Você conhece Dom Alejandro Labaka? Em vídeo, a sua história

Cidade do Vaticano (RV) – No dia 21 de julho completam-se 30 anos da morte em Aguarico, Equador, de Dom Alejandro Labaka Ugarte, o bispo capuchinho espanhol atingido por 14 flechas da tribo indígena dos Tagaeri, juntamente com a irmã terciária capuchinha da Colômbia, Inés Arango. Haviam entrado em território Tagaeri descendo com um helicóptero, para iniciar uma negociação com a tribo e defender os índios das explorações petrolíferas na área. Paradoxalmente, os próprios índios, que viviam angustiados com medo de ser atacados, mataram os dois missionários que lhes haviam oferecido apoio e proteção.

Quem foi Labaka, filho da tribo Huaorani

Labaka nasceu em Beizama em 19 de abril de 1920 e entrou no Seminário aos 12 anos, ordenando-se com 1945. No ano seguinte, foi enviado missionário a Pingliang, China. Ali permaneceu até 1953. A partir de 1855, missionário no Equador, passou 33 anos entre as tribos indígenas da selva de Aguarico. Foi adotado como um filho pela tribo dos Huaorani e nomeado bispo por João Paulo II em 1984.

Três dias depois de aterrissarem na selva, os corpos do religioso e da irmã foram encontrados.

Oferecendo o merecido tributo a Alejando Labaka, grande filho da Amazônia e mártir cristão, a Rede Eclesial Pan-amazônica, REPAM, e a Associação Católica Latino-americana e Caribenha de Comunicação, SIGNIS ALC, lançaram o primeiro capítulo da série “A Vida pela Amazônia”, que relata uma parte da vida do Vigário Apostólico de Aguarico.

“Há relatos que não requerem palavras pois são testemunho vivo; refletem a entrega de tantos homens e mulheres não lembrados e sem nome. É preciso honrar a vida e a esperança destes povos que nos falam de outros modos”, garante Mauricio López, Secretário executivo da Caritas Equador e da REPAM.

“O filme ajuda muito a entender a missão da REPAM: entregar a vida é doá-la, não é perdê-la, é ganhar para a causa do reino e dos mais frágeis, que são nossos maiores mestres. A REPAM está tentando contagiar este compromisso de vida em defesa da Amazônia e de seus povos”, assinala.

O filme está disponível no Youtube. Confira aqui:

“O mártir não é alguém que ficou relegado no passado, uma imagem bonita em nossos templos. Não, o mártir é um irmão, uma irmã, que continua a nos acompanhar e, unido a Cristo, ele não ignora nossa peregrinação terrena, nossos sofrimentos, nossas angustias”.

Papa Francisco

(CM)

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Igreja Presbiteriana EUA lança programa de combate ao uso de armas

“Continuamos lutando para conseguir uma legislação sensível e garantias para reduzir significativamente a taxa de violência devido ao uso de revólveres e fuzis”: foi o que declarou o coordenador do programa “Construção de paz”, o pastor Carl Horton, da Igreja Presbiteriana, em relação ao uso e posse excessivos de armas de fogo nos EUA.

Todos os anos morrem cerca de trinta mil pessoas, dois terços das quais por suicídio e ao menos dez mil por homicídios. Nos primeiros quatro meses de 2017 foram registrados 138 tiroteios e 6.303 mortos no território estadunidense vítimas de arma de fogo.

Um kit de prevenção contra a violência das armas idealizado pela Igreja Presbiteriana

Na tentativa de dar um freio a essa deriva a Igreja Presbiteriana preparou e disponibilizou um kit de prevenção à violência das armas, seguindo o modelo do que já havia sido feito nos anos passados. “Nosso produto atualiza uma versão precedente e oferece novos e atuais recursos àqueles que procuram resistir à epidemia de violência que atinge nosso país”, disse o pastor Horton.

Não às armas nas igrejas, nos lugares de fé e nas escolas

Entre os temas tratados no novo vade-mécum destaca-se o apelo a não fazer de igrejas, escolas e lugares de fé um novo campo de batalha, segundo as determinações da atual administração de estender em todos os lugares a presença de armas, a fim de aumentar a segurança dos presentes nos lugares públicos, seguindo o modelo do que tem sido feito sobretudo por alguns Estados do sul.

Já em 2014 a Igreja Presbiteriana pedira em alta voz que a faixa “Nenhuma arma na casa de Deus” fosse colocada na parede das igrejas para sensibilizar a população sobre o tema. “Como estadunidenses devemos aprender a falar sobre esses problemas sem ser tímidos diante da arrogância dos comitês pró-armas”, continuou o coordenador do programa.

Onde há mais armas, há mais mortes

“Devemos educar nossos filhos, ajudá-los a desenvolver a consciência de que com a violência não se resolve nada, somente crescem os problemas. Os dados são muito claros: onde há mais armas, há mais mortes, o contrário não é verdadeiro”, observou.

Embora em medida menor, também a Europa – como os EUA – tem suas vítimas de armas de fogo: são 6.700 por ano segundo um recente estudo do “Flemish peace institute”. Um número muito mais baixo em relação ao que se registra nos EUA, apesar de a União Europeia ter 503 milhões de habitantes face aos 302 milhões de habitantes dos EUA.

Nos EUA mais armas que habitantes

As armas na Europa seriam cerca de 81 milhões, em sua grande maioria tidas ilegalmente, enquanto nos EUA são cerca de 357 milhões, número maior do que o de habitantes do país.

Neste 2 de junho foi celebrado nos EUA o “Dia nacional da consciência da violência armada”, de conscientização dos danos causados pela violência das armas, cuja celebração foi três anos atrás fortemente defendida por vários movimentos de não-violência presentes na nação apoiados pelo então Presidente Barack Obama.

Obama fez da tentativa de regulamentar o uso de revólveres e fuzis uma batalha de princípio, perdida diante não somente das lobbys econômicas, mas também da maioria dos cidadãos estadunidenses que não têm intenção de abrir mão da posse de uma arma de fogo em casa.

 

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EUA: Arcebispo de Los Angeles denuncia aumento dos sem-teto

Los Angeles, é reconhecida como uma das cidades mais ricas do mundo, mas o seu Arcebispo, Dom José Gómez, denunciou uma crescente separação entre ricos e pobres que obriga milhares de pessoas a viverem em “favelas”, rodeadas pelos bens que conseguiram levar.

Preocupado com a qualidade de vida aqui

Em particular, o arcebispo de 65 anos, de origem mexicana, culpa a falta de moradias acessíveis, colocando a questão no mesmo nível das alterações climáticas e enfatizando o apelo do Papa Francisco por um mundo que é casa comum “para todos”. “Estou preocupado com a qualidade de vida aqui em Los Angeles”, escreve o bispo no site da Arquidiocese “Angelus Notícias”. “Todos os dias parece aumentar a distância entre aqueles que têm a necessidade de uma vida digna e aqueles que não o têm. Em muitos de nossos bairros que estão surgindo favelas debaixo das pontes, em meio às calçadas, ruas pouco movimentadas e espaços públicos”.

Aumento dos sem-teto em todo o país

O prelado cita um recente relatório sobre o aumento dos sem-teto em todo o país, segundo a qual cerca de 58 mil pessoas todas as noites, não tem um lugar seguro onde dormir. O arcebispo expressou sua preocupação ao ver as pessoas que vivem cercados por “roupas, móveis, bicicletas e brinquedos”, todas as lembranças de uma vida passada na casa.

Através da página web, o arcebispo de Los Angeles – que conta mais de 2,5 milhões de fiéis -, enfatiza que a falta de soluções para moradias populares demonstra como as “boas coisas da criação” devem ser compartilhadas e defendeu a visão do Papa Francisco sobre a ‘ecologia humana’ como um bem a ser defendido e incentivado.

 

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Missionários da Consolata reelegem Superior Pe. Stefano Camerlengo

Os Missionários da Consolata reelegeram segunda-feira, 12 de junho, o Padre Stefano Camerlengo, Superior Geral da Congregação para os próximos seis anos.

A eleição ocorreu com maioria absoluta no primeiro escrutínio durante o XIII Capítulo Geral, assembleia máxima da instituição, que se realiza em Roma desde 22 de maio e se estenderá até 20 de junho.

O missionário italiano, natural de Morrovalle – Macerata, que completou 61 anos em 11 de junho, foi ordenado em 1984 na República Democrática do Congo, onde trabalhou na missão, formação e direção Regional. De 2005 a 2011 ocupou o cargo de vice Superior Geral.

Congregação presente em 28 países

Fundado em 1901 pelo Bem-aventurado José Allamano na cidade de Turim, norte da Itália, o Instituto Missões Consolata (IMC) é hoje uma Congregação pluricultural e internacional com 982 missionários originários de 23 países e vivendo em 231 comunidades presentes em 28 países na África, América, Ásia e Europa.

Participam do XIII Capítulo Geral 45 missionários: 21 africanos, 14 europeus e 8 latino-americanos, representantes de 18 circunscrições. A Assembleia capitular deve eleger terça-feira (13/06) os quatro conselheiros que formarão a Direção Geral da Congregação.

Interculturalidade e compartilha

Em recente entrevista a Pe. Jaime C. Patias, responsável a Comunicação do IMC, Padre Stefano destacou dois aspectos relevantes da Assembleia: a interculturalidade, que representa um sinal de esperança; e a fraternidade e riqueza da partilha em todos os momentos do encontro.

“O XIII Capítulo Geral surge num momento da história em que sofremos as influências de fenômenos culturais e históricos, como globalização, pluralismo cultural e religioso, migrações, conflitos étnicos, etc… mas não devemos nos abater pelas dificuldades, mas sim caminhar sob o signo da esperança e do otimismo para impregnar as comunidades locais de entusiasmo pela missão e reencontrar a nossa vocação missionária específica: o primeiro anúncio”.

Segundo Pe. Stefano, “a espiritualidade missionária do Instituto Missões Consolata é alicerçada na força do Evangelho, no carisma e tradição, sobre a cristologia e a teologia. Esta é a força propulsora da vocação e do seu autêntico carisma”.

“O desafio da nova Direção Geral será garantir a unidade na diversidade, de presidir a fraternidade no espírito de família, promovendo ao mesmo tempo, a criatividade e a qualidade dos missionários”.

 

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Papa: a consolação verdadeira é dom e serviço

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira (12/06).

A experiência da consolação esteve no centro da homilia do Santo Padre. O Papa frisou que a Primeira Leitura do dia fala oito vezes de consolação. Para o Pontífice foi uma ocasião para refletir sobre qual é a consolação à qual São Paulo se refere. A sua primeira característica é a de não ser “autônoma”.

“A experiência da consolação, que é uma experiência espiritual, precisa sempre da alteridade para ser plena: ninguém pode consolar-se a si mesmo. Ninguém. E quem procura fazê-lo termina olhando-se no espelho. Olha-se no espelho, procura maquiar-se, se aparecer. Consola-se com essas coisas fechadas que não o deixam crescer e o ar que respira é o ar narcisista da autorrefencialidade. Esta é uma consolação maquiada porque é fechada, falta-lhe a alteridade.”

“No Evangelho se encontra muita gente assim”, sublinhou o Papa na homilia. Por exemplo, os doutores da Lei, “cheios da própria suficiência”, o homem rico que vivia sempre em festas, pensando em se consolar, mas sobretudo o que expressa melhor este comportamento é a oração do fariseu diante do altar. Ele diz: “Eu te agradeço porque não sou como os outros”. “Ele se olhava no espelho”, disse Francisco, “olhava a própria alma maquiada por ideologias e agradecia ao Senhor”. Jesus mostra esta possibilidade de ser gente que com este modo de viver “nunca alcançará a plenitude”, mas a vanglória.

Para ser verdadeira, a consolação precisa de uma alteridade. Primeiramente, se recebe, pois “é Deus quem consola, que dá este dom”. Depois, a verdadeira consolação amadurece também outra alteridade, ou seja, a de consolar os outros. “A consolação é uma passagem do dom recebido ao serviço doado”, explicou o Papa:

“A consolação verdadeira tem dupla alteridade: é dom e serviço. Assim, se eu deixo a consolação do Senhor entrar como dom é porque eu preciso ser consolado. Para ser consolado é necessário reconhecer-se necessitado. Somente assim, o Senhor vem, nos consola e nos dá a missão de consolar os outros. Não é fácil ter o coração aberto para receber o dom e fazer o serviço, duas alteridades que tornam possível a consolação.”

“É necessário um coração aberto e para isso é preciso um coração feliz. O Evangelho de hoje das Bem-aventuranças diz quem são os felizes, quem são os beatos”:

“Os pobres, o coração se abre com uma atitude de pobreza, de pobreza de espírito. Os que sabem chorar, os mansos, a mansidão do coração; os que têm fome de justiça, que lutam pela justiça; os que são misericordiosos, que têm misericórdia pelos outros; os puros de coração; os agentes de paz e os que são perseguidos pela justiça, por amor à justiça. Assim o coração se abre e o Senhor vem com o dom da consolação e a missão de consolar os outros”.

Ao invés, são fechados os que se sentem “ricos de espírito”, isto é, “suficientes”, “os que não sentem necessidade de chorar porque se sentem justos”, os violentos que não sabem o que é a mansidão, os injustos que cometem injustiça, os que não têm misericórdia, que jamais precisam perdoar porque não sentem a necessidade de serem perdoados, “os sujos de coração”, os “agentes de guerras” e não de paz e os que jamais são criticados ou perseguidos porque não se preocupam com as injustiças contra as outras pessoas. “Essas pessoas – diz o Papa – têm um coração fechado”: não são felizes porque não pode entrar o dom da consolação para, depois, dá-lo aos demais.

Francisco convidou a nos questionar como está o nosso coração, se aberto e capaz de pedir o dom da consolação para depois dá-lo aos outros como um dom do Senhor. Durante o dia, pensar e agradecer ao Senhor que “sempre tenta nos consolar”. “Ele somente nos pede que a porta do nosso coração esteja aberta pelo menos um pouquinho”, concluiu o Papa: “Assim, Ele depois encontra o modo para entrar”.

(MJ/BF)

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