Jovens sacerdotes estão no coração do Papa, diz Cardeal Stella

Cidade do Vaticano (RV) – Após o encontro do Papa Francisco com membros da Congregação para o Clero na quinta-feira (01/06), o Cardeal Beniamino Stella, Prefeito deste dicastério vaticano, conversou com a Rádio Vaticano.

O purpurado concentrou-se, em particular, na Ratio fundamentalis – o documento sobre a formação sacerdotal aprovado em dezembro passado e sobre as palavras do Santo Padre dirigidas aos jovens sacerdotes:

“O conceito de fundo deste documento de dezembro passado é precisamente este: a unicidade, isto é, a formação dos padres começa quando são ministrantes – por assim dizer – e continua até o momento em que o Pai Eterno nos chama para a outra margem da vida! Uma formação que é inicial no tempo do seminário, e depois é permanente no tempo da vida sacerdotal. Quisemos dizer aos bispos e aos formadores: levem a sério este compromisso, porque hoje, diante da Igreja e diante da sociedade, para apresentar o padre com um compromisso definitivo, com um compromisso que seja profundo na sua vida, é necessário que exista uma boa seleção, uma boa formação, um discernimento correto no momento do chamado às ordens, e depois um acompanhamento apropriado no tempo do ministério sacerdotal. Insistimos muito no fato de que a formação deva ser contínua, integral; a ênfase da Ratio fundamentalis – eu diria – não é intelectual ou acadêmica, mas é humana e espiritual. Hoje é preciso proceder gradualmente, com discernimento: esta palavra muito cara ao Santo Padre é de certa forma a chave que ilumina todo o processo de formação”.

RV: Na audiência aos membros da Congregação, o Papa deu muita ênfase aos jovens, e em particular aos jovens sacerdotes…

“Para nossa gratíssima surpresa! Percebe-se que o Papa vê, sente, escuta as expectativas desta juventude presbiteral que tem necessidade de uma palavra de apoio, de encorajamento, de compreensão, de afeto. O Papa fez isto também hoje, realmente com grande coração. Parecia que os tinha diante de si, que lesse os seus corações, as suas expectativas. Disse: “Rezem, caminhem, sejam criativos, não tenham medo, mesmo das novidades”. Depois: “Tenham um coração que tenha paixão, que tenha compaixão, que escute”. Gostei de ter ouvido o Papa falar aos jovens padres. Talvez houvesse alguma expectativa: o Papa fala seguidamente aos sacerdotes, é exigente, pede… Os jovens padres, de certa forma é aquela comunidade presbiteral que tem necessidade de um particular apoio por parte do Papa, e sobretudo de seus bispos, de seus pastores”.

RV: A respeito da urgência da formação sacerdotal, poucos meses após a promulgação da Ratio fundamentalis, quais são, na sua opinião, os pontos que mais o tocaram e que o Papa acentuou?

“Eu penso que se o jovem seminarista, o jovem que é candidato às ordens, se abre, então a formação não é dar uma doutrina: é apresentar a Pessoa de Jesus. Importantíssimo para a formação é que o coração do jovem realmente se abra a esta formação. E este é o ponto mais delicado: porque um jovem pode permanecer no seminário seis anos, oito anos e viver sempre na superfície. O ponto fundamental é que o jovem sinta que abrindo o coração, consiga amadurecer uma amizade profunda com Jesus, consiga crescer na maturidade humana, na sua espiritualidade. Se a formação tratou em profundidade sobretudo os aspectos humanos, não somente os intelectuais ou acadêmicos, se houve uma conversão do coração, uma conversão da sua vida a Jesus, eu penso que o projeto sacerdotal não deve assustar. O Papa nos fala tanto da esperança: quantas homilias, quantas catequeses dedicou à esperança! Acredito que toque realmente o coração para nos dizer: “Para longe o desencorajamento, para longe o desconforto, para longe o pessimismo!”. Entreguemo-nos ao Senhor, à escola do Evangelho, a este Jesus que no fundo nos diz: “Estou convosco”. Estou convosco… O Papa hoje insistia muito sobre o chamado aos jovens: na Bíblia, quantos chamados aos jovens! Porque ali é a juventude que tem sonhos, que tem projetos, que tem esperanças, que tem ideias e acredito que ali se insira precisamente o chamado sacerdotal”. (AG/JE)

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Roma: Circo Maximo palco das comemorações dos 50 anos da RCC

Cidade do Vaticano (RV) – O ponto alto das celebrações do Jubileu de Ouro do Movimento Renovação Carismática Católica (RCC) ocorre na noite desta sexta-feira (02/6), no “Circo Máximo” de Roma.

Segundo a programação, o Cardeal Kevin Joseph Farell, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, a Família e a Vida, presidirá a uma solene Santa Missa aos milhares de membros do Movimento, presentes em Roma.

E na parte da tarde deste sábado (03/6), no mesmo lugar, o Santo Padre vai presidir a uma Vigília de Oração, por ocasião da solenidade de Pentecostes.

O Jubileu de Ouro do Movimento Carismático é um momento oportuno para todos os seus membros, grupos de oração e novas comunidades, de se reunir para louvar a Deus por tantas maravilhas que Ele fez e faz na sua Igreja.

O Movimento e a Fraternidade Católica do Brasil se unem para a realização deste grande evento de 50 anos desta “Corrente de Graça”, como denominou o Papa Francisco.

Os milhares de membros do RRC estão reunidos na Cidade Eterna para cinco dias de louvor, ação de graças e testemunhos junto com aqueles que, desde o começo, levam adiante esta missão de experiência do Batismo no Espírito Santo.

Entre os cerca de quatro mil e quinhentos brasileiros, presentes em Roma para as celebrações jubilares do Movimento, encontra-se Patti Gallagher Mansfield, pioneira da RCC no mundo e Padre Eduardo Dougherty, pioneiro da RCC no Brasil, que organizou a primeira experiência de oração em nosso país em 1969.

Destacamos também a presença na capital italiana da presidente do Conselho Nacional da RCC/BRASIL, Katia Roldi Zavaris, com os membros do Conselho; Padre Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova; Aluísio Nóbrega, presidente da Fraternidade Católica no Brasil e alguns fundadores e moderadores de Novas Comunidades brasileiras.

Presente também a Comunidade Sementes do Verbo. Nós conversamos com um dos seus membros, Padred Thiago Barros sobre a RCC… (MT-SP/várias)

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Papa: Jesus escolhe o mais pecador dos apóstolos

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou nesta manhã de sexta-feira a Santa Missa na Capela da Casa Santa Marta. Em sua homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia (Jo 21,15-19), em que Jesus ressuscitado conversa com Pedro à margem do lago, onde o apóstolo tinha sido chamado. É um diálogo tranquilo, sereno, entre amigos, enfatiza Francisco, na atmosfera da Ressurreição do Senhor. Jesus confia o seu rebanho a Pedro, fazendo-lhe três perguntas, perguntando se ele o ama:

“Jesus escolhe o mais pecador dos apóstolos, os outros fugiram, este renegou Ele: ‘Não o conheço’. E Jesus lhe pergunta: ‘Mas você me ama mais do que estes?’. Jesus escolhe o mais pecador”.

E foi escolhido, portanto, “o mais pecador” para “apascentar o povo de Deus. Isto nos faz pensar”, observa Francisco. Jesus pede a Pedro para apascentar o seu rebanho com amor:

“Não apascentar com a cabeça para cima, como o grande dominador, não: apascentar com humildade, com amor, como Jesus fez. Esta é a missão que Jesus dá a Pedro. Sim, com os pecados, com os erros. Tanto é assim que, logo após esse diálogo, Pedro faz um deslize, um erro, é tentado pela curiosidade e disse ao Senhor: “Mas este outro apóstolo para onde vai, o que fará?”. Mas com amor, no meio de seus erros, e seus pecados … com amor: ‘Porque essas ovelhas não são as suas ovelhas, são as minhas ovelhas’, diz o Senhor. “Ame-as. Se você é meu amigo, você tem que ser amigos delas’”.

O Papa recorda quando Pedro nega Jesus diante da serva do sumo sacerdote: está seguro em negar o Senhor como estava seguro quando tinha confessado: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Recorda o olhar de Jesus que cruza com o de Pedro, que acabara de lhe renegar. E o apóstolo, “corajoso ao renegar, é capaz de chorar amargamente”:

“E então, depois de toda uma vida servindo ao Senhor acabou como o Senhor: na cruz. Mas não se vangloria: ‘Termino como meu Senhor!’. Não, pede ele: ‘Por favor, me coloquem na cruz com a cabeça para baixo, para que pelo menos vejam que não sou o Senhor, sou o servo’. Isto é o que nós podemos tirar deste diálogo, deste diálogo tão bonito, tão sereno, tão amigável, tão pudico. Que o Senhor nos dê sempre a graça de caminhar pela vida com a cabeça para baixo: com a cabeça alta para a dignidade que Deus nos dá, mas com a cabeça para baixo, sabendo que somos pecadores e que o único Senhor é Jesus, nós somos servos”. (SP)

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Musical sobre Fátima “Entre o Céu e a Terra”

Lisboa (RV) – No âmbito das celebrações do Centenário das Aparições de Fátima, os fiéis terão mais uma oportunidade de ver o Musical, que traz uma visão contemporânea sobre as Aparições e a Mensagem de Fátima.

Depois da estreia no último mês de outubro, o espetáculo deu-se no coliseu de Lisboa, sábado (27/5), e agora estará em cena também no coliseu do Porto, no próximo dia 3.

O espetáculo intitulado “Entre o Céu e a Terra – Musical sobre Fátima”, segundo o Santuário “busca ler os sinais do nosso tempo a partir das aparições de Fátima a Lúcia, Francisco e Jacinta Marto, abrangendo o presente e o passado, com uma visão moderna, e possibilitando uma maior identificação do público com os personagens”.

O Musical sobre Fátima conta com um elenco de 19 atores, cantores e bailarinos, acompanhados por uma orquestra ao vivo; a produção executiva é de Bruno Galvão e João Ribeiro, a direção musical de Artur Guimarães, o texto e letras de Liliana Moreira e encenação e coreografia de Joana Quelhas.

“Entre o Céu e a Terra – O Musical sobre Fátima” é um dos eventos oficiais das Celebrações centenárias das Aparições. (MT/Renascença)

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Bispos argentinos aderem à iniciativa “Um minuto pela paz”

A Conferência Episcopal Argentina expressou esta quarta-feira (31/05), por ocasião do terceiro aniversário do histórico encontro de 8 de junho de 2014 entre o Papa Francisco e os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Palestina, Abu Mazen – para rezar pela paz –, sua adesão à inciativa “Um minuto pela paz”, prevista para a próxima quinta-feira, 8 de junho.

Promovida pela Comissão Episcopal para a Justiça e a Paz e pela Ação Católica Argentina junto com o Departamento para o ecumenismo, judaísmo, islã e outros credos, a iniciativa coloca-se no signo da reflexão, oração e busca de compromissos individuais em prol da paz no mundo.

“Os compromissos individuais devem ser capazes de semear a vida comunitária com gestos de serviço, fraternidade, diálogo e misericórdia”, lê-se no comunicado do episcopado argentino. A iniciativa é mantida também em nível internacional, entre outros, pela União mundial de organizações femininas católicas (Umofc).

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