Centesimus Annus: dignidade e bem comum ao centro da economia

Cidade do Vaticano (RV) – Não observadores, mas protagonistas que deem respostas concretas para que a economia e o mercado na época atual, marcada por uma conturbação global, estejam sempre mais a serviço da dignidade humana.

Esta é a proposta dos cerca de 300 participantes do simpósio aberto esta quinta-feira (18/05) em Roma, com a presença de representantes de 18 países, em resposta aos pedidos do Papa Francisco feito pela Fundação Centesimus Annus em 2016. O Coordenador do Comitê Científico, Professor Giovanni Marguerra, conversou com a Rádio Vaticano:

“A nossa Fundação, fiel a sua identidade – que por um lado é dada pela Encíclica Centesimus Annus “ e por outro pelo “ensinamento do Papa Francisco – procura, com as suas convenções e nos seus encontros territoriais – quer na Itália como no exterior – prosseguir enfrentando as emergências globais que neste momento sacodem o mundo, olhando porém para elas como momentos em que se tenta fazer mais integração, se procura introduzir um modelo social em que a inclusão das pessoas seja a norma. Nós temos uma sociedade profundamente desintegrada, profundamente desigual, entre quem está dentro e quem está fora. E o que nos diz o Papa é para promover a participação e a responsabilidade. A integração não é algo que acontece por si só, mas acontece se alguém que está dentro assume a responsabilidade de fazer participar quem está fora”.

Partindo da orientação da Doutrina Social da Igreja, três sessões de trabalho debaterão temas prioritários, verdadeiras “emergências planetárias”.

Se começará pelos desafios apresentados pela digitalização ao mundo do trabalho, não somente ameaça de desemprego e exclusão, porque mais dados, mas serviços, mais produtos também podem – dizem os participantes – “servir oa bem comum” e ser “uma oportunidade para aprender e envolver”.

Fundamental neste contexto é a educação, como explica o Prof Giovanni Marguerra:

“O desemprego é um problema que atinge a carne viva de nossa sociedade, não é somente uma questão de jovens ou de idosos. É também uma questão de quem tem as competências para conseguir resistir a uma mudança tecnológica impactante e quem, pelo contrário, não a tem e é expulso do meio do trabalho. Sob este aspecto, procurar dar uma maior valorização à educação – não somente à formação, durante toda a vida de trabalho – porque isto é já aquilo que devemos fazer se quisermos sobreviver em um mundo que muda assim tão rapidamente – é sempre mais crucial o papel da família, como crucial sempre foi em termos educativos, evidentemente”.

Perguntaremos aos participantes nas sessões sucessivas do encontro – refere o Presidente da Fundação, Domingo Bickel – também propostas concretas sobre como enfrentar os efeitos de uma economia criminal – como o tráfico de seres humanos – e de como incentivar a solidariedade e as virtudes sociais.

Participarão, nestes casos, expoentes da Europol, do voluntariado e renomados economistas. “O tema é empenhativo e requer coragem e aliança – explica ainda, o Prof. Giovanni Marguerra – mas para dar seguimento ao ideal de fraternidade que tantas vezes o Papa nos recomenda, não temos outro caminho senão este:

“Assistimos a contextos em que o homem e a mulher são instrumentalizados, não sendo valorizada a sua dignidade. Cada um tem a sua dignidade e acredito que o ensinamento a ser seguido com mais atenção da doutrina social é justamente este da valorização e da promoção da dignidade humana em cada circunstância”. (GC/JE)

 

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Missa de ação de graças pela canonização de Jacinta e Francisco

Roma (RV) – Uma Missa em ação de graças pela canonização de Jacinta e Francisco Marto será celebrada no sábado, 20 de maio, na Basílica de São Pedro.

A celebração, com início às 10 horas, será presidida pelo Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato.

Após a celebração terá lugar no Salão Nobre da Pontifícia Universidade Gregoriana uma Conferência sobre a espiritualidade dos novos Santos.

O Reitor da Gregoriana, Padre Nuno Gonçalves, SJ, fará uma saudação inicial, seguida pela reflexão do Diretor de Estudos de Fátima, sobre os textos referentes à Fátima, fontes e interpretações.

Mais tarde, o Cardeal Angelo Amato explicará algumas particularidades sobre a santidade dos dois pastorzinhos, seguido pela explanação do Bispo de Leiria-Fátima, Dom Antonio Marto, que concluirá os trabalhos.

Um concerto de Giampaolo di Rosa na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses – imediações da Praça Navona – concluirá os eventos do dia dedicado aos novos santos.

(JE/Zenit)

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Clericus Cup: sábado se conhecerá o adversário da Gregoriana na final

Roma (RV) – O vencedor da partida Mater Ecclesiae x Collegio Urbano no próximo sábado, no Centro Pio XI, disputará a final da Clericus Cup 2017 em 27 de maio com a Gregoriana, já classificada.

O torneio é promovido pelo Centro Esportivo Italiano, com o patrocínio do Escritório Nacional para o Tempo Livre, Turismo e Esporte da Conferência Episcopal Italiana (CEI), do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e do Pontifício Conselho da Cultura.

Na primeira disputa da semifinal, no último sábado, os universitários jesuítas da Gregoriana venceram nos pênaltis os seminaristas do Redemptoris Mater.

A Celeste e os Leões da África do Colégio de Propaganda Fidei dominaram as respectivas partidas nas eliminatórias, vencendo todos os jogos, sem sofrer gols.

Nas quartas de final, enquanto os atuais campeões do Mater Ecclesiae sofreram, e muito, para vencer o Pio Latinoamericano, o Collegio Urbano goleou os ucranianos.

Os dois times já foram campeões em dois torneios. Mater Ecclesiae em 2016 e 2008 e o Collegio Urbano em 2014 e 2015.

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Igreja argentina abre arquivos sobre ditadura à familiares

Buenos Aires (RV) – A Conferência Episcopal Argentina (CEA) anunciou esta quinta-feira a aprovação de um protocolo que possibilitará às vítimas e familiares diretos dos desaparecidos durante a ditadura militar, consultar os arquivos em posse da Igreja sobre este conturbado período do país.

A CEA precisou que com o protocolo passa a existir “a possibilidade de consultas e, de acordo com o que foi anunciado oportunamente, poderão solicitar informação as vítimas, os familiares dos desaparecidos e detidos e, em caso de religiosos ou eclesiástico, seus respectivos bispos e superiores maiores”.

Por meio de um comunicado de imprensa, os bispos esclarecem que a consulta “se realizará sobre o material onde aparece mencionada a pessoa sobre a qual se busca informação”.

Trata-se, na verdade, de 3 mil cartas e documentos conservados no Episcopado, na Nunciatura Apostólica e na Secretaria de Estado na Santa Sé, sobre pedidos que chegaram à Igreja para conhecer o paradeiro de detidos e desaparecidos durante a ditadura e reivindicar negociações com os militares.

Por uma decisão tomada conjuntamente entre a CEA e o Vaticano, havia sido anunciada em outubro passado a finalização do “processo de organização e digitalização” dos arquivos da ditadura, e agora, com a aprovação do procedimento, os interessados poderão começar a realizar as consultas correspondentes.

Para tal fim, também foi publicado esta quinta-feira um modelo de carta e os procedimentos a serem seguidos por parte dos interessados em consultar a documentação.

(JE/telám)

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Pe. Fares: ar novo que Francisco trouxe à Igreja veio de Aparecida

Cidade do Vaticano (RV) – “Na Igreja sopra um vento diferente, se respira um ar fresco e novo. Esta lufada de ar fresco trazida pelo Papa Francisco não é algo de improvisado ou de exclusivamente seu. Teve um precedente na Conferência de Aparecida, onde o modo de trabalho sinodal encorajado pelo Cardeal Bergoglio suscitou na assembleia a maturidade humilde de um forte consenso.”

É o que escreve o sacerdote jesuíta Pe. Diego Fares no último número da prestigiosa revista da Companhia de Jesus “La Civiltà Cattolica”, nos 10 anos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida – SP em maio de 2007.

“Aparecida foi um verdadeiro evento eclesial”, observa Pe. Fares, notando que “a realidade do evento foi superior às ideias que foram discutidas, votadas, escritas e corrigidas durante a Conferência e, mais tarde, na versão final aprovada pela Santa Sé”.

“Os frutos de Aparecida foram estendidos à Igreja universal e para muito além de suas fronteiras, graças ao impulso que o Papa Francisco deu a uma evangelização que torna o povo de Deus, em seu com junto, ‘discípulo missionário’, como queria o Vaticano II”, prossegue o religioso.

Pe. Fares conclui notando que assim “como a Evengelii gaudium traduziu em programa apostólico as intuições que o Documento de Aparecida havia retomado de Paulo VI – apresentando a ‘alegria do Evangelho’ como um elemento essencial –, da mesma forma a preocupação ecológica do Documento de Aparecida foi a semente da Carta encíclica Laudato si’.

O olhar de adoração e de louvor à Criação permitiu unir dois temas que aqueles que governam a única crise em curso fazem de tudo para manter separados: os pobres e o cuidado do planeta. (RL/Sir)

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