Francisco: rezar o Terço, traz paz à Igreja e ao mundo

O Terço é um instrumento poderoso que traz paz aos nossos corações, à Igreja e ao mundo. É o que afirma o Papa Francisco em uma vídeo mensagem enviada a Dom Mario Grech, Bispo da Diocese de Gozo, Malta, por ocasião da inauguração dos mosaicos do Santuário da Virgem de Ta Pinu. Os mosaicos são três, e representam a Virgem com o Menino, São João Batista e São Paulo. As três obras foram colocadas na entrada principal do Santuário e foram feitas pelo Centro Aletti.

Em um grande “abraço de mosaicos estão esperando por você Jesus e a sua Mãe”. O Papa Francisco descreve assim a obra inaugurada no Santuário da Virgem de Ta Pinu. Uma imagem que, sublinha, “põe diante dos nossos olhos a beleza de uma oração contemplativa simples, acessível a todos, jovens e idosos: a oração do Terço”:

“Eu muitas vezes recito o Terço diante de um mosaico: um pequeno mosaico de Nossa Senhora com o Menino, onde parece que no centro está Maria, enquanto na verdade Ela, usando as suas mãos, torna-se uma espécie de escada através da qual Jesus pode descer até nós. O centro é sempre Jesus, que se abaixa para caminhar com nós homens, para que possamos subir ao céu com Ele”.

Na oração do Terço, continua o Papa na vídeo mensagem, “nós nos dirigimos à Virgem Maria, para que nos conduza sempre mais perto do seu Filho, Jesus, para conhecê-Lo e amá-Lo sempre mais”. Observou ainda que, enquanto meditamos sobre as etapas da vida de Cristo nos detemos também sobre a nossa vida “porque nós caminhamos com o Senhor”. Esta simples oração, na verdade, “ajuda-nos a contemplar tudo o que Deus em seu amor fez por nós e pela nossa salvação, e faz-nos perceber que nossa vida está unida à vida de Cristo”:

“Rezando, nós levamos tudo a Deus: os cansaços, as feridas, os medos, mas também as alegrias, os dons, os entes queridos… tudo a Deus. Rezando, nós permitimos a Deus entrar em nosso tempo, acolher e transfigurar tudo o que vivemos. Usem frequentemente este instrumento poderoso que é a oração do Terço, porque traz a paz aos corações, às famílias, à Igreja e ao mundo”.

 

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Papa: A Eucaristia recorda-nos que não somos indivíduos, mas um corpo

O Papa Francisco presidiu no início da noite deste domingo os ritos de Corpus Domini, de acordo com o calendário litúrgico da Igreja italiana. Às 19h, hora local, celebrou a Santa Missa no adro da Basílica de São João de Latrão. Em seguida, na presença de uma grande multidão de fiéis, houve a Procissão Eucarística que, percorrendo a Via Merulana, chegou à Basílica de Santa Maria Maior. Na conclusão a Benção Eucarística.

Na sua homilia, durante a Santa Missa, o Papa Francisco recordou que a Eucaristia é o sacramento da memória que nos recorda, de forma real e tangível, a história de amor de Deus para nós.

Recordação das façanhas do Senhor

Recorda-te: diz, hoje, a Palavra divina a cada um de nós, salientou o Papa. “A partir da recordação das façanhas do Senhor, ganhou força o caminho do povo no deserto; é na recordação daquilo que o Senhor fez por nós que se fundamenta a nossa história pessoal de salvação. Recordar é essencial para a fé, como a água para uma planta”.

A memória é importante, – continuou Francisco – porque nos permite permanecer no amor, permite re-cordar, isto é, trazer no coração, não esquecer quem nos ama e a quem somos chamados a amar. Mas esta faculdade excecional, que o Senhor nos deu, encontra-se hoje bastante debilitada.

Depressa viramos página, ávidos de novidades

No frenesim em que estamos imersos, – destacou o Santo Padre – muitas pessoas e tantos acontecimentos parecem passar-nos por cima, sem nos darmos conta. Depressa viramos página, ávidos de novidades, mas pobres de recordações. Deste modo, mandando em fumo as recordações e vivendo cingidos ao instante presente, corre-se o risco de ficar à superfície, vendo o fluir das coisas que acontecem sem descer em profundidade, sem aquela espessura que nos recorda quem somos e para onde vamos. Então a vida exterior acaba fragmentada, e a interior inerte.

O Senhor vem ao nosso encontro

A solenidade de hoje – disse Francisco na sua homilia – recorda-nos que, na fragmentação da vida, o Senhor vem ao nosso encontro nos panos duma amorosa fragilidade, que é a Eucaristia. No Pão de vida, o Senhor vem visitar-nos fazendo-Se humilde alimento que amorosamente cura a nossa memória adoentada de frenesim. Porque a Eucaristia é o memorial do amor de Deus. Nela, “se comemora a sua paixão”, o amor de Deus por nós, que é a nossa força, o sustentáculo do nosso caminhar.

É por isso – disse o Papa – que nos faz tão bem o memorial eucarístico: não é uma memória abstrata, fria e concetualista, mas a memória viva e consoladora do amor de Deus.

Eucaristia, memória agradecida

A Eucaristia forma em nós uma memória agradecida, porque nos reconhecemos como filhos amados e alimentados pelo Pai. A Eucaristia encoraja-nos: mesmo no caminho mais acidentado, não estamos sozinhos, o Senhor não Se esquece de nós e, sempre que vamos até Ele, alenta-nos com amor.

A Eucaristia recorda-nos também que não somos indivíduos, mas um corpo. Tal como o povo no deserto recolhia o maná caído do céu e o partilhava em família, assim também Jesus, Pão do céu, nos convoca para o recebermos juntos e o partilharmos entre nós. A Eucaristia não é um sacramento “para mim”, é o sacramento de muitos que formam um só corpo.

“DNA espiritual”

Francisco salientou que quem a recebe não pode deixar de ser artífice de unidade, porque nasce nele, no seu “DNA espiritual”, a construção da unidade. Que este Pão de unidade – finalizou Francisco – nos cure da ambição de prevalecer sobre os outros, da ganância de entesourar para nós mesmos, de fomentar discórdias e disseminar críticas; que desperte a alegria de nos amarmos sem rivalidades, nem invejas, nem murmurações maldizentes.

 

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Sobre o incêndido em Portugal: proximidade do Papa às vítimas

Nas saudações após a oração do Angelus neste domingo, além de saudar peregrinos de Umuarama e Toledo, no Paraná, o Papa Francisco exprimiu a sua proximidade ao povo português por causa de um devastador incêndio, pedindo um momento de oração.

“Exprimo a minha proximidade ao querido povo português pelo incêndio devastador que está atingindo os bosques ao redor de Pedrógão Grande, causando numerosas vítimas e feridos. Rezemos em silêncio”.

Segundo as agências locais o número de mortos no incêndio que teve início neste sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, é de 57. O balanço é ainda provisório.

Citado pela agência Ecclesia o padre Carlos Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima afirmou que “ao drama já habitual dos incêndios junta-se agora a tragédia da perda de vidas humanas e de perdas tão elevadas”. Padre Cabecinhas pediu que ninguém “fique indiferente” diante destes acontecimentos.

O reitor informa que em todas as celebrações oficiais do Santuário se vai rezar “pelas vítimas mortais e seus familiares, bem como pelos feridos”. Além de elevados danos materiais, há ainda o registro de 59 feridos, vários dos quais em estado grave.

 

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Papa: A Eucaristia é sacramento da carne de Cristo

Na Eucaristia, Jesus, como fez com os discípulos de Emaús, se junta a nós, peregrinos na história, para alimentar em nós a fé, a esperança e a caridade; para nos confortar nas provas; para nos apoiar em nosso compromisso pela justiça e a paz. O Papa Francisco explicou com essas palavras, antes de rezar a oração do Angleus na Praça São Pedro, a Festa do Corpus Domini que “na Itália e em muitos outros países se celebra neste domingo”.

“Esta presença solidária do Filho de Deus – disse o Papa – está em todos os lugares: nas cidades, no campo, no Norte e no Sul do mundo, nos países de tradição cristã e naqueles de primeira evangelização:

“E na Eucaristia Ele oferece si mesmo como força espiritual para nos ajudar a colocar em prática o seu mandamento – amar uns aos outros como Ele nos amou – construindo comunidades acolhedoras e abertas às necessidades de todos, especialmente das pessoas mais vulneráveis, pobres e necessitadas”.

E recordando que o trecho evangélico de hoje, tirado de São João, é uma parte do discurso sobre o “pão da vida” nio qual Jesus afirma que ele é “o pão vivo que desceu do céu”, Francisco acrescenta:

“Ele quer dizer que o Pai o enviou ao mundo como o alimento de vida eterna, e por isso Ele vai sacrificar a si mesmo, a sua carne. Na verdade, Jesus, na cruz, deu o seu corpo e derramou o seu sangue. O Filho do homem crucificado é o verdadeiro Cordeiro pascal, que nos faz sair da escravidão do pecado e nos apoia no caminho para a terra prometida.

A Eucaristia – sublinhou o Papa – é sacramento da sua carne, dada para fazer viver o mundo; quem se nutre deste alimento permanece em Jesus e viver para Ele. Assimilar Jesus significa ser n’Ele, tornar-se filhos no Filho.

“Nutrir-se de Jesus Eucaristia – continuou Francisco – também significa abandonar-nos com confiança a Ele e deixar-nos guiar por Ele. Trata-se de acolher Jesus no lugar do próprio “eu”. Desta forma, o amor gratuito recebido de Cristo na Comunhão eucarística alimenta o nosso amor por Deus e pelos nossos irmãos e irmãs que encontramos no caminho de cada dia”.

Enfim o Papa pediu para a Virgem Maria, que está sempre unida a Jesus Pão da Vida, que “nos ajude a redescobrir a beleza da Eucaristia, nos nutrir com fé, para viver em comunhão com Deus e com os irmãos”.

 

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Reflexão para o XI Domingo do Tempo Comum: missão dos discípulos

Reflexão para o XI Domingo do Tempo Comum

Neste domingo, vamos refletir sobre a presença constante de Deus no mundo e seu desejo de oferecer aos homens a sua vida e a sua salvação. A intervenção de Deus na história humana é possível através de quem Ele chama e envia para ser sinal vivo do seu amor e testemunha da sua bondade.

A primeira leitura nos fala sobre o Deus da “Aliança”, que elege um Povo e, com ele, estabelece laços de comunhão e de familiaridade. Deus confia ao seu Povo uma missão sacerdotal: Israel deve ser o Povo escolhido para servir ao Senhor, sendo sinal divino entre as nações.

A segunda leitura fala da comunidade dos discípulos que é, fundamentalmente, uma comunidade de pessoas que Deus ama. Sua missão no mundo é dar testemunho do amor de Deus pelos homens: um amor eterno, inquebrável, gratuito e absolutamente único.

O Evangelho de Mateus narra o “discurso da missão”. Trata-se de uma catequese sobre a escolha, o chamado e o envio de “Doze”, que representam a totalidade do Povo de Deus, para anunciar o “Reino de Deus”. Os “doze” são os continuadores da missão de Jesus e levam a boa nova da salvação e da libertação, que Deus atuou para a humanidade, em Jesus.

São Mateus explica que essa missão à qual Deus chama os discípulos é expressão da solicitude de Deus, que quer oferecer ao seu Povo a salvação. Mateus – que escreve para uma comunidade onde existia um número significativo de crentes de origem judaica – utiliza – para transmitir esta mensagem – imagens tiradas do Antigo Testamento, muito familiares para os judeus.

Nas palavras de Jesus, Israel é uma comunidade abatida e desnorteada, cujos pastores – os líderes religiosos judeus – se demitiram das suas responsabilidades. Eles são esses maus pastores de que falavam os profetas. O coração de Deus, no entanto, está repleto de compaixão por este rebanho abatido e desanimado. Por isso, Deus assume as suas responsabilidades, no sentido de conduzir o seu Povo às pastagens onde há vida.

A referência à “messe” indica que esta missão é urgente e não há muito tempo para a levar a cabo. A referência ao “pedido”, que deve ser feito ao Senhor da “messe”, é um apelo para que a comunidade contemple a sua missão como obra de Deus, que deve ser levada a cabo com critérios divinos.

Depois, a respeito da chamada dos discípulos, Mateus deixa claro que a iniciativa é de Jesus: Ele “os chamou”. Não há nenhuma explicação sobre os critérios que levaram Jesus a fazer esta escolha: falar de vocação e de eleição é falar de um mistério insondável, que depende de Deus e que o homem nem sempre consegue compreender e explicar.

A seguir, Mateus cita o número dos discípulos: “Doze”. Trata-se de um número simbólico, que lembra as doze tribos que formavam o antigo Povo de Deus. Os “doze” discípulos representam, simbolicamente, a totalidade do Povo de Deus, do novo Povo de Deus.

Por conseguinte, o evangelista define a missão que Jesus lhes confia: o poder de expulsar os espíritos impuros e de curar as doenças e enfermidades, que representam aquilo que escraviza o homem e o impede de chegar à plenitude da vida. Logo, a missão dos discípulos é lutar contra tudo aquilo – de caráter físico ou espiritual – que destrói a vida e a felicidade do homem.

Como todo o discurso de Jesus, a missão dos discípulos aparece como prolongamento da Sua missão: anunciar o que Jesus fazia, anunciar o “Reino”. Enfim, a missão dos discípulos é a absoluta continuidade da missão de Jesus: um convite à Igreja a continuar, na história, a sua obra libertadora e redentora do homem.

 

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