintar somente duas figuras e os alunos, mais tarde, continuaram no método tradicional e deixaram estas duas figuras autógrafas do mestre”. (JE)

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Cardeal Hummes: Amazônia é um sonho a se realizar, aponta ao futuro

Cardeal Hummes: Amazônia é um sonho a se realizar, aponta ao futuro

O cardeais presentes em Roma para participar do Consistório e da missa no dia de São Pedro e São Paulo com os novos arcebispos metropolitanos, apreciaram muito a homilia do Papa na missa em que concelebraram com ele seus 25 anos de ordenação episcopal. A RV conversou com Dom Cláudio Hummes, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, e da REPAM, Comissão Episcopal para a Amazônia, sobre vários temas. A íntegra da entrevista (confira em nossa página no Facebook) vai ao ar em nosso especial ‘Em Romaria’ quinta-feira (29/06).

Neste espaço, propomos o trecho em que Dom Cláudio, prestes a completar 83 anos, propõe uma relação entre os seus projetos futuros e o pedido do Papa aos cardeais para que continuem a sonhar, sem ‘fechar’ sua vida e sua história. Veja:

“Na homilia, o Papa disse que a maioria dos cardeais que estávamos ali tínhamos uma idade assim não tão jovem, portanto, idosos já. Ele falou de Abraão e disse que quando ele foi chamado, tinha mais ou menos esta idade. Então ele disse que nós, idosos, deveríamos ser não apenas idosos, mas como avós. Avós que transmitem aos netos os seus sonhos, os sonhos do futuro, não do passado; não com nostalgia do passado!. E que portanto, deveríamos continuar sonhando para frente. Foi muito bonito isso. O Papa disse. ‘Vamos sonhar para frente! E transmitir nossos sonhos aos netos’”.

Megaprojetos preocupam a humanidade

“Fiquei muito feliz com isso. Projetos são sonhos que devemos ter. E a Amazônia oportuniza muito isso: ter sonhos. A Amazônia tem sempre algo que aponta para um futuro. Ela está em construção no sentido exato da palavra. E que está agora também, ao que parece, tudo indica que está num momento muito decisivo de sua história. Há uma série de projetos de ‘desenvolvimento’ da Amazônia onde muitas ideologias econômicas, de progresso, etc. preocupam todos nós, a humanidade. São projetos predatórios, muito mais do que respeitadores, seja das populações que estão ali com sua história, sua cultura, seja da natureza, que está sendo ameaçada com degradação, com exploração abusiva… como se ela fosse inesgotável, ou algo com quem temos o direito de fazer o que bem entendermos, contanto que ela dê lucros e pronto”.

Projetos são sonhos realizados

“Nós como Igreja, como cristãos e como cidadãos devemos realmente ter sonhos e não só sonhar e transmitir estes sonhos para os outros, mas temos que estar muito organizados e isto é uma coisa que eu gostaria de insistir. Temos que ajudar a sociedade a tomar consciência do que está ocorrendo. O que é a Amazônia, o que está acontecendo lá, quais são os riscos que ela está correndo e e qual poderia ser um futuro realmente positivo e importante de desenvolvimento real da Amazônia. Os projetos certamente vão por aí”.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Aplicativo Paróquia virtual: a sua já está na rede?

Aplicativo Paróquia virtual: a sua já está na rede?

Prosseguimos a nossa apresentação do PARÓQUIA VIRTUAL, o app gratuito com o qual Dehonianos e Mercedários querem fortalecer a atuação das mais de 12 mil paróquias do Brasil e criar uma rede de oração on line.

Para o Padre Dehoniano João Carlos Almeida (Pe. Joaozinho, SCJ), o aplicativo vem para preencher uma lacuna: a falta de uma solução móvel que reúna todas as paróquias do Brasil em uma única plataforma e aproxime os católicos das suas igrejas.

Paróquia, a família da comunidade

As paróquias são uma importante força da Igreja e é a sua essência capilar que a ajuda a ser a maior instituição filantrópica do Brasil, a estar presente em 100% dos municípios do país, educar mais de 2,5 milhões de jovens, ser mantenedora da maior rede de creches e asilos e a mais importante rede de distribuição de alimentos e assistência no Brasil.

Como usar o app

Com um toque, você terá acesso a todas as 12 mil paróquias do país, poderá se vincular à sua e ter na sua mão as informações, agenda e avisos que você precisa saber. Com um outro toque você terá acesso a uma meditação sobre o Evangelho do dia, publicado por Pe. Joãozinho, podendo curtir, compartilhar ou comentar seus posts.

Quem dá os detalhes é o Frei Rogério Soares, Superior da Ordem dos Mercedários no Brasil, um dos mentores intelectuais da ideia.

“Temos o mini-sermão, que é uma reflexão escrita, ou por áudio, do Padre Joãozinho, que já faz isso há algum tempo: é o Evangelho do dia refletido. Este já é um motivo para a pessoa entrar no aplicativo todos os dias. É um aplicativo ao qual você não recorre somente quando precisa, como outros aplicativos, por exemplo o Uber, que se chama quando se precisa de um carro. O nosso app é para que a pessoa acesse todos os dias, porque todos os dias tem uma reflexão do Evangelho e as pessoas estão sedentas de se alimentar de espiritualidade”.

“Nosso aplicativo oferece espiritualidade, ele é vivo! Padre Joãozinho costuma dizer que o app não é uma página da Internet, pois as pessoas tem atualizações diárias e interagem”.

“Você tem a homilia do Padre Joãozinho, e você pode dar uma opinião sobre ela. Isto é diferente de uma paróquia… você completa a homilia do padre. Na paróquia, o padre faz a sua homilia, mas não tem como a pessoa interagir com o padre na homilia, porque nem o tempo o permite. No aplicativo, sim. Padre Joãozinho faz a homilia e cada paroquiano virtual acrescenta, enriquece a homilia. Eu tenho ganho muito com isso, porque quando vou preparar minhas homilias, eu primeiro vou no aplicativo”.

“Pode ser um serviço para o padre também. Eu leio a reflexão do Padre Joãozinho, que ele coloca bem cedinho. Às 6h30 da manhã já está no aplicativo. Eu leio, depois leio algumas reflexões e preparo a minha homilia. Então é fantástico, já estamos com ele no ar, pode ser baixado, PARÓQUIA VIRTUAL. Temos já mais de 4 mil paróquias cadastradas”.

“Outra coisa importante: se você ainda não tem sua paróquia cadastrada no paróquia virtual, basta entrar em contato na página, onde a pessoa coloca o endereço de sua paróquia e nós imediatamente a cadastramos”.

Aproveitando para dizer que o Portal Kairós não tem aplicativo, mas nosso site se transforma em um quando acessado pelo celular.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo

Papa Francisco e os novos cardeais fazem visita a Bento XVI

Papa Francisco e os novos cardeais fazem visita a Bento XVI

Ao terminar a celebração do Consistório ordinário público na tarde desta quarta-feira (28), o Papa Francisco e os cinco novos cardeais se dirigiram ao Mosteiro Mater Ecclesiae para encontrar o Papa Emérito, Bento XVI. Já as visitas de cortesia aos novos purpurados foram realizadas nas dependências da Sala Paulo VI, depois do encontro na residência de Bento XVI.

Os cinco mais novos estreitos colaboradores da Igreja agora se sentem mais empenhados em anunciar o Evangelho e a resgatar, sobretudo, os mais necessitados, disse Dom Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, ao saudar o Papa durante a celebração na Basílica Vaticana. “Esse serviço à Igreja e à humanidade que nos pede a Vossa Santidade, nos leva a trabalhar, transbordantes de alegria e de esperança, para entregar ao mundo a Boa Nova de Jesus”, comentou Dom Juan.

O arcebispo de Barcelona ainda disse que os novos cardeais não querem ser uma Igreja autorreferencial, mas sim, “queremos ser uma Igreja peregrina pelas estradas do mundo à procura de todos, versando nos seus corações o bálsamo da alegria e da paz, secando as lágrimas de muitos e aumentando a sua esperança” na reconciliação ao Filho de Deus.

 

br.radiovaticana.va

Baixe materiais especiais para seu grupo